Conforme a pandemia foi avançando, o tempo em que 100 mil mortes eram alcançadas diminuiu por conta do aumento exponencial no contágio da população
Por Felipe Freitas
500 mil mortes. O número que o Brasil alcançou por conta da pandemia de Covid-19 parece já não causar tanto impacto quanto antes. Afinal, não faz muito tempo que o país lamentava as 400 mil mortes e, pouco tempo antes, 300 mil.
O tempo entre um marco e outro da doença parece estar cada vez menor. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, o número de mortes sempre alto está diretamente relacionado aos intervalos tão curtos entre as 100 mil mortes.
“À medida que a pandemia avançava, você ia acumulando os mesmos 100 mil casos em intervalos menores (...) nós estamos com registros de casos ainda superiores ao da primeira onda, então os números estão muito altos e, provavelmente, vamos acumular mais 100 mil se não baixarmos essa curva”, avalia Kfouri.
“O que nós temos que fazer nós já sabemos: vacinar o mais rápido possível um número maior de pessoas, com coberturas vacinais adequadas com as duas doses. E para aqueles que ainda não se vacinaram, o distanciamento, o uso de máscaras (...) isso tem sido a vacina para boa parte da população brasileira”, acrescenta.
Linha do tempo
A primeira morte por Covid-19 no Brasil, segundo levantamento da universidade americana Johns Hopkins, foi registrada no dia 25 de fevereiro de 2020. 143 dias depois, o país já registraria a marca das primeiras 100 mil mortes, no dia 8 de agosto.
O primeiro 100 mil: Cem mil vítimas da Covid-19: um milhão de brasileiros enfrentam o luto
O ano de 2021 mal tinha começado e a notícia foi divulgada: Brasil chega a 200 mil mortes por Covid-19. Os números foram alcançados no dia 7 de janeiro de 2021, ou seja, cerca de 5 meses após os 100 mil.
Após a marca de 200 mil, o país começou a experienciar um tempo menor para atingir 100 mil mortes. Foi assim que, no dia 24 de março de 2021, o Brasil chegou ao número de 300 mil mortes. Ou seja, menos de 3 meses depois (76 dias), o país pulou de 200 para 300.
E a situação ficou ainda mais rápida, quando no dia 29 de abril, pouco mais de um mês depois (36 dias), as 400 mil mortes chegaram.
Por fim, o Brasil bateu a marca de 500 mil com a última atualização. Apenas 51 dias separaram o número de 400 de 500. A diminuição do tempo entre um marco e outro se deu, principalmente, pelo aumento na média diária de óbitos.
Entrega de kits de alimentação, assinatura de contratos de concessão de crédito e implantação de núcleos do Instituto de Identificação também fazem parte da agenda
Por Vania Machado
Assinatura de ordem de serviço para obras de reconstrução de pavimentos urbanos e para retomada das obras do Hospital Regional de Augustinópolis, além de entrega de 1.750 cestas básicas a famílias em vulnerabilidade social e de 7.797 kits de alimentação para alunos da rede pública estadual. Essas são algumas das ações que compõem a agenda do governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, durante visita aos municípios da região do Bico do Papagaio, nestas segunda e terça-feira, 21 e 22.
“O sentimento que move esta gestão é melhorar a vida povo, gerando emprego e renda em todos os municípios. Vamos começar pelo Bico do Papagaio, retomando obras e iniciando outras nesses municípios, e ainda assinar contratos de empréstimos para darmos início à retomada da economia. Além disso, vamos levar alimento a quem tanto precisa nesse momento difícil que estamos passando. É importante que o povo saiba que o Estado não parou um minuto nessa pandemia e não tem medido esforços para realizar as ações que o Tocantins tanto precisa”, ressalta o Governador.
