Depósitos na conta da empresa de Ricardo Nunes (MDB), sua mulher e de seus filhos gerou alerta de órgãos de controle

 

Por Bruno Ribeiro

 

O novo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é investigado pela Polícia Civil por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro desviado da Prefeitura no período em que foi vereador. Os investigadores apuram detalhes sobre depósitos na conta da empresa do emedebista, de sua mulher e de seus filhos, após alerta de órgãos de controle.

 

As evidências foram levantadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que também mapeou movimentações financeiras suspeitas de entidades comandadas por ex-funcionários do prefeito. Elas gerenciavam creches da cidade, mas parte dos recursos recebidos da Prefeitura foi parar em contas de seus próprios gestores, depois de passar por contas de empresas que, para a polícia, são de fachada.

 

Um dos pontos da investigação são dois depósitos em dinheiro, que totalizam R$ 150 mil, feitos na conta de uma dedetizadora registrada em nome do prefeito e seus familiares. O Coaf emite alertas para transação em espécie em valores elevados para prevenir lavagem de dinheiro. Os investigadores apuram as circunstâncias dos depósitos atípicos.

 

Questionado pelo Estadão, Nunes afirmou, por meio de nota, que "não há depósitos sem origem" na conta de sua empresa, mas não informou quem fez os pagamentos que levaram o Coaf a emitir o alerta.

O Ministério Público já se manifestou favoravelmente à continuidade do inquérito, que está em segredo de Justiça e teve início em dezembro de 2020. A apuração é uma nova frente de investigação contra o prefeito, que já foi alvo de um processo na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo por suspeitas com a "Máfia das Creches". Esta primeira apuração, de cunho civil, não encontrou indícios contra ele.

 

Ricardo Nunes comanda a Prefeitura desde o início do mês, quando o prefeito Bruno Covas (PSDB) se afastou para se tratar de um câncer. Ele assumiu o cargo em definitivo na semana passada, após a morte de Bruno. Antes de ser eleito vice, ele foi vereador da cidade por dois mandatos (entre 2012 e 2020). A investigação está relacionada aos seus dois últimos anos na Câmara Municipal.

 

Esquema

 

No esquema investigado pela polícia, a organização social Associação de Moradores Jacinto Paz, que recebe dinheiro da Prefeitura para administrar creches na zona sul de São Paulo, fez pagamentos a duas empresas: uma construtora, WMR, e uma distribuidora de material escolar, Águia. Os repasses somam R$ 1,5 milhão. O montante chamou a atenção do Coaf porque ambas são registradas como empresas de pequeno porte.

 

Entre 2019 e 2020, período da investigação, a associação Jacinto Paz recebeu R$ 20,6 milhões da Prefeitura para atender cinco creches em Santo Amaro, reduto eleitoral do prefeito. A entidade é presidida pelo casal Andrea Miranda e Gilson dos Santos. Ela trabalhou na campanha que reelegeu Nunes na Câmara Municipal, em 2016. O Estadão identificou que Andrea consta na prestação de contas entregue pelo prefeito à Justiça Eleitoral. Os pagamentos foram registrados como "despesas com pessoal".

Os repasses da associação comandada por Andrea e o marido às duas empresas foram feitos sem licitação, uma vez que entidades dessa natureza são dispensadas da obrigação de fazer processos licitatórios.

 

O Coaf, no entanto, apontou que tanto a WMR quanto a Águia também fizeram transferências consideradas suspeitas em suas contas. Além de saques em espécie e compensações de cheques, que dificultam o rastreamento do dinheiro, o órgão de controle identificou uma série de pagamentos para a conta de uma outra empresa de Gilson dos Santos (o administrador da associação Jacinto Paz e marido de Andréa), que depois foram parar na conta pessoal dele.

A investigação da Polícia Civil sobre lavagem de dinheiro desviado de creches de São Paulo envolve também a Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria), outra entidade contratada pela Secretaria Municipal de Educação da capital ligada ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).

 

O Coaf identificou que as empresas WMR e Águia, suspeitas de simular transações comerciais para limpar dinheiro ilícito, fizeram 29 repasses para a entidade, que somam R$ 974 mil, entre dezembro de 2018 e setembro de 2020.

 

Chamou a atenção dos investigadores que apenas um desses pagamentos somou R$ 122 mil. A investigação apura as razões dessas transferências, uma vez que a entidade, sem fins lucrativos, não presta serviços senão a gestão de creches para a Prefeitura de São Paulo, segundo informações de seu próprio site.

