Centralização da frota vai otimizar e modernizar a gestão, além de gerar economia aos cofres públicos estaduais
Por Wanderson Gonçalves
O Governo do Tocantins, deu o primeiro passo para a centralização da gestão de frota, um novo modelo que vai otimizar o uso de veículos oficiais gerando eficiência e economia. Na última sexta-feira, 23, a Secretaria de Estado da Administração (Secad) publicou, no Diário Oficial, o contrato com a empresa Ticket Soluções que estabelece o funcionamento.
O conceito do novo modelo é centralizar, em um único local, a gestão de todos os veículos que atendem aos órgãos públicos. O funcionamento foi inspirado em centrais de frota de empresas públicas e privadas. Para isso, foi contratada uma empresa terceirizada, especializada na gestão de frota, para atender à demanda de deslocamentos urbanos e de viagens intermunicipais de 36 órgãos estaduais, durante o prazo de 12 meses.
A Secad, por meio da Superintendência de Administração e Finanças, desenvolveu um estudo, analisando modelos utilizados em outros locais. Com base nestas experiências de terceirização e centralização de frotas, os técnicos da secretaria verificaram a eficiência e a economia do sistema para adoção no Estado.
“Foi realizado todo um estudo para observar os gastos do Estado com a manutenção e o abastecimento da frota. A partir disso, a Secad construiu uma proposta de mudança no foco de algumas áreas específicas da gestão destes serviços, criando este novo modelo”, ressaltou o superintendente de Administração e Finanças, Cleomar Arruda.
Gestão
De acordo com a Superintendência de Administração e Finanças, outra novidade é que a gestão da frota estadual passa a ser centralizada na Secad, a qual vai gerenciar, em conjunto com os demais órgãos, tanto o fluxo de abastecimento (por meio do cartão), quanto à manutenção dos veículos oficiais.
Segundo o superintendente, Cleomar Arruda, o Estado necessitava de um modelo de gestão integrado, que controlasse todo o processo de abastecimento, compreendesse e atendesse às necessidades de administração de toda a frota. “O principal ganho será na economia no combustível, além da segurança e qualidade do sistema integrado, que vai gerar dados atualizados permitindo analisar o desempenho de toda a frota do Estado”, enfatizou.
Pelo modelo atual, cada órgão possui seus carros, faz a manutenção e abastece na Garagem Central. Com a contratação, a empresa é responsável por todos os custos para o funcionamento da frota, manutenção, abastecimento, equipe de operação, instalações físicas, entre outros.
Vale destacar, que na transição, serão encerrados contratos de locação, manutenção e abastecimento, além de desativar o posto de combustível da Garagem Central.
Para o secretário da Administração, Bruno Barreto, o novo modelo de gestão representa uma evolução em comparação ao modelo anterior, pois oferece um controle mais efetivo devido ao uso de tecnologia de ponta, pois o controle dos abastecimentos é automatizado e possui abrangência superior, compreendendo toda a rede de veículos do Estado.
“Esta é mais uma ação do governador Mauro Carlesse, com foco na qualidade do gasto público. Teremos um serviço de transporte mais eficiente, com níveis de segurança e qualidade adequados e custos mais baixos”, afirma o secretário da Administração, Bruno Barreto.
Estudo, que ainda não foi revisado, apontou ainda que uma terceira dose apresenta um importante efeito de reforço
Com Veja e Reuters
Os anticorpos gerados pela CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, caem para um patamar inferior a uma marca importante seis meses após a aplicação de uma segunda dose na maioria das pessoas, embora uma terceira dose possa ter um importante efeito de reforço, de acordo com um estudo realizado em laboratório.
Pesquisadores chineses relataram as descobertas obtidas em um estudo de amostras de sangue coletadas de adultos saudáveis de entre 18 e 59 anos em uma publicação no domingo ainda não revisada por outros cientistas.
Para os participantes que receberam duas doses, com intervalo de duas ou quatro semanas entre elas, somente 16,9% e 35,2% respectivamente ainda tinham um nível de anticorpos neutralizantes acima da marca considerada importante seis meses após a segunda dose, de acordo com a publicação.
Essas leituras se basearam em dados de dois grupos envolvendo mais de 50 participantes cada, enquanto o teste aplicou uma terceira dose em 540 participantes no total.
