Candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes foi questionado sobre o apoio a Carlos Lupi, presidente do seu partido acusado de corrupção
Com iG São Paulo
Primeiro presidenciável a conceder entrevista ao Jornal Nacional na cobertura das eleições 2018, Ciro Gomes (PDT) respondeu a questões dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos sobre sua relação com Lula e o PT, sua promessa de tirar o nome dos brasileiros inadimplentes do SPC, seu apoio e críticas à operação Lava Jato e, por fim, sobre a escolha de Kátia Abreu (PDT) como vice em sua chapa presidencial.
Seguindo o tradicional tom incisivo das entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional, Bonner buscou pressionar Ciro Gomes já de início, questionando-o sobre as críticas que faz ao juiz Sergio Moro, um dos responsáveis pela Lava Jato.
Ciro argumentou que, por ter “ficha limpa” e não responder a inquéritos criminais, seus adversários frequentemente o criticam a partir de suas falas polêmicas. Assim, quando disse que “receberia Moro à bala” ou que “colocaria o Ministério Público de volta à sua caixinha”, estaria, na verdade, buscando traduzir em linguagem popular críticas pertinentes à operação.
“A operação Lava Jato tem desequilíbrios. Não há, por exemplo, nenhum quadro do PSDB na cadeia, embora abundem provas de corrupção contra os tucanos”, apontou o pedetista.
“Há muitos abusos, destruição de reputações, os prefeitos das pequenas cidades tem sofrido com a atuação do Ministério Público. Quando os promotores fogem de suas atribuições, eles perdem a legitimidade. O presidente tem o poder de colocá-los de volta na sua caixinha, isto é, fazê-los cumprir suas determinações”, completou.
Bonner, então, insistiu na questão, questionando o candidato se cabe mesmo ao presidente interferir no funcionamento de outros poderes – no caso, o judiciário.
“Basicamente, hoje, temos um quarto poder que é o Ministério Público – que não foi eleito pelo povo, bem como os juízes. E eles estão exercendo a política. O que o Brasil precisa é de segurança jurídica e paz”, disse o candidato.
Ainda no tema do combate à corrupção, a entrevista contou com um momento inusitado: Bonner questionou Ciro quanto ao presidente do PDT, Carlos Lupi , acusado de corrupção por supostamente haver comprado apoio político para a então presidenta Dilma Rousseff (PT). Ciro, contudo, rebateu Bonner, e afirmou que Lupi não é réu em nenhum processo, ao que Bonner insistiu que sim, ele é réu.
Ex-ministro de Dilma, Lupi responde a um inquérito por improbidade administrativa. Ainda assim, Ciro sustentou sua posição, afirmando “confiar cegamente” no pedetista.
Perguntado se sua defesa de Lupi não seria contraditória, já que Gomes é um notório crítico de Michel Temer (MDB), o candidato novamente discordou dos entrevistadores.
“O Temer é uma desgraça para o nosso país, já foi acusado duas vezes formalmente por corrupção, e o Congresso barrou as acusações. Temer tem ao ser redor Eduardo Cunha e Geddel, já presos, e Padilha e Moreira Franco, usufruindo do foro privilegiado, todos notórios corruptos” disparou.
Seguindo no tema da corrupção, que foi predominante nos 27 minutos de entrevista, Bonner lembrou da ocasião em que Ciro afirmou que teria avisado Lula sobre possíveis casos de corrupção na Petrobrás, ao que o petista nada fez. Os jornalistas perguntaram a Ciro se não seria o caso de ele apresentar uma denúncia ao Ministério Público.
“Vocês imaginam que cabe a um ministro reportar ao seu chefe casos de corrupção ou fazer o papel de denunciador no ministério publico?” questiona Ciro, ao que Bonner e Vasconcellos concordaram que ele havia procedido bem em levar a questão à Lula.
