Romeu Zema destacou ao Jornal Folha de São Paulo que o Tocantins é exemplo para o país
Por Jesuino Santana Jr.
Em Em entrevista publicada pelo o Jornal Folha de São Paulo nesse domingo, 26, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou o Tocantins como um estado exemplo para o país nas ações de combate à Covid-19, causada pelo novo Coronavírus.
“Por que a mídia até hoje não mostrou o Tocantins, que é o melhor estado do Brasil, com um óbito só? Mas vai em Manaus todo dia mostrar a tragédia. Vamos mostrar o ruim, para servir de alerta, e vamos mostrar o bom, para servir de aprendizado”, afirmou o governador mineiro.
Cabe destacar, que o Tocantins possui registrados dois óbitos por Covid-19 e não um como foi citado por Romeu Zema na entrevista. O primeiro caso ocorreu no dia 14 de março, com uma mulher de 47 anos que estava internada em um hospital da rede privada da Capital. Já o segundo caso, foi registrado no último dia 20, com um morador do município de Paraíso que tinha 68 anos e estava internado em Goiânia (GO).
Ainda conforme Romeu Zema, que segundo o jornal é defensor da flexibilização das medidas de isolamento social em seu estado, cada localidade deve adotar medidas diferentes para o combate à Covid-19.
“O país tem situações muito distintas. Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os melhores estados, junto com Minas Gerais. Têm uma situação muito diferente do Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará. Não podemos dar a mesma dose de remédio para doentes em situação totalmente diferente. Você está no último grau de alcoolismo e eu tomei meio copo de cerveja, nossa situação é muito diferente”, comparou.
Situação da Covid-19 no Tocantins
De acordo com informações da área técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Tocantins dispõe de 153 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis para atendimento da população. Além disso, conta também com 157 leitos complementares de UTI que estão contratualizados e disponíveis na rede privada para usuários do Sistema único de Saúde (SUS).
No boletim divulgado nesse domingo, 26, o Tocantins contabiliza 67 casos confirmados da Covid-19, nas cidades de Palmas (33), Araguaína (24), Cariri do Tocantins (1), Couto Magalhães (1), Guaraí (3), Gurupi (1), Dianópolis (1), Paraíso do Tocantins (1), Sítio Novo (1) e Tocantinópolis (1).
Dos 67 casos, dois vieram a óbito, 16 estão recuperados e dispensados do isolamento, 46 ainda em isolamento domiciliar e três pacientes estão internados (um na rede pública e dois na rede privada).
Em um momento em que o Brasil enfrenta uma pandemia de Covid-19, que já matou 4.057 e tem outros 59.324 casos confirmados da doença em todo o país, que causou uma paralisação profunda no comércio e na indústria, redundando em milhares de desempregados e colocando o País à beira de uma grave recessão, o assunto que domina a mídia nacional é a queda do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro que, em seu anúncio de demissão voluntária, caiu atirando contra o presidente da República, abrindo uma crise constitucional sem precedentes na história do Brasil.
Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira
Já vimos um presidente cair por causa de uma Elba, outra por “pedaladas” e um ex ser preso por causa de um apartamento, sendo que, se a Justiça apertasse mais um pouquinho, teríamos mais um, Michel Temer, salvo pela união do Congresso em uma “blindagem mútua”.
Agora, estamos bem próximos de ver mais um presidente cair, desta vez pelas revelações de um dos seus ministros de primeira-hora, homem escolhido para ser o símbolo de um governo que lutaria com unhas e dentes contra a corrupção, mas que sucumbiu ante o despreparo pessoal e familiar (por que não político, já que os “Bolsonaros –mirins” têm cargos eletivos).
TUDO MUDA
Se a bandeira inicial de Bolsonaro era um governo sem corrupção e sem os acordos e negociatas que trocavam cargos por apoio, hoje ele se vê obrigado a buscar entre os parlamentares quem aceita lhe dar apoio em troca de benesses. E, o pior, não escolhe nomes, partidos, muito menos vida pregressa na hora de garantir o apoio, no melhor estilo da “velha política”, que tanto combatia.
