Com Estadão Conteúdo
o ex-ministro da Fazenda e candidato do governo a presidente da República, Henrique Meirelles (MDB), rebateu neste sábado, 18, as afirmações do seu adversário e ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) de que a tentativa do MDB de barrar na Justiça a chapa tucana ao Planalto é “tapetão puro”.
“O governador deve aprender a respeitar a lei. Fazer as coisas e exigir que todos sigam as leis não é tapetão. Isso não é jogada de tapetão, você tem de respeitar a Justiça brasileira e a lei”, disse Meirelles durante visita à Festa do Peão de Barretos (SP).
Meirelles afirmou que o questionamento feito pelo partido foi sobre supostas irregularidades em procedimentos de alguns dos partidos que o apoiaram e compete ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir. “Qualquer que seja a decisão nós vamos respeitar. Se ele estiver correto, que mostre ao tribunal. Se estiver errado, vai desfazer a coligação”, afirmou o ex-ministro.
Antes de ser questionado sobre o tema polêmico, Meirelles foi indagado sobre quem apoiaria ou não em um segundo turno nas eleições deste ano. Ele disse que irá disputar o segundo turno após se tornar mais conhecido do eleitorado e crescer nas pesquisas e que espera o apoio de Alckmin, entre outros. “Isso vai ser uma decisão de cada candidato, mas existem os que a gente tem uma proximidade de pensamento”, afirmou. Além de Alckmin, Meirelles citou os nomes de João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) .
Ex-secretário da administração, Geferson Barros, lança campanha para deputado federal e promete inovar caso seja eleito
Da Redação
Em evento lotado de amigos, lideranças e correligionários políticos, o ex-secretário da administração do governo Marcelo Miranda, Geferson Barros (PV), lançou, na noite desta quinta-feira, 16, a sua candidatura ao cargo de deputado federal e apresentou inovações, tanto no forma de fazer a campanha política, quanto na forma de exercer o mandato, caso seja eleito.
De acordo com o candidato, “falta muita inovação na política” e uma das principais propostas apresentadas, no lançamento de sua campanha, foi fazer diferente, chamando o eleitor para exercer o mandato conjuntamente, numa espécie de mandato compartilhado com o eleitor.
Geferson Barros apresentou informações sobre os custos, em números coletados nos portais de transparência da câmara, dos atuais deputados federais e prometeu reduzir em, pelo menos, 30% os gastos de seu gabinete. Outras informações compartilhadas com os presentes foram os percentuais de insatisfação do eleitor para com os atuais políticos e suas respectivas formas de governar. De acordo com os dados apresentados, 96% dos brasileiros estão insatisfeitos e apenas 4% dessa população diz confiar nos partidos políticos.
Conforme Geferson Barros, 86% dos eleitores brasileiros não se sentem representados pelos políticos em quem votaram e é justamente para esse público uma das principais propostas de inovação do candidato, ele propõe a participação do eleitor em todas as votações, no congresso, por meio de aplicativos desenvolvidos para esta finalidade, tudo em tempo real.
O ex-secretário demonstrou que é possível fazer diferente e conta com o uso da tecnologia e das redes sociais para inovar e atuar em parceria com eleitor, chamando-o a assumir o compromisso de legislar junto com ele, caso alcance êxito nessa campanha. Outro diferencial proposto pelo político foi se comprometer a realizar prestações de contas, para a sociedade, a cada três meses.
História
Tocantinense, com bases em Porto Nacional e Pium, possui apoios familiares em diversas cidades do estado, Geferson Barros se filiou ao Partido Verde (PV), em agosto, deste ano. É bacharel em Comunicação Social e possui diversos serviços prestados ao estado, inclusive como subsecretário de estado da Juventude e secretário estadual da Administração, dentre outras ações.
O ex-secretário integra o programa ‘Renova Brasil’ e, segundo ele, foi selecionado entre cinco mil candidatos, passou por quatro etapas de seleção e foi habilitado a estudar, por três meses, cursos e disciplinas em áreas estratégicas para sua atuação política. Se apresenta como candidato ao cargo de deputado federal, com promessas e propostas inovadoras de fazer a diferença, de forma correta.
