Publicitário alegou que foi procurado pela legenda para entregar R$ 6 milhões a empresário que chantageava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Da CNN Brasil
O publicitário Marcos Valério declarou em sua delação à Polícia Federal (PF) que era administrador de um caixa clandestino com R$ 100 milhões que pertencia ao Partido dos Trabalhadores (PT). As informações foram publicadas neste domingo (3) pela site da revista “Veja”.
Em 2005, Valério teria sido procurado pela legenda para entregar R$ 6 milhões do montante ao empresário Ronan Maria Pinto, que chantageava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para contar detalhes sobre a ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002.
“Eu simplesmente, eu tinha muito mais que os seis milhões na mão deles, eu tinha umas dez vezes mais que isso na mão, então, pagar os 6 milhões não era o problema”, alegou Valério.
“Se eu não tivesse rastreado tudo isso, e não tivesse chegado a essa conclusão, eu teria feito, gente. Por que que eu não ia fazer? Eu tinha mais de 100 milhões deles na mão”, continuou Valério.
O PT foi procurado pela CNN, que aguarda posicionamento.
Na última sexta-feira (1º), a “Veja” também realizou uma reportagem sobre uma suposta relação de petistas com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A autenticidade do depoimento à Polícia Federal foi confirmada pela CNN.
O caso em questão é o mesmo noticiado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” em 2018. A delação premiada foi homologada pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
O processo foi enviado na sexta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF e está sob responsabilidade do ministro Nunes Marques.
No depoimento, Valério afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro financiaria campanhas do PT ilegalmente.
Valério proferiu que Celso Daniel havia montado um dossiê com os nomes de petistas que estavam recebendo financiamentos ilegais, que não teria sido encontrado após sua morte.
Ainda de acordo com o publicitário, após o assassinato de Daniel, o PT fez uma “limpa” e afastou integrantes que tinham ligações com o crime organizado.
Valério foi condenado a 37 anos de prisão no processo do mensalão. De acordo com a Justiça, ele atuou como operador de pagamentos a parlamentares que teriam negociado apoio ao governo Lula no Congresso durante o primeiro mandato do ex-presidente.
Por Edson Rodrigues
A partir deste dia dois de julho, os gestores e detentores de mandatos que pretendem disputar as eleições do próximo dia dois de outubro não podem mais participar de inaugurações, lançamento de obras, assinatura de ordens de serviço ou qualquer outro evento ligado á ações do poder do qual faz parte, assim como estão vedadas as nomeações de funcionários em comissão em órgãos públicos estaduais ou federais, promoções, cessão de disposição de servidores, contratos temporários, assinatura de convênios e repasses de verbas entre o Estado e os Municípios ou entidades civis.
Agora, o presidente da República e os governadores que irão disputar a reeleição devem ficar mais que atentos à Legislação Eleitoral, pois qualquer ato que, sequer, suscite a probabilidade de uso da máquina pública em favorecimento a candidatos – ou à própria candidatura – pode ser enquadrada como “abuso de poder econômico” e, simplesmente, inviabilizar o registro de candidaturas dos executores e dos que possam ter sido beneficiados pelo ato.
TOCANTINS
O governador Wanderlei Barbosa, a partir de hoje, já não conta mais com a possibilidade de usar o Diário Oficial, muito menos estar transferindo recursos para os municípios como forma de parcerias, assim como acontece com todos os demais governadores brasileiros.
Nos últimos 32 dias, Wanderlei intensificou sua agenda positiva em todo o Estado, visitando municípios de todas as regiões do Tocantins, assinando ordens de serviço para a recuperação de estradas pavimentadas e pavimentação de trechos de outras rodovias, em um pacote anunciado pelo próprio governador de 700 milhões de reais na recuperação da malha viária estadual.
Em paralelo, o governo do Estado fez dezenas de repasses, no valor de dois milhões de reais cada um, para que os municípios pudessem investir o valor de acordo com suas necessidades, com gestão própria dos recursos. Outras obras na área da Saúde e da Educação foram entregues por Wanderlei em vários municípios.