Sem Moro Bolsonaro perde a sua “bandeira” de combate à corrupção, os milhões de brasileiros agradecidos pelos resultados da Lava Jato, que repatriaram bilhões de reais aos cofres públicos e que passaram a apoiar Bolsonaro após a entrada de Moro no governo.
Bolsonaro precisava lembrar, antes de tentar humilhar Moro, que ele, Bolsonaro, já fazia parte da velha política e agiu como tal ao substituir o principal homem da Pasta de Moro sem levar em consideração as ponderações do ministro e, segundo juristas, cometeu crime ao incluir a assinatura eletrônica de Sérgio Moro na publicação da exoneração no Diário Oficial da União.
SÉRGIO MORO
Sérgio Moro ganhou enorme notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato que, segundo o Ministério Público Federal, é o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no Brasil, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas, como a Petrobras, a Odebrecht, entre outras.
Em 12 de julho de 2017, condenou o ex-presidente Lula a nove anos e seis meses de prisão, sendo essa a primeira vez na história do Brasil em que se condenou criminalmente um ex-presidente da República, decisão esta mantida em segunda instância.Sua atuação na condução da Lava-Jato rendeu-lhe prêmios e críticas.
Em novembro de 2018, aceitou ser Ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, tendo pedido exoneração do cargo na magistratura. Em 20 de novembro de 2018, foi nomeado Coordenador do Grupo Técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção do Gabinete de Transição Governamental e tomou posse como ministro em 1° de janeiro de 2019. O Ministério da Justiça acumulou responsabilidades do Ministério do Trabalho, que foi extinto no governo Bolsonaro, tais como as competências de concessões de cartas sindicais e fiscalização de condições de trabalho.
Ou seja, Moro era o “justiceiro” de Bolsonaro, o homem que “seguraria a bronca da corrupção” enquanto o Presidente trataria de governar o País. Mas, ao fim, o “casamento” entre Bolsonaro e Moro acabou de forma melancólica, na última sexta-feira (24), quando, em entrevista coletiva, Sérgio Moro anunciou sua demissão e sua saída do governo.
REFLEXOS
A saída de Moro “doeu” muito mais em Bolsonaro que no ex-ministro. Grande parte dos auxiliares militares de Bolsonaro anunciou seu descontentamento com a forma com que o presidente “deixou escapar” e já deixaram claro que devem deixar o governo (nunca houve unanimidade entre os militares sobre a escolha do General Mourão para vice-presidente).
Líderes de vários partidos com quem Bolsonaro vinha tentando conquistar apoio contra o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, já se colocaram em defesa de Moro.
Presidentes da Câmara Rodrigo Maia e do Senado David Alcolumbre
Mas, o pior, é que Moro sempre foi mais popular que Bolsonaro, em todas as pesquisas realizadas e, a ex-líder de Bolsonaro, Joice Hasselmann, líder do PSL, ex-partido do presidente, já lançou a campanha para que Moro se candidate à presidente da República em 2022.
PONTOS A PONDERAR
A questão, agora, é analisar se Moro cometeu algum crime ao “cair atirando” e revelar as tentativas de interferência de Bolsonaro no trabalho da PF.
"Do ponto de vista jurídico e democrático, é preocupante que alguém com conhecimento de fatos graves, só no momento que foi contrariado pessoalmente tenha falado a respeito", diz José Mário Wanderley, doutor em Ciência Política e professor da pós-graduação em Direito da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
Mesmo assim, segundo Wanderley, não é possível afirmar que Moro cometeu crime de prevaricação ao não denunciar as supostas pressões sofridas, isso porque a mera intenção de Bolsonaro interferir na PF não caracterizaria crime - e, em teoria, Moro deixou o cargo assim que soube da troca do comando, ou seja, quando a intenção se materializou.
"Moro sabe que não pode acusar ninguém de crime sem ter provas, então, ele insinuou o suficiente para um julgamento político, para caracterizar infrações que poderiam fortalecer um pedido de impeachment [do presidente Jair Bolsonaro]", avalia Wanderley. Para o professor de direito da FGV-SP Rubens Glezer, também não houve crime por parte de Moro no episódio.
