O objetivo da medida é liberar R$ 130 bi para socorro a estados e municípios; projeto foi defendido pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre

 

Por Agência O Globo

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou durante a sessão desta segunda-feira que a proposta para socorrer estados e municípios deve proibir o reajustes nos salários de servidores federais, estaduais e municipais por 18 meses.

 

Segundo o presidente da Casa, a estimativa passada pelo Ministério da Economia é de que sejam poupados R$ 130 bilhões durante o período.

 

— Eu recolhi as manifestações da senadora Zenaide quando fala da questão do reajuste por 18 meses, mas gostaria de lembrar os senadores que há 15 dias a discussão não era não reajustar salários. Há 15 dias a discussão era cortar 25% dos salários dos servidores municipais, estaduais e federais. Então acho que seria um gesto evitarmos os reajustes por 18 meses e em contrapartida termos os recursos para ajudarmos os estados e municípios — afirmou Alcolumbre.

 

O presidente da Casa é o relator da proposta e prevê a apresentação de seu parecer inicial para quinta-feira. A votação deve acontecer no sábado, por causa do feriado do Dia do Trabalho na sexta-feira. Alcolumbre se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início da tarde.

 

Segundo o amapaense, a estimativa da pasta é que a economia total seja de R$ 130 bilhões no período.

— Acho que é uma conquista essa conciliação com o governo, protegermos por 18 meses a conta (da União). E a gente tem que lembrar que, pela proposta, não reajustar os salários de municípios, estados e União. A conta que me deram hoje, a gente está falando de economia, ou seja, recursos que vão sobrar para os cofres da União, dos estados e dos municípios, na monta de R$ 130 bilhões em 18 meses.

 

Segundo integrantes da equipe econômica, a proposta está avançando. O impasse sobre o socorro aos entes federados ocorre há ao menos um mês.

 

A Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê que a União compense os governos locais pelas perdas na arrecadação de impostos, mas a ideia é fortemente criticada por Guedes, que vê na medida um “cheque em branco” para gestores regionais.

 

Posted On Terça, 28 Abril 2020 06:53 Escrito por O Paralelo 13

Infelizmente é nas horas mais preocupantes e duras que as verdades vêm à tona. É nessas horas, também que percebemos o quanto o mundo é pequeno e o que acontece do outro lado da terra pode ocorrer da mesma forma a milhares de quilômetros de distância.

 

Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira

 

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, apesar das pressões de parte de alguns empresários, optou por seguir “ao pé da letra” as orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS – e do seu Conselho de Crise, e manteve a precaução (saúde do povo ) em primeiro lugar nos quesitos de enfrentamento da Pandemia do Covid-19, adotando as medidas de distanciamento social, mantendo o mínimo de pessoas circulando pelas ruas e, hoje, colhe os frutos de ver a capital que administra como a mais bem colocada entre as 27, com o menor número de casos confirmados por 100 mil habitantes.

 

Um dado que deveria ter sido levado em conta nesse levantamento feito pelo Data Folha – e que melhoraria ainda mais o posicionamento de Palmas – em se tratando de diferença no número de casos, é que, pela Capital tocantinense circulam pessoas de todos os estados brasileiros, inclusive dos que estão em pior situação em relação ao número de óbitos.

 

Trocando em miúdos, Palmas é a Capital Brasileira que apresenta os melhores resultados no controle da pandemia.

 

Em Palmas empresários começam a sentir com o fechamento do comercio

 

A se manter nesses índices, os números – e métodos – usados por Palmas estarão sendo usados como os exemplos que a OMS está divulgando, como é o caso da Nova Zelândia, que zerou o número de contaminações entre cidadãos, apenas mantendo o distanciamento social e restringindo o trânsito de pessoas nas ruas, assim como Palmas vem fazendo.

 

AUXÍLIO

Os autônomos e microempreendedores individuais da capital que tiveram as vendas e o rendimento mensal afetados por conta da pandemia do novo coronavírus vão receber kits de alimentação. As cestas serão disponibilizadas pela Prefeitura de Palmas e entregues mensalmente.

 

Serão beneficiados os autônomos cujas atividades tenham sido impactadas pelos decretos municipais que visam o controle dos efeitos da pandemia de Covid-19 na cidade.

 

A situação de casos na Capital tocantinense está dentro do que é considerado normal pelo Ministério da Saúde e deve-se levar em consideração que, com apenas 2 óbitos confirmados, qualquer aumento nesse número pode levar a uma interpretação errônea (por exemplo, se houver mais uma morte em Palmas, os índices apontarão um crescimento de 50% no número de óbitos).

