Na semana passada, o competente jornalista Cleber Toledo trouxe, em seu portal de notícias, uma novidade improvável para o tabuleiro sucessório de Palmas: a possibilidade da candidatura do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, mais conhecido como “professor de Deus”.
Por Edson Rodrigues
A primeira reação dos articulistas e analistas políticos foi a do riso solto, como se a notícia fosse uma espécie de “mentirinha de 1º de abril”. Mas, após apurações, notou-se que a informação tem procedência e que a possibilidade é, sim, real e, o pior, vem junto com um “pacote de rancor” que pode causar mais que polêmica, mal estar ao grupo político em que tentar se inserir, tal qual um paraquedista prestes a pousar em um campo minado, capaz de provocar uma “explosão” que tire a sua “vida” e a dos demais a quem atingir.
Após ouvir vários líderes políticos com domicílio eleitoral em Palmas, o Observatório Político de O Paralelo 13 constatou que a notícia pegou a todos de surpresa, mas ouviu, também, muitos argumentos que vão dificultar essa incursão do professor de Deus no território palmense.
ENUMERANDO DIFICULDADES
Ronaldo Dimas e Carlos Amastha em comício em Palmas
Nas últimas eleições para o governo do Estado, por exemplo, quando Ronaldo Dimas, com apoio de candidatos a deputado federal e estadual, do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha e do senador Eduardo Gomes, do PL, então líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Somando-se a isso os votos do próprio Dimas, o resultado foi um acachapante 54,51% dos votos para Wanderlei Barbosa contra 29,93% para o professor de Deus.
Por outro lado, conforme o apurado pelo nosso Observatório Político em suas conversas nos bastidores políticos de Palmas, o resultado de uma recente pesquisa para prefeito de Palmas, mostrando uma miríade de candidatos, foi o que animou Dimas a tentar “entrar de penetra” nessa festa, uma vontade natural a todo político e um direito garantido pela nossa Constituição, democrática acima de tudo.
Deputado federal Felipe Martins
Mas, por qual partido o candidato a governador derrotado no primeiro turno irá disputar a prefeitura de Palmas? A legenda da qual faz parte atualmente já tem os nomes de Janad Valcari - em plena pré-campanha -, do pastor Eli Borges e do deputado federal Felipe Martins. Logo, não será pelo PL que o professor de Deus irá conseguir sua candidatura.
Na verdade, os 29,93% dos votos conseguidos por Dimas, traduzidos em números, correspondem a 45.027 votos, o que é muita coisa, principalmente para uma eleição em que haverá segundo turno. O detalhe é que esses votos não são patrimônio eleitoral de Dimas, muito menos pelos seus “belos olhos azuis”. São, sim, advindos de um grupo político encabeçado pelo senador Eduardo Gomes, que contava com lideranças como os ex-prefeitos de Palmas, Carlos Amastha e Nilmar Ruiz, a deputada estadual Janad Valcari, os candidatos a deputado estadual e federal, de vereadores e ex-vereadores, que, mesmo a contragosto, pois queriam Eduardo Gomes como candidato ao governo, colocaram toda a capacidade de levantar votos que tinham para tentar eleger dimas governador. O fator preponderante para que Dimas não conseguisse uma votação mais expressiva vem do seu próprio apelido, professor de Deus, pois agiu com arrogância e prepotência durante toda a campanha, fazendo com que os esforços pela sua eleição fossem diminuindo a cada “ataque de estrelismo” seu.
Nilmar Ruiz e deputada Janad Valcari
Ser candidato a prefeito de Palmas, como já dissemos, é um direito democrático de qualquer cidadão, contanto que esteja filiado a um partido, pelo menos, seis meses antes do pleito.
O difícil para Ronaldo Dimas será encontrar uma legenda que o aceite com tantas manhas e manias que o levaram a ter o apelido de professor de Deus.
OUTRAS VERSÕES
Nosso Observatório Político captou nos bastidores políticos que há versões sobre esse repentino desejo de Dimas em ser prefeito de Palmas. Todas elas não são nada produtivas para que essa pretensão do professor de Deus se torne realidade.