Já a respeito de Bolsonaro, os especialistas são unânimes ao dizer que, se comprovadas as alegações de Moro, o presidente teria cometido os crimes de obstrução de Justiça e de responsabilidade.
Bolsonaro teria cometido ao menos dois crimes, de obstrução de Justiça e de responsabilidade. Este último, vale dizer, a despeito do nome, a rigor, não é crime e se caracteriza mais como uma infração, que pode levar à perda do cargo político.
Para o professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP) Conrado Hübner Mendes, se Bolsonaro realmente trocou o comando da PF no contexto mencionado por Moro, o presidente cometeu crime comum, de obstrução de Justiça, e crime de responsabilidade.
Outra questão apontada pelo ex-juiz foi a publicação da exoneração no Diário Oficial com a sua assinatura como ministro da Justiça, sem que ele tivesse ciente disso. "Não assinei esse decreto", afirmou Moro. Além disso, Bolsonaro postou em rede social uma imagem do decreto em que grifa o trecho "exonerado a pedido", dando a entender que Valeixo pediu para sair e que sua demissão teria sido determinada por Moro, o que foi negado pelo ex-ministro da Justiça.
DESELEGÂNCIA
"O que Moro está fazendo aí já é um discurso de quem, a partir desse momento, entrou na oposição. Uma pessoa não passa tantos anos como juiz federal sem saber da técnica jurídica, sem saber o que está fazendo. Ele sabe muito bem. Ele é um enxadrista", conclui Wanderley, fazendo referência a uma possível disputa entre Moro e Bolsonaro na próxima eleição presidencial, em 2022.
O fato é que Moro não precisava ter mostrado as imagens das conversas que teve por aplicativo para a TV Globo. Foi um ato deselegante e que dá margens à outras interpretações sobre suas intenções.
Cabe a nós, meros mortais, aguardar os rumos que a saída de Sérgio Moro do governo de Jair Bolsonaro tomarão. Se o presidente consegue reverter essa situação ou se o ex-juiz federal será candidato a presidente em 2022.
Que Deus nos abençoe!
Dos 10 testes positivos deste domingo (26), nove foram em moradores do Tocantins e outro em um homem de Pernambuco. Guaraí entrou na lista de cidades com a doença
Com Assessoria
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa neste domingo, 26, que o Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen/TO) realizou 45 exames para Covid-19, com 10 amostras positivas para as cidades de Araguaína, Guaraí e Palmas, além de um caso que será notificado à Pernambuco, de paciente de São Lourenço da Mata, de 67 anos, que está internado no Hospital Regional de Gurupi (HRG).
Na noite do último sábado, 25, faleceu o caminhoneiro Antoninho Muller, de 56 anos, que residia em Dourados (MS). O paciente havia sido admitido no Hospital Regional de Araguaína (HRA) após transferência do Hospital Municipal de Tocantinópolis, com estado clínico gravíssimo. Seu óbito será contabilizado no Mato Grosso do Sul, estado em que residia, conforme recomendações do Ministério da Saúde.
Araguaína confirmou 04 casos positivos, destes, três são do sexo masculino, dois deles de 42 anos e um de 65; o caso do sexo feminino é de paciente de 30 anos. Guaraí apresentou três casos confirmados, dois do sexo masculino, de 74 (que está hospitalizado na rede privada, em Palmas) e 38 anos, além de paciente do sexo feminino, de 43 anos. Palmas tem dois novos casos, ambos do sexo feminino, de 28 e 31 anos.
Desta forma, o Tocantins agora contabiliza 67 casos confirmados da Covid-19, nas cidades de Palmas (33), Araguaína (24), Cariri do Tocantins (01), Couto Magalhães (01), Guaraí (03), Gurupi (01), Dianópolis (01), Paraíso do Tocantins (01), Sítio Novo (01) e Tocantinópolis (01).
Atualmente, o Tocantins apresenta 02 óbitos, 16 pacientes estão recuperados e dispensados do isolamento, 46 pacientes ainda em isolamento domiciliar e 03 pacientes estão internados (01 na rede pública e 02 na rede privada).
Os dados contidos neste boletim são consolidados com resultados de exames realizados no Lacen e notificações recebidas dos municípios até as 17h.
