Palmas, a Capital do Tocantins, tem, pela primeira vez a possibilidade de ter um segundo turno nas eleições municipais. Apesar de remota, a possibilidade é considerada pela Justiça Eleitoral, por conta do crescimento no número de habitantes e de pessoas de outros municípios que detém títulos eleitorais na Capital
Por Edson Rodrigues
O fato de ser uma cidade administrativa, leva vários servidores públicos e suas famílias a verem mais facilidade em ter seus títulos eleitorais registrados na Capital que em suas cidades de origem.
Trabalham em palmas os servidores dos poderes públicos municipal, estadual e federal, além de outros órgãos dos poderes Legislativos, Judiciários e de diversos órgãos federais, além dos que já se encontram aposentados – cerca de 57 mil pessoas, no mínimo – a maioria chefes de família.
Junte-se a esse contingente cerca de 200 mil formado pelos funcionários da iniciativa privada, professores de escolas, colégio e faculdades, todos formadores de opinião, sem esquecer os servidores exonerados pelos governos do Estado e municipal - os primeiros por conta da adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal e os demais por serem ligados ao ex-prefeito, Carlos Amastha, com raríssimas exceções. Não podemos, também, deixar e mencionar nessa leva, o montante de funcionários comissionados da Câmara Municipal de Palmas, que foram demitidos por recomendação judicial.
Muitos componentes dessa massa estão com seus nomes no Serasa ou no SPC, fizeram empréstimos consignados, compraram fiado no comércio, estão com prestações da faculdade de seus filhos atrasadas, por conta da malversação do dinheiro público por parte dos políticos, loucos para dar o troco na cabine de votação.
Além de todos já citados, é preciso levar em consideração os jovens recém formados em diversos cursos superiores e técnicos, muitos demitidos por conta da crise econômica e outros muitos em busca do primeiro emprego. A grande maioria, componentes da base da pirâmide social, de onde vem a maioria dos eleitores.
ADEQUAÇÃO
É por isso que, nas eleições que se aproximam, os candidatos deixem bem claro quem são seus apoiadores. É recomendável que os pré-candidatos se façam acompanhar em suas reuniões ao lado de um apoiador afinado com essas classes de eleitores elencadas acima, pois as pesquisas de intenção de voto vão abranger, certamente, exatamente essas categorias de eleitores, principalmente as qualitativas e, como se sabe, o planejamento das campanhas é feito por profissionais de marketing que já estudaram esse território, os cenários possíveis e os personagens (entrevistados).
Optar por marketeiros “paraquedistas”, que não conhecem as peculiaridades dos eleitores tocantinenses, vindos do Sul, Sudeste, Nordeste e do Norte do país, sem nenhum conhecimento, sem nenhuma vivência nem com o eleitorado nem com os veículos de comunicação tocantinenses, e que buscam “se adequar” durante a campanha, pode ser um tiro no pé, capaz de ser fatal para candidatos que tinham bons índices de aceitação, mas sucumbiram ante trabalhos de marketing eleitoral completamente fora da realidade do Tocantins. É mais ou menos como trocar o pneu com o carro em movimento. Simplesmente não dá certo.
Não vamos citar nomes que, no passado, sofreram desse mal, mas podemos afirmar que candidatos de Porto Nacional, Gurupi e Araguaína optaram por essa prerrogativa e acabaram sucumbindo fragorosamente.
MERCADO LOCAL
O Tocantins tem ótimos profissionais de marketing político, que operam em território tocantinense em pleno convívio com os personagens, com as tradições e as peculiaridades do eleitor tocantinense. Outros vieram em eleições passadas e resolveram adotar o Tocantins como seu mercado de trabalho, por aqui ficando para morar e aprendendo a lidar com as variáveis.
São profissionais éticos, técnicos, eficientes, como Lincoln Morais, da TV 3, Vieira de Melo, Marcelo Silva, Zelma Coelho e Mônica Calassa, entre muitos outros, que reúnem todas as características acima, além de grupos de colaboradores afinados com sua filosofia de trabalho e que estão há décadas no mercado do Tocantins.
Fica a dica.
O NOVO
Pois bem. Todos os eleitores insatisfeitos com os serviços prestados pela classe política mal intencionada, dificilmente deixarão de optar pelos candidatos que representem o “novo”. Pessoas com o passado ilibado, com carreiras de sucesso, atuantes na vida empresarial, geradores de emprego e pagadores de impostos.
