Ex-presidente do Senado foi sondado pelo petista durante reunião no Alvorada
Com CNN Brasil
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do ex-presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-MG) • Ricardo Stuckert/PR
O ex-presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e descartou assumir o comando de um ministério no terceiro mandato do petista.
O encontro ocorreu no Palácio do Alvorada. A CNN antecipou a conversa prevista e que Pacheco pretendia “ouvir a proposta” do petista, como disse a interlocutores.
O nome de Pacheco era cotado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) – pasta hoje comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em outros momentos, seu nome foi pensado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Ricardo Lewandowski.
Lula chegou a dar sinais de que queria o senador como nome para apoiar no pleito do próximo ano em Minas. “[Pacheco] possui todas as qualidades para o cargo e contará com meu apoio na disputa”, disse Lula em entrevista na semana passada.
Pacheco deixou a presidência do Senado após 4 anos com uma relação próxima ao petista.
Ambos os mandatos foram impulsionados pelo aliado Davi Alcolumbre (União-AP), que voltou à presidência do Senado em 2025.
General Lêonidas Pires Gonçalves, ministro do Exército à época, é visto como o personagem que sinalizou a saída, pela Constituição em vigor, para a indecisão sobre quem assumiria o governo no lugar de Tancredo Neves
Do Correio Braziliense
O general Leônidas Pires Gonçalves é apontado por aqueles que estavam no Hospital de Base, na antessala da internação de Tancredo Neves, como o homem que mostrou o caminho a seguir sobre quem assumiria o comando do país com a impossibilidade do presidente eleito. Testemunhas oculares, em depoimento a historiadores, garantem que partiu dele a afirmação de que, pela Constituição, a interinidade do governo deveria ser passada ao vice-presidente José Sarney, e não ao presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães. O ministro João Leitão de Abreu e os juristas Affonso Arinos, Paulo Brossard e Miguel Reale reforçaram o que o militar dissera.
Gaúcho de Cruz Alta, estava à frente do III Exército (RS) quando recebeu o convite para assumir o ministério. Conforme frisa o jornalista Elio Gaspari, em A Ditadura acabada, Leônidas compunha — com Francisco Dornelles, na Fazenda; José Hugo Castello Branco, no Gabinete Civil; e Fernando Lyra, na Justiça — o eixo que “realmente contava” dos três que Tancredo estabeleceu para o governo. Nesse “primeiro time”, prestigiava-se os militares (e mantinha-se com eles o canal aberto) via Leônidas; escalava-se dois homens de total confiança (Dornelles e José Hugo) para postos-chave; e trazia-se para o centro das decisões os autênticos do MDB — por meio de Lyra.
O susto
Isso tudo esteve a ponto de ruir com a internação de Tancredo. Em depoimento ao programa Memória Política, da TV Câmara, Leônidas relata o episódio sobre a dúvida a respeito de quem tomaria posse em 15 de março de 1985. “(A posse de Sarney) tem muitos pais, mas me considero o mais legítimo deles. Porque, se fizerem um exame de DNA, verão que é o meu. Considero-me dono daquele episódio”, salientou, na entrevista de 2001.
É o general quem relata: “Tinha sido convidado para ministro e estava havendo um jantar, para mim, na Academia de Tênis. Quando toca o telefone, era o general Ivan (de Souza Mendes, escolhido por Tancredo para chefiar o Serviço Nacional de Informação/SNI). (...) Quando começou a falar, perguntei: ‘O que está acontecendo? Tua voz está horrorosa’. ‘Leônidas, o presidente está no hospital e não tem condições de assumir amanhã’. (...) Peguei o carro e me mandei para lá (...). Cheguei a uma sala onde estava um grupo de homens reunidos — o Ulysses Guimarães, o (presidente do Senado, José) Fragelli, o Sarney (...). Quando cheguei ao centro, me dei conta de qual era a discussão: quem iria assumir. (...) Disse assim: ‘Mas, qual é a dúvida? Os artigos 76 e 77 da Constituição de 1969 são bem claros: quem assume é o Sarney.’ E foi o que se decidiu. Dizem que foi o (ministro do Gabinete Civil, João) Leitão (de Abreu), que foi não sei quem… Coisa nenhuma. Ninguém discutiu. Imediatamente, foi tomada a decisão. Esse episódio
(...) é ratificado pelo Ulysses”.
