Para o novo líder da bancada evangélica, há "muita gente boa" que foi presa após os ataques antidemocráticos em Brasília no dia 8 de janeiro. Segundo o deputado federal Eli Borges (PL-TO), os baderneiros existiram, mas seriam uma "minoria infiltrada" que nada tinha a ver com a "imensa maioria, de boa-fé, na frente dos quartéis cantando o hino nacional".

 

POR ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER E CÉZAR FEITOZA

 

O primeiro presidente a assumir o bloco religioso neste terceiro mandato de Lula (PT) faz uma interpretação equivocada da Constituição ao defender que as Forças Armadas "exercem um papel de atender ao clamor popular". A partir disso, ele diz não ter visto "nada de errado" em pessoas que pediam intervenção militar após a derrota de Jair Bolsonaro (PL).

 

Borges vai se revezar com Silas Câmara (Republicanos-AM) nos próximos dois anos no comando de um dos grupos mais representativos do Legislativo e que ampliou seu poder no mandato de Bolsonaro.

 

Em entrevista, o deputado defendeu remover o direito ao aborto em casos de estupro e criticou a escola de samba paulistana Gaviões da Fiel por causa de seu enredo neste Carnaval, "Em Nome do Pai, dos Filhos, dos Espíritos e dos Santos", que alarga o conceito da Santíssima Trindade cristã. "Precisamos entender o seguinte: liberdade [de expressão] não é libertinagem."

 

PERGUNTA - O sr. será o primeiro presidente da bancada evangélica no governo Lula 3. Serão oposição?

 

ELI BORGES - A bancada tem postura de defender bandeiras como a família, luta contra ideologia de gênero, luta pela defesa da vida e contra aborto, contra jogo de azar. Não vamos amenizar nenhuma das pautas que nós defendemos em Brasília. Isso não tem nenhuma correlação com os outros Poderes, nem Supremo [Tribunal Federal], nem Lula.

 

Vê o governo Lula como oposto a esses valores que o bloco defende?

 

E. B. - Não sou eu que vejo, ele [Lula] que verbalizou muitas vezes um pensamento diferente daquilo que mais de 80% da população conservadora prega e defende.

 

Mas a eleição do Lula não valida um apoio da população às pautas que ele defende?

 

E. B. - De alguma forma, o Lula teve apoio, sim. A igreja não é política nem tem partido político. Dentro do segmento evangélico, naturalmente o Lula teve um percentual significativo de pessoas que sempre acreditaram que ele não faria exatamente aquilo que ele estava pregando.

 

Por exemplo, o aborto. Ele disse que o aborto é uma questão ligada à saúde da mulher. Nós temos uma visão diferente disso.

 

O sr. trocou em 2022 o Solidariedade pelo PL e disse que o país precisava de Bolsonaro. Considera-se um bolsonarista?

 

E. B. - Eu me considero um deputado federal que tem afinidade com as bandeiras que Bolsonaro defende. Até porque tenho uma postura política muito interessante. Se você analisar as minhas votações, elas são votações que estão muito ligadas à minha consciência. O Solidariedade foi para o PT, e eu tinha que ficar onde eu estava inserido nas bandeiras que eu defendo. Nesse momento que passou, esse lado era o do Bolsonaro.

 

Alguns pastores se disseram decepcionados com o comportamento de Bolsonaro após a derrota eleitoral. E o sr.?

 

E. B. - Entendi que ele apenas exercitou a prudência que deveria ter e não se envolveu em função de estarmos vivendo, entre aspas, uma ditadura da toga no Brasil. E isso com certeza levou o Bolsonaro a exercitar o espírito prudente nesse tempo de início do governo Lula. Ele é um ser humano, e nós temos que respeitar.

 

O que é a "ditadura da toga" e como ela afetaria o Bolsonaro?

 

E. B. - Venho falando que nós vivemos um ativismo judicial. Por exemplo, este 8 de janeiro: quero compreender que tem uma pequena minoria de baderneiros infiltrados e, às vezes, algumas pessoas na sua simplicidade, mas eles não representam o pensamento da maioria dos brasileiros. Tem muita gente boa que está buscando a sua liberdade e está presa.

