Drogas ligadas a narcotraficante Ronald Roland eram enviadas para cartéis do México, diz polícia; em MG, lavagem de dinheiro envolvia vida de luxo
Por Ricardo Brandt
Festas ostentação, carrões de luxo e uma mansão de R$ 2,5 milhões comprada em Minas Gerais levaram a Polícia Federal (PF) a deflagrar nesta terça-feira (02) a Operação Terra Fértil. O alvo é um esquema de lavagem de R$ 5,5 bilhões do tráfico de cocaína que liga cartéis produtores ao PCC e a cartéis do México, como o de Sinaloa e o Los Zetas.
O alvo central é o esquema de um velho conhecido da PF, o traficante Ronald Roland, que já foi pego em outras operações. Foram cumpridos 9 mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão em sete estados: Bahia, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. As ordens foram da 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte.
Os negócios de envio de cocaína dos cartéis produtores para a América Central e outros países da América do Sul, como a Venezuela, eram conhecidos da PF. O narcotraficante é ligado ao PCC e também a cartéis mexicanos, como o de Sinaloa. Em 2015, Roland foi alvo da Operação Dona Bárbara, por tráfico ligado às Farcs (grupo paramilitar da Colômbia).
Na nova frente de investigação, a PF mira a lavagem do dinheiro obtida com a venda e o transporte das drogas. O esquema passou a ser alvo dos policiais federais em Minas Gerais, depois de a compra de uma mansão de R$ 2,5 milhões, em Uberlândia (MG).
Os carrões de luxo na residência, seus frequentadores e as festanças chamaram a atenção. A PF descobriu que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem empregados registrados, para comprar imóveis e veículos. Teriam movimentado mais de R$ 1 bilhão por ano, desde 2020.
"Os sócios das empresas, muitas vezes, não tinham emprego formal há anos e alguns até receberam auxílio emergencial", informou a PF, em nota.
Segundo a PF, Roland "fora investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos Cartéis Mexicanos".
Projeto de Lei de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) deve seguir agora para a Câmara dos Deputados
Por Guilherme Resck
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (2), um Projeto de Lei (PL) que autoriza adiar, por até quatro anos, o pagamento de parcelas vencidas ou prestes a vencer de crédito rural em municípios onde tiver sido declarado estado de calamidade ou situação de emergência devido a seca ou enchente.
A medida vale para as parcelas das operações contratadas nos anos de 2022 a 2024, e o estado de calamidade ou situação de emergência na cidade precisará estar reconhecido por ato oficial do município, do Distrito Federal, do estado ou do governo federal.
O texto ressalta que a prorrogação suspende a exigência do pagamento de financiamentos e empréstimos contratados no âmbito dos seguintes programas e financiamentos de crédito rural:
1 - Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra);
2 - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro);
3 - Programa de desenvolvimento cooperativo para agregação de valor à produção agropecuária (Prodecoop);
4 - Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
5 - Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp);
6 - Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO);
7 - Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (BNDES – Procap–Agro);
8 - BNDES – Agro;
9 - BB – Investe Agro;
10 - Financiamentos de Custeio Pecuário;
11 - Crédito Rural Sicoob;
12- Banco da Amazônia – BASA;
13 - Caixa Econômica Federal;
14 - Banco do Brasil.
O projeto, de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), recebeu parecer favorável do relator na CAE, senador Alan Rick (União-AC). Ele segue agora para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no plenário do Senado.
Em seu parecer, Alan Rick disse que o projeto é bastante oportuno. "Contribui para aprimorar as estratégias de amparo aos produtores rurais brasileiros em estado de calamidade ou situação de emergência devido ao clima, como as estiagens prolongadas que se constatam em diversas regiões do País ao longo dos últimos anos", escreve.
Segundo o parlamentar, é "fundamental" incluir como alvo da proposição "os produtores que sofrem com inundações e, à semelhança daqueles que habitam em regiões com estiagens prolongadas, tiveram significativos prejuízos econômicos ao longo dos últimos anos".
Ele relembra ainda que o Rio Grande do Sul enfrentou um dos maiores desastres climáticos com as chuvas que provocaram 178 mortes e afetaram direta ou indiretamente 2,3 milhões de pessoas.
As fortes chuvas, pontua o senador, afetaram 471 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, tendo sido reconhecido o estado de calamidade em 78 deles e de emergência em 340.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que existe “um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país”. As declarações ocorreram nesta terça-feira (2), em entrevista à Rádio Sociedade na Bahia
Por Victor Nunes
“Obviamente me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. Há um jogo especulativo contra o real no país”, disse. “Tenho conversado com as pessoas [sobre] o que vamos fazer, estou voltando quarta [3/7] e temos uma reunião. Não é normal”.
“Semana passada dei entrevista no Uol. Depois da entrevista, alguns especialistas falaram que o dólar subiu ‘por conta da entrevista do Lula’. Fomos descobrir que o dólar tinha subido 15 minutos antes da minha entrevista”, destacou.
Lula também criticou a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central: “Minha visão sobre o Banco Central não é teórica. É de um presidente que já foi presidente e teve um Banco Central sob meu domínio por oito anos, com total autonomia. Alguém pode dizer que Meirelles não teve autonomia? Ele ficou oito anos no meu mandato. Fernando Henrique Cardoso trocou três presidentes do Banco Central, e é normal. O que é anormal é o Lula trocar ou querer indicar alguém”.
“Definitivamente, eu acho que ele tem um viés político, e eu não posso fazer nada, eu tenho que esperar ele terminar o mandato e indicar alguém”, disse em entrevista à Rádio Sociedade, da Bahia, onde está para cumprir agendas. O mandato de Campos Neto termina em dezembro.
