Revelação ocorre após a deputada federal ser acusada de ter um quarto em uma casa de swing

 

Por Agência O Globo

 

Testemunhas fez diversas acusações contra a deputada federal

Uma rotina que envolvia rituais secretos com uso de sangue, nudez e que até mesmo sexo foi revelada à Polícia Civil do Rio por um homem que morou na casa da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) durante cinco anos, no fim dos anos 90. A testemunha, que foi ouvida no inquérito que apura a morte do pastor Anderson do Carmo, afirmou considerar que participava de uma verdadeira seita e revelou que chegou a manter relações sexuais com a parlamentar. O EXTRA teve acesso ao depoimento, que ocorreu no dia 2 de setembro do ano passado na Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.

 

O homem contou à polícia que conheceu Flordelis em 1995, quando participava de um grupo de orações no Lote Quinze, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele afirma que a deputada o convidou a participar do grupo de orações em sua casa, à época no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Ele logo passou a também residir no local. Naquela época, o pastor Anderson também já integrava a família.

 

Ritual de purificação com sexo

A testemunha contou aos investigadores da DH que ao chegar na casa teve que fazer um “ ritual de purificação ”, sendo obrigado a ficar isolado em um quarto durante sete dias. Nesse período, tinha que vestir roupas brancas e alimentava-se apenas de arroz e legumes. Ele relatou que no período ficava com uma bíblia, rezando, e recebia visitas de algumas pessoas da casa, consideradas por ele um grupo mais seleto, que participava de rituais secretos.

 

O homem contou que em determinado dia, dentro do período de isolamento, Flordelis foi sozinha ao quarto onde ele estava e eles fizeram sexo . Segundo o homem, depois daquele dia, ele e a deputada transaram outras vezes.

 

“O declarante se recorda que aquilo lhe causou um efeito como se fosse mágico, pois considerava que havia tido relações praticamente com um ser divino, pois era assim que Flordelis se apresentava”, diz trecho do depoimento.

 

O antigo morador da casa de Flordelis não deixa claro se naquele momento já existia um envolvimento amoroso entre Anderson e a deputada. Ele cita que o pastor era uma espécie de guardião de Flordelis. Em sua biografia, a pastora afirma ter começado a namorar com Anderson em 1993.

 

Sangue para escrever salmo

O homem ainda relatou aos policiais que presenciou a realização de um ritual no qual Flordelis solicitou a alguns filhos que cortassem a mão com uma pequena faca e escrevessem com o sangue salmos da Bíblia . Naquela época, segundo a testemunha, a pastora abrigava cerca de 30 crianças em sua casa e os mais velhos ajudavam a cuidar dos menores e a fazer as tarefas domésticas.

 

A testemunha relembrou ainda um ritual, segundo ela feito por um dos filhos afetivos de Flordelis, Alexander Felipe Matos Mendes, conhecido na família como Luan, a mando da mãe. O rapaz teria colocado a foto do empresário Pedro Werneck em cima de uma maçã com fitas coloridas, sendo jogado mel por cima. O ritual tinha o objetivo de iluminar Pedro para ele conseguir algo para o grupo. O empresário ajudou financeiramente a família de Flordelis até poucos anos atrás.

 

Ritual com pastor nu

O homem ainda revelou à polícia que em certa ocasião, quando a família se mudou para uma casa em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, teve autorização para participar de um ritual no qual antes sua participação era vetada. Segundo ele, na ocasião o pastor Anderson fico pelado, no centro de um círculo feito a giz. Flordelis então iniciou uma espécie de reza ou manta, no qual oferecia Anderson como oferenda.

 

Logo que chegou na casa, o homem afirma já ter notado que o pastor Anderson era uma figura central na família. Ele relata que logo após sua chegada houve uma reunião na qual o pastor afirmou que todos do grupo seleto do qual ele passou a fazer parte eram “anjos caídos” e Flordelis estava ali para recuperá-los. Anderson prosseguiu dizendo que Flordelis era, na realidade, um querubim de nome Queturiene, mas aquele assunto era reservado e restrito a um grupo da casa.

