A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que seja aberta uma investigação contra o governador afastado do DF (Distrito Federal), Ibaneis Rocha (MDB).

 

POR CONSTANÇA REZENDE

 

O STJ é o tribunal responsável por julgar processos relacionados a governadores. Apesar de o documento da procuradoria estar sob sigilo, o pedido foi confirmado pelo órgão.

 

O afastamento do governador foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), depois dos atos de vandalismo promovidos por bolsonaristas na capital neste domingo (8).

 

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias. A medida terá como objetivo analisar uma possível conduta omissiva do governador do DF ao não coibir os atos e a ausência de um plano de segurança que evitasse o ingresso na esplanada de golpistas.

 

Após o ato, Ibaneis gravou um vídeo para pedir desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse estar monitorando a situação, mas que nunca esperou que ela pudesse chegar a esse ponto.

 

Com a saída do governador, assumiu a sua vice, Celina Leão (PP-DF), que também é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Em 2016, Celina e outros três deputados foram afastados da mesa diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal por serem suspeitos de participar de um esquema de pagamento de propina em contratos. A ação foi batizada de Operação Dracon.

 

Nesta segunda (9), o comando da Polícia Militar do DF também virou alvo de uma investigação do Ministério Público Federal. O órgão vai apurar se houve omissão do comandante, coronel Fábio Augusto Vieira, e demais autoridades nas invasões às sedes dos Três Poderes.

 

Vídeos mostram policiais permitindo a entrada de golpistas nos edifícios, filmando a depredação e conversando com manifestantes. O presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o fim de janeiro.

 

 

Posted On Terça, 10 Janeiro 2023 05:05 Escrito por

País têm 694.917 óbitos acumulados desde o início da pandemia

 

 Com Agências

 

Mais 21.236 casos de covid-19 e 100 mortes provocadas pela doença foram registrados no Brasil, nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O país tem agora 36.511.286 infectados pelo coronavírus e 694.917 óbitos acumulados desde o início da pandemia.

 

A média móvel de casos nos últimos sete dias está em 21.274, e a de mortes é de 134. O Conass acrescenta que a taxa de incidência da covid a cada 100 mil habitantes alcançou 17.374,2, e a de mortalidade chegou a 330,7.

 

No ranking das unidades federativas com os maiores números de casos acumulados, São Paulo (6.346.096), Minas Gerais (4.104.701) e Rio Grande do Sul (2.921.420) formam o topo. No que se refere às mortes, São Paulo (177.740), Rio de Janeiro (76.553) e Minas Gerais (64.590) são os primeiros colocados.

Tocantins

 

O Boletim Epidemiológico da Covid-19 no Tocantins traz hoje 1.370 novos casos confirmados da Covid-19, sendo 5 nas últimas 24 horas. Os restantes são de exames coletados em dias anteriores e que tiveram seus resultados inseridos no sistema, pelos municípios, na data de ontem.

 

Dos 1.370 novos casos, 153 foram detectados por RT-PCR, 119 sorologia e 1.098 por testes rápidos.

 

Atualmente, o Tocantins contabiliza 1.108.741 pessoas notificadas com a Covid-19 acumula 362.364 casos confirmados. Destes 357.688 estão recuperados, 460 pacientes seguem em isolamento domiciliar ou hospitalar e 4.216 foram a óbito.

Os dados contidos no boletim são consolidados com resultados de exames realizados no Lacen e notificações recebidas dos municípios até as 23h59 do último dia.

 

Houve uma atualização das variáveis do sistema ESUS-VE e com isso teve também a limpeza de dados duplicados no sistema.

 

O Estado possui uma plataforma onde todos podem acompanhar os números da Covid-19 no Tocantins: http://integra.saude.to.gov.br/covid19.

 

 

Posted On Terça, 10 Janeiro 2023 05:03 Escrito por O Paralelo 13

Houve abordagem padrão contra comunicadores em Brasília, diz sindicato

Por Pedro Rafael Vilela

 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, se reuniu com representantes das entidades de jornalistas do Brasil e profissionais de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (9), um dia após os atos antidemocráticos que resultaram na depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O encontro foi realizado em meio a diversas denúncias de agressões à imprensa registradas durante os atos violentos na capital.

