Revelação de que ex-deputada passou contato de Glenn Greenwald a hacker que invadiu telefones de autoridades muda planos do PCdoB
Com jornal O Estado de S. Paulo
Após a revelação, no fim de julho, de que a ex-deputada Manuela DÁvila (RS) foi a ponte entre o hacker que violou telefones de centenas de pessoas, entre elas autoridades dos três Poderes, e o site The Intercept Brasil, a direção do PCdoB interrompeu, pelo menos temporariamente, a estratégia pensada para ela - aproveitar a grande exposição obtida pela candidatura à Vice-Presidência na eleição do ano passado para consolidá-la como um nome forte do partido para 2020. O episódio, no entanto, obrigou a ex-deputada a se recolher.
Na última semana, Manuela parou de dar entrevistas e de interagir nas redes sociais - território que dominava com desenvoltura - e se impôs uma espécie de autoexílio na Escócia, onde faz curso de inglês, ao lado do marido e da filha. Seus advogados, José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, e Alberto Toron, também têm fugido dos microfones.
A ideia é evitar que a ex-deputada vire protagonista do caso conhecido como "Vaza Jato" e que seu papel fique circunscrito ao que foi divulgado até agora: o de apenas intermediária entre o hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho, e o jornalista Glenn Greenwald.
No entorno de Manuela a ordem é protegê-la de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que tentam usar o episódio para transformá-la no vínculo entre o hacker e o PT de Fernando Haddad, de quem ela foi candidata a vice na eleição presidencial do ano passado.
Depois da eleição, a única missão partidária de Manuela foi se manter em evidência por meio de uma agenda que misturava feminismo, maternidade e combate às fake news - assunto que ganhou destaque na última disputa presidencial.
Prefeitura. No início do ano, o PCdoB chegou a cogitar que ela transferisse o título eleitoral para São Paulo a fim de se lançar candidata à Prefeitura da maior cidade do Brasil, onde ganharia ainda mais visibilidade e a possibilidade de marcar diferenças em relação ao PT. Mas Manuela rejeitou de pronto a ideia e se mantém como pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, onde lidera as pesquisas de opinião.
O jornalisita Glenn Greenwald em visita de cortesia a Lula na cadeia em Curitiba
Manuela está sem ocupar um cargo público pela primeira vez desde 2005, quando ganhou a sua primeira eleição como vereadora de Porto Alegre. Depois disso foi deputada federal por dois mandatos e deputada estadual pelo Rio Grande do Sul na legislatura que se encerrou no fim do ano passado.
Após a derrota no segundo turno, ela anunciou que estava abrindo uma loja de camisetas com frases políticas muito difundidas durante a eleição. Manuela disse que a ideia era que a venda financiasse seu novo instituto, o "E Se Fosse Você" - criado, segundo ela, para combater fake news e "redes de ódio".
Essa foi a forma encontrada por Manuela para cumprir a tarefa partidária de se manter em evidência enquanto o PCdoB articula seu futuro político. Além da ONG, a ex-deputada também viajou pelo Brasil para lançar o seu primeiro livro, intitulado Revolução Laura, com histórias e reflexões sobre suas experiências desde a chegada da filha, hoje com 4 anos. No segundo semestre, ela planeja lançar seu segundo livro, ainda sem título, sobre feminismo.
Retorno. Segundo pessoas próximas à ex-deputada, o autoexílio tem prazo para terminar. Manuela deve voltar ao Brasil antes da reunião do comitê central do PCdoB marcada para o dia 16, que deve ser transformada em um ato de desagravo e solidariedade à ex-deputada.
Às poucas pessoas com quem teve contato, ela tem demonstrado tranquilidade e confiança de que não cometeu crime algum. Formalmente ela não é investigada. Na semana que vem seus advogados vão entregar à Polícia Federal as mensagens que ela trocou com Vermelho no dia 12 de maio, quando o hacker invadiu seu celular.
Amigos dizem que ela pensou que a abordagem era uma armadilha preparada por adversários, até que Vermelho começou a enviar conteúdos das mensagens hackeadas. Mesmo assim, afirmaram, Manuela agiu com precaução e tentou se desvencilhar, indicando um jornalista de sua confiança.