Aproveitando a deixa, Renata Vasconcellos quis saber sobre a relação de Ciro com Lula e o PT. O pedetista elogiou o governo do ex-presidente petista e lamentou sua prisão.
“O Lula não é um satanás como parte da imprensa pensa, nem um santo como pensa o PT. Ele fez muita coisa boa para muita gente no Brasil. Faço essa menção a ele em respeito ao povo brasileiro. A população mais pobre sentiu na pele as consequências do bom governo dele. Não devemos comemorar o fato de ter o maior líder popular do país preso”, defendeu o candidato.
Ciro Gomes e o SPC
Deixando de lado o tema da corrupção, Bonner e Vasconcellos quiseram saber sobre a viabilidade da proposta de Ciro de retirar o nome dos brasileiros inadimplentes do SPC. Para os jornalistas, a formulação da proposta do candidato pode soar simplista e clientelista ao eleitor.
O candidato pedetista, então, presenteou os jornalista com um manual detalhando a proposta. “Não tem nenhuma coerência com a minha prática essa ilação de meus adversários. Se você não me levar a mal, trouxe um manual explicando como fazer”, brincou.
“Estudei o assunto. A dívida média das pessoas no SPC é de 4 mil, fazendo um refinanciamento, baixando o juros, o banco também ganha dinheiro. Não farei isso porque sou bonzinho, mas por tenho um projeto de desenvolvimento cujo grande motor é o consumo das famílias. Se temos 63 milhões de pessoas humilhadas com o nome no SPC, como girar a economia?”, disse.
Quando a conversa chegou à segurança pública, Bonner e Vasconcellos apontaram que o Ceará, governado por Cid Gomes, irmão do candidato, é um dos que ostenta os piores índices de violência no Brasil. Para o pedetista, contudo, a marca deve-se à atuação de facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo – cabendo à presidência da República combatê-las, não ao governo do estado, que não teria recursos para tanto.
O último tópico da entrevista foram as alianças políticas traçadas por Ciro, que tem como vice Kátia Abreu, tradicionalmente alinhada ao agronegócio e repudiada por grande parte dos eleitores de esquerda. Seria possível, tendo a senadora como vice, unir a centro-esquerda brasileira?
“Meu objetivo não é unir a centro-esquerda”, respondeu. “É, sim, implmentar um projeto de desenvolvimento. Unir os interesses de quem produz e quem trabalha, tendo como grande rival a especulação financeira. Restaurar investimentos, descartelizar o sistema financeiro, retomar a industrialização”, disse.
“A Kátia Abreu não vem para a chapa por ser igual a mim, mas por ser diferente. Ela conhece a economia rural brasileira, votou contra o golpe do impeachment, contra a reforma trabalhista. Não parece o Lula com o José Alencar?” questionou.
Dando fim à entrevista ao Jornal Nacional, Ciro Gomes , para quem “é preciso acabar com a rivalidade entre ‘coxinhas’ e ‘mortadelas’” no país, afirmou que, se eleito, irá propor de saída as principais reformas que planeja para o país. Ele disse, ainda, que plebiscitos e referendos, consultando a população sobre os principais temas, será prática usual em sua possível gestão.
Candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes foi questionado sobre o apoio a Carlos Lupi, presidente do seu partido acusado de corrupção
Com iG São Paulo
Primeiro presidenciável a conceder entrevista ao Jornal Nacional na cobertura das eleições 2018, Ciro Gomes (PDT) respondeu a questões dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos sobre sua relação com Lula e o PT, sua promessa de tirar o nome dos brasileiros inadimplentes do SPC, seu apoio e críticas à operação Lava Jato e, por fim, sobre a escolha de Kátia Abreu (PDT) como vice em sua chapa presidencial.
Seguindo o tradicional tom incisivo das entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional, Bonner buscou pressionar Ciro Gomes já de início, questionando-o sobre as críticas que faz ao juiz Sergio Moro, um dos responsáveis pela Lava Jato.
