TV Band reuniu Alvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
Com Yahoo Notícias
O primeiro debate entre presidenciáveis aconteceu nesta quinta-feira, 9, em São Paulo e deu o tom do que parece ser uma das campanhas mais singulares dos últimos anos. A começar pelo elefante na sala que é a ausência do primeiro colocado nas pesquisas. Preso na sede da Polícia Federal em Curitiba-PR, o ex-presidente Lula —candidato pelo PT— teve pedido de ida ao debate negados pela Justiça. No primeiro, a juíza Bianca Georgia Cruz Arenhart decidiu não conceder o pedido, por considerar que o PT não tem legitimidade para propor a ação, que deveria ter sido apresentada pela defesa de Lula.
Impossibilitado pela Justiça de ter seu candidato no debate, o PT tentou emplacar a ideia de enviar o ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice-presidente, Fernando Haddad como um representante de Lula. A ideia foi vetada pela Rede Bandeirantes que promove o debate. Em protesto, o ex-presidente publicou uma carta aberta em que questiona a decisão.
Como medida paliativa, o PT ainda decidiu promover um debate alternativo com transmissão via internet no mesmo horário do evento da Band. Outro barrado no debate que fez bastante barulho foi João Amoedo. O candidato a presidente pelo Partido Novo não foi convidado porque sua legenda não tem ao menos cinco representantes no Congresso o que, conforme a lei eleitoral, o exclui automaticamente do debate. Além de Amoedo, José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL) também foram barrados com base na mesma regra.
Apesar de não ser o único barrado, Amoedo foi de longe quem mais fez barulho. O candidato organizou uma abaixo-assinado que ultrapassou as 90 mil assinaturas e tentou emplacar uma hashtag que pedia sua presença no evento no Twitter. Militantes do Novo ainda fizeram uma manifestação na porta do Grupo Bandeirantes. Marina Silva teve sua presença garantida no evento graças ao seu bom desempenho nas pesquisas eleitorais.
Emprego e troca de farpas
Na primeira parte, todos os candidatos responderam a mesma pergunta sobre desemprego. Álvaro Dias (Podemos) falou sobre sua candidatura e não respondeu a pergunta. Cabo Daciolo (Patriota) também não se ateve a pergunta. Alckmin (PSDB) se ateve ao tema e apresentou propostas. Marina Silva focou que um dos caminhos para solução do problema seria a recuperação da credibilidade do governo. Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu a Deus e defendeu a redução de direitos trabalhistas como um possível caminho para criação de empregos. Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, registrou protesto sobre o veto a presença do ex-presidente Lula no debate e defendeu a retomada de investimento público e redução dos privilégios fiscais dos mais ricos para reduzir o desemprego.
O candidato do MDB, Henrique Meireles respondeu a pergunta falando sobre a sua própria carreira e afirmando que não se “cria emprego no grito”, mas com a retomada de investimentos. Ciro Gomes decidiu defender investimentos para criação de empregos e lembrou do apoio de Geraldo Alckmin e do PSDB a reforma trabalhista que, segundo ele, “aumentou o desemprego e reduziu direitos trabalhistas”. Ciro terminou sua resposta prometendo “ajudar brasileiros devedores a limparem seus nomes no SPC”.
Um dos momentos mais marcantes do primeiro bloco foi a troca de farpas entre Guilherme Boulos e Bolsonaro. O candidato do PSOL chamou Bolsonaro de machista, racista, homofóbico e de fazer da política um “negócio”. Boulos ainda pergunta sobre a Wal —Walderice dos Santos da Conceição é supostamente uma funcionária fantasma do gabinete de Bolsonaro que vive no interior fluminense e é conhecida como Wal do Açaí. Irritado, Bolsonaro preferiu desqualificar o candidato do PSOL na réplica e na tréplica. “Eu não vim aqui bater boca com um cidadão desqualificado”, esbravejou Bolsonaro ao abrir mão do tempo que tinha para responder.
Geraldo Alckmin – O presidenciável tucano desviou de polêmicas. Focou sua atuação em problemas caros ao eleitorado como desemprego e violência. Mostrou habilidade ao responder Marina Silva o questionamento sobre desvios éticos e o apoio do centrão. Ele capitalizou com o eleitorado anti-petista ao lembrar da trajetória da ex-senadora no partido.
Guilherme Boulos – Um dos mais incisivos durante o debate, o candidato do PSOL fez questão de se colocar como antagonista ao projeto de Jair Bolsonaro. Ele chegou até a desestabilizar o adversário por breve momento. Também tentou colar nos rivais o rótulo de representantes da “velha política”. Não tergiversou sobre temas polêmicos como o aborto.