Manuela já entregou à PF comprovantes das reservas de passagens e estadia na Escócia feitas bem antes do contato com Vermelho como provas de que não está fugindo do Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Siqueira Campos 91 de muitas lutas
Muitas homenagens e emoção marcaram a o aniversário do Senador Siqueira (PSDB), Campos dia 1 de agosto, um dos ponto alto das comemorações foi o culto ecumênico que comemorou seus 91 anos na quinta-feira, 1º, na Praça dos Girassóis, em Palmas. A surpresa foi a presença do cantor e compositor Moacyr Franco, amigo pessoal de Siqueira e seu colega de Câmara dos Deputados nos anos 1980. A presença dele foi uma articulação do senador Eduardo Gomes (MDB) e do jornalista Cleiton Aguiar. O músico foi às lágrimas no reencontro com Siqueira. O evento foi uma iniciativa da Associação dos Pioneiros de Palmas (Appa), da qual o também ex-governador é presidente de honra.
O Governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, parabenizou o senador Siqueira Campos pelo aniversário de 91 anos, que é celebrado nesta quinta-feira, 1º de agosto. Autor da Emenda Constitucional que determinou a criação do Estado e primeiro Governador do Tocantins.
Intimidação
E assim que associação dos funcionários do fisco vêem a decisão do ministro do TCU que dá 15 dias para Receita informar nomes de fiscais que fiscalizaram autoridades. Em uma rede social, o secretário especial da Receita, Marcos Cintra, informou na noite deste sábado que recebeu o pedido do TCU. Na mensagem, ele disse que está "surpreso" com as suspeitas levantadas nos últimos dias contra o Fisco, instituição que ele disse que "sempre buscou lisura e impessoalidade em suas ações".
A ordem partiu do ministro Bruno Dantas do TCU e estende-se às invesigações sobre além de cônjuges e dependentes, das autoridades nos últimos cinco anos. Ele também requereu os números dos processos autuados nesse período.
A determinação de Dantas vem na esteira da decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes ordenar o afastamento de servidores da Receita e suspender todos os procedimentos investigatórios instaurados pelo órgão envolvendo 133 contribuintes por indícios de irregularidades. A apuração da Receita incluiu, as mulheres dos ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
A decisão do TCU aperta o cerco contra funcionários da Receita e representa um golpe no Estado policial que dominou o país nos últimos anos e ainda resiste, neste momento sob a liderança de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e de Raquel Dodge.
O ministro Bruno Dantas pediu informações não apenas sobre que servidores foram designados para atuar em processos autuados contra presidentes da República e ministros de Estado, integrantes do Legislativo, ministros de tribunais superiores e de tribunais regionais federais. Pediu também que sejam informados os nomes dos servidores que, mesmo sem vínculo a esses processos, acessaram aos dados fiscais.
Sindifisco critica pedido do TCU
À TV Globo, o presidente do SindiFisco, Kleber Cabral, afirmou que o pedido do ministro do TCU é "indevido" e um "claro processo intimidatório".
Clã Bolsonaro contratou 102 pessoas com laços familiares
Tanto aqui assim como lá os laços familiares são fortes na hora de arranjar uma boquinha, é que aponta um levantamento feito pelo jornal O GLOBO onde revela que, desde o primeiro mandato de Jair Bolsonaro como deputado, em 1991, foram nomeados para seu gabinete e os de seus três filhos políticos (Flávio, Carlos e Eduardo) 286 assessores, dos quais 102 têm algum parentesco ou relação familiar entre si. Só da família Bolsonaro, são 22.
Em vários casos, há indícios de que as pessoas não exerceram as funções dos contratos. Procurados, dois dos nomeados negaram ter trabalhado; e duas pessoas declararam outras ocupações. Uma mulher que foi contratada por 15 anos no gabinete de Flávio com o salário médio de R$ 7,3 mil, por exemplo, informou na Justiça ser "do lar".
Outra, apesar de contratada por Carlos de 2005 a 2019 por R$ 10,7 mil em média, declarou em cartório ser "babá". A defesa do senador Flávio Bolsonaro diz que as contratações foram legais. O Palácio do Planalto, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo não comentaram o assunto.