PÉ DE IGUALDADES
Toda essa movimentação de recursos e obras que o governador fez, foi realizada dentro da Lei, sem ferir a Legislação Eleitoral. Agora, após essas ações, a campanha passa a ser no cara a cara, no olho no olho, junto ao eleitor, todos em pé de igualdade. Tanto Wanderlei Barbosa, quanto Ronaldo Dimas, Osires Damaso, Paulo Mourão e os demais candidatos ao governo que, porventura, surgirem, irão se digladiar no campo das propostas de governo e planos de ação, sem que ninguém tenha qualquer tipo de vantagem sobre os demais.
Essas são as regras do jogo eleitoral. Vencerá aquele que errar menos, que apresentar as melhores propostas e que se mostra mais sensível às demandas da população.
Assim será conquistado o voto do Tocantinense.
Boa sorte a todos!
Fotógrafo do petista explica que houve erro técnico. Equipe publicou imagem e vídeo sob mesmo ângulo e para mostrar que não houve fraude.
Com G1 Bahia
Uma foto compartilhada pela assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o ato realizado neste sábado (2) em Salvador (BA) apresentou sobreposição de imagens e duplicou pessoas fotografadas. A imagem foi alvo de adversários políticos do petista, que acusaram sua equipe de manipular a imagem para fazer parecer que a manifestação a favor dele era maior.
Procurado pelo g1, o autor da foto, Ricardo Stuckert, esclarece que houve um problema técnico. A foto panorâmica foi feita com drone. "Eu fiz nove fotos para pegar o ângulo todo. E aí o que que acontece? Quando eu estava fotografando, o drone vai mexendo. Só que as pessoas estavam mexendo. O que aconteceu? As pessoas mexem, duplicou, e na hora que software junta todas as nove fotos para fazer esse 180 graus, ele não juntou direito porque as pessoas mexeram. Foi uma sobreposição", diz.
Ele se defende das acusações de manipulação. "Imagina se eu for fazer Photoshop. Jamais, nunca na vida. Tem a outra foto que não é panorâmica, que é uma foto só, no mesmo ângulo, na mesma hora. Se fosse pra falar que tem Photoshop ou qualquer coisa, tem o vídeo que é também na mesma hora onde o drone estava. Não tem absolutamente nada de Photoshop", diz.
A foto com erro foi publicada no perfil verificado de Lula no Twitter sob a legenda: "Caminhada em Salvador com o povo baiano." Diante das críticas apontadas por adversários, a foto sem erro e sob o mesmo ângulo, tirada no mesmo horário e local, foi publicada no mesmo perfil, sob a legenda: "A verdade dói no cotovelo de alguns. Segue uma foto não panorâmica, tirada com drone, do @ricardostuckert .Compartilhe a verdade. "
A assessoria do ex-presidente Lula também publicou um vídeo, sob a legenda: "Bahia hoje: enquanto uns falam em montagem, a multidão com Lula passa com os pés no chão."
Evento na Bahia
O desfile cívico que marca as comemorações do 2 de Julho na Bahia contou com a participação de três pré-candidatos à Presidência da República: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) caminharam em meio ao povo nas ruas da capital baiana. O ex-presidente foi cercado por uma multidão e teve dificuldades para caminhar.
Em outro ponto da capital baiana, Jair Bolsonaro(PL) também participou de um passeio de moto pela orla atlântica da cidade, fora da agenda de atos cívicos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou, no mes passado o bloqueio de perfis do PCO (Partido da Causa Operária), sigla de extrema esquerda, no Facebook, Instagram, Telegram, Twitter, YouTube e TikTok.
Por Tiago Angelo
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu nesta 6ª feira (1º.jul.2022) um inquérito administrativo para investigar declarações feitas pelo PCO em redes sociais contra a Justiça Eleitoral.
A decisão é do ministro Mauro Campbell Marques, corregedor-geral da Justiça Eleitoral. No mesmo despacho, ele pede para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, compartilhar dados do inquérito das fake news envolvendo o partido.
“Não se pode admitir que concorra para a instabilidade do regime democrático, o partido político, o qual, segundo a legislação de regência, é pessoa jurídica destinada a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo”, disse o ministro. Eis a íntegra da decisão (1 MB).
Campbell determinou que o PCO apague postagens feitas no Twitter, Instagram, Facebook, Telegram, YouTube e TikTok. Também proibiu novos posts “atentatórios à integridade do processo eleitoral atinente às eleições de 2022”.
