Comando é responsável pela coordenação e controle das ações de segurança pública de 47 municípios
Por Jarbas Coutinho
Com o objetivo de proporcionar maior agilidade e resposta à comunidade no aspecto de segurança pública, o governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, acompanhado do comandante-geral da Polícia Militar inaugurou na tarde desta quarta-feira, 5, a sede do Comando Regional de Policiamento (CRP-1), localizada na Rua L-13, n° 84, Setor Interlagos. As novas unidades fazem parte da política estratégica do Governo do Tocantins para fortalecer a segurança pública, garantindo recursos e estruturas adequadas para a atuação da Polícia Militar do Tocantins.
A unidade é responsável pelo comando, planejamento, supervisão, bem como pela coordenação e controle das ações de segurança pública de 47 municípios, que envolvem uma população em torno de 363.122 habitantes. Estão subordinados ao CRP-1, o 3º °, 5°, 7° e 8° Batalhões da Polícia Militar, além da 4ª e 6ª Companhia Independente de Polícia Militar.
Ao falar sobre a entrega da sede da primeira região do Comando Regional de Policiamento, o governador Wanderlei Barbosa destacou Paraíso como uma cidade polo e a importância do fortalecimento da segurança pública na região do vale do Araguaia. “Esta inauguração aqui representa um marco na segurança pública do nosso Estado e para Paraíso do Tocantins, que constitui um polo regional. Com a nova sede do CRP-1, estamos investindo na proteção e no bem-estar dos cidadãos. Nossa gestão prioriza a segurança e tem investido nesse setor, pois queremos uma presença policial mais efetiva e estruturada para garantir a paz e a ordem”, pontuou o Governador.
O vice-governador Laurez Moreira destacou o compromisso do governador Wanderlei Barbosa com a segurança do Estado. "A inauguração do Comando Regional de Policiamento de Paraíso é uma prova do esforço constante do nosso Governador em fortalecer e organizar as forças de segurança. Este novo posto representa um avanço significativo para a nossa segurança pública, e temos a plena confiança de que irá contribuir para a proteção e bem-estar dos cidadãos tocantinenses, bem como criar um ambiente seguro e acolhedor que atraia investidores e empresas para o nosso Estado, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região", afirmou.
O comandante do CRP-1, coronel Sólis Araújo de Souza, disse que a descentralização permite aproximação com o interior do Estado
O comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins, coronel Mário Borbosa, explicou que os comandos regionais constituem uma estratégia adotada por determinação do governador Wanderlei Barbosa de regionalizar a PM em três grandes regiões. O Comando Regional do Sul com sede em Gurupi, o comando regional do norte, em Araguaína, e o comando regional central com sede em Paraíso do Tocantins. "Essa regionalização facilita as nossas estratégias operacionais. A nossa dinâmica, Governador, tem sido apresentar resultados, diminuir os índices de criminalidade, aumentar a sensação de segurança e fazer uma Polícia Militar cada vez mais forte, bem equipada", explicou o comandante.
O comandante do CRP-1, coronel Sólis Araújo de Souza ressaltou a importante da decisão do Comando da Polícia Militar em implantar os comandos regionais, o que segundo disse, vai dinamizar as ações da Polícia e permitir uma resposta ágil e eficaz às demandas da população.
“A nova sede representa um reforço na nossa capacidade de resposta e na atuação em prol da segurança da comunidade, daí a importância dessa decisão de criar os comandos regionais. O trabalho que a gente vai realizar aqui vai dinamizar, descentralizar o comando central, vai trazer o CRP para mais próximo do interior, o que representa um passo importante para a qualidade da administração da Polícia Militar, com uma resposta mais rápida às demandas da comunidade no que diz respeito à segurança pública", frisou ele ao explicar que cabe ao Grande Comando fazer articulação entre as unidades comandadas no sentido de apoio logístico e estrutura operacional, para poder combater da melhor forma as ocorrências que eventualmente surgem.
