A 31ª Marcha para Jesus foi realizada nesta quinta-feira (8), feriado de Corpus Christi, saindo da estação Tiradentes do metrô, na região central de São Paulo, e percorrendo 3,5 km até a praça Heróis da Força Expedicionária, em Santana, na zona norte, onde foi montado um gigantesco palco.
POR ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, CARLOS PETROCILO E CLAYTON CASTELANI
A identificação dos evangélicos ocorreu por meio das letras das músicas gospel, que "refletem o momento de vida e a situação da nação", diz a bancária Mayara Lara, 24. "Não tem nada a ver com política, mas com a esperança que Jesus nos traz depois de tantas perdas que nossas famílias sofreram na pandemia", explica a jovem.
Apesar desse discurso, a menção ao nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou uma vaia coletiva na marcha. O petista não estava lá, mas foi representado por seu ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.
Ele foi apresentado pelo apóstolo Estevam Hernandes, idealizador do que chama de "ato profético", como diácono da Igreja Batista. A também evangélica Benedita da Silva, deputada pelo PT fluminense, também estava no palco.
Mais cedo, à Folha de S.Paulo, o apóstolo disse acreditar que, se Lula viesse, seria recebido "com carinho". Afirmou ainda que até poderia haver algum protesto, mas nada grande. E se houvesse ele instruiria o público a orar por autoridades constituídas, como manda a Bíblia.
Lula enviou uma carta a Hernandes para avisar que não iria, mas exaltando a "extraordinária expressão de fé" da Marcha. O líder evangélico, que em 2018 e 2022 apoiou Jair Bolsonaro (PL), gostou da iniciativa.
Messias só foi vaiado ao dizer que levava um recado em nome do presidente. "Vim aqui dizer pra vocês, a pedido do presidente, dizer que em Brasília existem homens e mulheres que vivem pro Reino." E mais: "Estamos lá levantados por Deus pra cumprir um propósito".
Ao falar de novo sobre o presidente, a vaia engrossou. Hernandes, então, interveio. O apóstolo pediu para que todos orassem pelas autoridades constituídas na nação. E Messias encerrou o discurso.
Messias reconheceu, na saída do evento, que nas igrejas persiste uma resistência à esquerda e ao PT. "Há ainda uma parte dos evangélicos distante de nós, mas a gente só consegue superar tudo isso vindo, se colocando à disposição do povo, conversando", disse à reportagem. Agora, afirmou, "é insistir".
"Viemos com o coração aberto. Estamos dispostos a construir um novo tempo, porque o nosso povo precisa de paz."
Outro político que também marcou presença na marcha foi o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Diante da multidão de evangélicos, ele fez discurso e "profecia" na tarde desta quinta.
Ao contrário das vaias no momento em que o ministro da AGU citou o presidente Lula (PT), o governador foi bastante aplaudido pelos evangélicos. Ele chegou a se ajoelhar no palco com as mãos para o alto em sinal de oração.
Os aplausos ocorreram conforme pastores e apresentadores pediam à multidão que, em geral, se comportou de forma respeitosa enquanto o governador falava --ou orava.
Em cima do palco, o apóstolo Estevam Hernandes disse: "Tarcísio, eu te amo". No final, o governador "anunciou uma profecia" para o público. "Essa é a grande palavra profética de hoje, que Deus vai abençoar a casa de vocês, o projeto de vocês, e São Paulo", afirmou o governador.
A cerca de 50 metros do palco, parte do público aproveitou o intervalo nos shows musicais para ir ao banheiro ou se alimentar, enquanto o governador falava.
Único a vaiar, no trecho de onde a Folha acompanhou, o motorista Thiago Costa, 36, fez um L com os dedos quando Tarcísio foi anunciado.
"A marcha não é para Jesus? Acho que esses políticos não deveriam estar aqui. Eu sou Lula, não vim aqui para ver esses caras que não estão nem ligando para os pobres", disse Costa, que pela primeira vez estava no evento.
Com uma das mãos timidamente erguida durante a oração feita para o governador, a analista de programas de computador Michele Souza, 26, também relatou desconforto com a presença do político.
"Estou aqui pela adoração, que é a parte boa. Acho que não deveria abrir esses espaços para políticos, até porque Deus não divide a sua glória."
Já o analista de obras Maurício Marinho, 41, considerou positiva a presença de Tarcísio, acompanhado até mesmo a leitura de um trecho da Bíblia que o governador fez.
"Acho muito importante demonstrar que a fé está em todos os segmentos da sociedade", disse. "A política não é o principal, estamos aqui pela fé", disse.
Então presidente, Jair Bolsonaro (PL) esteve nas edições de 2019 e 2022, sendo o primeiro chefe do Palácio do Planalto a ir na Marcha. Não apareceu nesta. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), em viagem, não compareceu.