Ciro argumentou que, por ter “ficha limpa” e não responder a inquéritos criminais, seus adversários frequentemente o criticam a partir de suas falas polêmicas. Assim, quando disse que “receberia Moro à bala” ou que “colocaria o Ministério Público de volta à sua caixinha”, estaria, na verdade, buscando traduzir em linguagem popular críticas pertinentes à operação.
“A operação Lava Jato tem desequilíbrios. Não há, por exemplo, nenhum quadro do PSDB na cadeia, embora abundem provas de corrupção contra os tucanos”, apontou o pedetista.
“Há muitos abusos, destruição de reputações, os prefeitos das pequenas cidades tem sofrido com a atuação do Ministério Público. Quando os promotores fogem de suas atribuições, eles perdem a legitimidade. O presidente tem o poder de colocá-los de volta na sua caixinha, isto é, fazê-los cumprir suas determinações”, completou.
Bonner, então, insistiu na questão, questionando o candidato se cabe mesmo ao presidente interferir no funcionamento de outros poderes – no caso, o judiciário.
“Basicamente, hoje, temos um quarto poder que é o Ministério Público – que não foi eleito pelo povo, bem como os juízes. E eles estão exercendo a política. O que o Brasil precisa é de segurança jurídica e paz”, disse o candidato.
Ainda no tema do combate à corrupção, a entrevista contou com um momento inusitado: Bonner questionou Ciro quanto ao presidente do PDT, Carlos Lupi , acusado de corrupção por supostamente haver comprado apoio político para a então presidenta Dilma Rousseff (PT). Ciro, contudo, rebateu Bonner, e afirmou que Lupi não é réu em nenhum processo, ao que Bonner insistiu que sim, ele é réu.
Ex-ministro de Dilma, Lupi responde a um inquérito por improbidade administrativa. Ainda assim, Ciro sustentou sua posição, afirmando “confiar cegamente” no pedetista.
Perguntado se sua defesa de Lupi não seria contraditória, já que Gomes é um notório crítico de Michel Temer (MDB), o candidato novamente discordou dos entrevistadores.
“O Temer é uma desgraça para o nosso país, já foi acusado duas vezes formalmente por corrupção, e o Congresso barrou as acusações. Temer tem ao ser redor Eduardo Cunha e Geddel, já presos, e Padilha e Moreira Franco, usufruindo do foro privilegiado, todos notórios corruptos” disparou.
Seguindo no tema da corrupção, que foi predominante nos 27 minutos de entrevista, Bonner lembrou da ocasião em que Ciro afirmou que teria avisado Lula sobre possíveis casos de corrupção na Petrobrás, ao que o petista nada fez. Os jornalistas perguntaram a Ciro se não seria o caso de ele apresentar uma denúncia ao Ministério Público.
“Vocês imaginam que cabe a um ministro reportar ao seu chefe casos de corrupção ou fazer o papel de denunciador no ministério publico?” questiona Ciro, ao que Bonner e Vasconcellos concordaram que ele havia procedido bem em levar a questão à Lula.
Aproveitando a deixa, Renata Vasconcellos quis saber sobre a relação de Ciro com Lula e o PT. O pedetista elogiou o governo do ex-presidente petista e lamentou sua prisão.
“O Lula não é um satanás como parte da imprensa pensa, nem um santo como pensa o PT. Ele fez muita coisa boa para muita gente no Brasil. Faço essa menção a ele em respeito ao povo brasileiro. A população mais pobre sentiu na pele as consequências do bom governo dele. Não devemos comemorar o fato de ter o maior líder popular do país preso”, defendeu o candidato.
Ciro Gomes e o SPC
Deixando de lado o tema da corrupção, Bonner e Vasconcellos quiseram saber sobre a viabilidade da proposta de Ciro de retirar o nome dos brasileiros inadimplentes do SPC. Para os jornalistas, a formulação da proposta do candidato pode soar simplista e clientelista ao eleitor.