Infraestrutura
Na área de infraestrutura, o governador Mauro Carlesse assinará a Autorização de Serviço para início imediato das obras de reconstrução de pavimentação em perímetros urbanos de quatro municípios: Augustinópolis, Araguatins, Axixá do Tocantins e Ananás. A assinatura será na segunda-feira, às 11h10, em Augustinópolis.
As obras serão executadas pela Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto). As rodovias que terão seus perímetros urbanos reconstruídos e revitalizados são TO-010 em Araguatins, TO-201 em Augustinópolis, TO-201 em Axixá do Tocantins e ainda na TO-201 o trecho que passa por Ananás.
O Governador também dará ordem de serviço para a realização do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e elaboração do projeto básico e executivo para a implantação da pavimentação asfáltica da Rodovia TO-134, trecho entre Axixá e Jatobal. A assinatura está prevista para acontecer na terça-feira, 22, às 17 horas, no assentamento Santa Luzia, em Axixá.
O trecho tem 27 km e irá tirar do isolamento a população da localidade. Além disso, as obras irão facilitar o escoamento da produção local. A previsão é de que sejam investidos aproximadamente R$ 32 milhões.
Saúde
Ainda na segunda-feira, 21, às 17 horas, o governador Mauro Carlesse visita o campus da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e assina a ordem de serviço para retomada imediata das obras do Hospital Regional de Augustinópolis, que é referência para 23 cidades da região do Bico do Papagaio, atendendo aproximadamente 203 mil habitantes.
A unidade que já recebeu obras de reforma em toda a estrutura e construção de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para Covid-19, agora contará com a ampliação da Maternidade e Centro de Parto Normal (CPN).
Atualmente o hospital conta com 109 leitos, incluindo os 10 de UTI. Com a maternidade, a Unidade passará a ter mais 46 leitos, sendo 20 de Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINa), 10 de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), seis no Centro Cirúrgico Obstétrico (salas de pré-parto, recuperação pós-anestésica e salas de partos); além de mais 10 leitos no Pronto Socorro, sendo oito de observação e dois de estabilização.
Cestas básicas
Um total de 1.750 cestas básicas serão entregues em cinco municípios da região do Bico do Papagaio, entre os dias 21 e 23 (segunda à quarta-feira), atendendo os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de Axixá, de Araguatins, de Augustinópolis, de Tocantinópolis e de São Miguel, sendo 350 cestas para cada uma das unidades. Os alimentos irão atender famílias vulneráveis e trabalhadores afetados pela pandemia.
O governador Mauro Carlesse acompanhará as entregas no Cras de Augustinópolis, que será na segunda-feira, 21, às 14h30; no Cras de Araguatins, na terça-feira, 22, às 10 horas; e no Cras de Axixá, também na terça-feira, só que às 16 horas.
Kits de alimentação escolar
Já os kits alimentação escolar serão entregues no Colégio Estadual Manoel Vicente, em Augustinópolis, na segunda-feira, às 14 horas; na Escola Estadual Aldinar Gonçalves, em Araguatins, na terça-feira, às 9h30; e no Colégio Estadual Marechal Ribas Júnior, em Axixá do Tocantins, também na terça-feira, às 11 horas.
Ao todo serão entregues 7.797 kits de alimentação escolar para alunos matriculados na rede estadual nesses municípios.
Acesso ao crédito
Durante a visita do Governador aos municípios de Axixá do Tocantins, Augustinópolis e Araguatins, a Agência de Fomento estará presente para realizar a assinatura de contratos aprovados anteriormente pelo programa “Fomento Presente!”. Na oportunidade haverá atendimento aos empreendedores locais.
Em Augustinópolis, a assinatura será na segunda-feira, 21, às 15h15, na Câmara Municipal da Cidade. Em Araguatins, será na terça-feira, 22, 10h30, na Câmara Municipal. Em Axixá do Tocantins às 14h30, na sede da Prefeitura.