Alguns participantes do evento que usavam a camisa amarela, que se tornou uma espécie de símbolo dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmaram à Folha diversas razões para o traje, nenhuma relacionada com a política.
"Eu uso a camisa da seleção porque gosto, comprei na Copa", contou o assistente administrativo Gustavo Jaques, 31. "Eu sei que na época da campanha tinha muita gente usando para apoiar o candidato [à reeleição Jair Bolsonaro], mas não é minha intenção. Sou evangélico há 12 anos e acredito que esse é um momento especial, que representa a união dos vários ministérios evangélicos para agradecer a Deus por estarmos aqui, ainda vivos, após a pandemia."
Também vestida com a camiseta da seleção, a advogada Amanda de Souza, 31, demonstrou alívio ao poder usar as cores da bandeira sem que isso significasse apoiar algum político. "Graças a Deus isso passou", disse.
"Quase todos os brasileiros têm um time e a seleção representa todos, então a camisa é um símbolo de união do país por Deus, não por Bolsonaro ou qualquer outro político", prossegue Amanda.
"Há muitos políticos que possuem religião e nós achamos legal ele [Bolsonaro] ser cristão, mas é só mais uma pessoa no meio de tantas outras", afirmou.
Em estimativa por volta das 15h, a Polícia Militar estimou que naquele momento, considerado o pico até então, havia 300 mil pessoas no evento.
Perícia levou em consideração o valor de mercado do ouro e as mais de 2.200 pedras preciosas das joias; inquérito está sob sigilo
Por Natália Martins e Renata Varandas
A Polícia Federal considerou que um dos conjuntos de joias de origem saudita que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil vale R$ 5,1 milhões, ao contrário da avaliação inicial da Receita Federal — R$ 16,5 milhões. A Record TV verificou que a perícia da PF levou em consideração o valor de mercado do ouro e as mais de 2.200 pedras preciosas das joias, sem ponderar a marca dos objetos. A perícia da PF é sigilosa e foi anexada ao inquérito do caso.
O conjunto, da marca Chopard, encontrava-se dentro de uma caixa de couro, revestida de veludo, e compunha-se de um colar de ouro branco com dezenas de pingentes, todos adornados com diamantes. A corporação chegou a enviar investigadores à Suíça para atestar o real valor das joias.
No retorno ao Brasil, as joias
foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque. Ao checar o conteúdo de uma mochila, os fiscais se depararam com a escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, com as patas quebradas.
Os fiscais ainda encontraram outro objeto na bagagem do ex-assessor de Albuquerque. No Brasil, é obrigatória a declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no país cujo valor seja superior a US$ 1 mil. A retirada formal e correta das joias apreendidas pela Receita Federal, neste caso, custaria R$ 12,3 milhões.
Joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e escultura dourada de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros estão entre os objetos apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro de 2021, com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
As peças de luxo tinham sido dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro. No entanto, um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou entrar com os itens no Brasil pelo aeroporto de Guarulhos, sem declará-los à Receita Federal, uma ação considerada ilegal.
Outras joias
Após a divulgação do caso, também foi revelado que o ex-presidente ficou com outro kit de joias dado pela Arábia Saudita. Avaliado em cerca de R$ 500 mil, o conjunto, composto de relógio Rolex, caneta, anel, abotoaduras e masbaha (um tipo de rosário), foi dado a Bolsonaro em 2021. O valor estimado do relógio é de R$ 364 mil. A defesa de Bolsonaro entregou os objetos, em março, à Caixa Econômica Federal.
O ex-presidente voltou com o conjunto de joias para o Brasil e deu ordens para que os itens fossem levados a seu acervo privado. Um formulário de encaminhamento de presentes para o presidente foi preenchido, com a especificação de cada item do conjunto de joias.
A guarda dessas joias permaneceria no acervo privado de Bolsonaro por mais de um ano e meio, até que, já no ano passado, o então presidente deu novas ordens, em 6 de junho de 2022, para ficar com as peças. Dois dias depois, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam "sob a guarda do presidente da República".
Em abril deste ano, Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar esclarecimentos sobre os presentes da Arábia Saudita. Na ocasião, o ex-presidente negou irregularidades e disse que soube das joias um ano depois da apreensão.
Presidente tem recebido críticas feitas por parlamentares devido à falta de articulação política do Executivo com o Legislativo
Por Plínio Aguiar
Com dificuldades no Congresso Nacional e em meio à pressão de congressistas pela liberação de mais recursos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem em caixa R$ 31,5 bilhões em emendas para gastar em 2023. Até maio deste ano, foram gastos R$ 5 bilhões, incluindo o recorde de R$ 1,7 bilhão em um único dia.