A primeira delas é a de que Dimas pretende ser a “mosca na sopa” na sucessão de Palmas, para atrapalhar o candidato a prefeito do grupo do Palácio Araguaia e fazer o mesmo com o candidato que será apoiado pelo seu partido, o PL, por não estar satisfeito com o apoio recebido pelo diretório palmense durante a campanha para governador.
Prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues
Mas, ao que tudo indica, sua jogada não mira, exatamente, a prefeitura de Palmas e, sim, a de Araguaína. A jogada seria causar o máximo de confusão possível no diretório de Palmas, que tem Janad Valcari, Filipe Martins e Eli Borges como candidatos em potencial. colocando seu nome na disputa por Palmas, o professor de Deus só “largaria o osso”” se conseguisse do PL estadual a garantia de que ele seria o escolhido do partido para voltar \à prefeitura de Araguaína, o que obrigaria a legenda a convencer o atual prefeito da Capital do Boi Gordo, Wagner Rodrigues, a abrir mão de tentar a reeleição e apoiar a postulação de Dimas.
Caso Dimas teime em tentar tumultuar a tranquilidade que reina no PL, ele já entra nessa jogada sabendo que não contará, em hipótese alguma, com o apoio político do senador Eduardo Gomes, presidentes estadual da legenda, que está totalmente focada em trabalhar um dos seus quadros locais para a sucessão municipal de Palmas, sem chances para qualquer outro projeto, ainda mais motivado por rancor e prepotência.
Por conhecer a postura do senador Eduardo Gomes, um político sutil, de fino trato, que jamais apela para a truculência, é sabido e notório que, em hipótese alguma, partiria dele a iniciativa de atropelar uma candidatura genuinamente palmense, de dentro do PL, por outra “paraquedista”, com raízes em outras cidades, muito menos desarticular o apoio à uma gestão que vem dando certo, como a de Wagner Rodrigues, em Araguaína, para dar vazão a uma candidatura por birra ou revanche política.
CAPACIDADE INQUESTIONÁVEL
Ronaldo Dimas
A capacidade administrativa de Ronaldo Dimas é inquestionável. Prefeito de Araguaína por dois mandatos, transformou a cidade em um canteiro de obras e deixou seu segundo mandato com a popularidade em alta. Mas, estamos em outro momento político, com um governador que conta com o apoio maciço do eleitorado, com a maioria da bancada federal trabalhando em sintonia, colhendo tudo o que é possível em termos de recursos federais para o Tocantins, oxigenando as gestões municipais e transformando os atuais prefeitos com possibilidade de reeleição em candidatos quase imbatíveis e dando a oportunidade aos que não poderão se reeleger, de pensar em um sucessor legítimo, que os mantenha em evidência política até a próxima eleição.
Nos bastidores políticos de Araguaína, onde Dimas conseguiu seu maior êxito como administrador, e elegeu o seu sucessor, Wagner Rodrigues, há rumores de um desconforto entre o professor de Deus e o atual prefeito, iniciado na eleição de 2022, quando o filho de Ronaldo Dimas, Tiago Dimas, contou com o apoio de Wagner Rodrigues em sua busca pela reeleição a deputado federal, mas o professor de Deus não viu empenho nem de Wagner nem de sua equipe em buscar mais votos na Região Norte do Tocantins e, posteriormente, houve uma demissão massiva dos servidores indicados por Dimas na prefeitura da cidade.
Se vermos mais a fundo na questão da votação de Dimas para governador em Araguaína, o cenário fica ainda pior.
Apesar dos laços de amizade entre o senador Eduardo Gomes e o próprio Ronaldo Dimas, nem Eduardo Gomes nem nenhuma liderança ligada ao PL teria motivação para desprestigiar o atual prefeito, Wagner Rodrigues.
Governador Wanderlei Barbosa
Basta que se observem os números resultantes da eleição para o governo na própria Araguaína onde Dimas teve 46,59% ou 40.346 dos votos, o governador eleito, Wanderlei Barbosa ficou com 41,88% ou 36.265 dos votos e, nada menos que, seis mil eleitores votaram em branco e outros 19.699 deixaram de votar.
Somando os votos não computados - 25.699 votos - chega-se a um percentual de eleitores que não estavam satisfeitos com a gestão de Dimas ou não o achavam apto para ser governador, assim como seu filho, Tiago, para continuar a ser deputado federal, e, junto com os 36.265 que votaram em Wanderlei barbosa, preferiram uma pessoa de fora de Araguaína para comandar os destinos do Estado, e entram nessa conta servidores públicos municipais, vereadores e lideranças políticas locais.