 

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), em balanço atualizado no início da noite, foram reportados relatos de 14 profissionais da imprensa agredidos nos atos golpistas. Pelo menos dois deles relatam ter solicitado ajuda da Polícia Militar do Distrito Federal e não receberam qualquer apoio. Uma profissional relatou que um dos policiais chegou a apontar um fuzil para ela.

 

Abordagem

"Relatos dos colegas mostram que os terroristas estavam orientados sobre como nos identificar e como abordar, com exigência de apagar ou confiscar material. Houve um padrão de abordagem, inclusive na forma de ameaçar. E uma segunda coisa que a gente identificou foi a participação dos policiais militares no constrangimento aos colegas, que não foram acolhidos nem protegidos pelos agentes de segurança, mesmo sob ameaça dos extremistas", afirmou Juliana Cézar Nunes, coordenadora-geral do SJPDF, que participou da reunião com Pimenta.

 

Segundo a dirigente sindical, as entidades presentes pediram para que o governo estude a federalização de crimes contra jornalistas e comunicadores, além de, no curto prazo, determinar a identificação e punição de todos os responsáveis pelas agressões contra profissionais da imprensa. Agora sob intervenção do governo federal, a Segurança Pública do DF será acionada para abrir um canal de escuta aos comunicadores vítimas de violência,

 

"Em que pese que em todas as reuniões do sindicato com a área de Segurança Pública do DF, os profissionais de imprensa ficaram desprotegidos. Por isso, muitos colegas estão com medo de registrar boletim de ocorrência na polícia após esses eventos", revelou Nunes.

 

Além do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, o encontro contou com a presença de representantes da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da organização Repórteres sem Fronteiras, e de outros profissionais da imprensa, incluindo a ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, que foi agredida com chutes e empurrões por golpistas na Esplanada dos Ministérios.

 

O ministro Paulo Pimenta afirmou que "há a preocupação do governo federal em demonstrar publicamente a solidariedade aos profissionais de comunicação e confirmar o compromisso com a liberdade no exercício do trabalho jornalístico. Nosso desejo é, dentro das várias iniciativas que estão sendo adotadas, fazer um capítulo especial com relação aos jornalistas".

 

Outra medidas

Durante a reunião, as entidades também concordaram com a necessidade de estabelecer diálogo com os empregadores para cobrar e alertar sobre a necessidade de adoção de medidas de segurança mitigatórias aos riscos. Ontem, durante a cobertura dos atos violentos de vandalismo, muitos jornalistas estavam sozinhos.

 

Também foi solicitado, como medida de médio prazo, apoio do governo brasileiro à proposta da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) de criação de uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) específica para a segurança dos jornalistas, além da criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas.

 

 

 

Posted On Terça, 10 Janeiro 2023 04:52 Escrito por O Paralelo 13

Milhares de torcedores prestam as últimas homenagens ao craque e ídolo vascaíno Roberto Dinamite, cujo corpo é velado no Estádio de São Januário, sede do clube em São Cristóvão, zona norte do Rio, desde as 10h15 de ontem (9). O ex-jogador, de 68 anos, morreu no domingo (8), após mais de um ano de tratamento contra um câncer de intestino.

 

Por Agência Brasil

 

Antes de os portões serem abertos, a fila de fãs com faixas e cartazes já dobrava o quarteirão de São Januário do lado de fora do estádio. Pela manhã, Edmundo, ex-atacante do Cruzmaltino, compareceu à cerimônia e não conteve as lágrimas diante do caixão.

 

“É muito difícil falar de quem a gente ama, idolatra, admira e convive. Eu entrei aqui em São Januário, com cinco ou seis anos para treinar futsal e o Roberto estava treinando em campo e eu quase perdi a hora porque fiquei agarrado à grade assistindo. Vindo de casa para cá esse filme me passou pela cabeça, e ao chegar aqui essa tristeza de vê-lo numa posição que a gente não gostaria de ver. Mas o que conforta é que ele vai descansar e a multidão de apaixonados aqui [presente], desabafou Edmundo.