 

Esse ativismo antecede [o 8 de janeiro]. Nós tivemos interferência do Supremo em muitos assuntos, como ideologia de gênero, aborto. Acho que não são matérias do Supremo. Judiciário tem que julgar leis, e quem faz as leis é o Parlamento.

 

Concorda com a definição de que o 8 de janeiro foi um ato antidemocrático?

 

E. B. - Concordo que uma pequena minoria de baderneiros infiltrados praticaram atos antidemocráticos. Porém a imensa maioria, de boa-fé, na frente dos quartéis cantando o hino nacional com a bandeira nacional, estava a serviço da consolidação da democracia brasileira. Esse é o meu pensamento.

 

Houve participação evangélica forte nesses atos.

 

E. B. - Vi todos os segmentos religiosos que defendem as cores da nossa bandeira, a nossa brasilidade, vi todos na porta dos quartéis. Evangélicos, católicos e espíritas na luta pela democracia.

 

Na porta dos quartéis havia pedidos de intervenção das Forças Armadas diante de um resultado das urnas que, segundo eles, não seria confiável. Considera que isso também faz parte da consolidação da democracia?

 

E. B. - Se você abrir a Constituição está muito claro: as Forças Armadas exercem um papel de atender ao clamor popular, e essa população foi fazer um clamor que a Constituição define como um direito constitucional. Não vi nada de errado na sociedade fazer o seu clamor.

 

A bancada terá um trio de parlamentares novatos sob investigação por supostamente incentivar os atos em Brasília: Clarissa Tércio (PP-PE), Sílvia Waiãpi (PL-AP) e André Fernandes (PL-CE). Conversou com eles?

 

E. B. - Não conversei. Como disse, aqueles que exercitaram a sua liberdade de manifestação, dentro da visão democrática, excetuando aqueles que fizeram baderna e se infiltraram para criar uma situação, exerceram direitos democráticos.

 

A bancada vai realizar o tradicional culto, com ceia, em que são chamados os chefes dos Poderes. Gostaria que Lula fosse a esse culto?

 

E. B. - Se ele for com uma alma buscar os valores, todos estão convidados.

 

Nas últimas eleições, tem-se discutido sobre um suposto abuso do poder religioso, transformando púlpito em palanque. Qual sua visão sobre a defesa de candidatos em igrejas na campanha?

 

E. B. - Nos sindicatos, eles têm os seus candidatos. No segmento bancário eles têm os seus candidatos. Qual é o problema de a igreja também ter os seus?

 

O poder que pastores têm sobre a igreja, como liderança religiosa, não é diferente dos outros setores que o sr. citou?

 

E. B. - Não quero comparar igrejas a sindicatos, só disse que cada segmento tem o seu candidato.

 

O que vi foi muita atuação de líderes importantes do Brasil num nível de orientação. E, se eles exercem uma influência em sua membresia, entendo que isso é fruto da liberdade democrática, já que a igreja é composta por cidadãos.

 

Quero deixar claro que não concordo com excessos, que a igreja exerça uma ditadura sacerdotal em cima da membresia. Temos que respeitar o direito do voto, o foro íntimo da liberdade dos eleitores, mas devo dizer que a igreja tem que ter os seus candidatos.

 

Bolsonaro continuará contando com o apoio maciço que teve dos evangélicos em 2018 e 2022, se quiser e puder disputar eleições no futuro?

 

E. B. - Não posso ser vidente para daqui a quatro anos. Entendo que, se ele continuar defendendo o que as igrejas defendem, vai conseguir esse apoio. Se o Lula se converter e começar a defender o que defendemos... A igreja não tem partido.

 

A Câmara discute o Estatuto do Nascituro, que propõe impedir o aborto em casos de estupro, o que hoje a legislação aceita. O que o sr. acha da proposta?

 

E. B. - Neste jogo que fazem, esquerda contra direita, prefiro colocar a mãe que foi violentada. Tem omissões aí, que é esta criança. Será que ela também deveria falar no processo, dizendo: "Olha, não tenho culpa de nada, sou uma vida, tenho direito de nascer"? É importante pensarmos que tem essa figurinha lá, que a mãe emprestou sua barriga para que ela nasça.

 

Só para deixar claro, o sr. é favorável a remover esse direito específico ao aborto da legislação?

