Presidente fez discurso com tom moderado e disse que 2021 será "o ano da vacinação dos brasileiros"
Por iG Último Segundo
Em um pronunciamento transmitido em rede de rádio e televisão na noite desta terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um discurso em defesa da vacinação para vencer a pandemia de Covid-19.
O presidente tentou se afastar do discurso em que colocava dúvidas sobre a vacinação dizendo que o governo buscou vacinas desde o início da pandemia e, pela primeira vez, deu destaque para a prestação de solidariedade às famílias dos quase 300 mil mortos por Covid-19.
Durante o discurso, diversas estados tiveram registros de panelaços. Foram registradas manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.
Bolsonaro disse, também, que o Brasil é o 5º país que mais vacinou no mundo. Isso porém, diz respeito aos números absolutos de vacinados. Levando em consideração a proporção de vacinados pelo número de habitantes, o Brasil ocupa a posição de número 60º , segundo levantamento do Our World in Data.
Após culpar a variante brasileira do novo coronavírus pelo aumento da mortalidade da doença, Bolsonaro garantiu que toda a população será vacinada com as "mais de 500 milhões de doses adquiridas pelo governo federal".
"A produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir (...) Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas famílias. Que Deus conforte seus corações. Faremos de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Essa é a missão e vamos cumpri-la", finalizou.
Segundo Ministério da Saúde, 10.507.995 pessoas já se recuperaram
Por Jonas Valente
O Brasil ultrapassou 12 milhões de casos de covid-19 contabilizados desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram confirmadas 49.293 novas infecções. Com isso, o total de pessoas que tiveram diagnóstico positivo desde fevereiro do ano passado chegou a 12.047.526.
A quantidade de pessoas que não resistiram à covid-19 subiu para 295.425. Em 24 horas, foram registradas 1.383 mortes. Há ainda 3.263 óbitos em investigação já que, em alguns casos, o diagnóstico só sai após a morte do paciente.
Os novos dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde em seu balanço diário, publicado na noite desta segunda-feira (22). A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
O número de pessoas recuperadas chegou a 10.507.995. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.244.106.
Estados
O ranking de estados com mais mortes por covid-19 é liderado por São Paulo (67.602), Rio de Janeiro (35.180), Minas Gerais (22.055), Rio Grande do Sul (17.157) e Paraná (14.969). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.190), Amapá (1.233), Roraima (1.281), Tocantins (1.821) e Sergipe (3.298).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídos 29,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicados 13,8 milhões de doses, sendo 10,4 milhões da 1ª dose e 3,4 milhões da 2ª dose.
Por Kézia Reis
Uma Justiça acessível e disponível a todos. Para garantir a prestação jurisdicional e o atendimento aos integrantes do Sistema de Justiça e diretamente ao cidadão, o Poder Judiciário do Tocantins vem reforçando e ampliando os seus canais de comunicação, principalmente neste período crítico de pandemia da Covid-19. Apesar da Portaria Conjunta Nº 9/2021 que estabelece o regime de "teletrabalho integral dos serviços administrativos e judiciais no âmbito do Poder Judiciário tocantinense" até 30 de março deste ano, o Judiciário segue 100% disponível.
Ainda que integralmente em teletrabalho, tanto a área judicial quanto a administrativa do TJTO continuam desenvolvendo suas ações normalmente, inclusive no atendimento às partes, advogados, promotores de justiça, defensores públicos e o cidadão. O Sistema de Processo Eletrônico Eproc segue em pleno funcionamento para o judicial e o SEI (Sistema Eletrônico Interno) para as demandas administrativas.
Se houver dúvidas ou demandas processuais, o Suporte Eproc está na mão, pois você pode acessar o serviço pelos telefones 3218-4388/3218-4248 e plantão 99989-1766 (18h às 12h) ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Além disso, uma lista completa com telefones e e-mails de todas as unidades do Judiciário tocantinense está disponível no site do Tribunal, no banner eletrônico “Alô Justiça”, que traz um PDF que pode ser acessado quando e onde quiser.