 

Afirmando que todos do grupo restrito eram anjos que ela estaria salvando, Flordelis colocou nomes em todos. Anderson do Carmo era Daniel ou Niel, Carlos Ubiraci era Rubem, Wagner Andrade Pimenta passou a ser Misael e Alexander, Luan. Misael, Luan e Carlos são filhos afetivos de Flordelis e passaram a conviver com a pastora ainda na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Os dois primeiros romperam com a mão após a morte do pastor Anderson.

 

O Ministério Público estadual recebeu informações anônimas das práticas que existiam na casa de Flordelis no Jacarezinho. Em duas delas, as denúncias eram de que a deputada fazia rituais de magia negra. As informações foram encaminhadas para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.

 

Acusações graves

A testemunha que narrou os rituais secretos à DH ainda fez sérias acusações contra Anderson e Flordelis. O homem contou que após uma adolescente ter recém-chegado na casa da pastora, Anderson pediu a Flordelis autorização para se relacionar sexualmente com a jovem. “Diz que Flordelis autorizou e de fato ocorreu por vezes. No entanto, a jovem não gostava dessa situação, mas obedecia o que era determinado por Flordelis”, diz trecho do depoimento. O homem ainda relatou que Flordelis recebia pastores estrangeiros em sua casa e uma das filhas era oferecida sexualmente para eles.

 

Em 2000, quando já namorava a atual esposa, o homem resolveu sair da casa de Flordelis. Ele contou à polícia que quando a sua mulher teve conhecimento do que ocorria na casa da deputada , fez uma denúncia à Convenção de Ministros das Assembleias de Deus do estado do Rio.

 

O homem também contou aos policiais que recentemente foi diagnosticado com transtorno de personalidade esquizotípica e toma medicamentos regulares há seis meses. O homem contou que a doença não chegou a se manifestar ou lhe incomodar em épocas anteriores.

 

Procurada pelo Extra, Flordelis afirmou que a testemunha deveria provar as acusações que estava fazendo: "isso é algo que responderei a ele judicialmente. Ele terá que provar o que ele fala porque são coisas muito graves e sérias que ele fala".

Posted On Terça, 23 Junho 2020 03:32 Escrito por

O senador Weverton (à esq.) conduz a sessão ao lado do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, enquanto ouvem o biólogo Átila Iamarino falar sobre a pandemia de covid-19

 

Por Waldemir Barreto

Os três especialistas da área da saúde convidados para falar aos senadores nesta segunda-feira (22) foram unânimes em sugerir que as eleições municipais deste ano, marcadas para 4 e 25 de outubro, precisam ser adiadas devido à pandemia de covid-19.

 

O médico epidemiologista Paulo Lotufo afirmou que tudo indica que a pandemia ainda estará em ascensão em várias partes do país em 4 de outubro.

 

— Eu considero que essa é uma data em que a possibilidade de termos ainda uma ascensão, em vários locais do país, de casos novos e de mortes, é muito grande, de termos um nível de contágio ainda elevado. Eu considero que a data de 4 de outubro é uma data temerária. Eu não recomendaria que a gente fizesse o pleito nesta data — disse Lotufo.

 

Professor da Universidade de São Paulo (USP), Lotufo sugeriu que as eleições sejam adiadas para 29 de novembro (1º turno) e 13 de dezembro (2º turno). Além disso, para evitar aglomerações, ele sugeriu que o horário da votação seja estendido até as 20h ao invés de terminar às 17h, como geralmente ocorre. Ele opinou ainda não ver necessidade de flexibilizar a obrigatoriedade do voto. Para ele, idosos e pessoas com problemas de saúde específicos deverão poder justificar ausência na votação por meio de atestado médico.

 

Situações diversas
De acordo com o médico, a doença está caminhando de maneiras diferentes pelo país, fazendo com que alguns estados já estejam passando por uma diminuição de contágios enquanto outros ainda enfrentam aumento de casos e mortes. Lotufo disse que locais que tiveram situação mais crítica, como o Amazonas, podem já ter passado pelo pico da pandemia, mas tiveram número de mortos muito grande porque “as condições de prevenção e de tratamento não foram as ideais”. Para ele, em locais em que a prevenção e o tratamento foram mais bem feitos, a pandemia acaba durando mais tempo, porém com número de óbitos muito menor.