 

E. B. - Não concordo que tenha aborto no Brasil. Defendo a vida desde o nascituro. Defendo a vida, e o dono da vida é Deus.

 

A bancada se posicionou contra o que viu como profanação de símbolos cristãos no Carnaval da Gaviões da Fiel. Por quê?

 

E. B. - Vejo no Brasil uma cristofobia forte. Temos que oferecer uma reação. Queremos respeito ao nosso culto. Isso inclusive é uma garantia constitucional.

 

Essa questão da cristofobia é real em vários países, onde vemos perseguição e até morte de cristãos --o que não acontece no Brasil. Já a intolerância religiosa afeta sobretudo crenças de matriz africana e é praticada por evangélicos em muitos casos.

 

E. B. - Não tenho direito, como cristão, de questionar a liberdade religiosa dos cultos afros. Não posso aqui dizer que concordo com a forma que eles têm, claro que não vou concordar. Mas compreender que são um povo num Estado laico. Agora, grupos sobretudo de ativistas se levantando contra a visão da igreja, aí sim vejo uma certa intolerância religiosa, e temos que começar a reagir. Precisamos entender o seguinte: liberdade não é libertinagem.

 

No mesmo fim de semana, um pastor americano disse num congresso da Assembleia de Deus, não muito longe do Congresso, que homossexuais, trans e até quem usa calça apertada têm reserva no inferno. O sr. acha que falas como essa têm respaldo constitucional?

 

E. B. - Olha, deixa eu ser claro. Uma coisa é uma escola de samba, devidamente organizada, com a clara visão de afrontar mesmo a fé brasileira. Outra coisa é uma preleção de um pastor que, dentro do regramento de sua fé, com a Bíblia aberta, se posicionou. Tenho o direito de verbalizar minha visão de sociedade desde que eu esteja enquadrado no meu manual, que é a Bíblia.

 

Um pastor pode ter liberdade, essa liberdade de pregar, e uma escola de samba de fazer alusões à Santíssima Trindade que serão encaradas como desrespeitosas por uma parcela da sociedade.

 

E. B. - É uma visão que você passa, a de que uma liberdade de expressão pode ocorrer de forma excessiva. Discordo. O pastor estaria errado? Ele pregou dentro da visão da Bíblia. O problema é que a igreja é muito serena, não está reagindo. Estamos vivendo uma cultura em que um segmento da sociedade pode tudo, questiona tudo, fala tudo, mas é muito sensível quando tem um contraponto.

Mas, dentro dessa visão, a Gaviões não poderia se posicionar?

 

E. B. - Aí você tem que fazer uma pergunta para o artigo 208 do Código Penal. Numa sociedade ordeira, decente, democrática, as instituições religiosas precisam ser respeitadas.

 

RAIO-X | Eli Borges, 62

 

Deputado federal pelo PL de Tocantins, conquistou o primeiro mandato na Câmara em 2018. Foi antes deputado estadual. Pastor da Assembleia de Deus Madureira, define-se como "o pastor da família e do agronegócio". Assumiu a presidência da bancada evangélica em 2023

 

Posted On Segunda, 27 Fevereiro 2023 15:18 Escrito por

A população de Porto Nacional ainda está se despedindo do Carnaval, em que foi privilegiado com a realização de um dos melhores Carnafolia da história, um evento que contou com uma organização e realização “nota mil” da administração de Ronivon Maciel, que pode, inclusive, marcar o início de uma oxigenação em se governo, e contar muitos pontos na sucessão municipal em 2024

 

Por Edson Rodrigues

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 aproveitou as quatro noites de Carnafolia para fazer suas sondagens acerca da sucessão municipal em Porto Nacional e em outros municípios e conseguiu colher informações importantes para traçar o cenário político inicial do que promete ser um dos embates mais acirrados nos maiores colégios eleitorais do Tocantins.

 

RONIVON MARCIEL 

Apesar dos pesares, o atual prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel se enquadra no time dos que agem no estilo “mineirinho”: fala pouco e ouve muito. Mesmo assim, nas nossas andanças carnavalescas recebemos informações privilegiadas de que Ronivon está, sim, articulando politicamente com vistas à uma candidatura à reeleição e, em breve, assim que finalizar conversações avançadas e puder capitalizar as parcerias que vem acertando com uma frente de partidos que farão parte do seu grupo político, deve, já, anunciar o nome do seu novo vice, uma vez que Joaquim do Luzimangues não deve mais fazer parte da chapa majoritária do atual prefeito.