 

ENQUANTO ISSO EM ARAGUAÍNA...

Enquanto isso, lá pelos lados do Norte do Tocantins, um prefeito tido com um dos melhores administradores e gestores públicos do Estado, vem dando “cabeçadas” na hora de proteger a população e prevenir o contágio pelo coronavírus.

 

Prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas pede socorro ao governador Mauro Carlesse

 

Conhecida como a “capital do boi gordo”, Araguaína, a cidade da economia pujante e movimentada, optou por priorizar os aspectos econômicos e afrouxar as medidas de isolamento social antes do tempo, o que resultou num aumento avassalador de casos confirmados na cidade, ao ponto de serem registrados 12 casos em apenas dois dias. Após 14 dias sem registrar nenhum caso, em clima de reabertura do comércio, mesmo que com restrições, Araguaína voltou a confirmar a Covid-19 na terça-feira, 21. Em seis dias, o número de infectados saltou de 5 para os atuais 24, um crescimento de 19 casos ou de 380% no período.

 

O que se vê em Araguaína, voltando à comparação com os exemplos mundiais no combate à Covid-19, é o mesmo que se viu na Itália, na Espanha e na Inglaterra, onde os administradores, muito prestigiados pela população, resolveram apostar em suas popularidades em detrimento da saúde da população, e acabou dando no que deu.

 

Em Araguaína, com o comércio reaberto, a população saiu às ruas – onde o vírus as esperava ansiosamente – e, hoje, o crescimento no número de casos é tão descontrolado que o bom prefeito, Ronaldo Dimas, que tanto critica o governo do Estado do Tocantins – em todos os aspectos – se viu obrigado a pedir socorro ao secretário estadual da Saúde, Luiz Edgar Tolini, para relatar o problema e pedir para a gestão estadual ajudar a encontrar uma solução, sugerindo a adoção de barreiras sanitárias para evitar que pessoas infectadas vindas de outras cidades, disputem os poucos leitos hospitalares que restam na cidade.

 

O MUNDO DÁ VOLTAS

Mostrando, de uma forma muito prática, como “o mundo dá voltas”, Cinthia Ribeiro, que vinha sendo criticada por enrijecer as medidas de controle social contra a disseminação do vírus, hoje é vista, com razão, como sábia e resguardada.

 

Já Ronaldo Dimas, “o gestor”, pisou, literalmente, na bola ao ceder ás pressões e deixar o povo à mercê do coronavírus.

 

Esperemos que as vidas sejam poupadas,  os exemplos sejam seguidos e as lições aprendidas, para que, no futuro, todos tenhamos um mundo melhor, com cidades administradas com parcimônia e sempre levando a preocupação com o povo em primeiro lugar.

Posted On Segunda, 27 Abril 2020 17:54 Escrito por O Paralelo 13

Por Peu Moraes

 

A atriz Regina Duarte, a mais espetaculosa nomeação do governo Jair Bolsonaro (sem partido), em março, avalia pedir demissão nos próximos dias. Foi assim que alguns aliados interpretaram duas mensagens postadas nas redes sociais neste final de semana. Segundo o colunista da Veja, Robson Bonin, desta segunda-feira (27). “Quando me desapego do que tenho, recebo o que necessito. É tudo que preciso aprender… desapego. Tá em tempo ainda”, escreveu Regina num post. “Seja o que Deus quiser”, registrou em outro.

 

A secretária foi isolada numa espécie de limbo administrativo desde que entrou no governo. Não tem força para convencer ministros a destravar sua agenda cultural e também não conta com apoio do Planalto para sequer escolher a própria equipe. Além disso, Regina sofre ataques abertos de seus subordinados, sem que nada aconteça com ele. O mais notório deles é do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.

 

Camargo chegou a postar numa rede social neste fim de semana um ultimato para que Regina Duarte deixe o governo. “Quem nomeia esquerdistas no governo Bolsonaro deveria ter vergonha na cara, retirar-se com sua turma e tentar voltar somente em 2022 por meio do voto! Se é um recado para a atriz? Sim!”, escreveu.