 

—  Quanto mais eficiente nós somos em termos das nossas ações, maior será o período pelo qual nós vamos estender esse período de controle. Se nós tivéssemos, como aconteceu em Nova York, um pico imenso de casos com mortes, talvez já estivéssemos numa situação de descenso, mas o custo disso seria uma quantidade imensa de mortes — afirmou Lotufo.

 

O infectologista David Uip ressaltou que é não é possível prever com exatidão como a pandemia vai se comportar nos próximos meses. Para ele, o Brasil ainda não chegou ao pico de contaminações e mortes.

 

— Passados quatro meses, nada indica que estejamos ultrapassando o pico da pandemia. Na verdade, nós estamos diante do recorde de casos de mortes, e isso vem sendo principalmente registrado nas últimas semanas. Então, é o aumento do número de casos e, infelizmente, o aumento do número de mortes — disse Uip.

 

Vários picos da doença
Ex-secretário de Saúde do estado de São Paulo, Uip afirmou ainda que o Brasil tem território muito grande, ou seja, não haverá um único pico da doença, mas várias situações diferentes coexistindo, com regiões melhorando enquanto outras estarão estáveis ou piorando.

 

Uip, que é professor da USP e da Faculdade de Medicina do ABC, acrescentou que atualmente vários estados e cidades já estão flexibilizando as regras de distanciamento social, o que vai levar a um aumento de casos de covid-19 nas próximas semanas. Soma-se a isso a possibilidade da volta às aulas antes de outubro.

 

Uip propôs adiamento das eleições para datas “mais próximas do final do ano de 2020”, horário estendido nos dias de eleições e definição de horários específicos para votação da população mais vulnerável, como idosos, pessoas com problemas cardíacos e pulmonares, diabéticos, obesos e hipertensos. Disse ainda que será necessário treinamento para todos que trabalharão nos locais de votação.

 

— Eu acho que é um grande desafio. Eu entendo plenamente o momento democrático, eu entendo plenamente a necessidade de definição, e também entendo que o melhor talvez fosse continuarmos com os pleitos preestabelecidos, mas, na minha leitura, isso, neste momento, é absolutamente inconcebível — afirmou Uip.

 

Subnotificação
O biólogo e divulgador científico Átila Iamarino afirmou que a subnotificação de casos de covid-19 no Brasil é muito grande, ou seja, em vez dos quase 1,1 milhões de casos dos números oficiais, o país já pode ter entre 6 e 13 milhões de pessoas infectadas. Ele prevê que muitos ainda podem vir a contrair a doença e que as ações de prevenção ainda serão necessárias por muitos meses.

 

— No Brasil, apesar de passarmos por uma situação de reabertura, essa reabertura está acontecendo mais pelo nosso cansaço e por necessidade do que pelo controle da pandemia. Quem trabalha com a imunidade coletiva, com a possibilidade de um número grande de pessoas de infectar e se tornar imune ao vírus e impedir que ele circule, o que ainda não se comprovou que pode acontecer, normalmente, fala em números como 60%, 70% da população. O que quer dizer que nós ainda poderíamos ter números pelo menos dez vezes maiores, tanto de pessoas infectadas quanto de vidas perdidas, senão muito mais. Como disse o professor Uip, temos vidas em jogo, muitas vidas que podem ser perdidas se a gente deixar a pandemia seguir seu curso natural — disse Átila.

 

Especialista em microbiologia e em virologia, Átila sugeriu que as eleições sejam adiadas “para o fim do ano”, época em que a pandemia poderá estar menos grave no Brasil.