O candidato pedetista, então, presenteou os jornalista com um manual detalhando a proposta. “Não tem nenhuma coerência com a minha prática essa ilação de meus adversários. Se você não me levar a mal, trouxe um manual explicando como fazer”, brincou.
“Estudei o assunto. A dívida média das pessoas no SPC é de 4 mil, fazendo um refinanciamento, baixando o juros, o banco também ganha dinheiro. Não farei isso porque sou bonzinho, mas por tenho um projeto de desenvolvimento cujo grande motor é o consumo das famílias. Se temos 63 milhões de pessoas humilhadas com o nome no SPC, como girar a economia?”, disse.
Quando a conversa chegou à segurança pública, Bonner e Vasconcellos apontaram que o Ceará, governado por Cid Gomes, irmão do candidato, é um dos que ostenta os piores índices de violência no Brasil. Para o pedetista, contudo, a marca deve-se à atuação de facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo – cabendo à presidência da República combatê-las, não ao governo do estado, que não teria recursos para tanto.
O último tópico da entrevista foram as alianças políticas traçadas por Ciro, que tem como vice Kátia Abreu, tradicionalmente alinhada ao agronegócio e repudiada por grande parte dos eleitores de esquerda. Seria possível, tendo a senadora como vice, unir a centro-esquerda brasileira?
“Meu objetivo não é unir a centro-esquerda”, respondeu. “É, sim, implmentar um projeto de desenvolvimento. Unir os interesses de quem produz e quem trabalha, tendo como grande rival a especulação financeira. Restaurar investimentos, descartelizar o sistema financeiro, retomar a industrialização”, disse.
“A Kátia Abreu não vem para a chapa por ser igual a mim, mas por ser diferente. Ela conhece a economia rural brasileira, votou contra o golpe do impeachment, contra a reforma trabalhista. Não parece o Lula com o José Alencar?” questionou.
Dando fim à entrevista ao Jornal Nacional, Ciro Gomes , para quem “é preciso acabar com a rivalidade entre ‘coxinhas’ e ‘mortadelas’” no país, afirmou que, se eleito, irá propor de saída as principais reformas que planeja para o país. Ele disse, ainda, que plebiscitos e referendos, consultando a população sobre os principais temas, será prática usual em sua possível gestão.
Por Edson Rodrigues
O grupo pensante do governador Mauro Carlesse (PHS), assessoria, marketing e publicidade política, trabalham com o objetivo em vencer já no primeiro turno das eleições de outubro.
Paralelamente a campanha política, a máquina do Estado vem empreendendo com ações que transmitem à sociedade que o governo está trabalhando. Neste final de semana, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), deflagrou na Capital ações importantes no combate à criminalidade.
A Operação denominada Chamada Geral contou com o reforço de policiais das equipes especializadas e administrativas nas ruas, que realizaram ações preventivas, ostensivas com blitz e abordagens. O governo do Tocantins desenvolveu a operação em parceria com a prefeitura municipal de Palmas, onde atuou com o apoio da Guarda Metropolitana.
Campanha
A estratégia não é só ganhar no primeiro turno, mas eleger uma bancada volumosa na Assembleia Legislativa para assegurar ao governador Mauro Carlesse uma maioria no parlamento que possa lhe dar sustentação para empreender as mudanças necessárias para governabilidade.
De olho ainda na bancada do Congresso Nacional, o grupo busca eleger cinco deputados federais, e se não conseguir que os dois candidatos ao senado saia vitoriosos, a equipe de Mauro Carlesse busca fazer ao menos um deles.
Novas composições e reforço político
Neste último final de semana, o governador recebeu apoio de muitas lideranças políticas, principalmente vindas do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Prefeitos, vereadores, lideranças municipais e da classe empresarial.
Por onde anda, Mauro Carlesse vem mostrando a comunidade o que já foi feito em um espaço curto de tempo, com poucos recursos, e o que pode fazer em quatro anos.