Nos primeiros cinco meses deste ano, foram pagos R$ 3 bilhões em emendas individuais impositivas. No mesmo período em 2022, haviam sido pagos R$ 2 bilhões. Até maio de 2023, foi pago mais de R$ 1 bilhão em emendas de bancada. No mesmo período do ano passado, o pagamento dessa rubrica foi de R$ 800 milhões.
Os dados foram repassados por fontes do Ministério das Relações Institucionais, comandado por Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do Executivo com o Legislativo. Parlamentares têm disparado críticas à interlocução do governo. Neste momento, Lula não cogita uma troca ministerial nas pastas localizadas no Palácio do Planalto.
Para demonstrar descontentamento, a Câmara dos Deputados barrou no mês passado mudanças promovidas por Lula no marco do saneamento básico, aprovou o projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas e retirou de pauta o texto das fake news. Já o Senado possui ambiente mais favorável ao petista. As derrotas fizeram com que o governo se movimentasse para cessar a insatisfação dos parlamentares, e até partidos da oposição foram contemplados com emendas.
O PL, por exemplo, foi o partido que mais recebeu recursos, sendo atendido com R$ 385,8 milhões. Outra legenda bastante beneficiada foi o PP, com R$ 337,6 milhões. O PT liderou a distribuição de emendas, com R$ 575,9 milhões, e partidos que comandam ministérios também tiveram prioridade, como PSD (R$ 568,7 milhões), MDB (R$ 353,4 milhões) e União Brasil (R$ 304,4 milhões).
A maioria dos recursos liberados no mês passado será utilizada em ações na área do Ministério da Saúde. Serão pelo menos R$ 4,1 bilhões para projetos da pasta. O valor restante será destinado para iniciativas de outros 13 ministérios, entre eles Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 240,3 milhões), Defesa (R$ 69,4 milhões) e Integração e Desenvolvimento Regional (R$ 48,8 milhões).
Lula em campo
Como mostrou o R7, Lula deve diminuir o ritmo de viagens nacionais, com exceção das já previstas, e se reunir com senadores e deputados federais após o feriado de Corpus Christi, dizem ministros do governo. Na última segunda-feira (5), havia a expectativa de uma reunião separada entre o presidente e os líderes partidários da Câmara e do Senado. No entanto, o governo cancelou o encontro com o primeiro grupo e se reuniu apenas com senadores.
A reunião teve a participação da maioria dos senadores que compõem a base do governo na Casa. De acordo com Jaques Wagner, o encontro tinha o objetivo de possibilitar a Lula transmitir os agradecimentos pela aprovação da medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios. Na prática, o texto, alterado no relatório feito pelo deputado relator, esvaziou o poder de pastas como Meio Ambiente e Mudança e Clima e Povos Indígenas, pautas defendidas pelo petista durante a campanha eleitoral de 2022.
Após a agenda, na semana dos dias 12 a 16, Lula deve reduzir o ritmo de viagens e se concentrar em "arrumar a casa", nas palavras de um ministro do governo. A agenda, segundo essa fonte, deve contar com reuniões com parlamentares de diversos partidos e bancadas. O governo vem sendo criticado pela falta de articulação política, inclusive com recados públicos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
"Há uma insatisfação generalizada dos deputados com a falta de articulação do governo", disse Lira recentemente.
Daqui para a frente o governo tem que andar com as próprias pernas, e não haverá nenhum tipo de sacrifício dos parlamentares. O governo sabe e tem consciência de que a acomodação política não está feita e não tem base consolidada.
Lira e Lula conversaram pelo menos três vezes sobre a questão. A última reunião entre os presidentes dos dois Poderes ocorreu na última segunda (5). O alagoano disse em entrevista que, com a presença do petista na articulação política, é possível ter uma construção mais sólida na base do governo no Congresso Nacional.
O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversa reservada durante o café da manhã desta terça-feira, tomou conhecimento das prioridades do Partido dos Trabalhadores, PT, que tem Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República e seu principal comandante, para o Tocantins, nas próximas eleições municipais.
Por Edson Rodrigues
Com o curioso modus operandi de protocolar os métodos a serem empregados em todos os Estados, independente do número de eleitores, a cúpula nacional petista já deixou claro que pretende dominar as ações, por meio do seu diretório nacional, visando as eleições de 2024. Segundo nosso interlocutor, que prefere o anonimato, está definido que o PT terá candidatos próprio nas 27 capitais e, pelo menos, nos dois maiores colégios eleitorais, o que significa postulantes petistas em Palmas, Araguaína e Gurupi, respectivamente, em território tocantinense.
CÉLIO MOURA E PAULO MOURÃO
A mesma fonte nos garantiu que em Araguaína, o martelo está batido, com o nome do ex-deputado federal Célio Moura (foto) à frente. A opção por Célio Moura significa oxigenar a política estrutural da legenda no Tocantins e em Araguaína, pois o ex-deputado sempre foi um companheiro leal e acabou prejudicado em sua candidatura à reeleição à Câmara Federal, por conta de movimentações internas do partido no Tocantins, que resultaram em uma divisão dos membros em alas, coisa corriqueira em se tratando do PT, que mais atrapalharam que ajudaram nas eleições do ano passado.