Trocando em miúdos, Ronaldo Dimas não estava tão bem com a população como os números - crus - mostravam
Já em Palmas, a presença de Dimas no tabuleiro sucessório continua sendo vista como uma espécie de provocação ou da costumeira prepotência do professor de Deus. Como a classe política e a população de Palmas já estão mais que ressabiados com a presença de paraquedistas no cenário político - mesmo que vindos dos arredores - e não estariam dispostos a dar, sequer, uma oportunidade a Dimas, pois já conta com um número suficiente de bons nomes para a disputa pela prefeitura municipal.
Até o fechamento desta matéria, não havíamos conseguido contato com Ronaldo Dimas para ouvir o seu posicionamento sobre os fatos narrados, mas, deixamos, aqui, o nosso convite para que ele comente e argumente as informações que nos foram transmitidas direto dos bastidores políticos.
Até a próxima!
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Prefeito de Araguaína destaca importância do acerto entre Voepass e Gol para a cidade. Rota permanece da mesma forma que é hoje, com frequência de três vezes por semana: segunda, quarta e sexta
Da Assessoria
Obras do aeroporto para receber voos de jatos estão avançadas e primeira etapa, com nivelamento das cabeceiras, drenagem e proteção vegetal da pista, deverá estar concluída em junho (Foto: Marcos Sandes/Secom Araguaína)
A rota aérea Araguaína x Brasília e Brasília x Araguaína está mantida. Acordo mediado pelo prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, vai fazer com que o voo para a capital federal, muito importante para atração de investimentos para a cidade e até mesmo para facilitar o turismo dos araguainenses, permaneça da mesma forma que é hoje, com frequência de três vezes por semana: segunda, quarta e sexta.
Para a cidade não perder o voo, Wagner precisou ajudar na negociação. Isso porque a empresa Gol, companhia responsável pela comercialização das passagens da rota, anunciou a suspensão de oito rotas aéreas regionais a partir do dia 9 de maio, uma delas a de Araguaína.
Apesar de operado por equipe e avião da Voepass, o voo da cidade tinha autorização de decolagens e pousos em Brasília para a Gol, por isso a empresa vendia as passagens e trabalhava em parceria com a outra companhia. Assim, como a Gol suspendeu a rota regional foi necessário que as duas empresas entrassem em um acordo para que a linha aérea pudesse seguir sendo disponibilizada para os clientes. Pelo acerto, a Gol cede o acesso de Brasília à Voepass.
“A Gol entendeu que não podia prejudicar a cidade e também sabe da importância da rota, tanto que mesmo com a suspensão do voo vai manter seu escritório de atendimento ao público em Araguaína e está aguardando ansiosamente para que o nosso aeroporto possa receber jatos”, destacou o prefeito Wagner Rodrigues.
O prefeito também elogiou a sensibilidade do presidente da Voepass, José Luiz Felício Filho, por aceitar manter a rota. “A Voepass sempre foi parceira de Araguaína e nós somos muito gratos a isso. Importante frisar que temos muito mais possibilidade de trazer investidores, consultores e pessoas que ajudam a gerar renda na nossa Araguaína”, salientou o gestor.
Andamento das obras de ampliação e qualificação do aeroporto
Paralelamente, a Prefeitura de Araguaína segue tocando as obras de ampliação e modernização para qualificação do aeroporto. Conforme o secretário municipal de Infraestrutura, Frederico Prado, até o mês de junho a primeira etapa com nivelamento das cabeceiras, drenagem e proteção vegetal da pista deverá estar concluída.
“Na próxima semana, deverá ficar pronto o trabalho de aprovação dos projetos de aquisição dos Papi’s (Indicadores de Percurso de Aproximação de Precisão, na tradução da sigla em inglês). Com isso, vamos comprar e mandar instalar o equipamento, em procedimentos que devem durar cerca de 120 dias, já contando com a licitação”, afirmou o secretário.
Com os Papi’s instalados, será a vez de obter a homologação junto ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o que permitirá a chegada de decolagem de jatos de grande porte em Araguaína.