 

A presidente da Acria, Elaine Targino, também trabalhou com o prefeito. Ela foi funcionária de uma das empresas de Nunes entre 2005 e 2008 e, desde que ele virou vereador, passou a pedir votos para Nunes nas redes sociais, além de manter fotos no Facebook com ele, a quem chama de "chefe". Nas eleições passadas, ela também fez campanha para o candidato a vereador que era apoiado por Nunes, Marcelo Messias (MDB), que foi eleito.

 

Como o Estadão revelou em outubro, antes da eleição, a Acria contratou a empresa da família do prefeito, a dedetizadora Nikkey, por R$ 50 mil ao longo de 2019. Esses repasses não estão na relação de transações sob investigação.

 

O prefeito disse à época que a empresa de sua família foi contratada para oferecer o serviço de dedetização às creches administradas pela associação, e que cobrou valores abaixo do preço de mercado porque conhecia o trabalho da entidade.

 

A reportagem procurou a Acria, a Jacinto Paz, a WMR e a Distribuidora Águia, além de seus representantes, em 14 telefones diferentes, ao longo das duas últimas semanas. Nenhum deles foi localizado para comentar o inquérito.

 

A 1.ª Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Lavagem de Dinheiro, que cuida do caso, e a Promotoria de Crimes Tributários, Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro, que estão encarregadas do caso, informaram à reportagem que a investigação está sob sigilo e não fizeram comentários.

 

A Prefeitura de São Paulo negou que haja uma investigação policial contra o prefeito Ricardo Nunes e informou, por nota, que o prefeito não tem relações nem proximidade com as pessoas citadas no inquérito por lavagem de dinheiro do qual ele é alvo. A nota afirma que a Prefeitura "repudia veementemente as reiteradas tentativas de colocar em dúvida a reputação do prefeito".

O inquérito está sob sigilo e, segundo o Estadão apurou, a defesa do prefeito ainda não foi procurada para prestar esclarecimentos à polícia. De acordo com a nota, enviada pela Secretaria Especial de Comunicação, Nunes "está à disposição das autoridades competentes para prestar eventuais esclarecimentos, como já o fez em outras apurações já encerradas por não comprovarem irregularidades". "O prefeito sempre se pautou pela lisura e legalidade em suas atividades privadas e na sua vida pública."

 

Na nota, Nunes negou que Andrea Miranda tenha prestado serviços a ele. "Nunca foi funcionária", diz. Segundo o próprio prefeito declarou na prestação de contas da campanha de 2016, quando disputou a reeleição como vereador, porém, pagamentos a Andrea foram registrados como "despesa com pessoal".

 

Sobre Elaine Targino, o prefeito admitiu que ela trabalhou em sua empresa e informou que ela "faz serviço social na região sul", mas afirmou que "não há proximidade" com a ex-funcionária nem com os demais citados.

 

Diante do questionamento sobre os alertas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras a respeito de depósitos em espécie na conta da empresa, o prefeito informou que "não há depósito sem origem" nas contas, sem mais comentários sobre as transações financeiras. A Prefeitura informou ainda que a entidade Associação Moradores Jacinto Paz, apontada como origem da série de transferências sob investigação, "foi descredenciada e teve os contratos com a Prefeitura cancelados em 14 de janeiro de 2021". A nota não esclarece o motivo do descredenciamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 

Posted On Segunda, 24 Mai 2021 17:03 Escrito por

Com seus 32 anos de criação, a Capital de todos os tocantinenses será decisiva para a vitória do candidato a ser eleito em outubro de 2022 para o governo do Estado

 

Por Edson Rodrigues

 

Com um número de eleitores se aproximando dos 200 mil, Palmas, que já era o maior colégio eleitoral do Tocantins se consolida como o “objeto de desejo” de todos os que irão disputar um cargo eletivo.

 

Além de guardar o maior número de eleitores, Palmas também serve de “espelho” para os demais municípios, pois cria tendências com os resultados das pesquisas eleitorais. Ou seja, quem está na frente em Palmas tende a ser visto, no interior, como o caminho a ser seguido, aumentando exponencialmente as chances de eleição, principalmente para os cargos federais e de governo.

 

CARLESSE MOSTRA SABEDORIA

 

Enquanto isso, o governador Mauro Carlesse, mais uma vez, mostra sabedoria política ao firmar um pacto com a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, para trabalhar em conjunto em obras e ações administrativas para beneficiar a população da Capital.