Essa será a aposta da base da pirâmide eleitoral, que reúne a imensa maioria dos votantes. Uma candidatura nova, sem vícios, com propostas progressistas, com geração de emprego e renda, que traga tudo o que eles precisam, exatamente, ouvir para serem convencidos a votar.
Há uma passagem bíblica que diz: “diga-me com quem andas, que te direi quem és”.
Pois a base da pirâmide eleitoral, formada por quase 60% dos eleitores será quem vai decidir os vencedores em Palmas.
Desconhecer os desejos e as demandas dessa base, é pedir para ficar de fora da vida pública.
Quem avisa amigo é!
Da Assessoria
Faltando menos de um mês para o recesso legislativo, previsto para começar em 19 de dezembro, os trabalhos se intensificam na Assembleia Legislativa. De acordo com o presidente da Casa, deputado Antonio Andrade (PTB), a meta é zerar a pauta de votações até a data.
“Assim como fizemos no primeiro semestre, estamos empenhados em votar todas as matérias hoje na Casa. Vamos mais uma vez limpar as gavetas, este é nosso trabalho. Queremos começar o ano com a pauta zerada e a sensação de dever cumprido”, argumentou o presidente da Casa.
Produtividade em alta
Para o presidente, a atual legislatura deve entrar para a História como uma das mais produtivas do parlamento estadual. “Vamos bater o recorde de sessões realizadas em relação aos últimos quatro anos”, comemorou Antonio Andrade.
A alta produtividade parlamentar se deve à conjunção de alguns fatores. Entre eles, se destacam a gestão voltada para resultados implantada pelo presidente Antonio Andrade e a atuação dos 23 parlamentares.
LDO
A Casa tem importantes leis a tramitar nas comissões, entre elas a de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está na Comissão de Finanças e tem reunião extraordinária marcada para a próxima terça-feira, 3, quando o relator, deputado Nilton Franco (MDB), deve apresentar seu parecer. Depois dessa fase, a LDO deve entrar em pauta para votação.
Números
Segundo dados da Diretoria Legislativa da Assembleia, em 2015 foram realizadas 162 sessões; em 2016 foram 170; em 2017 foram 154; 2018, 157; e até o dia 28 de novembro de 2019 foram 160 sessões.
Proposta já passou pela CCJ e agora será analisada por uma comissão especial. Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deu aval à tramitação da proposta
Com Jornal Gazeta
Nesta quarta-feira (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a previsão é votar entre fevereiro e março do ano que vem a proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a prisão após condenação em segunda instância.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deu aval à tramitação da proposta. Agora, o texto será analisado por uma comissão especial, responsável por discutir o mérito (conteúdo) da PEC.
Por se tratar de emenda à Constituição, o texto deverá ser submetido a dois turnos de votação no plenário e só será aprovado se receber os votos favoráveis de ao menos três quintos dos parlamentares, isto é, 308 dos 513 deputados. Se aprovada, a PEC seguirá para o Senado.
"Nós teremos nos primeiros meses do ano que vem uma solução clara para o fim desse tema, que é um tema que gera na sociedade uma visão muito forte de impunidade no Judiciário brasileiro", afirmou Rodrigo Maia nesta quarta.
"Acho que a comissão trabalha mais um período para cumprir todo o prazo constitucional, o prazo regimental, e aí nós superamos essa matéria entre o mês de fevereiro e março na Câmara dos Deputados", acrescentou.
Inicialmente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que buscaria um acordo entre Senado e Câmara sobre o texto a ser aprovado.
Como não houve acordo, a maioria dos líderes partidários do Senado decidiu esperar uma definição da Câmara sobre o tema para discutir a prisão após a condenação em segunda instância.
O que diz a PEC
Segundo o artigo 5º da Constituição, "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória", isto é, enquanto não se esgotarem as possibilidades de recurso a todas as instâncias da Justiça.
A proposta em discussão na Câmara define que o réu só poderá recorrer até a segunda instância e, depois disso, o processo transitará em julgado.
A PEC define ainda que o processo até poderá seguir para o Supremo Tribunal Federal (STF) ou para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas por meio de uma nova ação para questionar aspectos formais da sentença.
Julgamento no STF
No último dia 7, o STF decidiu por 6 votos a 5 derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento adotado desde 2016.
A maioria dos ministros entendeu que a prisão de uma pessoa condenada só pode ser decretada após o trânsito em julgado.