Instituto de Identificação
E seguindo a determinação do governador Mauro Carlesse de descentralizar os serviços ofertados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/TO), serão assinados os Termos de Cooperação Técnica para implantação dos Núcleos do Instituto de Identificação, órgão vinculado à Superintendência de Polícia Científica da SSP/TO.
Na segunda-feira, às 15h15, na Câmara Municipal de Augustinópolis, serão assinados os Termos com os municípios de Cachoeirinha, Carrasco Bonito, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Maurilândia, Praia Norte, Sampaio, São Bento do Tocantins, São Miguel do Tocantins e Sítio Novo.
Já na terça-feira, às 14h30, será assinado o Termo Cooperação Técnica com o município de Axixá do Tocantins, na sede da prefeitura.
Nessa situação, o risco de infecção é elevado, com muitas internações e óbitos
Por Joselita Matos 1.532
Os dados do novo boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trazem um alerta para o país: quase todos os estados brasileiros estão com níveis de transmissão de Covid-19 extremamente altos, um sinal de que a pandemia continua numa situação crítica no Brasil. A análise foi feita no período de 6 a 12 de junho.
Os números da segunda semana de junho indicam que a taxa de transmissão da pandemia segue em um nível preocupante em todas as regiões do Brasil. Segundo o boletim, 23 estados e o Distrito Federal têm pelo menos uma região com transmissão comunitária extremamente alta.
No Tocantins, segundo aponta o boletim da Fiocruz, a região norte do estado tem o nível de transmissão 'extremamente alta'. Já no restante do estado a tramissão é classificada como 'muito alta'.
TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA
O que a Fiocruz chama de transmissão comunitária é quando não é possível identificar a origem do contágio. Com o vírus circulando intensamente na região, muitos casos são registrados ao mesmo tempo. Nessa situação, o risco de infecção é elevado, com muitas internações e óbitos.
Segundo o epidemiologista da USP Paulo Lotufo, até que pelo menos 75% da população sejam vacinados, só há um caminho: distanciamento social, uso de máscara e todos os cuidados já informados pelos órgãos de saúde, mas que devem ser cumpridos à risca, principalmente pelos mais jovens.
DADOS DO TOCANTINS
Nesta sexta-feira (19), o Tocantins contabilizou 981 novos casos confirmados da covid-19 e 11 mortes por complicações da doença. Desse modo, o estado acumula 191.469 casos confirmados. Destes, 172.276 pacientes estão recuperados e 16.121 em isolamento domiciliar ou hospitalar. Infelizmente, 3.072 tocantinenses perderam a vida na luta contra a doença.
Da região norte do estado, Araguaína é o município que registra o maior número de casos da doença, até o último boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira: 32.873 casos. Logo em seguida, vem Colinas com 7.362. Seguem os municípios de Araguatins, Xambioá, Tocantinópolis, Augustinópolis, Nova Olinda, Axixá.
CIDADES MAIS AFETADAS NA REGIÃO NORTE
Araguaína 32.873 casos e 435 óbitos
Colinas do Tocantins 7.362 casos e 114 óbitos
Araguatins 2.311 casos e 57 óbitos
Xambioá 2.221 casos e 29 óbitos
Tocantinópolis 2.044 casos e 42 óbitos
Augustinópolis 1.457 casos e 27 óbitos
Nova Olinda 1.025 casos e 39 óbitos
Axixá do Tocantins 1.019 casos e 17 óbitos
Goiatins - 1.001 casos e 10 óbitos
Buriti do Tocantins - 877 casos e 16 óbitos
Wanderlândia - 869 casos e 15 óbitos
São Bento do Tocantins - 795 casos e 8 óbitos
Babaçulândia - 779 casos e 5 óbitos
Santa Fé do Araguaia - 750
Doença avança nos estado e a quantidade de infecções diárias também preocupa: aproxima-se de 100 mil
Por Renato Souza
Dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) apontam que o Brasil registrou 2.495 mortes por covid-19 e 98.832 casos nesta sexta-feira (18/6). Os dados apontam a severidade com que a doença atinge todos os estados do país. O número elevado de contaminados tem potencial para pressionar ainda mais o sistema de saúde dos estados e levar hospitais ao colapso.