 

Segundo o apurado pelo nosso Observatório Político, Ronivon deve promover uma reforma profunda em sua gestão o mais breve possível, implantando o governo “Ronivon candidato à reeleição”, com mais ação e mais divulgação, a fim de impressionar e garantir a presença dos grupos políticos encabeçados por líderes com mandatos na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, com direito a anúncio de pacote de obras com abrangência não só na zona urbana de Porto, como nos distritos de Luzimangues, Escola Brasil e Pinheirópolis, de uma forma inclusiva, também aos homens do campo.

 

OPOSIÇÃO

 

Apesar de toda a movimentação de Ronivon Maciel, a sucessão municipal de Porto Nacional deve ter outras candidaturas de peso. Segundo nosso Observatório Político, há uma candidatura de um representante do agronegócio em plena “gestação”, com capacidade de atrair um bom número de lideranças.

Empresário Álvaro da A7

 

Além dessa candidatura, os nomes de Maurício Buffon, Rolmey da Nutrisal, Álvaro da A7, o vereador Miúdo e o deputado estadual por vários mandatos, que pode agregar várias forças políticas, inclusive do agronegócio, deputado estadual Valdemar Jr., político muito carismático e cuja candidatura a prefeito sempre esteve em voga, também apareceram bem cotados nos bastidores político-carnavalescos, assim como o ex-prefeito Paulo Mourão que, apesar de ter sua residência eleitoral em Palmas, goza de muita popularidade em Porto Nacional.

Empresário Rolmey da Nutrisal

 

O nome do deputado federal mais bem votado nas últimas eleições, Toinho Andrade, amigo e companheiro de primeira hora do governador Wanderlei Barbosa, filiado ao mesmo Republicanos, também apareceu em grande monta e deve ser considerado por todos como uma candidatura possível - e forte!

Maurício Buffon, empresário 

Todos os citados têm uma característica ímpar e diferenciada na vida política: são fichas-limpas e podem fazer da disputa pela prefeitura em 2024, um certame nivelado no alto, com qualidade, assertividade, boas estruturas político-partidárias e de boa aceitação pelos eleitores.

 

Mesmo sem nenhum deles ter confirmado ou declarado a intenção de disputar a prefeitura de Porto Nacional, todos tiveram seus nomes citados positivamente e vêm causando burburinho nos bastidores, pois todos têm a possibilidade de encantar os eleitores e atrair nomes e lideranças de peso para seus grupos políticos.

 

 

O certo é que Porto Nacional sempre foi uma cidade importante para a economia e a história do Estado do Tocantins e vem resgatando a sua influência política, elegendo diversos filhos da terra para mandatos importantes – inclusive o governo estadual – nos parlamentos estadual e federal e pode coroar seu novo momento político elegendo um prefeito de conceito, alinhado com o clima de otimismo e progresso que reina, hoje, nos quatro cantos do Tocantins.

 

Os mais de 41 mil eleitores de Porto Nacional, espalhados em uma população que beira os 54 mil habitantes, merecem e precisam de novos tempos políticos.

 

Depende só deles – e de nós - escolhermos o melhor. Os bons nomes estão aí.

 

Que Deus nos ilumine!

 

 

Posted On Segunda, 27 Fevereiro 2023 06:24 Escrito por

Imaginem ovos sendo transportados em um jacá carregado por um burro. Esse é o grau de “sensibilidade” nas articulações que se desenrolam em busca da formação do grupo político dos partidos que formam a base de apoio ao governo de Wanderlei Barbosa e Laurez Moreira, visando a sucessão municipal 2024 nos principais colégios eleitorais do Tocantins.

 

Por Edson Rodrigues

 

Assim será todo o processo pré-campanha na busca por um mandato eletivo e, em um grupo tão grande e tão cheio de bons nomes, dificilmente a base de hoje chegará do mesmo tamanho e com a mesma harmonia em agosto de 2024, quando forem realizadas as convenções partidárias e os territórios políticos estiverem devidamente demarcados.