 

— Acredito que adiar essa eleição por mais tempo do que isso não traria grandes benefícios; ano que vem ou mais para frente. Não existe motivo para acharmos que a epidemia vai estar mais bem ou mais mal contida até então. Como eu disse, nenhum país está seguindo o curso natural da doença. Depende muito mais de uma ação humana para que esse número de casos seja contido. Não temos também perspectiva de tratamento ou vacina sendo distribuído neste período, o que praticamente garante que vamos continuar a mercê de distanciamento social, uso de máscaras e das nossas ações, e não de uma ação externa, que vai deslocar o país disso. Então, as medidas vão ter que continuar sendo adotadas durante o ato do voto — afirmou Átila.

 

Ele também disse que medidas úteis seriam o aumento do número de locais de votação, o aumento do tempo de votação ou do número de dias de votação e a disseminação de máscaras, de álcool em gel e até de luvas.

 

— Acredito que adiar as eleições para o fim do ano é uma medida excelente para garantir que vamos estar num melhor cenário, embora ainda dependamos até lá da ação humana e do nosso combate à pandemia — acrescentou Átila.

Fonte: Agência Senado

Posted On Segunda, 22 Junho 2020 18:24 Escrito por

Ex-ministro aproveitou do passaporte diplomático ao qual tinha direito para sair às pressas do país e desembarcou ontem de manhã em Fort Lauderdale, cidade da Flórida, nos Estados Unidos

 

Por Augusto Fernandes

 

Ao melhor estilo de Abraham Weintraub, o agora ex-ministro da Educação deixou o governo federal envolvido em mais uma polêmica. Ainda oficialmente na condição de integrante do primeiro escalão do Executivo — mesmo tendo anunciado a sua demissão na quinta-feira ao lado do presidente Jair Bolsonaro —, ele aproveitou do passaporte diplomático ao qual tinha direito para sair às pressas do país e desembarcou ontem de manhã em Fort Lauderdale, cidade da Flórida, nos Estados Unidos. O documento perdeu a validade horas depois, quando a exoneração foi publicada no Diário Oficial da União, mas serviu para os interesses do Palácio do Planalto de retirá-lo dos holofotes no Brasil.

 

Por mais que, no fim de maio, o governo americano tenha barrado a entrada de pessoas vindas do Brasil como medida de combate ao novo coronavírus, o fato de Weintraub portar, além do passaporte diplomático, visto especial de ministro de país estrangeiro, o dispensou da necessidade de cumprir quarentena em outra nação antes de ingressar nos EUA. Segundo o site da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, essa é uma das categorias de visto que está dentro da exceção da resolução do presidente Donald Trump que trata sobre as restrições de acesso ao país durante a pandemia. Em nota, a embaixada dos EUA disse que não fornece informações sobre casos individuais de visto.

 

 

De todo modo, o “jeitinho brasileiro” do ex-ministro para deixar o país, na visão de juristas ouvidos pelo Correio, pode ter representado mais de um delito, como crime de responsabilidade, o que, segundo o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, poderia ter reflexos para Bolsonaro. Para o advogado, como existem inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que investigam Weintraub, como o das fake news e o do racismo, caso o presidente tenha montado uma estratégia para garantir a saída do ex-ministro do Brasil, sabendo que ele seria alvo de um mandado judicial, isso caracterizaria uma tentativa de obstrução de Justiça.

 

“É uma utilização indevida do mandato para evitar que alguém pudesse, em tese, se submeter à Justiça. Em se confirmando que há uma tentativa de fuga, é uma situação de incidência da atuação da polícia judiciária”, opinou Cardozo, que foi ministro da Justiça durante o governo Dilma.

 

Na avaliação de outros advogados, Weintraub ainda pode ter cometido improbidade administrativa ou estelionato. “Tem uma fraude do ponto de vista administrativo, porque ele se utilizou da prerrogativa de um cargo que, de fato, já não existia. Entendo que existe crime de estelionato, porque ele burlou a legislação estadunidense e induziu ao erro uma autoridade”, pontuou o membro-fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, Eduardo Tavares.

 

Tavares ainda apontou um suposto desvio de finalidade na atitude do ex-ministro da Educação, o que também poderia atingir Bolsonaro. “A burla aos princípios da legalidade e da impessoalidade pode fazer com que o presidente e Weintraub respondam por ação de improbidade administrativa, porque está claro que houve o abuso de um direito, de uma prerrogativa, para garantir exclusivamente à pessoa dele que ascendesse à migração internacional.”