Dentre os serviços apresentados está a pavimentação e recuperação das rodovias que foi realizada por meio do Contrato de Reabilitação e Manutenção de Estradas Pavimentadas (Crema). Conforme dados do governo, o trabalho que contempla restauração, drenagem, sinalização, obras complementares, recuperação de erosão, manutenção de rotina foi desempenhado em 1.340,10 quilômetros de rodovias.
Os recursos para esta obra são do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), e somam-se a R$ 5.450.315,00. Nesta etapa foram contemplados com os serviços as rodovias TO-210 (Tocantinópolis/BR-230), TO-070 (Porto Nacional/Brejinho de Nazaré) e TO-164 (Abreulândia/Dois Irmãos). Houve ainda a correção dos trechos do trevo da TO-070, próximo ao povoado de Dorilândia, distrito de Sandolândia.
Segundo Mauro Carlesse, em apenas 120 dias à frente do Governo foi pago R$ 111 milhões aos prestadores de serviço do Plansaúde que desde 2017, o governo anterior não colocava em dia o pagamento do contrato com a Unimed Centro-Oeste para administração do Plansaúde, resultando na suspensão de atendimento por parte dos prestadores de serviço, situação precária para o Estado e para os servidores públicos estaduais e seus dependentes.
Nas ruas
O grupo de marketing político, segundo O Paralelo 13 apurou está traçando uma planilha de ações para aquecer a militância. Nada de já ganhou, tampouco ataques pessoais, não de bater boca com adversários. O grupo político de Carlesse quer realizar uma campanha de alto nível, centrada, no sentido de evitar qualquer baixaria.
A equipe do governador, é a mesma que foi montada para as eleições suplementares, no qual Mauro Carlesse foi eleito com 75% dos votos válidos. Coordenada pelo publicitário e estrategista João Neto, a equipe conta ainda com o apoio de Divino Alan, profissional gabaritado e conhecidíssimo na área política. Hoje, os dois são homens fortes do governo Mauro Carlesse na corrida a reeleição.
Uma característica que tornou-se o diferencial do publicitário foi trabalhar com a equipe tocantinense, não trazendo nenhum profissional de fora, valorizando aqueles que são daqui, formaram aqui e aqui pagam seus impostos.
Em reunião com os candidatos na sua chapa, o governador assegurou que quer ganhar esta eleição no primeiro turno, apresentou o material de campanha e pediu ao grupo unidade, e com o apoio da sua equipe foi explanado aos candidatos como proceder em caso de fake news, legislação eleitoral, o que pode ser veiculado, assim como a obrigatoriedade do CNPJ e declarações para não haver irregularidades na prestação de contas.
2019 se avizinha como um ano de muitos obstáculos para quem sair vencedor das urnas em outubro próximo
Por Edson Rodrigues
Sempre que um novo ano está prestes a começar todos se enchem de expectativas, planejam realizações, impõem metas e objetivos.
Infelizmente, para o Tocantins, as expectativas de um ano tão importante quanto o de 2019, que marcará o início de um novo governo, não são das melhores. Como se diz popularmente, as finanças do Estado estão “na UTI, respirando por aparelhos” e a situação que o vencedor das urnas, em outubro, vai encontrar, não será das mais promissoras.
Diferentemente dos governos anteriores, o governo que começar no dia 1º de janeiro de 2019 terá que começar “metendo o pé na porta”, abrindo relatórios e documentos para se colocar a par da real situação financeira dos cofres públicos estaduais e fazer todo o necessário para sanar o mal que impede o Tocantins de progredir.
PACTO
Nem vamos entrar no mérito de apontar culpados por essa “herança maldita” porque é público e notório que essa culpa é de todos os governos anteriores e do próprio eleitorado tocantinense.