Um dia após a decisão do STF, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a sala em que estava preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Nas próximas eleições, a cláusula de barreira ficará cada vez mais rígida
Com G1
O Fundo Partidário foi criado em 1995 para bancar despesas cotidianas dos partidos, como contas de luz, água e salários e é formado por uma mistura de dinheiro público e privado que vem de arrecadação de multas, penalidades pagas por partidos políticos, doações de pessoas físicas e um montante definido todo ano através da Lei Orçamentária.
O valor aprovado para 2019, por exemplo, é de mais de R$ 927 milhões; 5% desse valor são distribuídos igualmente com todos os partidos legalmente registrados. O restante, 95%, é dividido proporcionalmente de acordo com o número de deputados que cada partido tem.
Quem tem mais, ganha mais.
E um detalhe: para receber dinheiro do fundo, o partido precisa ter atingido a cláusula de barreira, que nas eleições de 2018, a regra foi a seguinte: atingir 1,5% dos votos válidos em no mínimo 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas.
Isso, ou ter pelo menos nove deputados eleitos em, no mínimo, 1/3 das unidades da Federação.
Nas próximas eleições, a cláusula de barreira ficará cada vez mais rígida.
Minirreforma Eleitoral
Em setembro, o Congresso aprovou a minirreforma eleitoral. De acordo com o projeto, o fundo partidário poderá ser usado também para:
Impulsionar conteúdos na internet;
Comprar passagens aéreas para não-afiliados;
Contratar advogados e contadores, sem que o valor seja contabilizado no limite de gastos estipulado pelo TSE.
Fundo Eleitoral
Já o Fundo Eleitoral foi criado em 2017 para bancar as despesas de campanhas eleitorais, compensando assim o fim do financiamento privado - determinado pelo Supremo em 2015. Ou seja, o Fundo Eleitoral, como o nome indica, só está disponível em ano de eleição.
Em 2018, o valor foi de R$ 1,7 bilhão. Em 2020, a estimativa é de que seja de R$ 2 bilhões.
A divisão acontece assim:
2% igualmente entre todos os partidos;
35% entre os partidos com ao menos um deputado;
48% entre os partidos na proporção do número de deputados;
15% entre os partidos na proporção do número de senadores.
Senadores acataram voto do relator, Irajá, favorável à prorrogação, e projeto vai ao Plenário
Com Agência Senado
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião deliberativa para leitura do relatório da indicação de Fernanda Feitosa Nechio para diretora do Banco Central (BC). Em pronunciamento, senador Irajá (PSD-TO).
Templos religiosos e entidades beneficentes de assistência social poderão continuar isentos de ICMS até 31 de dezembro de 2032, segundo o entendimento da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Por unanimidade, os senadores aprovaram, nesta terça-feira (26), o projeto que prorroga por mais 15 anos, contados a partir de 2017, a possibilidade de os estados darem isenções, incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais a essas instituições (PLP 55/2019).
A comissão seguiu o voto do relator, o senador Irajá (PSD-TO), favorável à prorrogação. Ele explicou que o PLP muda a Lei Complementar 160, de 2017. Ela estabelece prazos de um a 15 anos para isenções, sendo o mais curto — de um ano — a regra geral, na qual templos e entidades assistenciais foram enquadrados. O prazo máximo é concedido a atividades agropecuárias e industriais e a investimentos em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária e de transporte urbano.
“Não há justificativa para que os incentivos voltados para templos e instituições assistenciais tenham sido enquadrados na regra geral, com prazo mais curto”, disse Irajá em seu voto. Ele citou que a Constituição prevê que ações governamentais na área da assistência social serão organizadas de forma descentralizada, cabendo às entidades beneficentes e de assistência social papel essencial na coordenação e execução das atividades. Também reconheceu a importância das entidades religiosas de qualquer culto e das associações beneficentes para a sociedade.
“De fato, esses benefícios eram concedidos a essas entidades com o único intuito de facilitar o seu trabalho”, destacou. A isenção para templos e entidades beneficentes de assistência foi encerrado em 2018.
Irajá esclareceu que o projeto não implica diretamente renúncia de receita, apenas autoriza os estados a firmar convênios sobre incentivos fiscais do ICMS voltados a templos de qualquer culto e a entidades beneficentes de assistência social. De acordo com a autora do projeto, a deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ), “não se trata de nova isenção, mas apenas de renovação daquilo com que elas já contavam antes da lei complementar”.
Agora a proposta deve ser votada no Plenário do Senado, para onde foi enviada com urgência. Como já passou pela Câmara dos Deputados, se for também aprovada pelos senadores sem alteração substancial, poderá seguir para sanção presidencial.