 

Tavares acredita que, por mais que a demissão de Weintraub tenha sido efetivada apenas com a publicação no Diário Oficial da União, ele deixou de ser ministro a partir do momento que divulgou a notícia por meio de um vídeo nas suas redes sociais, na quinta-feira. “Nós temos o princípio da realidade. E, na realidade, ele já estava exonerado desde o momento do vídeo. O ato administrativo de exoneração é um mero ato formal. Portanto, houve uma burla ao procedimento interno de migração. Isso é caso de nulidade da entrada dele nos Estados Unidos, o que pode sujeitá-lo — ou sujeitaria em condições normais de tempo, temperatura e pressão —, a uma reversão, que seria a deportação, pois ele passou a ser um cidadão comum”, explicou.

 

A advogada constitucionalista Vera Chemin acrescentou que o ato de improbidade administrativa estaria caracterizado porque Weintraub feriu os princípios da honestidade e da boa-fé. “Do ponto de vista prático, essa viagem que ele fez às pressas representa, realmente, uma forma de usufruir do cargo que ele ainda tinha, pelo menos do ponto de vista formal. Desse pressuposto, a gente pode deduzir que foi, de certa forma, um ato de má-fé. Ele, talvez, tenha querido sair rapidamente do país por medo de ser preso, porque parece que havia essa possibilidade, mesmo que remota”, detalhou.

 

Falsa identidade

Professor de pós-graduação de direito penal da Escola de Direito do Brasil (EDB), Fernando Castelo Branco tem o entendimento de que Weintraub cometeu falsa identidade, crime previsto no Código Penal. “Quando ele se faz passar por diplomata ou alguém que tem as benesses de um ministro, como o passaporte diplomático e o visto, mesmo já não mais o sendo, ele pode estar em curso nesse tipo de crime. É uma forma de falsidade. Ele está iludindo alguém a respeito da própria identidade para obter alguma vantagem. Isso é, no mínimo, lamentável, para não dizer criminoso.”

 

Castelo Branco acredita que uma investigação é, sim, necessária. “Caberia ao Ministério Público Federal determinar uma investigação ou a própria Polícia Federal investigar esses fatos e, consequentemente, uma eventual ação penal. É um crime de menor potencial ofensivo, mas não importa. Tem todo o procedimento criminal adequado a ele”, observou.

 

De acordo com a resolução formulada pelo presidente Donald Trump para controlar a entrada de estrangeiros no país, o imigrante que apresentar informações falsas no momento do acesso aos EUA pode ser deportado. “Um estrangeiro que contornar a aplicação desta proclamação por meio de fraude, deturpação intencional de um fato relevante ou entrada ilegal deve ser removido prioritariamente pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA”, informa o documento.

 

Rota
De acordo com informações enviadas pela assessoria do ex-ministro ao Blog da Denise, Weintraub chegou aos Estados Unidos por volta das 7h. O voo foi operado pela Azul, e saiu do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na noite de sexta-feira. Amigos de Weintraub informaram que ele seguiu ainda ontem para Washington, onde pretende assumir um cargo no Banco Mundial. Para isso, o ex-ministro precisará de um visto diferente do que permitiu a sua entrada ontem nos EUA e daquele que cobrirá sua permanência nesse período em que nem é ministro nem funcionário de um organismo internacional. Dessa forma, ele terá de sair do território americano, recorrer a alguma embaixada americana mundo afora e providenciar o novo documento.

 

Posted On Segunda, 22 Junho 2020 07:23 Escrito por

Wassef afirma que não emprestou a chácara de Atibaia para o policial aposentado, preso na quinta-feira

 

Por Lucas Rocha

 

A jornalista Andréia Sadi virou assunto nas redes sociais após entrevista com o advogado Frederick Wassef, representante legal de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro, veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, deste sábado (20). Ela questionou como Fabrício Queiroz chegou na chácara de Atibaia, onde foi preso na quinta-feira (18).