 

Posted On Segunda, 27 Abril 2020 12:33 Escrito por O Paralelo 13

Por Pretta Abreu

 

Empresas que monitoram as redes sociais começam a identificar uma queda brusca de ataques de bolsonaristas ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal utilizando a internet como arma. Essa redução, que já se aproxima dos 40%, deve-se, segundo avaliações, à decisão do próprio STF de determinar um cerco às notícias falsas, em missão a cargo da Polícia Federal. Além disso, seguidores do presidente da República que agem inflamados pelo ‘Gabinete do Ódio’, temem ser identificados e intimados a depor na CPI das Fake News. A quase totalidade das manifestações, hoje, é atribuída a ‘robôs’.

 

Posted On Segunda, 27 Abril 2020 12:32 Escrito por O Paralelo 13

Após 16 meses de mandato, o presidente Jair Bolsonaro começa uma fase mais dependente dos partidos do Centrão, tendo que reinventar sua base aliada e precisando articular uma tropa de choque para evitar que o debate de um impeachment avance no Congresso. Na avaliação de líderes partidários, a tormenta enfrentada pelo Planalto com a demissão de Sérgio Moro fez o governo iniciar um período na defensiva.

 

Por Estadão Conteúdo

 

A mudança da marcha do governo ficou clara na maneira como Bolsonaro reagiu ao pedido de demissão de Moro. Em vez da autossuficiência que sempre demonstrou ao interagir com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada e da postura beligerante das redes sociais, optou por fazer o pronunciamento junto aos ministros.

 

A alteração no tom entrou no radar de parlamentares. Entre políticos próximos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se tornou adversário dos bolsonaristas, circularam sugestões para que o deputado aproveitasse a nova postura defensiva e reagisse aos ataques do “gabinete do ódio” dos quais tem sido alvo.

 

Por ora, contudo, Maia rechaçou assumir uma postura revanchista. A avaliação de aliados é de que, ao abrir um processo de impeachment, ele poderia municiar a tropa mais radical bolsonarista e fortalecer o discurso do presidente de que tentam derrubá-lo. O acirramento, até aqui, beneficiou o presidente, por isso o Legislativo evita o choque institucional.

 

Outro sinal claro da inauguração de uma fase de autodefesa do governo está mapeado por parlamentares. As bandeiras de combate à corrupção e à “velha política”, alicerces da ascensão do bolsonarismo ao Planalto, agora esbarram na necessidade de buscar pontes com raposas do meio político. “Como ele vai fazer ninguém sabe, mas espero que ele possa voltar a ter relação com o Congresso, a respeitar mais. É o que a gente espera. Ele pareceu muito na defensiva, se explicando. Talvez a realidade da vida mostre para ele o caminho”, afirmou Paulinho da Força (SD-SP).

 

“O governo perde um bom quadro, mas não vai significar prejuízo na relação com o Congresso”, disse, por sua vez, Fred Costa (MG), líder do Patriota.

 

A aproximação com o Centrão vinha sendo azeitada antes mesmo da saída de Moro, porque, para deputados, o governo antevia as repercussões que estavam por vir. “A aproximação dele com o Centrão indica uma mudança, no sentido de procurar ter acordo com os partidos de forma mais aberta”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB). “A sociedade brasileira vai acompanhar de perto”, completou.

 

Aliados tratam de minimizar futuras concessões que serão feitas por Bolsonaro para sedimentar este apoio, como a entrega de cargos na máquina pública. “Ter indicação é até positivo. Se em uma empresa você tem alguém que foi indicado, tem o currículo brilhante e, de repente, consegue ainda ajudar em quatro, cinco, dez ou vinte votos no Congresso, é bom demais”, afirmou Diego Andrade (MG), líder do PSD na Câmara.

 

Impeachment

 

Embora a ruidosa demissão de Moro, que acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal e cobrar acesso a inquéritos sigilosos, tenha gerado pedidos de afastamento de Bolsonaro, líderes avaliam como precipitado qualquer movimento nesse sentido por enquanto. “O que foi dito por Moro é sério, mas não dá para tratar as colocações como conclusão para um processo de impeachment. Ele tem momento para acontecer”, afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), autor de um pedido de CPI sobre o caso.

 

Há ainda, entre parlamentares, um motivo mais pragmático para sobrestar discussões sobre impeachment. Uma ala avalia que a melhor maneira de enfraquecer Bolsonaro até 2022 é mantê-lo à frente do Executivo absorvendo impactos políticos e econômicos das crises que enfrenta. Além disso, para esse grupo mais calculista, que inclui políticos do baixo clero, há de ser mais fácil negociar com um Bolsonaro acuado do que, eventualmente, com o vice-presidente, Hamilton Mourão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Posted On Segunda, 27 Abril 2020 12:14 Escrito por O Paralelo 13