Ao todo, desde o começo da pandemia, o país tem acumuladas 498.499 mortes, aproximando-se da marca de meio milhão de vidas perdidas pela doença. Especialistas defendem que uma terceira onda já está em andamento, pois existe tendência de alta em diversas regiões, que, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, deve ser agravada com a chegada do inverno.
Neste fim de semana, de acordo com a regularidade dos dados das últimas semanas, o país deve se tornar a segunda nação a chegar a 500 mil mortes pela doença, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que concentra 600 mil óbitos. No entanto, no país da América do Norte, a vacinação está acelerada, e já chega a 50% da população com as duas doses aplicadas.
No Brasil, a vacinação segue lenta, com a imunização de apenas 10% da população de 211 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde prevê que até o fim do ano toda a população adulta esteja protegida contra o vírus. O governo norte-americano alerta para o surgimento de novas variantes, que pode ser imunes as vacinas.
Ex-presidente considera um avanço a formação de uma candidatura que se distinga da polarização entre Bolsonaro e Lula. E afirma que o atual titular do Planalto perde a oportunidade de centralizar a cooperação dos Poderes no combate à pandemia
Por Ana Dubeux / Denise Rothenburg
Os últimos três posts no Twitter do ex-presidente da República Michel Temer são de condolências. Pelas mortes do ex-vice-presidente Marco Maciel; do servidor aposentado da Câmara dos Deputados Mozart Vianna; e do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas. O quinto post mais recente, lá de março, é uma esquiva: “Recebi a notícia de que amigos lançaram a minha candidatura. Fico lisonjeado, porque é um reconhecimento ao meu governo. Mas a única candidatura a que me disponho é a tomar a 2ª dose da vacina. Nada mais!”.
Ao Correio, Temer garante não ter mudado de ideia. “Não está nos meus planos. Já passei pela Presidência da República”, diz, taxativo. Aposta numa terceira via – “acho útil que surja como homenagem ao próprio eleitor, que terá opção entre as várias correntes que se apresentarem”, mas diz que o MDB só tomará decisões sobre candidaturas no ano que vem.
O ex-presidente defende um sistema de semipresidencialismo para o Brasil, que, segundo ele, reduziria a instabilidade política. “O impeachment cria traumas institucionais. Nossa Constituição não tem 33 anos, e dois impedimentos já se verificaram. Não há presidente que não tenha sido objeto de pedidos de impedimentos. E será assim sempre, gerando impasses institucionais”, lamenta o ex-presidente da República, também respeitado como constitucionalista.
Apontado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha de ter “liderado” o processo de impeachment de Dilma Rousseff, Temer responde com poucas palavras: “O impedimento derivou do povo nas ruas. Cumpriu-se a Constituição Federal, simplesmente”.
Em relação à pandemia, Temer evita críticas, mas reconhece que o presidente da República poderia ter centralizado toda a atividade de combate à pandemia, chamando governadores, chefes dos Poderes e até a oposição para trabalharem juntos. “O vírus não escolhe integrante de uma ou outra agremiação partidária. Atinge a todos”, diz.
O senhor já foi citado como possível candidato a presidente da República. Pensa em concorrer em 2022?
Não está nos meus planos. Já passei pela Presidência da República.
O senhor conversou com Rodrigo Pacheco há alguns dias. Considera que ele tem atributos para representar a terceira via?
Não tenho dúvida de seus atributos. É preciso que ele se articule com todos os candidatáveis à chamada terceira via.
Acredita que surgirá uma terceira via, ou a polarização PT versus Bolsonaro já está posta?
Acho útil que surja como homenagem ao próprio eleitor, que terá opção entre as várias correntes que se apresentarem.