 

Após Wassef negar que tenha emprestado a casa para Queiroz, Sadi fez a pergunta que viralizou nas redes sociais e fez o nome da jornalista virar assunto do momento no Twitter: “O Queiroz pulou o muro? Apareceu voando na casa do senhor? Ou foi levado por alguém?”.

 

Em resposta, o advogado disse que não poderia responder porque envolveria sigilo profissonal, mas que em breve irá falar sobre o assunto e Sadi vai “gostar de ouvir”.

 

“O que eu posso, por ora, falar e adiantar é, saiba: jamais o presidente Bolsoanaro teve ciência ou conhecimento de qualquer coisa relacionada a Queiroz ou ao Flávio ou ao caso Flávio”, afirmou. “O que eu trato com o presidente são assuntos jurídicos antre eu e ele, de temas dele, de casos dele”, completou.

 

Mais cedo, em entrevista à rede CNN Brasil, o advogado afirmou que ele e Jair Bolsonaro são “uma pessoa só”. “Se bater no Fred atinge o presidente, eu e o presidente viramos uma pessoa só, então todos estão empenhados em atingir minha vida, em destruir minha vida, minha imagem, minha reputação. Mas vão cair do cavalo, que eu nunca fiz nada de errado na vida. Tá claro isso?”, afirmou ao jornalista Caio Junqueira.

 

As declarações de Wassef acontecem em meio à tentativa do presidente de descolar a imagem do advogado, que atuava em defesa dele e do filho Flávio Bolsonaro e tinha livre trânsito no Palácio do Planalto. Em entrevistas, Wassef sempre se apresentou como ‘advogado do presidente’.

 

Posted On Domingo, 21 Junho 2020 07:22 Escrito por

No total, 47,7 mil pessoas fizeram a devolução

 

Por Marcelo Brandão

 

O governo federal recebeu de volta, até o dia de hoje (19), R$ 39,6 milhões correspondentes ao pagamento de auxílio emergencial a pessoas que não se enquadravam nos critérios. Foram, no total, 47,7 mil pessoas que fizeram a devolução do benefício.

 

Segundo o governo, entre aqueles que recebem o benefício equivocadamente, existem aqueles que se enganam, outros que agem de má-fé e um terceiro grupo incluído de forma equivocada. Para devolver a quantia, é necessário entrar no site criado especificamente para devolução, emitir a Guia de Reolhimento da União (GRU) e pagá-la.

 

Os ministérios da Cidadania e da Justiça firmaram, em maio, acordo de cooperação técnica para operacionalizar ações de caráter preventivo e repressivo a fraudes relacionadas ao auxílio emergencial. O ministério também tem parceria com a Controladoria Geral da União (CGU). Por meio desse acordo de cooperação, os dois órgãos identificam irregularidades no pagamento do auxílio.

 

Quem tem direito ao auxílio emergencial?

Tem direito ao benefício o cidadão maior de 18 anos (ou mãe com menos de 18) que atenda a todos os seguintes requisitos:

• Pertença à família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50) ou cuja renda familiar total seja de até 3 (três) salários mínimos (R$ 3.135,00); e

• Que não esteja recebendo benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou outro programa de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família;

• Que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);

• Esteja desempregado ou exerça atividade na condição de:

 

- Microempreendedores individuais (MEI);

- Contribuinte individual da Previdência Social;

- Trabalhador Informal, de qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo.

 

Quem não tem direito ao auxílio?

Não tem direito ao auxílio emergencial o cidadão que:

 

• Pertence à família com renda superior a três salários mínimos (R$ 3.135,00) ou cuja renda mensal por pessoa da família seja maior que meio salário mínimo (R$ 522,50);

• Tem emprego formal;

• Está recebendo seguro-desemprego;

• Está recebendo benefícios previdenciários, assistenciais ou benefício de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família;

• Recebeu rendimentos tributáveis acima do teto de R$ 28.559.70 em 2018, de acordo com declaração do Imposto de Renda.

 

 

 

Centrão prepara emenda para tentar jogar eleição para 2022

 

Posted On Sábado, 20 Junho 2020 07:18 Escrito por
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