 

Isso se dará pelo simples fato de que a possibilidade de vários detentores de mandatos na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal terem interesse natural em disputar um cargo de prefeito, pelo menos nos cinco maiores colégios eleitorais do Estado, de forma contrárias às postulações por uma reeleição dos atuais prefeitos desses rincões de votos.

 

 

Essa é a “pitada de pimenta malagueta nos olhos” que vai movimentar os bastidores políticos da sucessão municipal do ano que vem, somada às candidaturas de oposição ao Palácio Araguaia.

 

Essa “adição de tempero” ocorre porque cada município será uma eleição à parte, não conta com a junção de forças que elegeu Wanderlei Barbosa, Laurez Moreira, Dorinha Seabra e deu à essa trinca a maioria absoluta tanto na Assembleia Legislativa quanto na bancada federal, pois alguns dos principais nomes desse grupo político aplicarão seus interesses individuais nas eleições municipais, e isso abre a possibilidade de, em caso de união de forças oposicionistas, embates acirrados com algumas vitórias da oposição. 

 

OPOSIÇÕES: SEPULTAMENTO EM CASO DE DIVISÃO

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 previu as derrotas dos candidatos oposicionistas ao governo do Estado e foi o primeiro a alertar para um sepultamento coletivo dos principais nomes da oposição, caso agissem de forma separada nas eleições estaduais de outubro último.

 

Senador Irajá Abreu e ex-senadora Kátia Abreu

 

As famílias Dimas – Ronaldo e seu filho Tiago –, Abreu - Kátia e seu filho Irajá - e Miranda – Marcelo e sua esposa Dulce –, além do Partido dos Trabalhadores (PT), que fizeram oposição ao grupo político palaciano, naufragaram de forma melancólica em suas candidaturas majoritárias e individuais.

Carlos Amastha e Ronaldo Dimas

 

Mas, como na política não há nada exato, uma vitória em um colégio eleitoral importante em outubro de 2024, pode dar uma sobrevida aos derrotados de 2022. Mas isso só ocorrerá se os envolvidos calçarem as sandálias da humildade e juntarem suas forças em busca de um bem comum, agindo, politicamente, de forma diferente, sem ódio, sem ressentimentos, sem sede de vingança, sempre com os olhos consultando o retrovisor político para que não cometam os mesmos erros que os levaram à derrocada.

 

Caso contrário, com mais uma derrota, o sepultamento político passará a ser real e duradouro.

 

JUIZ DE PAZ

Senador Eduardo Gomes

 

Praticamente sem oposição ao seu governo na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, com o apoio de dois dos três senadores tocantinenses – Eduardo Gomes e Dorinha Seabra – o governador Wanderlei Barbosa terá que atuar como um verdadeiro juiz de paz para orientar o seu grupo político nas eleições municipais do ano que vem.

 

Cada conveniência política de seus aliados terá que ser pesada e avaliada em todos os 139 municípios, de forma que sempre o melhor candidato seja privilegiado, mas que os demais postulantes que tenham o apoio palaciano não fiquem magoados, melindrados ou insatisfeitos.  Decisões salomônicas terão que ser tomadas pelo governador, com a mesma inteligência e com a mesma perspicácia do líder bíblico, aquele que ao ver um bebê disputado por duas mulheres, mandou que a criança fosse partida ao meio e cada mulher ficasse com uma metade. Assim que soube da decisão, a mãe verdadeira implorou que seu bebê fosse entregue para a outra mulher, e assim se soube quem falava a verdade.

 

Chamado de “curraleiro” pelo povo que o escolheu para ser governador, Wanderlei Barbosa é um político sábio, principalmente no tocante ao relacionamento com seus companheiros de grupo, amigos, correligionários e adversários políticos, sempre de olho no futuro, sempre consultando o retrovisor do passado dos que já beberam da água do poder e o que levou alguns a permanecer na vida pública e o que levou outros a serem esquecidos pelo povo.

 

Isso tudo nos leva a ter a certeza de que Wanderlei Barbosa apenas aguarda o momento certo para dizer quais são os seus candidatos a prefeito, sem forçar a barra, mostrando o quanto seus escolhidos serão importantes para os projetos que tem para o Tocantins e para sua carreira política, o que, muito provavelmente, será uma candidatura ao Senado Federal em 2026, com o apoio do máximo de prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e lideranças que conseguir.