Esta semana, o senhor disse que pensou em apresentar um projeto que estabeleceria o semipresidencialismo e que isso não evoluiu. Por que não evoluiu?
Exerci uma espécie de semipresidencialismo quando ocupei a Presidência da República, chamando o Congresso Nacional para governar comigo. Deu resultado. Tanto que pude levar adiante reformas constitucionais há muito pensadas e jamais efetivadas. Foi também o que permitiu a recuperação do PIB e das estatais, com a consequente redução da inflação e dos juros.
O semipresidencialismo no Brasil diminuiria a instabilidade política?
Sem dúvida alguma. O impeachment cria traumas institucionais. Nossa Constituição não tem 33 anos, e dois impedimentos já se verificaram. Não há presidente que não tenha sido objeto de pedidos de impedimentos. E será assim sempre, gerando impasses institucionais. No semipresidencialismo, o presidente da República é eleito e terá poderes significativos, mas partilhará o governo com o primeiro ministro, por ele nomeado, que terá sede no Parlamento. Para formar o governo, portanto, para ter governo, é preciso maioria parlamentar. Se perder a maioria, cai o governo com muita naturalidade, sem traumas de natureza institucional. Além do que, haverá, conceitualmente, dois partidos: o da situação, que permitiu a formação do gabinete; e a oposição, que se antagoniza com o governo. Ademais, o Legislativo passa a ser também executor, o que lhe dará maior responsabilidade pela governabilidade.
Sistema de governo com a chefia da administração pública partilhada entre o presidente e um primeiro-ministro reduziria discussões sobre impeachment e poderia diminuir o número de partidos políticos? Seria o ideal para o momento?
Certamente, sim.
Vê alguma ameaça às instituições ou à democracia como fruto da polarização?
Não vejo. As instituições estão solidificadas, e o povo não admite a destruição da democracia.
O MDB nunca se uniu em torno de uma campanha presidencial. Por que seria diferente agora?
O MDB nada decidiu até o presente momento. Vamos esperar o ano próximo, que é o adequado para decisões dessa natureza.
Analisando o período em que exerceu a Presidência, o que o senhor faria diferente, além da recepção a Joesley Batista no Alvorada?
O que posso dizer é que aquele gesto impediu que eu completasse as reformas, já que a tributária e administrativa estavam formatadas, e a da Previdência pronta para ir ao plenário. Aquele fato só fez atrasar a reforma da Previdência por dois anos, mas foi fruto do nosso governo, apesar de terem tentado impedi-la.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha escreveu em livro que o senhor liderou o processo de impeachment de Dilma Rousseff três meses antes de ir a plenário. Como vê os relatos dele?
O impedimento derivou do povo nas ruas.
Arrepende-se do impeachment da presidente Dilma?
Cumpriu-se a Constituição Federal, simplesmente.
O senhor administrou a Câmara por três vezes. Como avalia a presidência de Arthur Lira?
Acho que o Congresso Nacional tem tido muito protagonismo, e nesse contexto entra a presidência do deputado Arthur Lira.
Como a pandemia pode reforçar os valores humanistas da sociedade? Que ensinamento este momento nos deixa?
Tristemente, em razão dos óbitos, mas registro que a pandemia reforçou os laços de solidariedade humana.
Como vê a perda de tantos brasileiros pela covid? Os governos deveriam ter sido mais céleres nas decisões? A importância da união em torno de um projeto suprapartidário para mitigar os efeitos da pandemia nos próximos anos é possível?
Acho que cada um cumpriu o seu papel. Mas, para o meu paladar político, o presidente da República poderia ter centralizado toda atividade de combate à pandemia, chamando governadores, chefes dos Poderes e até a oposição para trabalharem juntos. Até a esta última, se poderia argumentar que o vírus não escolhe integrante de uma ou outra agremiação partidária. Atinge a todos.