O Estado possui uma plataforma onde todos podem acompanhar os números de Covid-19 no Tocantins: http://coronavirus.to.gov.br
Medicadas com antivirais, antibióticos, cloroquina, antitérmicos ou outros remédios, elas têm em comum o apoio de amigos e parentes
Por Agência O Globo
Enquanto a ciência não chega a um tratamento certeiro ou a uma vacina específica para evitar a Covid-19, profissionais da saúde cuidam dos pacientes com o que a medicina oferece. Não há uma resposta única e tudo depende da evolução da doença em cada um. Dez pessoas de diferentes idades, profissões e bairros do Rio de Janeiro, que foram contaminadas e conseguiram vencer o coronavírus, contaram ao EXTRA como foi o processo de cura. Medicadas com antivirais, antibióticos, cloroquina, antitérmicos ou outros remédios, elas têm em comum, em seus relatos, o destaque para o apoio de amigos e parentes e a dor do isolamento absoluto imposto ao doente.
"Como tratamento, me receitaram azitromicina e ceftriaxona, mas o que mais fez a diferença foi falar com a minha filha e neta por video-chamada, no celular de uma médica", assegura a aposentada Idalzina Santos de Souza, que mesmo com seus 91 anos, conseguiu levar o novo coronavírus a nocaute: "Quero retomar as atividades diárias e voltar a praticar meus exercícios físicos. Sempre fui ativa".
No estado, até este sábado, a Secretaria de Saúde contabilizava 6.828 casos, com 615 mortos. Desse total, 3.144 se recuperaram. Na capital, dos 4.481 infectados, 2.394 já estão curados. Os bairros cariocas com mais pacientes recuperados são Barra (157), Copacabana (129) e Leblon (96).
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, dos 58.509 pacientes diagnosticados (um aumento de 10,4% de sexta para sábado), quase 28 mil já se recuperaram. Até este sábado, no país, 4.016 pessoas haviam morrido pela Covid-19 .
De quinta-feira até sábado, foram notificadas 1.110 mortes no país, mais de um quarto do total registrado, o que mostra uma tendência de aceleração da doença no Brasil.
Bárbara Bittencourt, advogada de 35 anos: “A doença atingiu o sistema neurológico”
A mineira, que mora no Rio há 12 anos, conta que seu caso foi raro, pois o vírus se alojou no cérebro. De 14 até 21 de março, ela teve sintomas brandos da doença, como leve dificuldade de respirar, febre e tosse. No dia 21, foi a um hospital privado e liberada. No dia seguinte, perdeu paladar e olfato, e passou a ter muita dor no corpo e enxaqueca. No dia 29, foi para outra unidade de saúde com febre, mas de novo a mandaram para casa.
"No dia 30, acordei com confusão mental, e meu marido me levou ao hospital. Fui direto para a UTI, ficando inconsciente até dia 2. A doença deu positivo no sistema neurológico . Para melhorar, foi feito tratamento com aciclovir (antiviral)", diz a advogada, que teve alta no dia 6 e, no dia 16, recebeu o resultado do exame apontando que estava curada.
Grata, ela quer ajudar. Por isso, participa de estudo do Hospital Albert Einstein sobre impactos neurológicos da doença.
Idalzina Santos de Souza, aposentada de 91 anos: “O que fez diferença foi falar com filha e neta”
A aposentada baiana de 91 anos teve alta no último dia 16, após 10 dias internada num hospital particular da Barra da Tijuca. Moradora de Botafogo, a idosa conta que, em 28 de março desmaiou em casa e foi levada pela família a um pronto-atendimento em Copacabana, mas no mesmo dia foi liberada. Uma semana depois, passou a sentir cansaço, dificuldade para respirar e enjoo, quando foi levada para o hospital.
"Lá constataram a pneumonia e o novo coronavírus. Como tratamento, me receitaram azitromicina e ceftriaxona, mas o que mais fez a diferença foi falar com a minha filha e neta por videochamada, no celular de uma médica", diz.
Idalzina conta que o momento é de esperança: "Quero retomar as atividades diárias e voltar a praticar meus exercícios físicos. Sempre fui ativa".