Assim como a culpa é de todos, a responsabilidade de tirar o Tocantins desse “atoleiro” também tem que ser dividida. É necessário um verdadeiro “pacto federativo suprapartidário”, que é o conjunto de regras sobre quem faz o quê e com que fonte de arrecadação, entre todos os Poderes constituídos do Estado, envolvendo a bancada federal, na busca por recursos, emendas e convênios com a União (que também estará sob nova direção, diga-se de passagem), os deputados estaduais, na aprovação de Leis que permitam uma nova filosofia econômica para o Tocantins, industriais, empresários, comerciantes, formadores de opinião e, sobretudo, o povo.
A cada um caberá um papel fundamental para a salvação do Tocantins. Ao governo cabe o primeiro exemplo, já nos primeiros 90 dias, cortando na própria carne, acabando com mordomias como carros oficiais em profusão, gastos com diárias e, principalmente, a exoneração de todo e qualquer servidor, contratado ou comissionado, que não seja essencialmente necessário. Depois, é preciso ou pagar ou renegociar as dívidas com o Igeprev, com fornecedores e prestadores de serviços. Só assim a máquina estatal terá forças para voltar a andar sem tropeçar nas próprias pernas e terá condições de planejar investimentos e ações sociais que realmente resultem em resultados para a população.
CONSIGNADOS: A BOMBA-RELÓGIO
Contra o próximo governo há, também, uma bomba-relógio armada, prestes a explodir a qualquer momento, que é a situação dos empréstimos consignados.
Milhares de servidores públicos estaduais fizeram os chamados empréstimos consignados, que são descontados direto na folha de pagamento. Acontece que o Estado descontou os valores desses empréstimos dos salários, mas não os repassou aos bancos, o que se caracteriza como crime de apropriação indébita.
Apesar de já ter conhecimento de que essa situação foi detectada, o governo ainda não pagou o que deve aos bancos, e o processo está correndo. A qualquer momento o Estado pode ser executado e ter os seus já minguados recursos bloqueados pela Justiça e os servidores que contraíram os empréstimos, ter seus nomes negativados.
Isso vai provocar uma avalanche de ações por perdas e danos morais contra o governo do Estado que precisa se precaver para não ter que passar por mais essa situação vexatória.
Especialistas apontam a venda da folha de pagamento dos servidores como a única saída, que deve ser iniciada com uma rodada de negociação junto às instituições financeiras para que nenhum dos lados saiam perdendo.
Para fazer isso, o próximo governador terá que ter inteligência, coragem, obstinação e, principalmente, pulso firme, para suportar as pressões que surgirão de todos os lados, como sempre surgem na hora de tomar medidas impopulares.
APOIO
É bom que se deixe bem claro que a máquina estatal está praticamente falida, sem caixa para tocar uma mínima obra que seja. Por esse motivo, o apoio dos deputados estaduais, dando força de Lei ás medidas que devem ser tomadas, é essencial para que as melhorias comecem a aparecer.
Mas, esse apoio só será uma realidade se o novo governante for uma pessoa aberta ao diálogo com todos, sem distinção de ordem de grandeza social ou política, aproveitando as boas sugestões, assimilando as críticas e aprendendo com as experiências que já deram errado, como a “importação” de secretários. Para quem não se lembra, de todos os “estrangeiros” que vieram para o Tocantins, nenhum permaneceu no Estado após a perda do cargo, o que demonstra que nenhum deles veio com o coração aberto á nossa cultura e costumes, muito menos com a intenção de somar. Agiram como os portugueses no Brasil Colônia, que vinham, levavam o que podiam e nunca mais voltavam.
Temos muitos profissionais experientes e capazes, em todas as áreas, que não podem ser desprezados em detrimento da “importação” de mão de obra viciada nos meandros da administração pública.
CHOQUE DE GESTÃO E UNIÃO
Esse verdadeiro “choque de gestão” que se faz necessário para que o Tocantins “desatole”, só tomará forma se todos se unirem para aguentar e superar as conseqüências.