O ministro cita uma publicação em que o PCO diz existir uma “ditadura do TSE” a respeito do aplicativo de mensagens Telegram.
“Após intervir ilegalmente no aplicativo, o tribunal envia mensagens a todos os usuários indicando que leiam o Estadão para ‘combater as fake news’. Tribunal Superior Eleitoral quer impor censura a manifestações políticas em show. Fascista Alexandre de Moraes é um dos pilares da ditadura do judiciário e vai presidir o TSE nessas eleições”, disse o partido.
Em outro trecho, o PCO afirma que o TSE prepara um “golpe” e que as urnas eletrônicas serão “ligadas diretamente a Sergio Moro”, uma vez que, prossegue a legenda, a Corte é presidida por Edson Fachin, um “lava-jatista”. Por fim, chama Moraes de “tucano fascista”.
Segundo o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, “a ninguém é permitido veicular informações descontextualizadas com ataques infundados ao sistema eletrônico de votação e à própria democracia, incutindo-se no eleitorado falsa ideia de fraude”.
STF
Em 2 de junho, Moraes incluiu o PCO no inquérito das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas contra ministros da Corte. Também terminou o bloqueio dos perfis da legenda em redes sociais.
A decisão veio depois de publicação no Twitter em que o partido, de esquerda, chama o ministro de “skinhead de toga” e diz que ele está em “sanha por ditadura”. O PCO também pediu a “dissolução do STF”, em declaração semelhante a de grupos de direita, que figuram no inquérito da Corte.
“Alexandre de Moraes: candidatos que ‘divulgarem fake news’ terão registro cassado. Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF!”, diz a publicação do partido no Twitter.
Em sua decisão, Moraes disse que o PCO divulga diversas “publicações de extrema gravidade, por meio da qual defende, sem qualquer restrição, a dissolução da Suprema Corte”. Também afirmou ser necessária a adoção de “providências aptas a cessar a prática criminosa, além de esclarecer os fatos investigados”.
“Efetivamente, o que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”, escreveu o ministro.
Corte aprovou a adoção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como principal critério para cálculo do limite de despesas eleitorais; reajuste aplicado será de 26,21% em relação à eleição de 2018
Por Jovem Pan
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu nesta quinta-feira, 30, que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será adotado como o critério principal para o cálculo do limite de gastos com as campanhas eleitorais, com base no mesmo teto utilizado em 2018. A aprovação ocorre por meio de uma resolução interna, já que o Congresso Nacional não elaborou a tempo uma lei que fixava as diretrizes que seriam utilizadas. Não houve a divulgação os valores exatos que serão disponibilizados aos candidatos, porém, a inflação acumulada no período foi de 26,21% e, com isso, os valores que os candidatos poderão gastar serão:
– Presidente da República, durante o 1º turno: até R$ 88,35 milhões
– Presidente da República, durante o 2º turno: até R$ 44,17 milhões
– Deputado federal: R$ 3,15 milhões
– Deputado estadual ou distrital: R$ 1,26 milhão
O valor limite para candidatos a senadores e governadores varia com base na quantidade de eleitorado dos Estados brasileiros. A fonte de origem dos recursos que poderão ser gastos durante a campanha deverão vir do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – o chamado Fundo Eleitoral -, Fundo Partidário, recursos próprios dos candidatos e doações de pessoas físicas. O recebimento de doações empresariais não é mais permitido desde 2015. A Justiça Eleitoral deverá receber a prestação de contas dos candidatos para conferência de autenticidade dos comprovantes e de origem dos recursos.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, afirmou que a Corte encontrava-se diante da “inexistência de legislação ordinária” e que com isso entendeu-se que o tribunal eleitoral esteve “compelido ao enfrentamento da questão. “Ressalte-se que a atividade regulamentar desta Corte Eleitoral rende prestígio às normas já consolidadas no âmbito do Poder Legislativo, projetando para o pleito vindouro idêntico enfeixe de balizas previsto para as eleições passadas”, ressaltou. Acompanharam o voto de Fachin – favoráveis às diretrizes de gastos eleitorais em 2022 – a ministra Cármen Lúcia e os ministros Alexandre de Moraes, Benedito Gonçalves, Carlos Horbach, Mauro Campbell e Sergio Banhos.