Camila Pereira, bióloga de 31 anos: “Com união, podemos vencer essa doença”
A moradora da Barra Camila Pereira admite que subestimou a doença quando, no dia 3 de abril, começaram os primeiros sintomas: indisposição, dor no corpo e febre. A jovem, que tem asma e obesidade, conta que, no domingo de Páscoa, perdeu o olfato e o paladar, além de ter começado a ter náusea e diarreia:
"Pedi o exame para Covid-19 num laboratório particular e deu positivo. Minha experiência com a doença foi complicada, pois tive diversos sintomas, como conjuntivite e urticária. Para melhorar, tomei antibiótico", ressalta.
Da doença, tirou lições: "É um momento para ter atitudes colaborativas e de solidariedade. Não é uma doença simples, mas com união podemos vencê-la", diz.
José Alexandre Araújo, médico urologista de 42 anos: “Agradeço por voltar a abraçar quem eu amo”
Sem histórico de doenças e com rotina diária de exercício físico e alimentação saudável, José Alexandre passou a ter sintomas da doença no dia 18 de março.
"Cinco dias depois, fui acometido por uma falta de ar intensa, mas não fui internado. De forma empírica, tomei azitromicina, cloroquina e dipirona, e 14 dias depois, estava melhor", relata o médico, que passou para olhar para a vida de outra forma. "Fiquei preso no meu quarto, de máscara, sem encostar em minha esposa e meus filhos. O pior da doença é ter a noção da piora, perdi 5kg em menos de uma semana. Hoje agradeço por voltar a abraçar quem eu amo".
"Penso em como a vida é frágil e que precisamos dar valor para quem está do nosso lado".
Rafael Maiolino Bloise, músico de 33 anos: “Eu me sinto ofegante mesmo 43 dias depois”
O morador de Niterói voltou de uma viagem a trabalho para a Bahia no dia 8 de março, e começou sentir sintomas brandos no dia 10. No dia 12, Rafael foi fez o teste para a Covid-19 e, dois dias depois, o resultado veio positivo.
"Antes de apresentar os sintomas, visitei meus pais e avós. O resultado foi que a família inteira pegou, sendo o meu pai o caso mais grave, pois passou três dias no CTI. Para melhorarmos, a recomendação foi o uso de um antigripal e antibiótico".
Rafael alerta para a importância de encarar o vírus com seriedade. "Estou focado na recuperação, pois ainda me sinto ofegante, mesmo 43 dias após o primeiro sintoma. O alívio é que meus familiares estão saudáveis", conta.
José Bernardo Neto, microempresário de 54 anos: “Sem apoio da famílía, a trajetória seria diferente”
Sem doenças pré-existentes, o assessor de imprensa e microempresário José Bernardo Neto passou 20 dias com a doença, oito deles hospitalizado.
"Em menos de dez dias, adquiri pneumonia, os médicos diagnosticaram que 20% dos meus pulmões estavam infectados A sensação de falta de ar era intensa, fui direto para o oxigênio no CTI. Meus sinais vitais estavam baixos, fiquei oito dias internados, três no oxigênio. Para melhorar, foi feito o tratamento com cloroquina, azitromicina e amoxicilina", conta.
Além do tratamento médico, ele diz que o apoio da família foi fundamental. "Sem o apoio da minha família, essa trajetória seria diferente".
Ana Giulia Ricciardi, estudante de 18 anos: “Precisei de ajuda de amigos e familiares”
A moradora do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, começou a sentir os primeiros sintomas da Covid-19 no dia que as universidades decidiram suspender as aulas, em 13 de março.
"Eu passei o vírus para minha mãe, que tem 50 anos. Eu nunca a vi tão doente, foi bem difícil vê-la no CTI, incomunicável. Fiquei sozinha em casa, precisei de ajuda dos meus amigos e familiares para conseguir receber comida e apoio, pois eu não podia sair de casa",
lembra.
A mãe ficou em estado mais grave e passou por tratamento à base de antibiótico, mas Ana não foi hospitalizada. "Por recomendação de um médico, tomei pastilha de garganta e analgésico", diz.
