Segundo a Folha, a Polícia Federal considera que Jair Bolsonaro tinha ciência de que investigação chegou em seu filho
Com Agências
Segundo investigação do STF, a Polícia Federal identifica Carlos Bolsonaro , filho do presidente Jair Messias Bolsonaro, como articulador de um esquema criminoso de fake news. As informações são do jornalista Leandro Colon, da Folha de São Paulo.
Conforme investigação, Bolsonaro solicitou informações por telefone do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, na última sexta-feira (23). Na instituição, segundo a Folha de São Paulo, não restam dúvidas de que Valeixo, homem de confiança do ex-ministro da Justiça, foi pressionado pelo presidente. Bolsonaro tinha ciência de que a investigação da PF havia chegado em Carlos.
Quando o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciou sua demissão, o ministro do STF e relator do inquérito, Alexandre de Moraes, solicitou que a PF mantenha os delegados que ja estão encarregados das investigações no caso
No Twitter, Carlos Bolsonaro se defendeu das acusações, afirmando manipulação por parte da grande mídia. Segundo o vereador, há incoerência na cronologia dos fatos.
Segundo biólogo, o fato de algumas regiões do Brasil não terem colapsado o sistema de saúde é indício de achatamento
Por iG
Segundo o biólogo e pesquisador Dr. Atila Iamarino, o fato de algumas regiões do Brasil não terem colapsado o sistema de saúde mostra sinal de achatamento da curva de contágio do novo coronavírus (Sars-CoV-2). “Apesar de toda a falta de testes e informações claras do que acontece na Região Norte e alguns estados do Nordeste, ainda não termos colapsado o sistema de saúde é sinal desse achatamento”, diz o especialista.
Ainda de acordo com o Dr.Iamarino, o fato de São Paulo não ter colapsado como Nova York (EUA), a cidade mais afetada pela Covid-19 no mundo, é um bom sinal. “Entramos na quarentena bem antes (dos EUA) em número e casos. Por isso, não tivemos algo como Nova York ainda está passando em São Paulo. Não devemos ter nem mais pra frente, espero”, diz Iamarino.
O especialista também afirma que achatar a curva de contágios é fundamental para conter a epidemia da Covid-19. “A beleza de achatar a curva é que, quanto mais eficiente for este achatamento, mais para frente fica o pico teórico. Quem passou pelo pico de verdade, até agora, foram os lugares que tiveram o pior cenário, como Itália, Espanha e Nova York”.
Covid-19 será um problema longo
A Covid-19 também exige inteligência por parte das autoridades na hora de tomar a decisão de reabrir. Iamarino continua: “Singapura ficou dois meses controlando o vírus super bem. Vacilaram em abril e saltaram de 700 para 11 mil casos em menos de um mês”.
Iamarino apresenta três cenários para que o mundo saia da quarentena: “Isso acaba com vacina, com 60 ou 80% da humanidade infectada (se a imunidade de rebanho existir) ou com todo mundo tendo sido infectado se não tiver imunidade de rebanho. Daí a perspectiva de ser um problema longo”.
Versões
A saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que saiu acusando o presidente Jair Bolsonaro de vários crimes, vai dar muito pano pra manga. Moro detonou Bolsonaro, o ex-juiz da Lava Jato em pronunciamento público fez uma longa relação de crimes de responsabilidade e previstos no Código Penal, que preenchem requisitos para se abrir caminho para possível impeachment. Uma coisa é certa, existe as versões de Moro e a de Bolsonaro e pode existir uma terceira que pode ser a verdade. Uma coisa é certa, será um processo longo. Em certas ocasiões a verdade pode acabar com nossas ilusões, e até vir a ser decepcionante e desagradável, quem está mentindo?
Provas
Moro apresentou no Jornal Nacional da rede Globo, troca de mensagem em que Bolsonaro reclamou de investigação da PF. Na troca de mensagens com Moro, Bolsonaro envia o link de uma reportagem sobre deputados bolsonaristas que estariam sendo investigados pela PF por organizarem uma manifestação realizada no último domingo (19), em que o presidente esteve presente. A matéria, que é do site" O Antagonista", afirma que a PF estaria "na cola" de dez a 12 deputados bolsonaristas. Bolsonaro envia o link e escreve: "Mais um motivo para troca", se referindo a substituição de Maurício Valeixo, então diretor-geral da PF que foi demitido na madrugada desta sexta.
Madrinha
Ainda no JN revelações de prints de conversas entre Moro, ainda como ministro, e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), da qual Moro foi padrinho de casamento no início do mês, no WhatsApp. O diálogo mostra que teria partido da deputada a proposta de trocar a demissão de Maurício Valeixo da Polícia Federal pela indicação de Moro ao Supremo Tribunal Federal.
“Por favor ministro, aceite o Ramagem [Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência] para assumir a direção da PF”, pede a deputada Carla Zambelli, que é fiel aliada de Bolsonaro.