Kits
Após o descerramento da placa inaugural, o Governador procedeu a entrega de seis novos kits operacionais do dispositivo elétricos spark Z 2.0 incapacitante ao comandante-geral da PM, Márcio Barbosa, e ao comandante do CRP-1, coronel Sólis Araújo. A Spark Z 2.0 é uma arma de menor potencial ofensivo que emite pulsos elétricos à distância que atuam sobre o sistema neuromuscular do indivíduo, permitindo a imobilização pelo policial.
Além da cúpula da Polícia Militar, o evento contou contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, deputados Amélio Cayres, prefeitos da região e outras autoridades.
Da Assessoria
Teve início nesta quarta-feira, 05, mais uma etapa do projeto Minicidadão, iniciativa do Ministério Público do Tocantins (MPTO) que busca facilitar a emissão de documentos de identificação para crianças de 0 a 12 anos de idade e agir de forma preventiva no combate ao desaparecimento de crianças no Estado.
Nesta fase da ação, que segue até quinta-feira, 06, 158 alunos da Escola Municipal de Tempo Integral Daniel Batista realizaram o cadastro para receber a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), tanto a versão impressa quanto a digital, que centraliza todos os documentos em um único número de CPF, substituindo assim o Registro Geral (RG), o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e outros.
O projeto tem o objetivo de atender crianças de 0 a 12 anos de idade matriculados em creches e escolas de ensino fundamental da Capital, a fim de combater e prevenir o desaparecimento infantil por meio do registro biométrico. São muitos os motivos do desaparecimento infantil, desde o tráfico de crianças, venda de órgãos, exploração sexual, adoções irregulares, até o trabalho escravo.
Iniciativa
O Minicidadão foi lançado em agosto de 2023 e já atendeu mais de 500 estudantes de 0 a 12 anos de idade matriculados em creches e escolas de ensino fundamental da Capital.
Integrantes do MST atacaram a sede do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro com tinta vermelha, lama e ovos
Por Heitor Mazzoco
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vandalizou a sede do PL, em São Paulo, no final da manhã desta quarta-feira, 5. Eles utilizaram tinta vermelha, lama e ovos para atacar a sede do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado. Procurada, a direção do PL ainda havia não se manifestado até a publicação deste texto. O partido, no entanto, registrou um boletim de ocorrência.
De acordo com informações obtidas pelo Estadão, ao menos 30 pessoas desceram de uma van e começaram o ato de vandalismo. Segundo o próprio MST em seu site oficial, a ação "teve o objetivo de denunciar a atuação do partido e de outras siglas da direita na aprovação do 'Pacote da Destruição', conjunto de leis que buscam flexibilizar a legislação ambiental".
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A Polícia Militar (PM) foi acionada para evitar confrontos e normalizar a situação. Com registro de ocorrência, a Polícia Civil deve abrir um inquérito para investigar o caso. O primeiro passo será identificar os militantes envolvidos. De acordo com testemunhas, os integrantes do MST que participaram do ataque estavam com os rostos cobertos.
Ainda não há estimativa de prejuízo. A arcabouço que o MST chama de"Pacote da Destruição" é composta por 25 projetos de lei e três Propostas de Emenda à Constituição (PECs). De acordo com o grupo, muitos deputados que defendem as propostas fazem parte de legendas conservadoras, como o PL, "que ainda mantém em sua agenda uma atuação em função da destruição ambiental", citaram. Até o momento, não há informação de presos no ato.
Assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten se manifestou nas redes sociais, chamando a ação de "ato contra a democracia". "É inadmissível e inaceitável o ataque que sofreu a sede do Partido Liberal em São Paulo. É um ato contra a democracia, é um ato contra a ordem democrática do Brasil. Faz-se, de forma enérgica, investigar e punir os responsáveis", criticou o advogado.