Ciro Gomes – O candidato do PDT foi um dos menos acionados pelos adversários. Tentou responder de forma programática a maioria das perguntas sem deixar de cutucar alguns adversários diretos como Geraldo Alckmin. Fez questão de lembrar que os tucanos apoiaram a controversa reforma trabalhista de Michel Temer.
Henrique Meirelles – O candidato do MDB tentou se apresentar ao eleitorado que ainda não o conhecia e se descolar da imagem de banqueiro na política. Acabou sofrendo certo desgaste no embate com Álvaro Dias (Podemos) logo em economia —tema em que é especialista. Não soube lidar com o rótulo de representante do governo de Michel Temer.
Álvaro Dias – Candidato do Podemos tentou surfar na popularidade do juiz Sérgio Moro ao fazer um convite aberto ao Ministério da Justiça. Exaltou a Lava Jato, atacou a “velha a política” ao defender a necessidade de reformas. Se envolveu em um entrevero com Henrique Meirelles (MDB) sobre economia e saiu-se bem. Fez questão de exaltar seu companheiro de chapa Paulo Rabello de Castro (PSC).
Jair Bolsonaro – Candidato do PSL foi o único a pedir e ter direito de resposta após ser chamado de racista, machista e homofóbico por Guilherme Boulos (PSOL). Mostrou certo desequilíbrio ao responder sobre Walderice dos Santos da Conceição que é supostamente uma funcionária fantasma de seu gabinete. Derrapou mais uma vez em economia. Foi questionado por Ciro Gomes sobre o que faria para ajudar os 60 milhões de brasileiros cadastrados nos serviços de proteção ao crédito e preferiu ironizar ao invés de responder a pergunta. Foi pouco atacado por outros candidatos e mostrou habilidade ao guardar para o final a defesa de suas posições polêmicas como ideologia de gênero, aborto, feminismo e petismo.
Marina Silva – A candidata da Rede tentou colar em Geraldo Alckmin (PSDB) o rótulo de candidato do “centrão” e do fisiologismo, mas foi habilmente rebatida pelo tucano. Levantou discussões como a importância do saneamento básico no combate a doenças. Fez uma dobradinha com Ciro Gomes para capitalizar votos pelo seu papel e do dele na transposição do rio São Francisco e mostrou um posicionamento repaginado sobre o aborto ao defender um plebiscito para tratar do tema.
Cabo Daciolo – Ilustre desconhecido da maioria do eleitorado brasileiro, o candidato do Patriota acabou chamando atenção por seus excessos retóricos, uso indiscriminado de informações imprecisas e passagens da Bíblia. Atacou todos os seus adversários e, bem ou mal, agora é conhecido por mais gente.
PT e PSDB tiveram candidatos próprios em todos os pleitos
Da Redação
As convenções partidárias confirmaram 13 candidatos à Presidência da República – o segundo maior número desde 1989, quando foram 22 concorrentes, já que o comunicador Silvio Santos teve a candidatura impugnada. Neste período, somente o PSDB e o PT disputaram todas as eleições presidenciais com candidatos próprios.
Partido com maior número de filiados – 2,4 milhões -, o MDB não tinha candidatura própria há quatro eleições. Depois que o ex-governador de São Paulo e ex-presidente do partido, Orestes Quércia, ficou em quarto lugar na disputa de 1994, o MDB transitou entre chapas do PSDB e do PT – legendas que monopolizaram as eleições desde aquele ano.
Após o lançamento do Plano Real, o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu a eleição no primeiro turno em 1994, com 54,3% dos votos. Naquele ano, o cardiologista Eneas Carneiro (morto em 2007), conhecido pelo discurso agressivo e o bordão “meu nome é Eneas”, surpreendeu o país conquistando cerca de 4,6 milhões de votos, mais do que Quércia e do que o pedetista Leonel Brizola (morto em 2004).
Em 1998, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito, novamente vencendo no primeiro turno, com 53% dos votos. Naquele ano, 12 candidatos participaram da eleição presidencial. As eleições de 2002 marcaram o começo da hegemonia do PT: foram quatro vitórias seguidas, todas contra o PSDB.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito e reeleito em 2002 e 2006. Depois, Dilma Rousseff conquistou o Palácio do Planalto em 2010 e foi reeleita em 2014, mas não completou o mandato.
Nas quatro últimas eleições presidenciais, a decisão veio no segundo turno.
Veja quem são os candidatos a presidente nas eleições 2018:
Álvaro Dias (Podemos)
O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”.
Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.
Cabo Daciolo (Patriota)
A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.
Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.
Ciro Gomes (PDT)
O PDT confirmou, no dia 20 de julho, a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido. A chapa é composta com a senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou, nesse sábado (4), a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.
No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.
Guilherme Boulos (PSOL)
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado, no dia 21 de julho, como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente.
Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
O PSOL confirmou a candidatura de Guilherme Boulos à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB confirmou, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República. O partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.
Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro (PSL)
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado, no dia 22 de julho, como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. O vice é o general Hamilton Mourão, do PRTB
Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda privatizar estatais.
João Amoêdo (Partido Novo)
João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista, no dia 4 de agosto. O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.
João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.
João Goulart Filho (PPL)
O PPL lançou, no dia 5 de agosto, João Goulart Filho como candidato à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato presidencial, de 1961 a 1964, interrompido pela golpe militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao cargo.
O candidato a vice é Léo Alves, professor da Universidade Católica de Brasília. Algumas propostas do candidato são a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional.
José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristã (DC) confirmou, no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.
Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT. O vice é o petista Fernando Haddad, que foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu, na convenção, uma carta escrita por Lula, onde ele afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas".
Marina Silva (Rede)
A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, no dia 4 de agosto, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro.
A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia (PSTU)
Em convenção nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.
De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora.
O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.
Com informações da Agência Brasil
Deputado tem 18,9% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o ex-governador paulista
Da Redação
O deputado Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança na corrida presidencial entre os eleitores do estado de São Paulo em cenário que desconsidera o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há 4 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, como candidato. É o que mostra pesquisa CNT/MDA realizada entre 2 e 5 de agosto. O parlamentar tem 18,9% das intenções de voto nesta situação, em empate técnico com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece com 15%. A margem máxima de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na sequência, aparecem a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 8,4% e Fernando Haddad (PT), atual vice na chapa de Lula e nome cotado para substitui-lo ao longo do processo. O ex-prefeito da capital tem 8,3% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), que tem 6%. O senador Álvaro Dias (Podemos) aparece com 1,8%, seguido por Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU), ambos com 1,1%, e Henrique Meirelles (MDB), com 1%.
O levantamento foi realizado antes do fim das convenções partidárias e por isso considerou a candidatura de Manuela D'Ávila (PCdoB), que fechou acordo para ocupar a vice na chapa encabeçada pelo PT ao longo da disputa, substituindo Fernando Haddad no posto. O ex-prefeito pode ocupar a cabeça da chapa caso Lula, hoje inelegível, seja impedido de disputar, em função da Lei da Ficha Limpa. No levantamento sem Lula, Manuela teria 1,1% das intenções de voto dos eleitores paulistas.
A pesquisa também testou cenário com Lula candidato. Nesta situação, o petista lidera com 21,8% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Bolsonaro, que tem 18,4%, o que ainda configura empate técnico. Alckmin, por sua vez, tem 14% das intenções de voto. No pelotão de trás aparecem Marina Silva, com 6,7% e Ciro Gomes, com 5%, tecnicamente empatados.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada entre os dias 2 e 5 de agosto e contou com 2.002 entrevistados, distribuídos em 75 municípios de todas as regiões do estado de São Paulo. A margem máxima de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo, ao passo que o nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima prevista. O levantamento teve custo de R$ 84.330,00 e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-05911/2018.
Ibope em SP
Na última sexta-feira, o Ibope divulgou pesquisa em São Paulo, mostrando Alckmin numericamente à frente de Bolsonaro no cenário que desconsidera a candidatura de Lula. Nesta situação, o tucano registrou 19% das intenções de voto, contra 16% do parlamentar. Marina Silva ficou com 16% e Ciro Gomes, com 8%. Haddad tinha 4%, mesmo patamar de Álvaro Dias. Quando o nome de Lula foi considerado, ele teve a preferência de 23% dos entrevistados, contra 18% de Bolsonaro e 15% de Alckmin. A margem máxima de erro era de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Petistas vão encabeçar seis chapas estaduais ao lado de partidos que apoiaram o que eles chamam de 'golpe'; na mão contrária, nove candidatos a governador desses partidos receberão o apoio de vice-candidatos petistas
Com Agências
Por ora, a discussão a respeito de ter sido golpe ou não a derrubada de Dilma Rouseff do governo federal, em 2016, parece que vai ter que ser colocada de lado. Isso porque, às vésperas das eleições, novas alianças estão sendo feitas pelo Brasil – inclusive entre petistas e partidos que apoiaram o impeachment da presidente.
De acordo com um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo , em 15 estados, o PT se aliou a partidos que apoiaram o impeachment de Dilma e integraram o governo Michel Temer. Em seis deles, o PT será cabeça de chapa ao governo em coligações com partidos que foram favoráveis à queda de Dilma.
Em outros nove estados, ainda segundo o levantamento, candidatos de siglas que votaram pelo afastamento da presidente vão ter o apoio petista . Desses, há filiados ao MDB, PSD, PTB, PR e Rede.