 

A prefeita Cinthia Riberio e o governador Mauro Carlesse

 

Essa união foi um passo muito bem dado e muito inteligente por parte, também, de Cinthia Ribeiro, que “calçou as sandálias da humildade” e mostrou estar amadurecendo politicamente de forma rápida e concreta, iniciando a construção de um caminho para uma vida pública sólida e duradoura.

 

Já Mauro Carlesse acelera as concessões de promoções aos militares, mantém a convivência harmônica com os demais Poderes, o repasse dos recursos constitucionais e acaba de anunciar o pagamento integral das emendas impositivas dos 24 deputados estaduais.

 

Isso vai proporcionar o anúncio de um pacote de obras a ser feito nos próximos dias, que irão se juntar à construção do Hospital Regional de Araguaína e da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional e ao início da duplicação do trecho da TO-050 que liga Palmas a Porto Nacional e da TO-080, que liga Palmas a Paraíso.

 

Os recursos para a duplicação das rodovias foram garantidos pela Assembleia Legislativa, cujo presidente, deputado Toinho Andrade, vem realizando uma ótima gestão, com harmonia e entendimento na busca pelo melhor para o povo tocantinense.

 

PLATAFORMA

 

Ao mesmo tempo em que entrega essas obras e mantém o relacionamento harmônico entre os Poderes, o governador Mauro Carlesse constrói a plataforma política necessária para sustentar sua candidatura ao Senado em 2022.

Ex-governador Marcelo Miranda 

 

Carlesse sai na frente em um momento em que a oposição ainda não tomou forma nem formou uma chapa de candidatos.  A única coisa certa é a candidatura à reeleição da senadora Kátia abreu e, possivelmente, a candidatura do ex-governador Marcelo Miranda ou governo ou ao Senado.

 

Ainda não está descartada, também, a candidatura ao governo do senador Irajá Abreu, que nos últimos dias tem se movimentado para a formação de uma chapa com vinte candidatos a deputado estadual, com potencial individual entre três e oito mil votos, para criar o ambiente para a eleição, de pelo menos, três deles.  Irajá também prepara uma chapa de 15 candidatos a deputado federal com potencial pessoal entre oito a quinze mil votos, para conseguir a eleição de, pelo menos, um deles. A decisão final sobre a candidatura ou não de Irajá ao governo deve acontecer até o fim deste ano.

Ex-prefeitos Ronaldo Dimas e Carlos Amastha 

 

Já o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, talvez o pré-candidato ao governo com as intenções políticas mais claras entre todos, apesar de não falar sobre o assunto, se aproxima do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, com quem tomou um café da manhã, acompanhado de auxiliares e correligionários, na última sexta-feira, em Araguaína. A possibilidade é de Amastha aparecer como candidato a vice-governador ou a deputado federal.

 

Por fim, de tudo o que falamos aqui, a única coisa certa e concreta é a candidatura de Mauro Carlesse ao Senado. O resto ainda não passa de movimentações e acomodações de forças no cálculo de possibilidades e probabilidades, logo, são apenas articulações e especulações.

 

Posted On Segunda, 24 Mai 2021 13:51 Escrito por

TIROTEIO ENTRE RONIVON E VICENTINHO JR.

O deputado federal Vicentinho Jr. fez uma grave acusação contra o prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, acerca de uma dispensa de licitação e da presença de “funcionários fantasmas” na folha salarial da prefeitura, por conta da não inclusão de nomes ligados ao parlamentar na secretaria municipal de Turismo.

 

Membros do governo de Ronivon confirmaram ao Paralelo 13 que os dois nomes indicados por Vicentinho Jr. têm problemas com a Justiça por práticas não republicanas a resolver com as Justiças Estadual e Federal e que um terceiro nome não teria sido aprovado por Vicentinho Jr.

 

Criado o imbróglio, os dois partiram para o confronto nas redes sociais, com vídeos postados e acusações espalhadas ao vento.

 

Coisas que só o tempo mostrará quem está com a verdade...

 

 

AÍLTON ARAÚJO VAI PARA ESTADUAL

O ex-prefeito de Santa Rosa, Aílton Araújo, está se preparando para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.  Para isso, vem percorrendo os municípios das regiões Central e Sudeste do Tocantins, buscando entender as necessidades dos cidadãos e consolidar uma base política que propicie condições de competitividade.