Segundo Lula, ele não indica alguém para uma estatal ou para o BC para fazer o que o presidente da República quer. “Quando a gente indica, a gente não indica para essa pessoa fazer o que quer, porque as empresas têm diretoria, conselho. O Banco Central a mesma coisa, o Banco Central tem uma função que é cuidar da política monetária e atingir meta de inflação”.
Em seguida, ele disse que o BC é “um banco do Estado brasileiro para cuidar da política monetária”, que “pode estar a serviço do sistema financeiro, do mercado”.
Alta no dólar
Na segunda-feira (1), o dólar à vista ultrapassou os R$ 5,65, encerrando a sessão no maior valor em dois anos e meio.
A cotação final foi de 5,6538 reais na venda, uma alta de 1,13%.
Gastos públicos
Na entrevista, o atual chefe de estado do Brasil também destacou a preocupação com os gastos públicos, mas afirmou que não fará ajuste fiscal em cima da população mais pobre ou alterará a atual política do salário-mínimo.
“Muita gente fala que é preciso cuidar dos gastos públicos, e ninguém cuidou melhor do que eu. Não posso aceitar a ideia de que é preciso acabar com benefício de pobre, que o Bolsa Família está custando muito caro, ou que a política de investir em faculdade está custando caro”, ressaltou.
São 13 capacitações EAD disponíveis durante todo o mês, sendo duas novidades: os cursos de Inglês Nível ll e Excel Básico
Da Ascom Secad
Em atenção à continuidade da qualificação profissional dos servidores tocantinenses, a Secretaria da Administração (Secad), por meio da Escola de Governo do Tocantins (Egov/TO) irá disponibilizar 13 cursos EAD durante o mês de julho. Os cursos contarão com uma programação diferenciada, permanecendo disponíveis para inscrição e realização a qualquer momento durante o período do dia 8 a 28 de julho deste ano. São ofertadas 200 inscrições por curso, totalizando 2.600 vagas. A carga horária varia entre 24 e 60 horas, de acordo com a capacitação escolhida e seus conteúdos programáticos.
A novidade fica por conta de dois novos cursos: Inglês Nível II e Excel Básico. Esses temas são voltados especialmente aos servidores que pretendem aprimorar seus conhecimentos na língua inglesa e desenvolver competências comunicativas, estratégicas e interculturais; e se destacar e dominar a criação de planilhas, relatórios, análises e organização de dados.
Os interessados podem acessar a plataforma de cursos da Escola de Governo por meio do link: escoladegoverno.to.gov.br, realizar a inscrição e imediatamente iniciar os estudos. Para mais informações, a Egov está disponível pelo telefone: 3218-1542.
Com início da temporada de praias, fiscalização realiza ação de fiscalização e educação ambiental em todas as regiões do Tocantins
Por Lidiane Moreira
Nesta segunda-feira, 1º, a fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), em parceria com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e a Secretaria de Meio Ambiente de Araguanã, na região norte do Tocantins, concluiu fiscalização conjunta nas ilhas e praias do município. A ação objetivou orientar e fiscalizar questões relacionadas à preservação do meio ambiente, construção de acampamentos e o destino final do material utilizado na estrutura desses acampamentos no final de temporada. Iniciada em 24 de junho, a ação visou alcançar o maior número possível de acampamentos.
Nas visitas e inspeção a acampamentos, os fiscais do Naturatins forneceram orientações aos ocupantes dos acampamentos sobre a importância da preservação ambiental e práticas sustentáveis. Na fiscalização de construções foi verificada a conformidade das estruturas de acampamentos temporários com as normas ambientais e de uso do solo para garantir que os materiais utilizados na construção dos acampamentos tenham um destino final adequado, a fim de evitar a poluição e degradação ambiental.
Região sul e sudeste
No sul e sudeste, as ações de fiscalização foram voltadas à orientação, educação e conscientização ambiental junto aos empreendimentos e empreendedores do ramo turístico, bem como também aos acampamentos recreativos e turistas que já se encontram instalados nas praias locais dos municípios de Formoso do Araguaia e São Salvador.
Durante as ações foram exaltados assuntos como destinação correta dos resíduos sólidos, conferência de documentação de licenciamento das atividades de turismo e pesca profissional existente na região, além das palestras e reuniões para a preservação ambiental e bom uso dos recursos naturais.
“Temos como missão a realização de ações que venham a prevenir e coibir danos à natureza e qualquer tipagem de infração ambiental, sendo o papel principal a proteção das espécies e defesa do meio ambiente em sua totalidade”, destacou o gerente Cândido José dos Santos Neto.
Região central
Na sexta-feira, 28, em Porto Nacional, foi realizada na Colônia de Pescadores Z4 de Porto Nacional, reunião com os pescadores profissionais sobre a Portaria Conjunta nº 01/2023 que dispõe sobre a proibição da pesca profissional no Lago da UHE Lajeado nos trechos correspondentes à foz de cursos hídricos nos municípios de Palmas e Porto Nacional.
“Inicialmente, abordando sobre a portaria conjunta nº 01/2023, transmitimos aos presentes os motivos que levou os órgãos integrantes da portaria a tomar a decisão de suspender pelo um período de 12 meses a pesca no reservatório da usina hidráulica de Lajeado, bem como a pesca no raio de 02 km à foz de cursos hídricos tributários, nos municípios de Palmas e Porto Nacional, onde mostramos no mapa os referidos trechos proibidos”, explicou o fiscal ambiental Natal de Castro.