Leônidas, porém, dá a entender que pairava, ainda assim, a dúvida sobre ser Sarney o interino. Segundo o general, formaram-se três grupos de pessoas que tomaram destinos diferentes. O dele seguiu para a residência de Leitão de Abreu, na Granja do Ipê.
“Quando ia entrando no automóvel, chegou um senhor que, docemente, me perguntou: ‘Poderia ir com o senhor, general?’ Estávamos indo para a casa do ministro Leitão, o presidente do Senado, que era o Fragelli; Ulysses, que era o presidente da Câmara; e eu. Olhei para os dois e não disseram nada. ‘Pode sim.’ Ele disse: ‘Sou o senador Fernando Henrique Cardoso.’ Fomos juntos. Quando chegamos lá, disse a ele qual era a finalidade daquela missão”, lembra.
Da Assessoria
O vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes, esteve presente na manifestação em defesa da anistia para as pessoas que participaram dos atos de 8 de janeiro em Brasília (DF). O evento, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorreu neste domingo, 16, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ), e reuniu milhares de pessoas.
O senador Eduardo Gomes manifestou apoio à anistia e destacou a importância do respeito às garantias individuais. “Estamos aqui para defender a liberdade e questionar os exageros cometidos contra cidadãos que, em sua maioria, participaram de forma pacífica. É fundamental que o Congresso Nacional avance no debate da anistia e corrija as injustiças que estão sendo cometidas”, afirmou.
Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou que não deixará o Brasil e criticou as penas impostas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. “Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim”, declarou. O ex-presidente também pediu para que o Congresso Nacional aprove a anistia e afirmou que “eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo”. “Inventaram uma historinha de golpe”, acrescentou.
O ato contou com a presença de diversas lideranças políticas aliadas a Bolsonaro, incluindo os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o pastor Silas Malafaia, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e os filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (PL) e Flávio Bolsonaro (PL).
Além do Rio de Janeiro, a manifestação também ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, no quarteirão em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), reunindo milhares de apoiadores do ex-presidente.
É o 39º título do Rubro-Negro que venceu jogo de ida por 2 a 1
POR AGÊNCIA BRASIL
O Flamengo faturou o bicampeonato seguido do Campeonato Carioca ao empatar em 0 a 0 com o Fluminense no Maracanã neste domingo (16). O Rubro-Negro entrou em campo com vantagem da vitória no primeiro jogo de ida por 2 a 1, o que não o impediu de atacar.
O time rubro negro buscou o gol na maior parte do jogo. E foram dois, nos minutos finais, os mais eletrizantes da partida. Mas ambos foram anulados após intervenção do VAR. A torcida do Flamengo comemorou dois gols, mas o que valeu mesmo foi a comemoração do título, após o apito final.
O título carioca é o 39º na história do clube, o maior campeão na história da competição. Esta é a segunda taça do clube nesta temporada. A primeira foi a Supercopa do Brasil (Supercopa Rei) no início de fevereiro com vitória sobre por 3 a 1 sobre o Botafogo.
O Flamengo dominou o primeiro tempo, com 64% da posse de bola e seis finalizações. Com marcação adiantada no campo adversário, o Rubro-Negro construiu a maioria das jogadas pelo lado direito, com Wesley, convocado da seleção brasileira para as Eliminatórias da Copa do Mundo. As melhores chances surgiram aos 23 minutos: o goleiro Fábio, do Tricolor, tentou driblar Plata na saída de bola, mas o equatoriano roubou a bola e quase abriu o marcador. No entanto, o goleiro Fábio se recuperou no lance e fez uma bela defesa. Aos 32 minutos, foi Arrascaeta, que da intermediária deu passe primoroso para Luís Araújo. O camisa 7 ganhou na velocidade e chutou na saída do goleiro, mas a bola saiu caprichosamente pelo lado direito do gol.
No segundo tempo, Mano Menezes acertou a marcação e o Fluminense passou a investir em jogadas de velocidade. Aos 16 minutos, Renê avançou pela esquerda e cruzou para Cano que por pouco não abre o placar, mas a cabeçada foi para fora. Precisando da vitória simples para decidir o título nos pênaltis, o Tricolor partiu para o ataque, deixando espaço para contra-ataques do Rubro-Negro. Um deles saiu aos 38 minutos, após rebote em escanteio do Tricolor. A bola sobrou para Michael que disparou do campo adversário até a entrada da área, mas ao invés de tocar para De La Cruz chutar, tentou mais um drible e foi desarmado pela defesa tricolor.