 

Aílton fez questão de não “terceirizar” essa fase da pré-campanha, fazendo questão de estar presente em todas as reuniões, em todos os municípios.

 

Vale ressaltar que Aílton conseguiu eleger seu sucessor em Santa Rosa, assim como a maioria dos vereadores na Câmara Municipal, deixando a prefeitura com dinheiro em caixa e todos os compromissos com fornecedores e ´prestadores de serviço em dia, assim como a folha de pagamento dos servidores municipais.

 

Além disso tudo, Aílton deixou todas as obrigações sociais recolhidas e com quase 90% de aprovação popular.

 

Ou seja, é um sério concorrente a ser considerado por todos nessa corrida sucessória em 2022.

 

 

IRAJÁ ARTICULA CHAPA DOS PROPORCIONAIS

O senador Irajá Abreu está articulando a formação de uma chapa de candidatos a deputado com cerca de 20 nomes com potencial de votos.

 

O objetivo é conseguir de três a oito mil votos.  O objetivo, segundo um dos participantes da chapa, é eleger, pelo menos, três deputados estaduais.

 

A segunda etapa será formar a chapa de candidatos a deputado federal, com a missão de ter pelo menos um deles na Câmara Federal a partir de 2023.

 

Já a terceira etapa será a chapa majoritária, cujas conversações e articulações já estão ocorrendo nos bastidores, sempre de forma reservada e levando em consideração que o PSD já tem sua candidata à reeleição ao Senado, a mãe do senador e atual senadora, Kátia Abreu.

 

 

CARLOS BRAGA PÕE A MÃO NA MASSA

Na última quinta-feira, durante as comemorações do 32º aniversário de Palmas, o secretário de Desenvolvimento Urbano de Palmas, Carlos Braga, foi flagrado com a mão na massa, pegando, literalmente, no pesado, durante a distribuição de mais de mil cestas básicas nos distritos da Capital.

 

A ação ocorreu em parceria com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Ação Social, e reuniu a prefeita Cinthia Ribeiro, o vice-governador Wanderlei Barbosa e diversos secretários dos dois governos.

 

BENEFÍCIOS PARA PORTO NACIONAL

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Porto Nacional, Wilson Neves, vem aplaudindo as iniciativas do governo de Mauro Carlesse em construir a nova ponte sobre o Rio Tocantins e a duplicação da rodovia que liga o município à Capital, Palmas.

 

Segundo Neves, o agronegócio e os comerciantes de Palmas só têm a agradecer essas iniciativas do governo do Estado, na pessoa de Muro Carlesse.

 

Para Wilson Neves, Porto Nacional, por toda a sua história e participação no desenvolvimento do Tocantins, merece a atenção dedicada pelo governo do Estado, transformada em obras, e que as ações nada mais são que o “resgate de uma dívida do Estado para com o povo portuense”.

 

 

RICARDO AYRES FORA DO PSB

O deputado estadual portuense, Ricardo Ayres, está, realmente, fora do PSB, comandado no Tocantins pelo ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que fez questão de apresentar o “cartão vermelho” a Ricardo Ayres.

 

O recado foi dado por Amastha ao anunciar que “o partido não terá em suas fileiras nenhum candidato com mandato na chapa estadual” em mais uma demonstração de deselegância e de falta de tato político.

 

Ayres, por sua vez, já deixou claro que continuará na base política do governador Mauro Carlesse, podendo, inclusive, se filiar ao PSL, novo partido do governador do Tocantins.

 

DOSE PARA ELEFANTE

O PSB, de Carlos Amastha, deve se fundir com o PC do B. Quem poderia, nesta vida, imaginar o empresário e dono de shoppings, como presidente estadual de um partido comunista?

 

Um capitalista de nascença assumindo seu lado socialista.  Será que vai dividir seus bens com o povo, como manda a cartilha ideológica??

 

Pior que isso é imaginar Ronaldo Dimas fazendo sua campanha pelo governo do Estado levando Amastha à tiracolo.

 

Marcelo Miranda, pelo menos, se mantém coerente e garantiu que jamais estará no mesmo palanque em que estiver Carlos Amastha.

 

MARCELO VISITA CELIO MOURA

Por falar em Marcelo Miranda, o presidente do MDB tocantinense fez uma visita ao deputado federal Célio Moura, que está se recuperando do grave acidente automobilístico que sofreu no mês passado e que lhe rendeu várias fraturas e cirurgias.