Balcão virtual
Para estar ainda mais próximo, esta última semana o TJTO inaugurou o “Balcão Virtual” (Resolução CNJ nº 372/2021), um novo atendimento rápido, sem burocracia com as unidades do Judiciário de 1° Grau, ou seja, falar diretamente nas comarcas com servidores das varas, juizados e Centro de Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs).
É rápido e simples, basta você acessar o Portal do Poder Judiciário do Tocantins (www.tjto.jus.br), clicar no balãozinho de conversa, no canto inferior da página, se identificar com nome e email e escolher a unidade da qual precisa de informações. Um atendente da escrivania estará a postos para tirar as suas dúvidas por meio de chat de conversa e sistema de videoconferência.O atendimento é realizado em tempo real, das 12h às 18h, se assemelhando ao atendimento presencial, nos balcões físicos das comarcas.
O principal elo entre a Justiça e o Cidadão também segue funcionando trabalhando intensamente. Por meio da Ouvidoria Judiciária todo cidadão pode ter acesso a informações do Judiciário tocantinense, de forma rápida e transparente, cumprindo rigorosamente a Lei de Acesso à Informação. Basta acessar pelos telefones 3218-4412, 0800-6444334 e/ou pelo endereço eletrônico e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Novo sistema de videoconferências
Para conectar virtualmente todas as comarcas e dar ainda mais efetividade aos serviços ofertados ao cidadão, o Judiciário tocantinense desenvolveu uma força tarefa, por meio da Diretoria de Tecnologia da Informação, para a instalação do Sistema de Vídeo Conferência e Audiência do Tocantins (Sivat) nas unidades judiciais e presídios do Estado, utilizando a plataforma licitada Yealink. O trabalho iniciado no final do mês de fevereiro já alcançou 27 comarcas (entre elas Palmas), onde o sistema se tornou realidade, com equipes treinadas para operar o sistema que tem previsão de chegar a todas as comarcas até 30 de março.
“Algumas pessoas são tão sensíveis que se sentem desprezadas se uma epidemia não as contaminar”
KIN HUBBARD
EDITORIAL
Por Luciano Moreira e Edson Rodrigues
Se alguém ainda tem alguma dúvida, eu não. A Covid-19 é uma criação do homem. Não em sua gênese, em sua origem, mas no seu crescimento, no seu desenvolvimento, na sua crueldade e na sua propagação injusta.
Sim, pois foi o homem quem lhe deu asas, quem lhe deu meios de se locomover, de se infiltrar e, finalmente, de se instalar em nosso habitat.
Verdade que prenderam o prefeito chinês que demorou para gritar, afinal, ele e os que mandavam em Wuham deveriam ter “wuhado” aos quatro ventos o quão perigosa era aquela partícula de laboratório que se travestiu de gripe e tomou o mundo de assalto, deixando para mostrar sua face mais nefasta a partir do 15º dia, passando os 14 primeiros brincando com as defesas do organismo dos humanos frágeis, reunindo forças para, de mutação em mutação, tornar-se cada vez mais letal, vil e sombrio.
E o vírus foi ganhando o mundo e vencendo batalha após batalha, abatendo seres humanos dos mais sadios aos mais vulneráveis, num exemplo puro de diversidade perversa, pois não se importou com sexo, raça, credo cor, classe social, orientação sexual, afinal, os vírus são seres microscópicos constituídos de DNA ou RNA e protegidos por uma capa formada de proteínas. São considerados parasitas intracelulares e, por isso, suas funções só podem ser desempenhadas quando entram em uma célula viva para utilizar todos os seus recursos.
Entenderam porque a COVID-19 é uma criação humana?
Usem máscara! Evitem o contato corporal! Cuidem da higiene pessoal! Fiquem em casa!
