Método que será testado em São Paulo foi capaz de gerar anticorpos na maioria das pessoas que participaram das fases 1 e 2 da pesquisa
POR BETHÂNIA NUNES
ACoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, foi capaz de induzir a produção de anticorpos contra o novo coronavírus em mais de 90% dos voluntários que receberam a dose da imunização nas fases 1 e 2 de testes, na China, segundo comunicado da empresa.
A notícia é animadora especialmente para o Brasil. Na última quinta-feira (11/06), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), firmou parceria com o laboratório para trazer os testes da fase 3 e a produção da vacina para o Instituto Butantan.
Cerca de 700 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 59 anos, participaram das primeiras etapas da pesquisa, na China. Entre os que receberam a dose da vacina (parte do grupo foi administrada com placebo), a maioria não apresentou efeitos colaterais graves, o que fez a empresa considerar o método de imunização seguro. Em 14 dias, a vacina havia induzido a produção de anticorpos neutralizantes nos voluntários, ou seja, mostrou-se capaz de induzir resposta imunológica.
Agora, na fase 3, será avaliada a eficácia dela frente a Covid-19 em um número maior de pessoas, por isso os testes em São Paulo, uma das cidades mais afetadas pelo novo coronavírus no momento.
A vacina usa uma versão morta do Sars-CoV-2 e está entre as 10 que estão em fases mais avançadas, no mundo, em relação ao estágio de pesquisas. Os resultados, entretanto, ainda não foram publicados em nenhuma revista científica especializada.
Os testes da CoronaVac começam em julho no Brasil. O governador de São Paulo e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, estimam que ela estará pronta e disponível para a população ainda no primeiro semestre de 2021.
Ataque de Kennedy Alencar a Huck virou o assunto do dia no Twitter
Com Agências
O renomado jornalista Kennedy Alencar, que é especializado em economia e política com passagens pelo SBT, RedeTV!, o jornal Folha de S.Paulo, entre outros veículos de comunicação, usou o seu perfil no twitter para atacar o apresentador Luciano Huck por questões políticas.
Com uma série de posts no micro blog, Kennedy se mostrou muito irritado após ver os comentários políticos feito por Huck em que ele cita o escritor britânico Oscar Wilde para refletir sobre o progresso da humanidade e suas utopias.
“Você é um babaca oportunista. Não merece participar do debate público. Canalha!, como diria Tancredo, avô do seu comparsa. Canalha! Você apoiou Bolsonaro”, acusou Kennedy Allencar, em publicação no Twitter, como resposta a uma postagem de Luciano Huck. Já em outro tweet, ele dispara: “Canalha!”.
No sábado (13), Luciano havia postado diversas críticas à atuação do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, após a publicação de medida provisória que permite ao governo nomear reitores de universidades. Na sequencia, Kennedy Alencar retrucou a postagem.
“Um mapa mundi que não inclua a utopia, nem vale a pena ser visto, pois deixa de fora o único país onde a Humanidade está sempre aportando. E quando a Humanidade chegar lá, olha para o horizonte e, ao avistar outro país melhor, parte. O progresso é a realização de utopias”, compartilhou Luciano Huck na web, em trecho atribuído a Oscar Wilde.
Alencar voltou a citar o comunicador neste domingo (14), com mais publicações na rede social. “Brasil está com uma safra de democratas de pandemia. Figuras que usaram seu poder de influência sem o menor pudor para colaborar com a eleição de Bolsonaro usam a ocasião para reescrever biografia. Huck e Moro são exemplos mais gritantes, mas praça tá cheia dos que sabiam quem era Bolsonaro”.
“Essas figuras causaram mal ao país, mas fingem que não têm nada a ver com o abismo no qual atiraram o Brasil. Demonizaram política, colaboraram para eleger um genocida e agora posam de defensores da democracia. Hipocrisia tem limite. O Google tá aí pra quem quiser conferir o que fizeram”, concluiu ele.