Os minutos finais foram eletrizantes. Aos 41 minutos, Juninho tocou para Plata, livre, mandar para o fundo do gol tricolor. A arbitragem de campo não viu falta do atacante Juninho no defensor Ignácio no início da jogada, mas o VAR viu e recomendou a revisão. Depois de revisto pelo VAR, o gol foi anulado.
Na sequência, aos 44 minutos, o atacante Keno quase marcou para o Tricolor. Sozinho na entrada mandou ele chutou certeiro, mas Rossi fechou o gol rubro-negro com bela defesa. E ainda deu tempo de outro gol rubro-negro, também anulado depois pelo VAR. Juninho avançou pela direita e rolou para Michael mandar para o fundo da rede. O VAR reviu a jogada e sinalizou impedimento de Michael no início do lance.
Os dois times terão duas semanas de descanso e treinos até a próxima partida. Ambos estreiam no dia 29 de março no Campeonato Brasileiro. O Flamengo enfrenta o Internacional, que também conquistou seu título estadual neste domingo. Já o Fluminense enfrenta o Fortaleza.
O dia 14 de março de 1985, 40 anos atrás, foi uma data angustiantemente tensa para o povo brasileiro. Era véspera da posse de quem seria o primeiro presidente civil no Brasil desde 1964 — e marcaria, de forma definitiva a transição de 21 anos de governo – ou ditadura militar como preferem chamar - de volta para a democracia. Eleito dois meses antes, de forma indireta, pelo colégio eleitoral, o político peemedebista Tancredo Neves (1910-1985) saiu de um evento religioso nessa exata data de 14 de março de 1985 em Brasília e, com fortes dores abdominais, foi internado no Hospital de Base do Distrito Federal.
Por Edson Rodrigues
O povo brasileiro foi acompanhando pela imprensa – uma liberdade adquirida logo depois do resulta da eleição, mas que ninguém na época se atentou para o fato, o tratamento, as cirurgias, a tentativa de dizer que estava tudo bem, com uma foto montada, que trazia um debilitado Tancredo Neves sentado em um sofá, ladeado pela equipe médica que o atendia, mas que não escondia, também, um funcionário do hospital agachado atrás do sofá, segurando Tancredo Neves pelas axilas, para que a imagem repassasse a população, justamente, que “estava tudo bem”.
Mas não estava.
INCERTEZAS
Havia dúvidas políticas e jurídicas sobre a efetividade de que o vice da chapa do PMDB, José Sarney, fosse empossado em seu lugar no dia 15 de março de 1985. A certeza de que aquela seria a melhor solução só veio com o aval das Forças Armadas. No caso, quando o general Leônidas Pires Gonçalves (1921-2015), acertado para ser o ministro do Exército daquele novo governo, passou a tratar Sarney, em reunião emergencial com outros políticos naquela noite, como "presidente".
Essa incerteza deixava o cenário político especialmente conturbado. A posse de Tancredo representava o fim, de fato, da ditadura. E significava pavimentar o caminho para as eleições diretas e para uma nova Constituição para o país.
No dia 26 de março, quando as notícias eram de uma piora em seu quadro, o deputado Ulysses Guimarães (1916-1992), presidente da Câmara, convocou uma reunião dos parlamentares para buscar reduzir a apreensão — vários políticos planejavam distribuir uma "nota pela legalidade", questionando a legitimidade de Sarney. Naquele dia, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou queda de 5,1%, refletindo o clima de instabilidade política.
Ulysses Guimarães usava seu prestígio para procurar desinflacionar o cenário. Ele chegou a criticar o que chamou de "sinistroses", que seriam os comentários "mórbidos sobre a saúde do presidente" e afirmou reiteradamente para a imprensa que, embora estivesse ajudando a montagem dos cargos do novo governo, ele não tencionava montar um "gabinete paralelo" e a autoridade toda era do vice em exercício, Sarney.
Logo, embora tenha sido fruto de um longo processo para pôr fim a 21 anos de ditadura civil-militar (1964/1985), a redemocratização ficou marcada pela posse de José Sarney na Presidência da República, em 15 de março de 1985 e pela atuação decisiva de Ulysses Guimarães.
ENTREVISTAS DE JOSÉ SARNEY
José Sarney concedeu uma série de entrevistas durante a sua estada em Brasília, para as comemorações dos 40 anos da redemocratização do País.