 

Governador Wanderlei Barbosa em encontro politico

 

Wanderlei deve se preparar para fazer uma “plantação”, em que muitas sementes serão colocadas para germinar, por meio de ações administrativas nos 139 municípios, que serão regadas com ações sociais, parcerias, investimentos e infraestrutura básica, valorizando o papel de cada companheiro na localidade, afim de formar um grupo coeso, unido e satisfeito.  afinal, deve estar claro na memória de Wanderlei todo o ocorrido nos governos de Siqueira Campos, Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Mauro Carlesse, em que “amigos” se revelaram “gatos” ou “traíras”, amigos apenas do poder, principalmente os paraquedistas, que acabaram abandonando o “barco”, não sem antes se locupletar de todas as benesses que puderam, deixando seus antigos comandantes em maus lençóis, arcando com atos não republicanos praticados por esses “amigos”.

 

Muitos desses “amigos do poder” conseguem, sabe-se lá como, conseguiram permanecer próximos ao poder, e muitos outros tentar a mesma sorte, mas Wanderlei Barbosa sabe desses perigos e sempre trabalhou com respeito ao erário público e com muita cordialidade para com todos os que o ajudaram em suas caminhadas eleitorais vitoriosas, e não se tem notícia de “rabos preso” ou qualquer outro tipo de compromisso escusos que envolvam o governador do Tocantins. Até agora, o governador curraleiro mostrou que sabe governar sem a necessidade de atos não republicanos ou qualquer tipo de negociata ou coisas afins, e sem abarrotar a equipe de governo de paraquedistas, abrindo espaço para que coisas erradas e não condizentes com a honra do povo tocantinense sejam praticadas em sua administração.

 

Voltando ao título, até hoje Wanderlei Barbosa tem controlado bem o burro, e não deixou que nenhum ovo se quebrasse.

 

Oremos para que tudo continue assim!

 

 

Posted On Segunda, 27 Fevereiro 2023 06:08 Escrito por

Um novo relatório confidencial da inteligência do Departamento de Energia dos Estados Unidos concluiu que a pandemia de Covid-19 provavelmente surgiu de um vazamento de laboratório chinês, revelou o Wall Street Journal neste domingo (26)

 

POR CLÁUDIA COLLUCCI

 

O documento, entregue à Casa Branca e aos principais membros do Congresso, representa uma mudança de posicionamento do departamento, que antes estava indeciso sobre como o vírus surgiu, de acordo com o jornal. A pandemia começou na China no final de 2019 e contabiliza quase 7 milhões de mortes no mundo.

 

Embora classificado de "baixa confiança", segundo pessoas que leram o relatório confidencial, o conteúdo vai de encontro ao que já defendeu o FBI (Federal Bureau of Investigation) em um documento de 2021.

 

Naquele ano, a agência chegou à conclusão, com "confiança moderada, de que a pandemia surgiu a partir de um vazamento de laboratório chinês, e ainda mantém essa visão. O FDA emprega um quadro de microbiologistas, imunologistas e outros cientistas.

 

O Departamento de Energia possui considerável conhecimento científico e supervisiona uma rede de laboratórios nacionais dos EUA, alguns dos quais conduzem pesquisas biológicas avançadas.

 

Mas isso não significa que a questão esteja fechada. O novo relatório destaca há julgamentos díspares sobre a origem da pandemia dentro da própria comunidade de inteligência do governo americano.

 

Quatro agências, juntamente com um painel nacional de inteligência, julgam, com "baixa confiança", que o vírus provavelmente surgiu naturalmente e saltou de um animal para um humano. Outras duas agências estão indecisas.

 

Apesar das análises divergentes das agências, o relatório reafirmou que existe um consenso entre elas de que a Covid-19 não foi resultado de um programa chinês de armas biológicas.

 

Um alto funcionário da inteligência dos EUA disse ao WSJ que o novo relatório foi elaborado à luz de novas informações, estudo mais aprofundado da literatura acadêmica e consulta a especialistas fora do governo.

 

Autoridades dos EUA, no entanto, se recusaram a dar detalhes sobre as novas análises que levaram o Departamento de Energia a mudar de posição.