Quem acompanha as notícias sabe que vem rolando, há algum tempo, uma discussão sobre taxar compras internacionais de até US$ 50. A ação ficou conhecida como "taxação das blusinhas" e, certamente, gerou diversas dúvidas em muita gente
Por Douglas Vieira
A chamada "taxação das blusinhas" faz parte do Projeto de Lei (PL) 914/24. Tal PL tratava originalmente do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Ele estava direcionado ao desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos menos poluentes para o meio ambiente.
Porém, a taxação das compras internacionais entrou na pauta desta PL a pedido do deputado Átila Lira (PP-PI), que é o relator da matéria. Nesta semana, a história ganhou um novo capítulo: a remoção deste trecho do texto original.
A mudança na matéria foi feita pelo relator do projeto no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL). Ele manteve a sua decisão de retirar a cobrança deste tributo, algo que será analisado pelos parlamentares nesta quarta-feira (5).
Vale lembrar que, em 28 de maio, a taxação das blusinhas havia sido aprovada pela Câmara. A votação original deveria ter acontecido no dia 29 do mês passado, mas foi adiada para ontem (4) e novamente postergada até que todos entrem em um acordo.
"Acho mais pertinente [adiar], até para que o senador tenha mais tempo. Para mim, tem muito ruído de comunicação. Para votar essa matéria agora, tem muita confusão. Eu prefiro trabalhar até amanhã para construir um procedimento sobre a votação dessa matéria", comentou Jaques Wagner, líder do governo no Senado.
"Podemos votar a matéria como está apresentada e ela voltará para a Câmara. Ou seja, nós em vez de agilizarmos algo que considero importante, estaríamos postergando", continuou Wagner.
O que muda com a 'Taxação das Blusinhas' e por quê esse apelido?
Partindo do pressuposto de que os parlamentares optem por manter o texto dentro da PL, compras internacionais de até US$ 50 terão cobrança do Imposto de Importação (II), resultando em uma alíquota de 20%.
É exatamente por isso que a medida acabou ganhando o apelido de "taxação das blusinhas", tendo em vista que as compras mais afetadas seriam as feitas em plataformas como Shopee, AliExpress e Shein.
Por serem grandes marketplaces, muitas pessoas acabam buscando essas opções para comprar roupas - ou, 'blusinhas' - pagando um preço mais em conta. Logo, a aprovação dessa PL afetaria muitas das transações feitas nestas plataformas.
A decisão anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht, que havia sido condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em 2016
POR MARCELO ROCHA
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recorreu nesta terça-feira (4) da decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o executivo Marcelo Odebrecht.
O pedido de Gonet é para que o magistrado reconsidere o que decidiu na semana passada e, caso isso não ocorra, que remeta o recurso para análise do plenário da corte.
No documento, o chefe do MPF (Ministério Público Federal) afirmou que, se atos processuais da Lava Jato sofrem de impropriedades, como alega a defesa de Marcelo Odebrecht, o empresário "não logrou demonstrá-las, não as referindo nem documentando".
"Portanto, se houve algum defeito nesses processos decorrentes da legítima colaboração premiada, semelhante arguição carece da cumprida demonstração fática", disse Gonet.
Em sua decisão, Toffoli ainda contemplou atos contra o executivo que se encontram na fase pré-processual e determinou "o trancamento das persecuções penais instauradas em desfavor do requerente no que atine à mencionada operação". O ministro do Supremo, porém, manteve a delação do ex-presidente da empreiteira.
Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão pelo então juiz Sergio Moro em 2016. Fez acordo de delação que reduziu a pena para dez anos. Em 2022, o STF reduziu o período para sete anos, agora já cumpridos.
A decisão de Toffoli atende a um pedido da defesa de Marcelo Odebrecht, que argumentava que seu caso era parecido com os de outros réus da Lava Jato que tiveram processos anulados por irregularidades nas investigações.
No ano passado, Toffoli decidiu que as provas oriundas dos acordos de leniência da Odebrecht, no âmbito da Lava Jato, são imprestáveis em qualquer âmbito ou grau de jurisdição.