Terra desapropriada pode ser devolvida aos antigos donos
Mutirão do governo irá priorizar fazendas em que não existam acampamentos. Sob o argumento de que é preciso destravar a reforma agrária, o governo prepara um mutirão para fechar acordos com proprietários que questionam a tomada de suas terras ou reclamam do valor pago como indenização. Segundo o secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Nabhan Garcia, o governo espera que as conciliações permitam devolução da terra, ou de parte dela, aos fazendeiros. Há casos em que a disputa judicial se arrasta há décadas. O secretário sustenta que a intenção é resolver os litígios sem confronto com as famílias.
"Vai ter reintegração de posse. Mas o objetivo é que a família seja acomodada em outro lote, desde que cumpra requisitos previstos em lei", diz. O governo também tem como meta entregar 200 mil títulos definitivos de terra até 2022. O Ministério da Agricultura calcula que 975 mil famílias estão assentadas, mas apenas uma pequena parte tem o documento final de propriedade.
Alta velocidade
Leilão de 5G põe em xeque serviço de TV por assinatura. Tecnologia de quinta geração permite transmissões pela internet via celular. O governo federal quer leiloar as frequências da telefonia de quintageração, o chamado 5G, até o primeiro semestre de 2020, mas as empresas do setor resistem por-que, com esse serviço, acreditam colocar em risco de extinção a TV por assinatura. A capacidade de transmissão de dados, bem maior que a do 4G, dispensaria levar via cabo ou fibra a conexão de internet às residências.
Seria possível oferecer o serviço de TV por antenas de celular, o que faria as teles perderem parte de seu negócio. Essa realidade, associada à crescente oferta de aplicativos que exibem canais de TV e conteúdo de estúdios estrangeiros pela internet, sem a necessidade de passar pelo empacotamento das operadoras, tem sido encarada como uma ameaça. Embora defendam publicamente a evolução da tecnologia, nos bastidores, as teles tentam ganhar tempo para se posicionar diante das mudanças com o 5G. Na melhor das hipóteses, o leilão ocorrerá em julho do ano que vem. A nossa realidade o preço que se paga pelo serviço de telecomunicações e mais veloz...
Dodge nega sofrer pressão para afastar Deltan da Lava Jato
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, negou sofrer pressão para afastar o procurador Deltan Dallagnol da coordenação da força-tarefa da Lava Jato, na esteira do conteúdo das mensagens publicadas pelo site The Intercept Brasil com diálogos dele.
Nesta sexta-feira (2), a Folha de S.Paulo noticiou que, após requisitar à Polícia Federal as mensagens hackeadas de autoridades, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) passaram a articular o afastamento de Deltan do comando da Lava Jato, em Curitiba, e que Dodge tem sido pressionada a tomar essa medida.
Em nota, a Procuradoria-Geral da República negou. "A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não sofreu qualquer pressão de qualquer tipo para determinar a medida de afastamento referida na matéria, de quem quer que seja", diz o texto.
Ainda segundo a nota, Dodge não convocou reunião de emergência na PGR para discutir o assunto.
"Mais do que isso, [a PGR] esclarece que o princípio constitucional da inamovibilidade é garantia pessoal do procurador Deltan Dallagnol, [...] de não ser afastado dos processos da Lava Jato, dos quais é o promotor natural, na condição de titular do ofício onde tramitam todos os processos deste caso", sustentou.
Dodge compara STF a 'tribunal de exceção' e vê inquérito das fake news como ilegal
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que seja anulado o inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar notícias falsas, ameaças e calúnias contra seus ministros. Em manifestação enviada à corte na quarta (31), ela pediu que a portaria que instaurou as apurações, assinada pelo ministro Dias Toffoli em março, seja declarada ilegal e inconstitucional. A manifestação se deu em mandado de segurança apresentado pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), no qual requer liminar para que os efeitos do ato editado por Toffoli sejam suspensos e, no julgamento definitivo, considerados nulos.
Um dos propósitos é evitar que integrantes da categoria sejam alvo de medidas investigativas da corte, que são consideradas ilegais.
Governadores da Amazônia Legal defendem dados de desmate do Inpe
Governadores de sete dos nove estados que compõem a chamada Amazônia Legal demonstraram preocupação com o avanço acelerado do desmatamento na região durante encontro em Palmas, no Tocantins, nesta sexta-feira (2). Eles também defenderam os dados de desmate produzidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O posicionamento dos governadores ocorreu horas antes de o governo federal decidir exonerar o diretor do órgão, Ricardo Galvão, após sequência de ataques aos dados produzidos pelo Inpe e ao próprio Galvão.