Ao todo, serão disputadas 1.654 vagas nos Poderes Executivo e Legislativo, em outubro, incluindo presidente, governador, senador e deputado
Com iG São Paulo
Quem tinha que se candidatar, se candidatou. Quem queria e não o fez, já não pode mais. Afinal, acabou ontem o prazo para que os candidatos às eleições de 2018 fizessem seus pedidos de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o tribunal, mais de 23 mil pessoas demonstraram interesse em concorrer a um dos cargos eletivos.
Nestas eleições, serão disputadas um total de 1.654 vagas nos Poderes Executivo e Legislativo. Os cargos em aberto para os candidatos às eleições são de governador, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, além da Presidência da República.
Espera-se os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros, segundo dados disponíveis no portal do TSE. E são essas pessoas quem vão escolher, em outubro, aquele, entre os 13 candidatos à Presidência , que vai assumir o cargo mais alto do Poder Executivo brasileiro no ano que vem.
De acordo com a última atualização do Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas, 171 candidatos pediram registro para a vaga de governador. Desses, 17 disputam a reeleição. O partido que lançou o maior número de candidatos a governador foi o Psol, seguido do PSTU e do PT.
Até agora, segundo a divulgação do TSE, foram registrados 6.982 candidatos para disputar as 513 vagas de deputado federal. Para deputado estadual e distrital, são 15.605 concorrentes a 1.059 vagas nas assembleias legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Mais 295 concorrem a 54 cadeiras no Senado.
No total, foram registrados 23.812 candidatos a todos os cargos. Porém, esse número pode mudar, de acordo com o tanto de pessoas que terão sua candidatura aceita ou barrada pelo tribunal.
O PSL foi o partido que apresentou o maior número de concorrentes (1.259), seguido do Psol (1.201), do PT (1.075) e do MDB (1.009). Desse contingente, 30,6% são mulheres, cumprindo a meta prevista na legislação.
Além disso, de acordo com os primeiros dados passados pelo TSE, quase a metade dos candidatos têm ensino superior e 55% são casados. A maioria tem entre 35 e 59 anos de idade, mas há 50 candidatos na faixa de 80 a 84 anos.
O total de candidatos às eleições em 2018 é menor que o registrado em 2014, quando foram registrados 26.162 nomes para concorrer ao pleito.
Com informações da Agência Brasil.
Questionamento enviado ao TSE será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do tribunal e relator do pedido de registro de Lula
Com Agência Brasil
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou na noite desta quarta-feira (15) um pedido de impugnação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. O questionamento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do TSE e relator do pedido de registro da candidatura de Lula.
Na tarde desta quarta-feira, o PT registrou a candidatura de Lula , após uma marcha e um ato em frente ao TSE com a presença de políticos apoiadores da candidatura. Além da contestação apresentada pela PGR, o tribunal também recebeu outros questionamentos, apresentados por Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre (MBL), e pelo ator Alexandre Frota.
Na petição, Raquel Dodge afirma que o requerente não é elegível e apresenta certidão emitida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou a condenação determinada em primeira instância.
A PGR também lembra que o TSE já consolidou o entendimento de que condenações como a do TRF4 são causa de inelegibilidade. De acordo com a Súmula 61 da Corte, o condenado só retoma a capacidade eleitoral passiva oito anos após o término do cumprimento da pena. No caso do ex-presidente, a pena começou a ser cumprida em abril deste ano, após determinação da Justiça Federal.
O Ministério Público Eleitoral pede ao relator que o registro seja indeferido, por entender que faltam ao pedido os pressupostos de validade e eficácia.
Candidatura de Lula foi registrada nesta quarta-feira Para fazer o registro da chapa, o PT não levou ao TSE nenhum documento referente à atual condição do ex-presidente, que está detido desde abril em Curitiba após condenação a 12 anos e 1 mês de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na caso do tríplex no Guarujá-SP.
A equipe jurídica do PT entende que a legislação exige que os candidatos apresentem apenas certidões negativas referentes aos seus domicílios eleitorais. Residente em São Bernardo do Campo (SP), Lula responde a diversos processos em São Paulo, mas nunca foi condenado no estado. O processo que rendeu a ele a condenação que o levou à prisão foi julgado pelo juiz Sérgio Moro, no Paraná.
Os apoiadores do ex-presidente defendem que o registro de sua candidatura a um terceiro mandato no Planalto não tem porque ser contestado neste momento, uma vez que caberá ao TSE analisar a validade ou não de um pedido de registro até o dia 17 de setembro.