Quando participantes de alguns grupos receberam uma terceira dose cerca de seis meses após a segunda, os níveis de anticorpos neutralizantes depois de um período adicional de 28 dias cresceram em entre 3 e 5 vezes na comparação com os patamares vistos quatro semanas após a segunda dose, mostrou o estudo.
O estudo foi realizado por pesquisadores da autoridade de controle de doenças da província de Jiangsu, da Sinovac e de outras instituições.
Os pesquisadores alertaram que o estudo não testou o efeito dos anticorpos sobre variantes mais transmissíveis e que mais pesquisa é necessária para determinar a duração dos anticorpos após a terceira dose.
(Reportagem de Roxanne Liu e Ryan Woo - Reuters)
Em editorial o jornal O Estado de São Paulo fala dos devaneios do ex-presidente Lula e sua paixão pelo regime ditatorial de Cuba e de sua negação das péssimas condições que vivem os cubanos
De Notas & Informações de O Estado de São Paulo
A popularidade digital do ex-presidente Lula da Silva caiu de 43,18 pontos para 27,48 entre os dias 12 e 14 de julho, conforme levantamento da consultoria Quaest, publicado recentemente pelo Estado. O motivo de queda tão abrupta foi a defesa que Lula da Silva fez do regime cubano, que reprimiu duramente manifestantes em Cuba no dia 12.
Enquanto o mundo civilizado se chocava com a brutalidade das forças de segurança de Cuba contra cidadãos que ousaram protestar contra a falta de vacinas contra a covid-19 e contra a escassez crônica de alimentos na ilha, o chefão petista caprichou: disse que a manifestação de cubanos havia sido uma mera “passeata” e teve a audácia de negar a violência que todo mundo testemunhou. Para completar, o PT soltou um “comunicado de apoio ao povo e ao governo de Cuba”, como se fosse possível apoiar, ao mesmo tempo, quem apanha e quem bate.
A queda da popularidade digital de Lula da Silva é uma boa medida do limite de tolerância à desfaçatez lulopetista. Lula aparece à frente nas pesquisas de intenção de voto menos por seus méritos, e mais porque o presidente Jair Bolsonaro faz um governo tão ruim que, para parte do eleitorado, a mera perspectiva de sua reeleição tornou a volta do petista ao poder uma possibilidade aceitável, se o demiurgo de Garanhuns for o único candidato capaz de derrotar o bolsonarismo. Mas a indecência de Lula ao apoiar um governo que reprime selvagemente o próprio povo certamente serviu para abalar as eventuais ilusões de muitos eleitores ingênuos a respeito do petista.
Lula não é um democrata, e seu apoio ao regime castrista, bem como ao governo tirano da Venezuela, é prova eloquente disso. Seus fanáticos seguidores dizem, cinicamente, que Lula jamais atentou contra a democracia, mas a vocação autoritária do PT e de seu líder é incontestável – atestada pelo aparelhamento petista da máquina do Estado, pela desbragada corrupção e pelo estímulo ao conflito entre “nós” e “eles”, elementos que, somados, arruínam a democracia.
A Cuba castrista não inspira Lula da Silva por causa do socialismo. Como se sabe, o ditador Fidel Castro alinhou-se à União Soviética só depois da Revolução, e isso porque Moscou prometeu lhe dar generosa mesada, comprar açúcar cubano e armar a ilha contra os Estados Unidos, e não porque estivesse interessado no comunismo. Este era somente um pretexto retórico para implantar, primeiro, sua ditadura pessoal, depois, um regime familiar e, agora, um clã totalitário.
Do mesmo modo, o discurso socialista, na boca de Lula, é apenas um embuste para enganar universitários e artistas. Ao mesmo tempo que evocava o socialismo como meta e ambição, o PT de Lula, ao longo de sua história, expurgou sem dó as seitas trotskistas e marxistas-leninistas que lá se haviam acomodado, restando somente os oportunistas que orbitam o guia genial. Pai do sindicalismo de resultados, Lula no poder se tornaria a mãe do capitalismo de compadrio, enquanto entretinha os grêmios estudantis com seu falatório antiamericano e encantava os pobres com ilusionismo demagógico.