Segundo o diretor do Inpe, sua exoneração foi motivada pela sua resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o que teria criado uma situação de constrangimento insustentável.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, no último dia 21, Galvão havia dito que até poderia ser demitido, mas que o instituto era cientificamente sólido o suficiente para resistir aos ataques do governo.
Durante a reunião em Palmas, Dino afirmou que o governo federal precisa ter melhor embasamento para questionar os dados que foram divulgados. "Nós não podemos pegar um dado científico e questionar apenas ideologicamente", afirmou.
Barbalho destacou que o crescimento do desmatamento ilegal na área em questão é reforçado pela medição feita pelos estados.
"Os governadores manifestam firmemente a preocupação com o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia Legal e ratificam o compromisso institucional de buscar mecanismos reais que garanta, o desenvolvimento sustentável da região", diz um trecho da denominada Carta de Palmas, que marcou o fim da 18ª edição do Fórum de Governadores da Amazônia Legal.
Um dos principais pontos debatidos foi o Fundo Amazônia, projeto que tem como principais doadores a Noruega e Alemanha e que tem como objetivo ações de preservação, monitoramento e combate ao desmatamento.
No encontro, os governadores formularam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal para defesa em bloco das pautas comuns.
A Amazônia Legal é formada por todos os estados da região Norte mais o Maranhão e o Mato Grosso.
Assinaram a Carta de Palmas os governadores do Tocantins, Mauro Carlesse; do Pará, Helder Barbalho; do Mato Grosso, Mauro Mendes; do Amapá, Waldez Goés; do Amazonas, Wilson Miranda; de Roraima, Antônio Olivério e do Maranhão, Flávio Dino.
Sertões 2019: Porto Nacional se prepara para receber o maior Rally das Américas
Emoção, velocidade, adrenalina, superação, lição de vida, cidadania e 27 anos de história, completados em 2019. Tudo isso faz parte do SERTÕES.
O maior evento brasileiro Off Road tem etapa marcada na Capital da Cultura Tocantinense, dia 28 de agosto, com dormida na cidade.
O trajeto começa em Campo Grande (MS) no dia 24 de agosto, com chegada em Aquiraz (CE), no dia 1º de setembro, passando por 40 cidades em seis Estados do Brasil.
São mais de 300 competidores que vão cruzar o Brasil numa viagem de quase 5.000 km. São carros, bugies de última geração, motos, quadriciclos e UTVs. Tem carro que cruza os Sertões andando a mais de 180 km/h.
A chegada dos pilotos será um momento único, junto ao arco de chegada do evento, montado na Vila Sertões, no Espaço Cultural Beira Rio – na Orla da cidade.
A Vila Sertões, aberta ao público, terá entrada franca, e, ainda, food park, tendas culturais e de artesanatos, lojinha Sertões, carreta TV Sertões, carreta médica, box, além de proporcionar aos visitantes, poder ver de pertinho as equipes e máquinas mais incríveis.
Fofoca
'Fofocada produzida por criminosos', diz Barroso sobre mensagens da Lava Jato. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso minimizou as mensagens vazadas da Lava Jato que vêm sendo publicados pelo site The Intercept Brasil desde junho. Para ele, "é difícil entender a euforia que tomou muitos setores da sociedade diante dessa fofocada produzida por criminosos". A declaração foi dada durante uma palestra em São José dos Campos (SP), nesta sexta-feira (2). Ele participava de um evento da Associação Comercial e Industrial da cidade.
Barroso disse que é preciso estar atento, "porque parte da agenda brasileira hoje foi sequestrada por criminosos". Afirmou ainda que considera impressionante a quantidade de pessoas que estão "eufóricas" com os hackers, "celebrando o crime".
Além das manifestações sobre o ataque virtual, o ministro opinou sobre o conteúdo das mensagens. Segundo ele, "há mais fofocas do que fatos relevantes, apesar do esforço de se maximizarem esses fatos".
"Nada encobre o fato de que a Petrobras foi devastada pela corrupção. Não importa o que tenha, não importa o que saia nas gravações (...). Nada encobre a corrupção sistêmica, estrutural e institucionalizada que houve no Brasil", afirmou o ministro, em uma defesa da Lava Jato que foi aplaudida pelos presentes.