 

Quem também se despediu do craque cruzmaltino foi Zico, ídolo rubro-negro. Adversários dentro de campo, fora dele os dois jogadores tornaram-se amigos.

 

“Tivemos tantos momentos de vitórias e de derrotas, mas a amizade sempre foi pautada pelo respeito, pelo carinho e tive oportunidade de conviver por muitos e muitos anos com ele. Foram praticamente 50 anos de amizade e grandes momentos vividos. Na seleção brasileira nós nunca fomos derrotados jogando juntos. É lógico que é uma perda muito grande pro nosso futebol, uma perda muito grande pro nosso país por tudo aquilo que ele representou no futebol brasileiro”, afirmou Zico, recebido com aplausos no velório do amigo.

 

Campeão mundial em 1994 com a seleção brasileira, o ex-lateral Branco esteve em São Januário para dar o último adeus a Dinamite. Foram muitos confrontos em que os dois ficarm em lados opostos do campo: Branco no Fluminense, e Dinamite no Vasco.

 

“O Roberto foi e sempre será uma grande referência como atleta, jogador de futebol e acima de tudo como homem, uma pessoa espetacular, uma humildade inacreditável. Mas com certeza ficará na nossa memória e no nosso coração pro resto da vida”, disse o lateral.

 

A cerimônia segue aberta ao público em São Januário até às 19h (horário de Brasília) de hoje (9). Na terça-feira (10), apenas familiares e convidados prestarão as últimas homenagens ao craque cruzmatino, das 9h às 10h. Na sequência, às 10h30, o corpo de Roberto Dinamite será levado em cortejo por veículo do Corpo de Bombeiros até o Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias (RJ), onde será sepultado ao lado dos pais.

 

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário), sob supervisão de Verônica Dalcanal

 

Posted On Terça, 10 Janeiro 2023 04:46 Escrito por

Primeiro gostaríamos de explicar porque este editorial é assinado pela Família O Paralelo 13. Isso acontece porque ele é fruto de diversas opiniões e contribuições nossas, de amigos, colaboradores, juristas e especialistas, que fomos colhendo e agrupando ao longo da cobertura jornalística ao vivo dos atos acontecidos na Capital Federal na tarde/noite do último domingo, dia 8.

 

Por Família O Paralelo 13

 

Chamamos de barbárie, porque os povos que atacavam e saqueavam aldeias inteira, às vezes dizimando toda a população e suas tradições, eram chamados de “bárbaros” e o que se viu, durante quase 10 horas, em Brasília, esteve bem próximo disso, senão mais cruel, pois foi praticado por pessoas cultas, esclarecidas, muitas donas de seus próprios negócios, empresários - ricos, até - mas que agiram como um bando de baderneiros ensandecidos e inconsequentes, que colocaram em risco vidas, futuros e carreiras bem sucedidas, além, é clado, a democracia. 

 

 

Logo no início, quando a turba de desordeiros ainda chegava à Praça dos Três Poderes, por volta das 16h30, já prevíamos a possibilidade de uma intervenção federal no Distrito Federal, conforme comprova uma foto do início da nossa conversa, pelo whatsapp.

 

Nossa primeira reação foi iniciar, de imediato, a composição de uma análise política sobre os fatos, mas, pelo desenrolar célere e com as informações desencontradas dos diversos veículos que estavam cobrindo o ato, resolvemos esperar para não cometermos nenhuma gafe, prejulgamento ou dar uma “barrigada”, que, no jargão jornalístico, significa se adiantar aos fatos e o noticiado não acontecer.

 

POSICIONAMENTOS

Wanderlei Barbosa participa de reunião de emergência em Brasília e coloca polícias Militar e Civil de prontidão

 

Partimos, então, para a colheita de opiniões e posicionamentos das principais lideranças políticas do Tocantins sobre os fatos que se desenrolavam sob nossos olhos. O Observatório Político de O Paralelo 13 entrou em ação e, logo, já tinha os posicionamentos do governado Wanderlei Barbosa, dos senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra e da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, todos unânimes em condenar os atos terroristas que depredaram as sedes dos Três Poderes.