Proposta entrará em análise pelo Congresso Nacional
Por Natália Marinho
De acordo com ideia legislativa publicada no portal do Senado Federal, aposentados e pensionistas do INSS podem receber 14º salário. Essa proposta entrará em análise pelo Congresso Nacional.
A proposta foi posta para ser votada online e, em menos de uma semana, conseguiu 20 mil apoiadores. Esse é o número necessário para que a questão vire sugestão legislativa. Se a sugestão legislativa for aceita pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), torna-se um projeto de lei e passa por tramitação.
O criador do projeto foi o advogado Sandro Gonçalves. Ele argumento que ter adiantado o 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS foi uma boa ação durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Por causa do adiantamento, esse grupo teve acesso ao dinheiro antes do previsto.
Porém, por causa disso, o advogado relembrar que esse grupo não terá o benefício em dezembro. Ou seja, o 14º salário seria uma forma de pagar a esta parcela de cidadãos no mês em que, até então, não haverá nenhum pagamento.
Qualquer cidadão pode criar uma ideia legislativa no site e-Cidadania. Uma proposta enviada ao portal fica aberta durante quatro meses. Se conseguir 20 mil apoiadores durante este período, a ideia é encaminhada ao CDH e vira sugestão legislativa. Se for aprovado por comissão, torna-se projeto de lei.
Levantamento feito por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde mostra ainda que houve 17.086 novos casos de Covid-19 em um dia. São 867.882 no total
Com Agências
O Brasil teve 598 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 43.389 óbitos pela Covid-19 até este domingo (14). Veja os dados, consolidados às 20h:
43.389 mortes; eram 42.791 até as 20h de sábado (13), uma diferença de 598 óbitos
867.882 casos confirmados; eram 850.796 até a noite de sábado
Apenas o Rio Grande do Norte não divulgou novos dados; o estado diz que não publica boletins aos domingos.
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
O Brasil é o segundo país com mais casos e mais mortes no mundo, somente atrás dos EUA. O país concentra 10% de todas as vítimas do planeta, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Já os Estados Unidos têm 2 milhões de casos. São 115 mil óbitos.
No domingo, o presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que a corte jamais se sujeitará a qualquer tipo de ameaça
Com Agências
O Ministério Público Federal (MPF) determinou neste domingo (15) a abertura imediata de inquérito policial para investigar o ato realizado por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, no qual os manifestantes realizaram ofensas, xingamentos e ameaças contra os ministros do STF.
“O procedimento tramita em regime de urgência e sob caráter reservado por questões relacionadas à inteligência das informações. Na representação inicial, foi apontada a gravidade das condutas identificadas por serem dirigidas ao órgão máximo do Poder Judiciário. Para o MPF, os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal”, disse o MPF em comunicado.
Segundo o presidente do Supremo, ações financiadas ilegalmente têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo tenta estabelecer com os demais Poderes, instituições e a sociedade civil.
“O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão. Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus ministros e da democracia brasileira”, acrescentou.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou neste domingo que a corte jamais se sujeitará a qualquer tipo de ameaça e irá recorrer a todos os meios constitucionais e legalmente postos para sua defesa, de seus ministros e da democracia, após novos protestos neste fim de semana contra o STF.
“Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”, disse Toffoli em nota, referindo-se a protesto realizado por apoiadores de Bolsonaro na noite de sábado, quando foram lançados fogos de artifício na direção do prédio do tribunal.
Ameaças ao Supremo e a seus ministros são alvo de investigação no âmbito do chamado inquérito das fake news, que tramita na própria corte sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, após decisão de Toffoli.
Na quarta-feira, o ministro do Supremo Edson Fachin votou pela legalidade da portaria que permitiu a abertura do inquérito no ano passado, mas propôs limites à investigação que apura a divulgação de notícias fraudulentas e ameaças feitas a ministros da corte. O julgamento será retomado nesta semana.