O PT entende que, mediante ao registro de sua candidatura, Lula passa a ter o direito de fazer campanha, de ter seu nome na urna e de utilizar o programa eleitoral gratuito, mesmo que tenha sua candidatura questionada na Justiça Eleitoral.
Ainda que a Justiça Eleitoral indefira o pedido de registro da candidatura de Lula , o partido argumenta que o ex-presidente poderá disputar as eleições protegido por alguma medida cautelar (instrumento jurídico para prevenir, conservar ou defender direitos). Caso vença a disputa, Lula teria até a data de sua diplomação (em janeiro) para conseguir reverter sua inelegibilidade.
PT vai oficializar registro de candidatura na tarde de hoje, último dia do prazo. Condenação que torna Lula inelegível é o grande entrave nas pretensões do partido. Relator do processo já analisou outros casos do petista
Por Renato Souza - Correio Brasiliense
Com a esperança de obter uma decisão favorável na Justiça Eleitoral, o Partido dos Trabalhadores (PT) vai solicitar o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República, na tarde de hoje. Às 16h, a senadora Gleisi Hoffmann, que preside a legenda, vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, com outras lideranças partidárias para formalizar o pedido. Mas o cenário não é bom para os petistas. Declarações recentes de ministros da Corte têm demonstrado que Lula pode ter um julgamento rígido e célere. Para tentar alongar a sobrevida na corrida eleitoral, os advogados pretendem apresentar, no momento do registro, certidões criminais de São Paulo, que não contém a condenação sofrida por ele no processo relacionado ao triplex do Guarujá.
De acordo com a Lei Geral das Eleições (9.504), o candidato deve entregar, com a declaração de bens e do comprovante de filiação partidária, certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, estadual e Eleitoral. No entanto, os detalhes sobre quem deve expedir os documentos estão previstos na resolução 23.548, editada em dezembro do ano passado. A norma prevê que as certidões devem ser emitidas “pela Justiça Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o candidato tenha o domicílio eleitoral”. No caso de Lula, São Paulo. A condenação em segunda instância, que impede a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa, ocorreu no Rio Grande do Sul, no processo relacionado ao triplex do Guarujá.
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Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que tem sede em Porto Alegre. A estratégia petista, porém, não deve durar muito. O advogado Flávio Unes, especialista em direito eleitoral, do escritório Silveira e Unes Advogados, que atende o Partido Novo, informou que a legenda está preparada para apresentar ao TSE uma liminar para que a situação eleitoral do petista seja analisada de forma imediata. “Vamos pedir que o tribunal não permita que a defesa postergue o pedido de registro de candidatura até os prazos finais, para não atrapalhar o andamento das eleições. Na medida cautelar que o partido vai apresentar, estará o acórdão do TRF-4 que condenou o candidato, e estará provado que ele não pode concorrer”, afirmou.
Complicações
De acordo com a lei eleitoral, os registros de candidatura podem ser solicitados até as 19h de hoje. Geralmente, em até 24 horas, é sorteado um relator para cuidar do caso. Em seguida, o TSE publica o edital com o nome dos candidatos para que os interessados, candidatos, partidos ou Ministério Público apresentem solicitações contra o registro, caso encontrem irregularidades. É possível que o ministro Admar Gonzaga seja o relator do processo, pois ele analisou outras ações apresentadas pela defesa de Lula. Ele já afirmou que a Justiça Eleitoral pode “negar o registro de candidatura do petista de ofício”, ou seja, sem ser instigado a isso, tendo em vista que se trata de um fato público e notório. Ele pode ser escolhido “por prevenção”, em vez de sorteio. Sem citar nomes, o ministro Luiz Fux, que até ontem ocupava a presidência da Corte eleitoral, afirmou que condenados em segunda instância (caso de Lula) não podem se candidatar. “Eu sempre afirmei que candidato condenado em segunda instância é inelegível, portanto, não pode atuar como candidato passível de ser eleito”, disse.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Em uma rede social, ele escreveu: “Lei Eleitoral garante que só não serei candidato se eu morrer, renunciar, ou for arrancado pela Justiça Eleitoral. Não pretendo morrer, não cogito renunciar e pretendo brigar pelo meu registro até o final”. Porém, existe o caso de o TSE impugnar a candidatura. Se o pedido de registro for negado, cabem embargos de declaração ao próprio TSE ou recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF). O PT poderá trocar de candidato, se for o caso, em um prazo de até 20 dias antes da votação, em 7 de outubro.