Todo esse investimento está orçado em cerca de R$ 13 milhões, com quase R$ 2 milhões referentes a instalação dos Papi’s, acessórios e projeto específico sendo bancados na integralidade pela Prefeitura. O restante vem em convênio com o Governo Federal. O projeto de qualificação e modernização do aeroporto ainda contará com outros R$ 32 milhões que vão bancar obras de construção de um novo hangar, estacionamento, melhorias na pista auxiliar, entre outros. Esse recurso também foi obtido via convênio com o Governo Federal.
Possibilidade de mais um voo para Araguaína
Enquanto essa obra de instalação dos Papi’s não fica pronta, a cidade poderá ganhar mais voos de ATR Turbo Hélice. Há negociações em andamento com a Voepass e Azul Linhas Aéreas, o que pode ampliar as rotas aéreas oferecidas a partir de Araguaína. Na próxima semana, o prefeito Wagner Rodrigues estará em Brasília para tratar do assunto com diretores das empresas. (Por Daniel Machado)
A China é o maior parceiro comercial do Brasil; ida do presidente ao país está prevista para 11.abr
Por: Guilherme Resck
Na semana em que seu governo completa 100 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará à China e a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O petista já teria ido a ambos os países no mês passado, não fosse o fato de ter sido acometido por uma pneumonia.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que acompanhará Lula na viagem, "tratativas importantes com as quais há muitos anos a gente sonhava devem se concretizar com a presença do presidente no território chinês". Serão assinados quatro acordos para o agronegócio brasileiro.
Entre eles, a certificação digital, que, conforme o Mapa, deverá "tornar a tramitação mais rápida e confiável, diminuindo a burocracia para os exportadores brasileiros". Segundo Carlos Fávaro, o acordo trará ganho relevante para o agro nacional, assim como outro, que Lula formalizará na viagem, que permite a operação direta entre real e o renminbi, a moeda chinesa, sem necessidade de dolarização.
Ainda na China, Lula participará da cerimônia de posse de República Dilma Rousseff (PT) como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira criada, em 2014, pelos Brics; e se encontrará com o o presidente chinês, Xi Jinping. Durante café da manhã com jornalistas, na última 5ª feira (6.abr), Lula disse que, com Xi Jinping, discutirá o investimento em novos ativos chineses no Brasil. Quer tratar com o líder chinês também, falou, sobre a possibilidade de a China promover um diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, pelo fim da guerra na Ucrânia.
O líder brasileiro quer propor ao chinês a criação de um grupo de países pela paz na Ucrânia. Lula deverá partir de Brasília rumo à China na manhã de 3ª feira (11.abr). Dessa forma, a previsão é que chegue em Xangai na noite de 4ª feira (12.abr); parta da cidade para Pequim em 13 de abril à noite; tenha agenda política, encontro com Presidente da Assembleia Popular Nacional da China e assinatura de atos de cooperação em 14 de abril; e, na manhã de sábado (15.abr), parta de Pequim.
No total, 29 deputados federais e oito senadores, incluindo os presidentes das Casas, foram convidados a integrar a delegação de Lula. "As expensas da viagem internacional deverão ser custeadas pelo respectivo órgão de origem. Será oferecido aos parlamentares vaga em voo da delegação operado pela Força Aérea Brasileira", fala um ofício circular enviado, a Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ainda conforme o documento, "o custo das reservas de hotel deverá ser coberto pelos parlamentares".
Pacheco vai participar da delegação, mas Lira confirmou que não participará - por recomendações médicas. Na última 3ª feira (4.abr), Carlos Fávaro disse que empresários brasileiros que celebrarão mais negócios em território chinês serão convidados também para formalizar os negócios com a presença de Lula.
Emirados Árabes Unidos
A viagem de Lula aos Emirados Árabes Unidos está prevista para 15 de abril. Na data, o presidente brasileiro cumprirá agenda de trabalho em Abu Dhabi. Ele se encontrará com o presidente do país, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Na ocasião, de acordo com o Itamaraty, "serão tratados temas da pauta bilateral, incluindo comércio, investimentos, transição energética, mudança climática e segurança mundial, além da atuação de Brasil e Emirados Árabes Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como membros não permanentes".