 

Algumas instituições tocantinenses, como a ATM, por meio do seu presidente, Diogo Borges, manifestaram seus posicionamentos em notas nas redes sociais e da mídia local, seguindo a mesma linha de condenar e repudiar os atos, coisa que foi reverberada nos quatro cantos do Brasil.  Não houve um só governador ou parlamentar que, indagado ou não, deixasse de condenar o que acontecida na Capital Federal.

 

OS RISCOS A COVARDIA E AS PUNIÇÕES

Presidente Lula Assina Intervenção na Segurança Pública em Brasilia 

 

Mas, durante nosso acompanhamento, surgiu, entre nós, uma angústia e um temor que, podemos dizer, deve ter habitado todos os ambientes políticos e, principalmente, a cidade de Araraquara, onde estava a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o auge das invasões e do vandalismo.

 

O temor era que, em algum lugar das redes sociais ou em algum veículo de comunicação, surgisse uma única palavra de incentivo aos atos proferida por um político ou por um militar.

 

Se isso tivesse acontecido, certamente seria a “senha” para que os atos se tornassem ainda mais truculentos, para que outros milhares de radicais fossem para as ruas, os bloqueios de ruas e estradas se multiplicassem, como chegou a acontecer em São Paulo e em Santa Catarina e, aí sim, o Brasil mergulharia num caos institucional e, muito provavelmente, em uma guerra civil, com mortes e muito mais violência além do que foi visto.

 

Os fatos deixaram claro que, em algum momento, antes dos atos, houve uma liderança, uma coordenação do lado dos extremistas, mas que, com o desenrolar dos fatos, se acovardou e se escondeu, o que fez a manifestação se transformar num ato que o mundo inteiro condenou.

 

Houvesse uma liderança, um mínimo de coordenação que impedisse os manifestantes de entrar e depredar os prédios públicos e se manifestassem pacificamente, talvez o clima no Brasil e no mundo, hoje, fosse outro, comentando sobre um grande ato democrático e pacífico, mas, infelizmente, a covardia impediu que qualquer bom-senso passasse pela cabeça dos extremistas.

 

Felizmente todos foram sensatos, todos perceberam a gravidade do que acontecia – na verdade, nem todos, apenas os inexpressivos deputados eleitos da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que chegaram a endossar os atos terroristas que ocorreram em Brasília neste domingo voltaram atrás e apagaram as publicações feitas nas redes sociais. Este é o caso de nomes que integrarão a bancada bolsonarista no Congresso Nacional André Fernandes (CE) e Silvia Waiãpi (AP) e do deputado estadual eleito Thiago Gagliasso (RJ), que, acovardado, alterou a legenda de uma de suas publicações. Os três são filiados ao PL - e os atos de vandalismo e barbárie foram sendo, paulatinamente, controlados pelas tropas especiais.

 

O presidente do STF, Alexandre de Moraes, determinou a desocupação dos acampamentos golpistas e mandou uma série de recados em apenas um despacho. Ao longo do texto, o magistrado chamou a atenção de autoridades públicas que não conseguiram evitar uma "tragédia anunciada". Alertou que todos os terroristas que depredaram o patrimônio público serão responsabilizados. E, finalmente, enfatizou que que os financiadores dos atos antidemocráticos serão caçados, investigados e punidos.  

 

TOCANTINS

 

A Família O Paralelo 13 espera que, tanto o nosso governador “curraleiro” Wanderlei Barbosa, quanto a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, liderem a iniciativa que deve abranger todos os órgão e entidades públicas, com sede no Tocantins, para após receber provas, identificar servidores que, porventura tenham participado desses atos horríveis que colocaram a democracia tão crucialmente em risco no Brasil.

 

O Tocantins é o mais recente exemplo de luta democrática dentro da configuração desta nação que se chama Brasil, e não pode ter seu nome associado aos atos que ocorreram em Brasília, por conta de uma meia dúzia de extremistas que se sentiram no direito de buscar sua própria justiça por meio da violência.

 

Que Deus livre o Brasil de pessoas assim.

 

 

Posted On Segunda, 09 Janeiro 2023 18:03 Escrito por