Destacando que o Brasil atravessava um momento conturbado, marcado pelas incertezas quanto ao futuro político do país e pelo temor de que os militares não aceitassem restituir o poder à sociedade civil e, em algum momento, reestabelecer o voto direto, Sarney contou que Tancredo só aceitou se submeter a uma cirurgia no intestino quando lhe asseguraram que Sarney seria empossado, que a Constituição Federal seria respeitada e “que a lei governaria a transição democrática”.
Tancredo morreu no dia 21 de abril, após 39 dias internado. Oficialmente, a causa foi uma infecção generalizada. Ele tinha 75 anos de idade. Com sua morte, o Congresso efetivou Sarney na presidência.
“Foram anos de muita luta. Posso guardar as batalhas íntimas de que participei para que tivéssemos uma transição democrática tranquila. Tivemos muitas hipóteses de retrocessos, mas conseguimos atravessá-las”, ponderou Sarney
Ele também conta que, na condição de chefe-supremo das Forças Armadas, instruiu o então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves, a “colocar as Forças Armadas de volta aos quarteis”.
“Sendo comandante-chefe, transmiti aos militares minhas diretrizes. Eram duas. Primeiro, que o dever de todo comandante é zelar pelos seus subordinados. Segundo, que a transição seria feita com as Forças Armadas e não contra elas, pois isso tinha sido objeto de um pacto construído por todos os líderes
“políticos contou o ex-presidente, classificando a transição democrática como uma conquista do povo.
CONQUISTAS
E são justamente essas conquistas que devem ser conhecidas e defendidas e cobradas com unhas e dentes por cada cidadão brasileiro. E dentre todas as conquistas, a palavra “liberdade” é a que mais aparece quando o assunto é sobre os direitos de cada cidadão brasileiro.
A Constituição de 1988 garante entre outras, a Liberdade de expressão que conquistas como, por exemplo, as que seguem abaixo:
Direitos Sociais:
Saúde: Instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso universal e gratuito à saúde.
Educação: A educação passa a ser um dever do Estado, incluindo a educação rural e a inclusão de crianças com deficiência e indígenas.
Assistência Social: A assistência social é reconhecida como política pública, garantindo direitos a quem necessita.
Trabalho: Consolidação de direitos trabalhistas, como jornada de trabalho de 44 horas semanais, licença-maternidade e licença-paternidade, além do direito à greve.
Segurança: A Constituição estabelece a importância da segurança pública e a necessidade de um sistema de justiça mais justo e eficiente.
Moradia: A Constituição estabelece a moradia como direito social, com programas de habitação social.
Alimentação: A Constituição estabelece a alimentação como direito social, com programas de combate à fome e à insegurança alimentar.
Direitos e Garantias Individuais:
Liberdade de Expressão: Fim da censura e garantia da liberdade de imprensa, pensamento e expressão.
Eleições Diretas: Retomada das eleições diretas para presidente da República, governadores e prefeitos.
Sufrágio Universal: Direito ao voto para todos os cidadãos, incluindo analfabetos e jovens a partir dos 16 anos (voto facultativo).
Igualdade de Gênero: Reconhecimento da igualdade entre homens e mulheres, com a exclusão de discriminação por sexo.
Direitos dos Povos Indígenas: Garantia dos direitos dos povos indígenas, incluindo a demarcação de terras e a preservação da cultura.
Defesa do Meio Ambiente: Defesa do meio ambiente como dever do Estado e direito de todos.
Direitos Humanos: Proteção dos direitos humanos, com a proibição da tortura e da pena de morte.
Estado Democrático de Direito: A Constituição estabelece o Brasil como um Estado Democrático de Direito, com garantias e direitos individuais.
Perceberam qual é a primeira garantia que aparece na Constituinte de a lista dos direitos e garantias individuais? É justamente isso, a liberdade de expressão, que caminha ai lado da liberdade de Imprensa.
Logo, os políticos, líderes partidários e outras pessoas envolvidas com a política, e tentam passar por cima ou burlar a Constituição, não, apenas, cometem crimes, porém mandam um recado ao povo, que o eles estão, mesmo que eleitos por esse mesmo povo, tratando de, primeiro a si próprios para, depois, ver se podem fazer pelo povo..
Como disse José Sarney, “o coração da democracia, é a liberdade”.