Célio Moura é reconhecido na região Norte do Tocantins por um trabalho de décadas como advogado do povo, levando adiante causas da população mais necessitada.
Em Palmas, segundo o apurado pelo nosso Observatório Político, o nome desejado pelo PT é o do ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Sardinha Mourão, (foto) ex-deputado federal e estadual, que goza de amizade de longa data com o principal articulador político do PT, José Dirceu, pai do deputado federal Zeca do PT, líder do governo na Câmara Federal.
O posicionamento de José Dirceu é de que só há no PT uma pessoa preparada e com credibilidade para ser um candidato competitivo à prefeitura de Palmas e essa pessoa é Paulo Mourão, que mescla experiência em gestão pública, com ótima passagem pela prefeitura de Porto Nacional, além de ser um petista autêntico e ficha-limpa.
Nossa fonte adiantou que as tratativas para colocar o projeto de Paulo Mourão como candidato á prefeitura de Palmas serão conduzidas pela própria cúpula nacional do PT.
Enquanto isso, em Gurupi, a escolha do nome será conduzida pelo Diretório Estadual do PT.
DISPUTA INTERNA, DIVISÃO DO PARTIDO E AS INTRIGAS
Não é segredo para ninguém que as intrigas e desavenças políticas são o que mais atrapalham dois partidos dos mais antigos no Tocantins.
Esse racha permanente, em que a legenda é subdividida em alas, tem sido o maior empecilho do MDB e do PT no Estado, o que, nas últimas eleições, levou os dois partidos a uma vexatória atuação nas urnas, em que nenhum deles conseguiu eleger sequer um deputado estadual, quem dirá deputado federal ou senador, em seu pior desempenho político nos 34 anos de história do Tocantins, encaminhando uma transformação de seus patrimônios e histórias políticas em pó.
Agora, o PT nacional traz para o Tocantins suas estratégias traçadas para cada Estado da federação, tentando emplacar bons nomes nos três principais colégios eleitorais, contando com a Capital, tentando eleger pelo menos um desses prefeitos, além de obter vitórias pontuais em municípios de médio e pequeno porte, visando as eleições majoritárias de 2026, para que possa voltar a ter representantes na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
É aguardar a prática pra ver se o discurso é o mesmo da teoria...
Por Edson Rodrigues
Uma das vozes mais importantes da Região Sudeste do Tocantins, Joaquim de Taipas, ex-prefeito do município que lhe empresta o nome, protocolou sua saída do PSD, do senador Irajá Abreu, presidente estadual da legenda.
Joaquim de Taipas é um político da velha guarda, fiel e companheiro, e por muitos anos esteve ao lado da ex-senadora Kátia Abreu, desde quando ela foi candidata a deputada federal, e do senador Irajá Abreu, desde o início da sua caminhada política. Por isso, sua saída do PSD é entendida como uma baixa, tanto no partido, por perder um quadro tão influente e importante no cenário estadual.
Defensor do desenvolvimento político da sua Região, Joaquim de Taipas tomou a sua decisão da forma mais abrangente, segundo o apurado pelo Observatório Político de O Paralelo 13. A decisão foi de se afastar de vez, politicamente, do clã dos Abreu, com a desfiliação automática do PSD.
Os motivos, ainda segundo nossa apuração, é o apoio de Joaquim de Taipas ao grupo palaciano, decisão tomada em 2022, quando ele apoiou a candidatura à reeleição de Wanderlei Barbosa, por conta da sua ligação política com o, então, candidato a vice-governador, Laurez Moreira, ex-prefeito de Gurupi, com quem nutre amizade pessoal há anos.
Essa amizade pesou para que Joaquim de Taipas decidisse por apoiar Laurez em 2026, quando deve ser candidato natural ao governo do Estado, e receber do amigo, apoio para os seus candidatos a prefeito e vereador em toda a Região Sudeste já nas eleições de 2024.
SERIEDADE E BOA CONDUTA
Joaquim de Taipas sempre foi reconhecido no meio político por ser uma pessoa de palavra, ética e correta em suas ações. Por isso, sua saída do PSD está acontecendo sem alarde e sem revanchismo político, como ele sempre atuou na sua carreira, sem acusações, falácias ou baixarias dirigidas aos seus ex-companheiros políticos.
Os próximos passos de Joaquim de Taipas serão aguardar as orientações do seu amigo, Laurez Moreira, sobre em qual partido deve se filiar para que possa receber apoio total e irrestrito no decorrer de sua carreira política, da pessoa que pode vir a ser governador do Tocantins em um futuro próximo.
Perde o PSD, ganha o grupo palaciano...