Nas mensagens, ela se compromete a tentar convencer Bolsonaro a indicar Moro ao STF. Para tanto, bastava Moro assinar a exoneração de Valeixo.
Moro responde: “Prezada, não estou à venda”. Ela respondeu dizendo saber que, por Deus, sabia que o então ministro não estava a “verba”, provavelmente um erro de digitação cometido pela deputada. Procurada pelo Jornal Nacional, ela não quis se manifestar.
A Fogueira das vaidades
As falas de ontem tanto de Bolsonaro quanto de Moro demostram vaidades. Moro disse ao fim de sua “fala” que tinha uma biografia a zelar. Mais tarde Bolsonaro diz que tem o Brasil a zelar, Bolsonaro ainda alfinetou, “Moro está preocupado com o próprio ego”.
"Sabia que não seria fácil, uma coisa é você admirar uma pessoa, outra é conviver com ela, trabalhar com ela", disse o presidente. Não só na política, mas em todos os ramos da atividade humana a vaidade a inveja o ódio são doenças da alma humana.
Mais um pedido de impeachment
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que foi eleita com a bandeira e na cola de Bolsonaro, e hoje é adversária política, foi no passado recente uma das melhores em brigar e gritar a favor do governo, apresentou denúncia de impeachment contra Bolsonaro. Assim como o PSB e Rede. Após as declarações do ex-ministro Sergio Moro. O pedido elaborado por Joice cita o possível cometimento de crimes de responsabilidade, previstos na lei do impeachment, e também crimes comuns. Ao pedir demissão, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse que Bolsonaro tentou interferir na escolha da direção da Polícia Federal para obter relatórios de inteligência da corporação.
Enigmático
Muitos ficaram felizes com a saída de Moro, afinal ele era uma ameaça aos larápios do erário. Pessoal da esquerda não gostava dele, por motivos oboés. Agora o pessoal da direita também não gosta. Sendo enigmático Gilmar Mendes manda essa nas redes sociais: Há muito crítico a manipulação da Justiça, por meio da mídia e de outras instituições, para projetos pessoais de poder. A criação de heróis e de falsos mitos desenvolveu um ambiente de messianismo e intolerância. Autoritarismo judicial e político são ameaças irmãs à Constituição.
Cautela
Responsável por abrir processo de impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM), adotou cautela e neutralidade por sua atribuição de analisar denúncias por crime de responsabilidade contra o presidente, ele deixou a fazer qualquer consideração sobre as acusações do ex-ministro Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro . Segundo aliados, Maia não quer adiantar um "juízo de valor" sobre denúncias que podem resultar em um processo de impeachment. Maia considera as circunstâncias "muito graves", mas não quer se expor antes de fazer qualquer avaliação técnica. Afinal cautela e caldo de galinha não fazem mal pra minguem.
Supremo suspende MP
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber suspendeu a Medida Provisória 954/2020, que permitiu o compartilhamento de informações cadastrais de usuários de linhas telefônicas com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na decisão, a ministra atendeu ao pedido liminar de partidos de oposição e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para suspender a medida. As legendas e a OAB alegaram que o repasse das informações viola o direito à privacidade.
“A fim de prevenir danos irreparáveis à intimidade e ao sigilo da vida privada de mais de uma centena de milhão de usuários dos serviços de telefonia fixa e móvel defiro a medida cautelar requerida”, decidiu a ministra.
Pela MP, as empresas de telecomunicações deveriam repassar ao IBGE a relação dos nomes, dos números de telefone e dos endereços de seus consumidores, pessoas físicas ou jurídicas. O sigilo dos dados seriam usados para produção de estatística oficial diante da impossibilidade de pesquisas domiciliares presenciais durante a pandemia do novo coronavírus.
Tocantins confirma sete casos de coronavírus em um dia e total chega a 50
Araguaína confirmou cinco novos casos e Palmas teve duas confirmações. Amostra de paciente do Rio Grande do Sul também teve resultado positivo.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa nesta sexta-feira, 24, que o Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen/TO) realizou 43 exames para Covid-19, com sete amostras positivas para as cidades de Palmas e Araguaína e um caso de residente de outro Estado.
Araguaína confirmou 05 casos positivos (04 pelo Lacen e 01 por teste rápido), Palmas outros 02 casos positivos, totalizando 07 novos casos no Estado hoje.
Outro paciente testado no Lacen é de Novo Hamburgo/RS, 52 anos, caminhoneiro, paciente internado na rede pública de Araguaína. A SES aguarda notificação do município, para direcionar ao seu estado de origem.
Desta forma, o Tocantins agora contabiliza 50 casos confirmados da Covid-19, nas cidades de Palmas (30), Araguaína (14), Cariri do Tocantins (01), Gurupi (01), Dianópolis (01), Paraíso do Tocantins (01), Sítio Novo (01) e Tocantinópolis (01).
Atualmente, o Tocantins apresenta 02 óbitos, 16 pacientes estão recuperados e dispensados do isolamento, 28 pacientes ainda em isolamento domiciliar e 04 pacientes estão internados (03 rede pública e 01 rede privada).