Os EAU aparecem entre os três principais parceiros do Brasil no Oriente Médio, desde 2008. No ano passado, foi o principal destino das exportações brasileiras entre os países árabes. Em dezembro de 2003, Lula foi o primeito chefe de Estado brasileiro a visitar os EAU.
Atos sobre saneamento e privatização provam que ele prefere agradar a políticos e corporações das estatais
Em editorial, o jornal O Globo corretamente aponta o verdadeiro desastre representado pelos decretos que modificam o Marco do Saneamento, aprovado há três anos, além da suspensão da venda de sete estatais.
Jornal O Globo
Um dos maiores problemas do Brasil é justamente o saneamento básico. São 35 milhões de brasileiros que não têm acesso regular à água potável, e 100 milhões que não contam com coleta de esgoto.
O Marco do Saneamento abriu o mercado para a iniciativa privada garantir o investimento necessário para alcançar uma cobertura de 99% de água potável até 2033, além de 90% de coleta de esgotos. Só no ano passado, a venda da Cedae, no Rio, e licitações em outros estados trouxeram R$ 72,2 bilhões em investimentos.
O principal objetivo do desgoverno Lula com os novos decretos é proteger estatais, especialmente as localizadas no Nordeste, curral eleitoral da esquerda e antro de corrupção. Agora, concessionárias em mais de 800 municípios poderão continuar oferecendo serviços pífios, sem metas a cumprir, muitas sem licitação.
O PT afirma representar os mais pobres, e a maior parte deles parece acreditar no partido, já que votou em peso no descondenado. Infelizmente, as políticas petistas prejudicam especialmente essa faixa social, como podemos ver. Na prática, as medidas representarão menos acesso dos mais pobres à água e esgoto. Além disso, ao insistir em empresas estatais, teremos mais corrupção e serviços de pior qualidade. Para piorar, políticas econômicas populistas, com irresponsabilidade fiscal, geram menos crescimento e mais inflação, com efeitos desproporcionais nos mais pobres.
Apesar da retórica, o objetivo da esquerda nunca foi ajudar aos mais pobres. Ao contrário, a esquerda busca expandir a pobreza, para assim facilitar a escravização da população: é mais fácil controlar uma população miserável, que dará apoio por um prato de comida, ou por alguma bolsa esmola.
Além do desastre na área de saneamento, o desgoverno também suspendeu o processo de privatização dos Correios, da Dataprev, Serpro, além da EBC e Ceitec, empresas deficitárias e ineficientes. A última é uma empresa de chips que só ano passado deu R$ 1 bilhão de prejuízo e nunca produziu nada relevante. Na verdade, é um cabide de empregos para militantes esquerdistas na área de tecnologia.
O desgoverno chega a marca de 100 dias sem uma única decisão defensável. É o Brasil acelerando rumo ao caos.
Após as empresas de São Paulo e Minas Gerais se desfiliarem de associação, a do Rio Grande do Sul aderiu ao movimento
Por Bruna Lima
Após decreto presidencial que altera a regulamentação do Marco Legal do Saneamento, companhias da área começaram a se desfiliar da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe). A entidade apoiou as mudanças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O racha mais recente foi anunciado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), do Rio Grande do Sul, assim como fizeram anteriormente as empresas de Minas Gerais, Copasa, e de São Paulo, Sabesp. "A visão da Aesbe, alinhada a instrumentos políticos, contraria a necessária segurança jurídica para o setor", declarou a Sabesp, em nota.
A entidade nacional disse ver com surpresa os pedidos, visto que as empresas dos estados "não se manifestaram contrária ao posicionamento da assembleia de associados e diretoria da entidade em nenhum momento", disse em nota, citando a Copasa e a Sabesp.
As alterações assinadas na quarta-feira (5) permitem que empresas públicas estatais possam manter contrato com municípios novas licitações. A limitação de parcerias público-privadas, que era de 25% das concessões, acabou. As empresas também terão prazo maior para provarem que são capazes de fazer o investimento.
Com as mudanças, o governo quer atrair até R$ 120 bilhões em dez anos para alcançar uma meta de investimento de R$ 800 bilhões.
Empresas privadas também criticaram as alterações das regras e avaliaram que as medidas trazem insegurança jurídica. No Congresso, há um movimento para derrubar os decretos, o que deve ser discutido nas próximas semanas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (7) que o Parlamento não vai admitir retrocessos no novo marco.