O Intercept publicou as primeiras conversas no dia 9 de junho. O site informou, na época, que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, no aplicativo Telegram, a partir de 2015.
Falta de vergonha
“É uma vergonha”, diz Felipe Neto sobre tratamento dentário de Feliciano custar R$ 157 mil de dinheiro público. Youtuber diz que o fato representa “uma cuspida na cara do povo brasileiro. Qualquer um que defenda isso sofre de sério desvio de caráter”
O youtuber Felipe Neto reagiu com indignação diante da notícia de que o Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) gastou R$ 157 mil para fazer um tratamento odontológico, com dinheiro público. A Câmara dos Deputados reembolsou a quantia ao parlamentar.
“Inacreditável. Simplesmente inacreditável!!! 157 mil reais do nosso dinheiro pra pagar tratamento dentário do Marco Feliciano. É uma vergonha, um vexame, uma cuspida na cara do povo brasileiro. Qualquer um que defenda isso sofre de sério desvio de caráter”, postou em seu Twitter.
O pastor confirmou o valor do tratamento dentário e afirmou que sofria de dores crônicas relacionadas ao bruxismo. “Não desejo para ninguém. Sou político e pregador. Minha boca é minha ferramenta”.
Embora tenha afirmado que “não há crime”, o deputado reconheceu que o valor do tratamento ficou “caro”. “É um tratamento caro, mas foi para saúde, e não para estética. Foi para poder trabalhar. Como sou empregado, e onde trabalho há esta alternativa, eu precisava do tratamento”, afirmou. É uma falta de vergonha...
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o engenheiro Ricardo Galvão, anunciou nesta sexta-feira, 2, após uma reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, que deixará o cargo. Galvão afirmou a jornalistas na saída do encontro no ministério que suas declarações rebatendo críticas do presidente Jair Bolsonaro a dados do Inpe sobre desmatamento criaram “constrangimentos” que tornaram “insustentável” sua permanência à frente do instituto, dirigido por ele desde 2016.
Por João Pedroso de Campos
“Meu discurso com relação ao presidente criou constrangimentos. No entanto, eu tinha preocupação muito grande que isso fosse respingar no Inpe. Não vai acontecer. O ministro, inclusive, discutimos em detalhe como vai ser a continuação da administração do Inpe. Agora, é claro, diante do fato que a maneira que eu me manifestei em relação ao presidente, criou um constrangimento que é insustentável, então eu serei exonerado”, afirmou Galvão a jornalistas.
“Frente ao ministro Pontes não tive que defender nada, porque ele concorda inteiramente com os dados do Inpe, ele sabe como são os dados, foi só uma questão simples de comunicação que houve, que esperamos corrigir, temos que aprender com os erros, temos que corrigir no futuro”, completou.
O diretor do Inpe foi acusado por Bolsonaro de estar “a serviço de alguma ONG” após a divulgação de dados do instituto que mostraram um aumento de 88% no desmatamento da Amazônia em junho em relação ao mesmo mês em 2018. O presidente afirmou que os números eram “mentirosos”.
“Se toda essa devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria sido extinta seria um grande deserto”, disse Bolsonaro, durante um café da manhã com jornalistas estrangeiros. “A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”, atacou.
Ricardo Galvão reagiu às falas do presidente. Ele disse ter ficado escandalizado com as declarações e classificou a atitude de Bolsonaro como “pusilânime e covarde”. “A primeira coisa que eu posso dizer é que o senhor Jair Bolsonaro precisa entender que um presidente da República não pode falar em público, principalmente em uma entrevista coletiva para a imprensa, como se estivesse em uma conversa de botequim. Ele fez comentários impróprios e sem nenhum embasamento e fez ataques inaceitáveis não somente a mim, mas a pessoas que trabalham pela ciência desse país”, afirmou.
“Ele tomou uma atitude pusilânime, covarde, de fazer uma declaração em público talvez esperando que peça demissão, mas eu não vou fazer isso. Eu espero que ele me chame a Brasília para eu explicar o dado e que ele tenha coragem de repetir, olhando frente a frente, nos meus olhos”, declarou Galvão.