Os dados contidos neste boletim são consolidados com resultados de exames realizados no Lacen e notificações recebidas dos municípios até as 17h.
O Estado possui uma plataforma onde todos podem acompanhar os números de Covid-19 no Tocantins: http://coronavirus.to.gov.br
Os casos registrados este ano são de pessoas que contraíram a doença fora do Tocantins, mas foram diagnosticados aqui
Por Ellayne Czuryto
Dia 25 de abril é lembrado como o dia Mundial da luta contra a malária. A data instituída pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2007 tem a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle efetivo da malária.
No Brasil, 99% dos casos de malária se concentram na Região Amazônica, que em 2019 apresentou uma redução importante de 21%. O Tocantins é um dos estados que compõem a Região Amazônica e tem o perfil de transmissão importada, com a maioria dos casos advindos das demais áreas de transmissão da Região Amazônica e de outros países.
Segundo a enfermeira da área técnica, Denize Khirlley, ao longo dos anos, são visíveis os avanços no combate à malária no Tocantins. "A redução e eliminação dos casos autóctones (aqueles transmitidos localmente) é a principal meta do Programa Estadual de Controle da Malária para este ano", afirmou.
Ela ressalta também as ações de vigilância e controle por meio do Plano de Ação Anual para Eliminação da Malária no Tocantins. "O plano tem como objetivo o fortalecimento do sistema de vigilância, a melhoria do acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequado dos casos, a promoção de ações para reduzir as fontes de infecção para o vetor por meio de vigilância entomológica e manejo integrado de vetores, além da promoção de ações de comunicação, educação em saúde e mobilização social", destacou.
Dados
No período de janeiro a março de 2020, foram registrados cinco casos, todos em pessoas que contraíram a doença fora do Tocantins, mas que foram diagnosticados aqui. Destes, quatro por Plasmodium vivax, e um por Plasmodium falciparum, variações da doença. Os casos foram notificados em Araguaína, Augustinópolis, Esperantina, Palmas e Dianópolis. No mesmo período de 2019, foram registrados três casos importados de malária.
A doença
Segundo o Ministério da saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.
Tratamento
O tratamento da malária é feito por meio de medicamentos antimaláricos disponibilizados gratuitamente em todos os municípios, nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Quando não tratada ou com tratamento inadequado pode evoluir para formas graves da doença, ou mesmo ao óbito.
O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, deve decidir na segunda-feira, 27, o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar as declarações do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro. O pedido de abertura de inquérito atinge não apenas o presidente Jair Bolsonaro, como também o próprio Moro
Com Estadão
O objetivo é apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra. O foco no ex-juiz federal da Lava Jato surpreendeu integrantes do Ministério Público Federal (MPF) ouvidos pelo Estado/Broadcast.
"A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa", escreveu o procurador-geral.
De acordo com o gabinete de Celso de Mello, o processo ainda não chegou fisicamente às mãos do ministro, que deve aproveitar o fim de semana para apreciar o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Figura muito respeitada entre os colegas, o decano se tornou uma das vozes mais contundentes do tribunal contra o comportamento de Bolsonaro. Celso já disse que o presidente "transgride" a separação entre os Poderes, "minimiza" a Constituição e não está "à altura do altíssimo cargo que exerce". O ministro se aposenta em novembro, quando completará 75 anos, abrindo a primeira vaga na Corte para indicação de Bolsonaro.
Saída
Ao anunciar a saída do cargo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. "O presidente me quer fora do cargo", disse Moro, ao deixar claro que o desligamento foi motivado por decisão de Bolsonaro.
Moro falou com a imprensa após Bolsonaro formalizar a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal - o ministro frisou que não assinou a demissão do colega. Segundo Moro, embora o documento de exoneração conste que Valeixo saiu do cargo "a pedido", o diretor-geral não queria deixar o cargo. O próprio Moro, que aparece assinando a exoneração, afirmou que foi pego de surpresa pelo ato e negou que o tenha assinado.
"Fiquei sabendo pelo Diário Oficial, não assinei esse decreto", disse o ministro, que considerou o ato "ofensivo". Na visão dele, a demissão de Valeixo de forma "precipitada" foi uma sinalização de que Bolsonaro queria a sua saída do governo.
"O presidente me disse que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência, seja diretor, superintendente, e realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As investigações têm de ser preservadas. Imagina se na Lava Jato, um ministro ou então a presidente Dilma ou o ex-presidente (Lula) ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações", disse Moro, ao comentar as pressões de Bolsonaro para a troca no comando da PF.
Na avaliação de Moro, a interferência política pode levar a "relações impróprias" entre o diretor da PF e o presidente da República. "Não posso concordar. Não tenho como continuar (no ministério) sem condições de trabalho e sem preservar autonomia da PF. O presidente me quer fora do cargo", acrescentou o ministro.