NEGACIONISMO
Era simples acabar com esse ser abjeto lá, no começo de 2020, mas o homem, do comunista ao capitalista, preferiu pagar para ver. E o vírus quebrou a banca!
Os negacionistas, aqueles que não acreditam na letalidade do vírus, vieram com argumentos tão estúpidos quanto tacanhos. Quando as mortes começaram a se multiplicar e os exemplos de boas administrações apontavam o lockdown como melhor solução, veio o “argumento irrefutável”: “ora, se fecharmos o comércio a economia para, haverá muitos desempregados, não arrecadaremos impostos!”
Agora, o que não se pode mais fechar são os cemitérios – houve 3 enterros por minuto em São Paulo no dia 12 de março de 2020! – não se podem fechar as vagas para contratação de profissionais de Saúde, muito menos as fábricas de vacina.
Sim, há vacina! Chinesa, americana, russa, indiana... mas, onde está a capacidade de produção para atender à demanda? Onde está a mão de obra para acelerar a fabricação das doses salvadoras? Infelizmente estão nas reuniões festivas, nas raves clandestinas, nas festas em chácaras e mansões particulares, nos iates, nos batidões do funk.... sem máscara, sem humanidade, sem empatia e sem se preocupar com seus amigos e familiares a quem contaminarão depois.
DESCASO
Os pioneiros no combate à pandemia ou estão exaustos ou foram vencidos pelo vírus. Aliás, o primeiro médico a se manifestar sobre os riscos do “novo coronavírus” morreu infectado, após ser preso por divulgar informações sigilosas e, agora, as ôtoridades que furam fila para tomar vacina dizem que não há profissionais da Saúde para suprir a demanda... Ora, não foram essas ôtoridades que permitiram o Carnaval – a festa do povo – em 2020?
São as mesmas pessoas que, ante a nova onda de mortes que elevara o Brasil a “epicentro mundial” da Covid-19 neste mês de março, ainda titubeiam em mandar fechar tudo, pois vem aí a páscoa. “É preciso vender ovos de chocolate!”.
Esse descaso, essa ineficiência e essa inoperância dos gestores, do nacional aos estaduais e municipais, criaram uma situação exemplar. No dia 11 de setembro de 2001, o mundo parou para chorar os mais de 2.900 mortos no ataque terrorista às torres gêmeas, em Nova York. No Brasil não foi diferente. O País parou para acompanhar o sofrimento americano.
Pois, nos dias atuais, a média de mortos por dia, no Brasil, é como se fosse um “11 de setembro” por dia, aqui, no Brasil.... e ninguém liga, ninguém para para “chorar” esses mortos da forma adequada, que é se conscientizando a fazer o que é recomendado pelas autoridades mundiais de saúde.
DOR SEM FIM
E o que nos resta fazer senão chorar as perdas e enfrentar o luto que causa uma dor infinita? Afinal, nem velar nem enterrar nossos entes queridos podemos, pois essa praga se apossa da vida que tirou e fica mais forte para levar quantas outras puder. Uma vez que a pessoa infectada entra no hospital (quando há leitos disponíveis), se não sair vivo, a família nunca mais a verá, pois são proibidos os velórios e os enterros com a presença de parentes.
Pois bem. Feito o desabafo, me pergunto: será que todas essas pessoas que insistem em negar o coronavírus, em participar de festas, de frequentar aglomerações, em não usar máscaras e em ignorar o distanciamento social não tiveram nenhuma perda na família?
Não desejo que ninguém sofra, mas esse comportamento só aumenta minha ira, pois os que amamos estão-se indo, e os que não amam nem a si mesmo permanecem incólumes. É, no mínimo, injusto.
Mas, como cobrar justiça, justamente da raça humana, dos mesmos que condenaram Jesus e libertaram Barrabás...
E então, o coronavírus é ou não é uma “criação humana”?