Enquanto Lula abraçava gostosamente o caquético castrismo, decerto com inveja da longevidade de uma ditadura que alguns bobos veem como farol da democracia, o Partido Socialista do Chile disse em comunicado que “é dever do governo e das autoridades cubanas ouvir as demandas” do povo cubano. Isso mostra que nem toda a esquerda compartilha do cinismo lulopetista.
Isso já havia ficado claro quando artistas de incontestáveis credenciais esquerdistas, como o escritor português José Saramago e a cantora argentina Mercedes Sosa, consideraram intolerável a repressão da ditadura cubana. Em 2003, depois de mais um fuzilamento de dissidentes, Saramago declarou que a Cuba de Fidel “perdeu a minha confiança, danificou as minhas esperanças, defraudou as minhas ilusões”, e Mercedes Sosa afinal se rendeu: “Creio que já é tempo de não aceitarmos tudo”.
Lula poderia ter a grandeza de pelo menos parar de elogiar a terrível ditadura cubana. Ao não fazê-lo, autoriza a suposição de que, no fundo, quer mesmo é encarnar Fidel e governar até a morte – e além.
O único crime recebido pela PF das superintendências foi um caso de estelionato no Espírito Santo
Da CNN, em São Paulo
A Polícia Federal (PF) ainda não recebeu denúncias sobre fraudes em urnas eletrônicas das superintendências regionais. A informação é do jornal O Estado de São Paulo e foi confirmada pela CNN com fontes da PF.
De acordo com a analista da CNN Renata Agostini, a PF fez o pedido de todas as investigações realizadas desde 1996, quando os aparelhos começaram a ser usados, para atender uma solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O único crime identificado até o momento foi um caso de estelionato no Espírito Santo.
Apesar de boa parte da busca ter sido feita, ainda não foi finalizada, visto que alguns casos precisam ser pesquisados manualmente.
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido um dos principais críticos das urnas eletrônicas, que, sem apresentar provas, diz que são alvos de fraudes. Dessa forma, o voto impresso passou a ser uma das bandeiras do líder do Executivo.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias, não são obrigados a aceitar e têm cinco dias para dar resposta
Com Estadão Conteúdo
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiu nesta segunda-feira, em primeira instância, destituir toda a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que, nos termos da decisão, foi eleita segundo regras irregularmente alteradas. A Justiça determinou que a assembleia realizada em março de 2017 para alterar as normas da eleição perca seus efeitos e uma nova reunião seja realizada, no prazo de um mês, para debater e estipular essas regras.
Uma vez decididas as normas, nova eleição para a direção da entidade deve ser realizada no prazo de mais um mês. Os presidentes do Flamengo, Luiz Rodolfo Landim Machado, e da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações judiciais, convocando o Colégio Eleitoral. Até que a nova diretoria eleita assuma, os atuais diretores da CBF devem permanecer nos cargos. A entidade já informou que vai recorrer.
Na eleição regida pelas regras alteradas na assembleia anulada, elegeu-se presidente da CBF Rogério Caboclo, que foi afastado do cargo em 6 de julho, após ser acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade. Atualmente a CBF é dirigida interinamente por Antonio Carlos Nunes, que era o vice-presidente mais velho (a entidade tem vários).
A decisão foi tomada pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), em ação civil pública ajuizada em 2017 pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Rio de Janeiro. O argumento do MP-RJ foi de que a CBF desrespeitou a Lei Pelé ao realizar assembleia deliberativa para reforma do Estatuto, em 23 de março de 2017, sem respeitar a convocação obrigatória dos representantes dos clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de futebol.
Durante essa assembleia, o peso dos votos dados pelas Federações e pelos clubes nas eleições foi alterado. Foram incluídos os clubes de segunda divisão, cujos votos ganharam peso 1, foi reduzido o peso dos votos dos clubes da primeira divisão (passaram a ter peso 2) e o voto de cada Federação passou de peso 1 para peso 3. Com isso, tornou-se impossível que a soma dos votos dos clubes das duas divisões, com os devidos pesos, alcançasse a maioria, em uma eleição para presidente da entidade. A escolha passou a depender dos votos das Federações.