Mônica Henriques França, médica intensivista de 46 anos: “É uma sensação de renascimento”
Médica intensivista, a moradora da Vila da Penha se emociona ao lembrar do processo de cura. Conta que no dia 27 março saiu do trabalho para tomar vacina da gripe com a sua filha. Dois dias depois, ao acordar, sentiu uma severa dor no corpo. Até que surgiram novos sintomas, como febre e fadiga:
"Fiz o exame para Covid-19 , cujo resultado positivo saiu uma semana depois. Em isolamento, fiquei muito sintomática. E me afastei do trabalho do dia 29 até o dia 12 de abril. Tomei dipirona e azitromicina".
Para ela, vencer a doença foi como ganhar na loteria. "Meu maior medo era infectar minha mãe, que é idosa e tabagista, e minha filha, que tem 14 anos. Vencer essa guerra é uma sensação de renascimento. Falo que ganhei na loteria da vida. O que mexeu mais comigo era não tocar nelas".
Jhordana Ventura, atriz de 31 anos: “Agradeci pelas pequenas coisas”
A goiana moradora do Flamengo conta que o primeiro sintoma foi uma forte dor de cabeça que durou dois dias. Logo, começou a sentir a falta de ar e perdeu olfato e paladar.
"Só liguei o alerta quando senti muita falta de ar e cansaço. Busquei atendimento no Hospital Miguel Couto e fui orientada a ficar em isolamento, tomar paracetamol e fazer nebulização, além de vitaminas para melhorar a imunidade".
A atriz conta que o apoio da família e dos amigos, por vídeo-chamada, foi o diferencial. "Cheguei a pensar que não fosse mais encontrar minha família e amigos presencialmente, mas por vídeo eles me acalmaram e deram força. Me emocionei muito quando melhorei, agradeci pelas pequenas coisas, como sentir o cheiro do xampu e o gosto da comida".
Gabriela de Saboya, jornalista de 40 anos: “Dormi por quase 23 horas seguidas”
Moradora de Ipanema, Gabriela conta que no começo, parecia estar apenas com uma gripe. Os primeiros sintomas vieram no dia 23 de março. No entanto, quando chegou ao um estado febril constante de 38 graus, começou a se preocupar.
"Busquei atendimento em um hospital e, quando fiz o teste, a ficha caiu. Fiquei com muita falta de ar, cansaço, dormi por quase 23 horas seguidas. Para melhorar, tomei remédios para febre e dor", conta.
Gabriela conta que mudou alguns comportamentos depois de ter a Covid-19 . "Estou cuidando mais da minha alimentação, faço exercícios pulmonares diariamente para recuperar a minha capacidade aeróbica", diz.
Fechando o cerco
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Polícia Federal considera que Jair Bolsonaro tinha ciência de que investigação havia chegado a em seu filho. Pois a PF identifica que Carlos Bolsonaro como um dos articuladores de esquema das fake News. Jair Bolsonaro tentou influenciar na demissão de homem de confiança de Sérgio Moro, que investiga Carlos Bolsonaro. As informações são do jornalista Leandro Colon. No mesmo dia O paralelo 13 publicou que o ministro do STF e relator do inquérito, Alexandre de Moraes, solicitou que a PF mantenha os delegados que já estão encarregados das investigações no caso. No Twitter, Carlos Bolsonaro se defendeu das acusações, afirmando manipulação por parte da grande mídia. Segundo o vereador, há incoerência na cronologia dos fatos.
Os bandidos
Foi o que disse o ex-presidente Lula sobre Moro X Bolsonaro: 'Os dois são bandidos', em comentário feito em sua conta no Twitter, Lula também atacou a Rede Globo. Se referindo ao embate entre Bolsonaro e Sergio Moro, Lula diz que de Moro é cria do Bolsonaro, mas sim o oposto. Nessa disputa toda, os dois são bandidos. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, escreveu o ex-presidente. Como é muito mais fácil acusar que defender, como é mais fácil causar um ferimento que curá-lo, o ex-presidente não esquece as humilhações por que passou por ser sido acuda pelo Ministério Publico em 10 crimes de corrupção e 44 de lavagem de dinheiro foi preso e condenado. Lembrado que ainda tem outras ações, uma começa a ser julgada amanhã.