Agentes falam em desmonte dos serviços públicos e tratamento desigual quando comparado ao dos militares
Delegados da PF do Rio pressionam governo após PEC Emergencial e ameaçam entregar cargos de chefia
Por João Paulo Saconi e Aguirre Talento
O congelamento de reajustes salariais de servidores públicos pela promulgação da chamada “PEC Emergencial”, na última segunda-feira, provocou um clima de revolta dentro da Polícia Federal (PF) e gerou movimentação intensa de protestos nos bastidores da corporação. Delegados da PF que ocupam cargos de chefia já articulam pedidos de demissão coletiva até a próxima semana, caso não haja mobilização do governo federal e do Congresso Nacional para atenuar os efeitos da proposta de emenda à Constituição para a categoria.
A medida pode impedir aumentos por até 15 anos, caso as despesas obrigatórias da União cheguem ao patamar estipulado no texto promulgado, que também permite o retorno do auxílio emergencial por mais quatro meses.
O movimento de entrega de cargos está em discussão avançada na Superintendência da PF do Rio, mas também pode ser replicado em outros estados. Há ainda protestos marcados pelo país por entidades policiais, que devem ter a participação de integrantes da PF. O primeiro aconteceu nesta quarta-feira, com uma carreata pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os atos surgiram a partir da indiginação dos delegados da base da categoria, mas a possibilidade de entrega dos cargos ainda não possui aval das entidades de classe. Procurada pelo GLOBO, a representação fluminense da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou que eventuais desdobramentos a partir da insatisfação com a “PEC Emergencial” ainda estão sendo estudados por seus diretores.
Da mesma maneira que a ADPF, outras organizações, como a União dos Policias do Brasil (UPB), estão se articulando contra a PEC. O ato de hoje em Brasília foi organizado pela UPB, junto da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ); Há outro protesto marcado para a semana que vem, desta vez em unidades policiais de diferentes localidades.
Assim como outros servidores da área de Segurança Pública, os delegados têm se mobilizado desde o início do mês para que um eventual congelamento de reajustes, previsto na PEC, não os inclua. A versão original da “PEC Emergencial” incluía, além da suspensão de ajustes, uma proibição da progressão de carreira dos servidores. O trecho foi suprimido após a votação de um destaque na Câmara, após pressão das forças de segurança e militares.
De acordo com os delegados, a iniciativa é “desrespeitosa” e não considera o trabalho das polícias durante a crise sanitária e econômica da Covid-19. Esses argumentos constam em nota divulgada pela representação nacional da ADPF na semana passada.
“A segurança pública não parou e está na linha de frente contra a pandemia, portanto, não pode ser tratada dessa forma desrespeitosa pelo governo federal”, diz o ofício enviado pela ADPF a superintendentes da corporação, que receberam pedidos de delegados para que sejam “porta-vozes” da indignação junto ao diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza.
O presidente da ADPF, Edvandir Paiva, já afirmou publicamente que o presidente Jair Bolsonaro teria prometido, em uma reunião no dia 7, que as forças de segurança não estariam incluídas na PEC. No entanto, o texto votado na Câmara, no dia 10, repetiu o teor do aprovado no Senado, no dia 3, no que tange a suspensão de ajustes. A relatoria do projeto, apoiado pela equipe do ministro da Economia Paulo Guedes, foi do senador Marcio Bittar (MDB-AC) e do deputado Daniel Freitas (PSL-SC).
Defendida também por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, a proposta de emenda à Constituição cria “gatilhos” para obrigar a União, os estados e municípios a ajustarem suas despesas. Na esfera federal, a intenção é proibir novos débitos, incluindo reajustes, quando a despesa obrigatória ultrapassar 95% do total gerenciado através da formulação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Na prática, servidores podem permanecer sem aumento de salário até 2036, quando se encerra a emenda constitucional do teto de gastos, promulgada em 2016, durante a gestão do então Michel Temer (MDB).