A CBF argumentou que a Lei Pelé autoriza a adoção de pesos diversos para os votos, mas a Justiça considerou que os clubes da primeira divisão não foram convocados para a assembleia nem cientificados do que seria objeto de debate, além de não ter sido respeitada a composição mínima do colégio eleitoral. Por isso, a assembleia foi viciada, segundo a decisão desta segunda-feira, que tornou nulas as alterações das regras eleitorais ocorridas na reunião.
Uma nova assembleia deverá ser realizada no prazo de 30 dias, para a discussão das regras, e para ela devem ser convocadas as 27 Federações e os clubes membros do Colégio Eleitoral (apenas os da primeira divisão, nos termos do Estatuto de 2015, que estava em vigor à época, eis que a inclusão dos clubes de segunda divisão se deu justamente na assembleia considerada irregular).
Depois de discutidas as mudanças no sistema eleitoral (como os pesos, as exigências para candidaturas e a inclusão dos times de segunda divisão no Colégio Eleitoral), em até 30 dias deve ser realizada uma nova eleição para os cargos de presidente, vice-presidentes e/ou diretores da CBF. Os presidentes do Flamengo e da FPF foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações, convocando o Colégio Eleitoral, e ficarão proibidos de concorrer na eleição. Eles têm cinco dias para informarem se aceitam ou não a função.
Apesar de ter decidido pela destituição da direção eleita no pleito de 2017, a Justiça determinou que os atuais dirigentes sejam mantidos em seus cargos até que se consagrem os novos eleitos, evitando-se vacância, descontinuidade e problemas administrativos para entidade.
O MP-RJ informou que nesta terça-feira vai requerer à Justiça o esclarecimento da sentença, para que seja imediatamente cumprida a destituição de todos os eleitos segundo as regras alteradas na assembleia anulada. Também vai solicitar que seja dado aos interventores o poder de demitir qualquer empregado da entidade que tenha, de qualquer forma, impedido o desenvolvimento da sua obrigação.
CBF - Em nota, a CBF informou que ainda não foi intimada nem tem conhecimento integral da sentença, mas anunciou que vai recorrer. "Ao longo de mais de quatro anos, a Justiça não enxergou urgência para examinar o pedido de anulação das referidas assembleias. Decidiu, inclusive, manter a realização da eleição da entidade em 2018, não tendo o MP-RJ recorrido daquela decisão. Agora, por conta de um suposto - mas inexistente - 'fato novo', o juiz entendeu de imprimir urgência para julgamento da ação, sem aguardar prévia manifestação do Superior Tribunal de Justiça acerca da competência para julgar o feito e mesmo sem ouvir a CBF", afirmou a entidade.
"Em prévio recurso, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro reconheceu que a discussão em questão não envolve a aplicação do Estatuto do Torcedor nem qualquer outro direito coletivo que justificasse a intervenção do Ministério Público na deliberação da associação privada", seguiu a CBF. "Para além de questionar a legitimidade do Ministério Público para ingressar com ação civil pública sob o falso pretexto de proteção dos torcedores, a CBF comprovou, no curso da ação, que as referidas assembleias foram realizadas respeitando integralmente a Constituição Federal, a legislação em vigor e o Estatuto Social da entidade, contando com a participação efetiva de Federações e clubes, que, instados pelo Ministério Público a se manifestarem nos autos da ação civil pública, não se opuseram às alterações", continua a nota da entidade.
"A CBF recorrerá da decisão, por sua clara afronta à Constituição Federal que, em seu artigo 217, confere autonomia de organização e funcionamento às entidades desportivas. A sentença também viola diversos dispositivos legais, dentre eles o art. 22 da Lei Pelé, que estabelece diretrizes acerca dos processos eleitorais das entidades esportivas, assim como o art. 90 da mesma lei, que proíbe dirigentes de clubes de exercerem cargo ou função em federações ou confederações", conclui a CBF.
Interventores. A Federação Paulista de Futebol divulgou nota em que informa que Bastos e Landim vão analisar a situação. "Os presidentes da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e do Flamengo, Rodolfo Landim, informam que analisarão em conjunto com federações, clubes e advogados a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que os nomeia interventores da CBF. Tão logo tomem uma decisão, (...) se manifestarão publicamente".