Além disso, outros quatro são do PSB, um partido que não tem um posicionamento claro quanto aos petistas. Isso porque, embora se aliem em alguns estados, em 2016, o partido votou pela cassação do mandato de Dilma Rousseff e, hoje, fechou um acordo nacional com o PT para não apoiar formalmente nenhum candidato à Presidência. Antes de 2016, o PSB era um aliado histórico do PT.
Nesse isolamento do PSB, buscando uma neutralidade na corrida presidencial, um candidato saiu prejudicado. Afinal, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) acabou não obtendo o apoio nem do chamado 'Centrão' – grupo composto por partidos de centro – nem do PSB, que angaria votos da esquerda.
Ainda segundo o jornal O Estado de S.Paulo , na prática, o PT espera que a maior parte dos diretórios do PSB engrossem o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou do seu possível substituto, o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad.
Questionada, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que não há nenhuma contradição entre as conveniências eleitorais do partido e o discurso da direção. "Não há (contradição) porque estamos deixando claro que eles têm de apoiar Lula. Em todos esses casos, tem apoio a Lula e uma autocrítica inclusive."
Ou seja, o apoio ao que foi chamado pelos petistas de 'golpe' a Dilma Rousseff, o impeachment em 2016, agora não faz tanta diferença, contanto que haja apoio ao ex-presidente Lula – figura centro do partido, que nunca deixou de ser a prioridade da militância petista.
O governadoriável, o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, em um dos seus surtos provocou um alvoroço no Tocantins. Por meio de um episódio, o candidato vem ganhando visibilidade. Carlos Amastha gravou um vídeo e publicou em sua rede social no qual dizia que sem a aliança de dois partidos que estavam com ele desde o princípio de seu projeto político, ele estava fora da disputada. Jogou a toalha e declarou: “Sem os partidos não tem porque continuar”
Por: Edson Rodrigues
Pronto. Foi o suficiente para o ex-prefeito ter todos os holofotes. Aliados preocupados, adversários com conspirações e a sociedade sem saber de fato o que estava acontecendo. O que se soube foi que o candidato do PSB que encabeçava um dos grupos, avisou aos demais candidatos que não estaria mais com o grupo por meio de mensagem via WattsApp.
Pouco mais de 24 horas, lá vamos nós para uma entrevista coletiva no qual o candidato queria comunicar à imprensa e toda a população que havia desistido de desistir. Sim, mais uma vez, Amastha é candidato e, hoje é manchete dos principais veículos de comunicação do Estado.
Consequências
É claro que se o candidato tivesse desistido isso traria uma série de consequências para ele e o grupo. Hoje o colombiano possui um número grande de pessoas que dividem com ele projetos, sonhos, propostas. Pessoas que há muito vêm trabalhando em prol deste processo eleitoral. Fizeram acordos, apresentaram-se a sociedade, buscam apoio e o voto dos tocantinenses.
Além dos dois senadores que estão com Carlos Amastha e buscam a reeleição, o governadoriável possui os candidatos a deputado federal, estadual. Nomes de personalidades conhecidas no meio político, na gestão pública. Além dos candidatos, cabe ressaltar que Amastha também conquistou alguns empresários, prefeitos, vereadores, lideranças, categorias e hoje todos fazem parte desta engrenagem que não pode parar.
Desgaste
A decisão impetuosa ou não do candidato “falastrão”, que usa das redes sociais para promover-se também trouxe desgaste, e automaticamente quebrou o ritmo que vinha tendo na campanha.
É claro que há 60 dias das eleições e com o tsunami de informações, boatos e situações que acontecerão, este processo pode ser revertido. Amastha é astuto, sabe bem o que quer.
Marketing
Após a coletiva de imprensa me veio o questionamento. Já analisaram que nas últimas 72 horas os outros três grupos políticos não conseguiram quase nenhuma visibilidade nos veículos de comunicação e redes sociais.
Pois bem, ainda que possa não parecer, mas esta atitude do governadoriável lhe trouxe enorme visibilidade. O que claro tem seus pontos positivos e negativos. Queria Amastha que a população lhe pedisse pra voltar? Os candidatos? Ou foi de fato uma toalha jogada, uma desistência. A questão é que o candidato, que renunciou a prefeitura da Capital em abril deste ano, por 24 horas deixou de ser um dos nomes para a disputa, e depois, desistiu de desistir.
No entanto, essa desistência nem pode ser levada em consideração, pois as chapas só estão consolidadas após o registro de candidatura que acontece até o dia 15 de agosto.
Ou seja, Amastha é candidato, e nos próximos dias pode dizer, desdizer, e fazer da vida um palco no qual somos a plateia. E cá entre nós, ele aprendeu como fazer isso e chamar a atenção.
Que seja dada a largada, e que a população escolha o melhor para o Tocantins.