Ricardo Galvão iniciou a carreira no Inpe em 1970, fez doutorado em Física de Plasmas Aplicada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e é livre-docente em Física Experimental na USP desde 1983.
Presidente comentava duas decisões recentes que iam contra suas propostas de governo: redução de radares e corte de gastos públicos
Com AN
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) aproveitou a sua tradicional transmissão ao vivo de quinta-feira à noite para disparar críticas a decisões judiciais que contrariam suas propostas. "A Justiça está em cima do governo porque quer que a gente mantenha radares multando você. É a Justiça, lamentavelmente, se metendo em tudo", reclamou.
Na quarta-feira (30), contrariando a intenção de Bolsonaro de reduzir os radares no país, a Justiça validou um acordo entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério Público Federal para a instalação de 1.140 novos radares para monitorarem 2.278 faixas de rodovias não concedidas à iniciativa privada.
De acordo com o presidente, em encontro recente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, "havia na mesa pedido de 8 mil novos radares", que custariam, segundo Bolsonaro, R$ 1 bilhão para ser instalados.
Bolsonaro também reclamou em sua live sobre a possibilidade de a Justiça determinar o retorno ao trabalho de "milhares" de servidores que haviam sido demitidos – em março, o governo anunciou a extinção de 21 mil cargos, funções e gratificações. "Estamos contingenciando dinheiro de tudo que é ministério para acabar o ano não devendo muito e acontece isso. Não podemos continuar vivendo nessa insegurança jurídica no Brasil", disse o presidente. "São quase 20 mil cargos que a gente vai ter que voltar, ressuscitar. Entregar aí para professores universitários, entre outros."
Os comentários contra a Justiça foram feitos horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar uma Medida Provisória do governo que remanejava as demarcações de terras indígenas da Funai para o ministério da Agricultura.
Também nesta quinta-feira o ministro do STF Luís Roberto Barroso estabeleceu um prazo de 15 dias para Bolsonaro apresentar esclarecimentos sobre a morte do desaparecido político e integrante do grupo Ação Popular (AP) Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira – pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe de Santa Cruz.
CNI estima que juros básicos podem chegar a 5,25% ao ano até fim de 2019; queda de 0,5% surpreendeu parte do mercado que esperava corte de 0,25%
Com Brasil Econômico
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, depois de 16 meses de estabilidade, reduzir a taxa básica do juros (Selic) do país em 0,5% e agora ela é de 6% ao ano. Trata-se da menor taxa de juros desde 1986, no início da série histórica do BC.
As entidades que representam o setor produtivo do país apoiaram a iniciativa. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que o Copom "acertou ao reduzir em 0,5 ponto percentual os juros básicos da economia". A entidade foi além e estimou que os "juros básicos da economia podem cair para 5,25% ao ano até o fim de 2019", diz a nota.
A queda dos juros também é esperado por representantes do varejo. "Esperamos que nas próximas reuniões do Copom, seja considerada uma nova redução dos juros. Nossa expectativa também é que o novo governo crie um ambiente interno propício para atração de investimentos produtivos para o País, que gerem emprego e renda", afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva.
A decisão de cortar 0,5 ponto percentual chegou a surpreender parte do setor financeiro, que esperava redução de apenas 0,25 ponto, segundo levantamento feito pela Bloomberg.
“O fraco desempenho da atividade, a inflação baixa e o movimento global de corte nos juros, especialmente nos países emergentes, justificam a decisão do Banco Central”, observou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Tanto Andrade como o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, citaram o avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional como um fator que se soma à queda dos juros como fator de incentivo à economia brasileira. Roscoe ainda citou os "avanços na discussão de questões estruturais, tais como a simplificação dos tributos no país", como um fator positivo, inclusive, para garantir o controle da inflação.
Analistas do mercado financeiro avaliam qe o corte de juros é uma forma de incentivar a economia, que ainda não decolou após a grave recessão entre 2015 e 2016. Nos últimos meses, economistas do mercado financeiro têm reduzido para baixo suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A mediana das previsões hoje, segundo o mais recente boletim Focus, é de crescimento de apenas 0,82% neste ano.
O anúncio do Copom ocorre no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) também reduziu juros. Foi a primeira vez que a autoridade monetaria americana cortou a taxa básica, justificando preocupações com a economia global.