 

Questionado sobre a reportagem do WSJ, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que o presidente democrata Joe Biden repetidamente tem instruído toda a comunidade de inteligência a discernir o máximo possível sobre as origens da pandemia.

 

"O presidente Biden solicitou especificamente que os laboratórios nacionais, que fazem parte do Departamento de Energia, fossem incluídos nesta avaliação porque ele deseja usar todas as ferramentas para poder descobrir o que aconteceu aqui", disse Sullivan durante uma aparição na CNN neste domingo.

 

Há uma "variedade de pontos de vista na comunidade de inteligência", acrescentou Sullivan. "Vários deles disseram que simplesmente não têm informações suficientes."

 

Um porta-voz do Departamento de Energia se recusou a discutir sobre o caso, mas escreveu em um comunicado que a agência "continua a apoiar o trabalho minucioso, cuidadoso e objetivo de nossos profissionais de inteligência na investigação das origens do Covid-19, conforme orientação do presidente". O FBI se recusou a comentar sobre o assunto.

 

A China, que impôs limites às investigações da OMS (Organização Mundial da Saúde), já havia contestado anteriormente que o vírus pudesse ter vazado de um de seus laboratórios, sugerindo que ele tenha surgido fora do território chinês.

 

O governo chinês não respondeu aos pedidos do WSJ para que comentasse se houve alguma mudança em suas opiniões sobre as origens da Covid-19.

 

No último dia 15, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comprometeu-se a fazer "todo o possível" para ter uma "resposta" sobre a origem da Covid-19. "Há uma dimensão científica e moral neste problema, e temos que continuar pressionando até obter uma resposta."

 

A falta de uma fonte animal que pudesse confirmar a origem da transmissão do vírus e o fato de a província de Wuhan ser o centro da extensa pesquisa de coronavírus da China têm levado alguns cientistas e autoridades dos EUA a argumentar que um vazamento de laboratório é a melhor explicação para o início da pandemia até o momento, segundo o jornal.

 

Telegramas do Departamento de Estado dos EUA escritos em 2018 e documentos internos chineses mostram que havia preocupações persistentes sobre os procedimentos de biossegurança da China, que foram citados pelos proponentes da hipótese de vazamento de laboratório.

 

Wuhan abriga uma série de laboratórios, muitos dos quais foram construídos ou ampliados como resultado da experiência traumática da China com a epidemia inicial da síndrome respiratória aguda grave, ou Sars, iniciada em 2002. Eles incluem o campi do Instituto de Virologia de Wuhan, o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças e o Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, que produz vacinas.

 

 

 

Posted On Segunda, 27 Fevereiro 2023 06:06 Escrito por

Os atendimentos serão realizados mediante apresentação de encaminhamento médico

 

Da Assesoira

 

O Centro de Especialidades Médicas (CEME) de Porto Nacional passou a ofertar três novas especialidades: infectologia, radiologia e pediatria (saúde mental). Os atendimentos são realizados com encaminhamento médico, portanto é necessário, inicialmente, que o paciente vá a uma UBS mais próxima de sua casa para ser avaliado e informar sua necessidade para então ser encaminhado ao especialista.

 

A secretária de Saúde, Lorena Martins, comentou o avanço. “É uma grande conquista o acréscimo de mais especialidades para atender a nossa população. O nosso intuito é que o CEME alcance mais serviços para que, assim, a assistência de saúde avance cada vez mais”, ressaltou a secretária.

 

Infectologia e pediatria (saúde mental) fazem parte dos serviços novos que o CEME está disponibilizando. Já dentro do serviço que compõe a radiologia, são realizadas as ultrassonografias: Abdome inferior, abdome superior, abdome total, axilas, mamas, tereoides, nódulos subcutâneos, transvaginais e obstétricas de baixo risco.

 

Diversas outras especialidades são ofertas no CEME: cardiologia, endocrinologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, pequena cirurgia, obstetrícia, ginecologia, dermatologia, pneumologia, urologia, neurologia, psiquiatria, fisioterapia, pediatria, psicologia e fonoaudiologia.

 

O CEME atende a população nos horários das 07h às 11h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

 

 

Posted On Segunda, 27 Fevereiro 2023 06:05 Escrito por