O governo do estado vai precisar, necessariamente, estar junto aos nossos congressistas em Brasília, abrindo as portas do governo federal em buscas de parcerias e convênios, indicações para investidores nacionais e internacionais e formulando situações de atração de empresas e indústrias, como a cessão de áreas e incentivos fiscais.
Não será fácil, sabemos, mas, nesses 30 anos de vida, o Tocantins sempre conseguiu superar as dificuldades que se interpuseram ao seu caminho. 2019 será o ano mais difícil da nossa curta história, mas, “Deus dá o frio de acordo com o cobertor” e acreditamos que tudo vai acabar se acertando. Basta haver vontade política para isso e que cada um cumpra com seu papel, principalmente o povo, comparecendo ás urnas e dando legitimidade suficiente ao novo governo para que ele se sinta fortalecido em busca de alternativas e soluções.
Como disse o Santo Papa Francisco, não adianta reclamar da corrupção dos políticos se não nos comportarmos de maneira diferente, participando de debates, protestos e fazendo valer a voz de cada cidadão, todos unidos por um Tocantins melhor e por um futuro promissor.
Um dos melhores prefeitos do Tocantins decide se engajar na campanha do atual governador à reeleição, após ouvir sua base de apoio
Por Edson Rodrigues
Com o pagamento dos servidores municipais em dia, sem dívidas com prestadores de serviço ou fornecedores, o prefeito de Santa Rosa do Tocantins, Aílton Araújo, concedeu entrevista exclusiva ao O Paralelo 13, para anunciar a sua decisão de apoiar a candidatura do atual governador, Mauro Carlesse, à reeleição.
Em nota divulgada ao restante da imprensa, o prefeito explica sua decisão, após reuniões com seu vice-prefeito, com os vereadores que o apoiam e as lideranças regionais, que resultou na sua decisão.
Aílton explica, ainda, que continuará apoiando o senador Vicentinho Alves, o deputado federal Vicentinho Jr. E o deputado estadual Eduardo do Dertins à reeleição, e com o segundo voto para o Senado em Eduardo Gomes.
Na nota Aílton afirma que o que norteou a decisão de seu grupo político foi a preocupação com o bem-estar da comunidade de Santa Rosa, assim como a continuação das parcerias com o governo do Estado, apresentando uma série de ofícios enviados ao Palácio Araguaia solicitando a construção de pontes, manutenção de estradas vicinais, uma delegacia de polícia e apoio para o festival de Folclore, único com esse tema no Estado, que é realizado tradicionalmente pelo município.
Confira, abaixo, a nota divulgada por Aílton:
Amigas e amigos santarosenses, após reivindicação dos nossos companheiros e da necessidade de se ter um mínimo de compromisso do governo estadual para com nosso município, e em conjunto com nossos líderes políticos, decidimos, após compromissos assumidos pelo Governador Carlesse, apoiá-lo no pleito de 7 de outubro. Apoiaremos também o Senador Vicentinho para primeira vaga do Senado, 222; o amigo de Santa Rosa, Eduardo Gomes para a segunda vaga, 777, para Dep. Federal nosso amigo Vicentinho Jr., 2222, e para Deputado Estadual, Eduardo do Dertins, 23.222. Estamos firmes no propósito de trazer benefícios para o desenvolvimento do nosso município, e acreditamos que ter parceiros em nível estadual e federal é o melhor caminho para isso.
CONTO COM O APOIO DE TODOS,
ABRAÇOS,
AÍLTON PARENTE ARAÚJO
Nota do editor: O primeiro texto publicado dobre o apoio de Aílton Araújo ao governador Mauro Carlesse, infelizmente saiu com erros em algumas palavras e orações, provocados por uma interferência entre as plataformas de escrita (o texto foi elaborado em um computador Apple e aberto para publicação em plataforma Window, o que gera a troca de letras, pontuação e acentuação. Pedimos desculpas a todos pelo incômodo.)