A coalizão
O presidente Jair Bolsonaro vem tentando criar uma base aliada consolidada no Congresso. Um dos grandes obstáculos, desde o início do mandato. O discurso que rendeu muitos votos de a Nova Política está caindo por terra. O presidente Jair Bolsonaro busca apoio do chamado centrão do Congresso em um dos momentos mais críticos de seu governo. Sua equipe tem oferecido cargos de segundo escalão em troca de apoio de partidos tradicionalmente associados ao fisiologismo. Muita gente ficou sem entender quando o presidente Jair Bolsonaro gritou “não vamos negociar nada”, durante a manifestação a que se juntou no domingo 19 em frente do quartel-general do Exército, em Brasília.
A rendição
O governo do presidente Jair Bolsonaro se rendeu a Velha Politica. Bolsonaro entrega Banco do Nordeste ao PL, de Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, dias depois de se aliar a Roberto Jefferson, (PBT), essas negociações com essa turma do Centrão vêm irritando antigos aliados de Bolsonaro. Segundo reportagens de bastidores, foram oferecidos a parlamentares do Centrão cargos no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), na Funasa (Fundação Nacional de Saúde), no Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), no Banco do Nordeste (diretorias) e na Secretaria de Vigilância em Saúde. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, foram colocados à disposição dos partidos um total de 77 cargos em troca de apoio ao Planalto. Mas bem como disse Napoleão Bonaparte, um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa, É melhor ter um inimigo reconhecido do que um aliado forçado.
Recordar é viver
Diferentemente de do ex-presidente Lula que, para a Procuradoria Geral da República, o petista "foi o maior responsável pela consolidação, desenvolvimento e operação do grande esquema de corrupção" ele permitiu desvio de bilhões para PT, PP e PMDB, PL, PTB isso somente no esquema de propinas pagas pela empreiteira Odebrecht esquema liderado pelo ex-presidente chegaram a R$ 75 milhões. O ex-presidente também dava e oferecia cargos em troca de votos das bancadas. Lula era melhor para os partidos porque os ministérios eram dos partidos. O PTB ficava com o ministério do Trabalho, o PMDB com a Previdência Social, O PL com Ministério dos transportes.. assim por diante..essa pratica foi quebrada e agora ficou poucos lugares.
Lula e PF
Lula trocou diretor da PF para ter acesso a operações, mas não foi acusado de ‘interferência’, Em 2007, a reportagem que trata de sua interferência na Polícia Federal como um ato administrativo banal. A gravidade apontada pelo ex-ministro Sérgio Moro e políticos de oposição às supostas tentativas de “interferência” do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal não ganhou essa interpretação quando o então presidente Lula, em 2007, trocou os diretores da PF alegando que precisava ter “mais informações sobre as grandes operações da Polícia Federal”. A ex-presidente Dilma Rousseff também foi acusada de tentar interferir nas ações da PF, mas nem ela e nem o antecessor foram acusados de “crime de responsabilidade”. Essa matéria e do jornalista Claudio Humberto
Justiça e Justiça
Ao arrepio da Constituição e de órgãos de justiça, prefeitos e governadores vem usando a recomendação de isolamento social para outras finalidades, exemplos gritantes de abuso de autoridade com prisões, como um borracheiro jogado derrubado e algemados, mulheres presas... mas a governador do Piauí, Wellington Dias (PT) é estarrecedora ele autoriza servidores a esvaziar casas e desapropriar imóveis.
O mesmo artigo diz que as autoridades também poderão “usar de propriedade particular, em caso de iminente perigo público, assegurado ao proprietário indenização ulterior. Isso é, lá não existe o direito a propriedade... Mais à frente, outra norma absurda: as propriedades particulares localizadas em “áreas de risco” serão trocadas por outras situadas em “áreas seguras”. Pior: na desapropriação, o governo estadual levará em conta a “depreciação e desvalorização” da edificação no local inseguro no momento de pagar pela propriedade. Já que temos que recorrer, Alô, Supremo Tribunal Federal, onde está você? A justiça pode irritar-se porque é precária. A verdade não se impacienta, porque é eterna. Boa semana