 

O ato é mais uma demonstração de que a aproximação entre Marcelo e o PT continua.

 

A visita foi realizada ao lodo de Donizete Nogueira.

 

 

CORRIDA PRESIDENCIAL JÁ COMEÇOU

A pouco mais de um ano da corrida presidencial de 2022, o clima de campanha eleitoral já domina o país, com intensa movimentação de pré-candidatos e das forças políticas que vão participar do pleito. Mesmo com muito chão pela frente, a largada foi dada antes do apito oficial, e resta saber quem terá a energia necessária para cruzar a linha de chegada na frente.

 

O presidente Jair Bolsonaro e seus principais adversários aprofundam o debate eleitoral, enquanto o cenário para 2022 fica cada vez mais definido. Focado no projeto de reeleição desde que tomou posse, o capitão reformado tem pela frente uma batalha difícil, com os adversários explorando fortemente as falhas do governo durante a pandemia.

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve condenações anuladas e os direitos políticos restabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), intensifica as conversas com forças de centro, em busca de alianças eleitorais. Os interlocures incluem até adversários históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ).

 

 

CIRO E PSDB

Em outra frente, rompido com Lula, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputa com o petista possíveis alianças com forças de centro. Também já começou a organizar a estrutura com a qual pretende concorrer no ano que vem.

 

No PSDB, a movimentação também é intensa. Os tucanos deram a largada no processo que vai definir o candidato do partido na próxima eleição presidencial. Por pressões de João Doria, uma prévia para a escolha do nome foi marcada para 17 de outubro, embora parte da legenda defenda que isso só deva ocorrer no ano que vem. Além de Doria, estão no páreo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio e o senador Tasso Jereissati (CE). Este último tem tido grande projeção por ser um dos 11 titulares da CPI da Covid.

 

 

NOVA ESQUERDA?

 

As direções do PSB e do PCdoB já estão em conversas avançadas para a criação do Socialistas, que seria a fusão dos dois partidos.

 

As bancadas de ambas as legendas no Congresso também já estão em sintonia. Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, estaria convencido que este é o melhor caminho, assim como governadores do PSB.

 

Falta ainda aparar algumas arestas, como no caso do Rio Grande do Sul, onde o PSB é mais à direita, chegando a ser próximo de Jair Bolsonaro.

 

Os planos de fusão entre PCdoB e PSB estão ligadas à questão da cláusula de barreira. Trata-se de um dispositivo eleitoral que impede o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos.

 

A regra impõe que os partidos com menos de 2% dos votos nacionais na próxima eleição não tenham direito à representação partidária, não possam indicar titulares para as comissões, além de perder recursos do fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral.

 

 

LULA BUSCA APROXIMAÇÃO COM MDB

Depois de 580 dias preso, acusado de diversos crimes de corrupção, Luiz Inácio Lula da Silva quer provar ao universo político e ao mercado financeiro que o “velho Lula” está de volta. Desde que Supremo Tribunal Federal (STF) o recolocou no tabuleiro eleitoral, o petista modulou o discurso para soar menos como um agitador de esquerda e mais como o presidente da República que governou o país por oito anos e conseguia dialogar com boa parte do espectro político e econômico. Para repor esse verniz à imagem, nada melhor do que se cercar dos velhos companheiros que o ajudaram no período em que comandou o país. Dentro dessa estratégia de reaproximação, que tem sido intensa e vai da Faria Lima a Brasília, uma legenda se destaca: o MDB.

 

Os primeiros alvos nessa empreitada foram quatro caciques com profundo conhecimento político, mas que, até recentemente, pareciam aposentados. O passo inicial foi dado numa longa ligação telefônica Renan Calheiros (AL). Ambos chegaram à conclusão de que seria um erro se reunirem no momento em que o alagoano é o relator da CPI da Covid-19, que investiga os desmandos de Jair Bolsonaro na pandemia Mas Renan prometeu se tornar o fiador desse reencontro de antigos aliados e incentivou Lula a estar pessoalmente com outros luminares que exercem grande influência na legenda e também em seus estados Foi exatamente depois desse telefonema que o petista foi a Brasília se reunir com o ex-presidente José Sarney (MA) e os ex-presidentes do Senado Eunício Oliveira (CE) e Jader Barbalho (PA).

 

DELEGADO DA PF QUER “MENOS AUTONOMIA”

Indicado em abril por Jair Bolsonaro, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, propôs em documento enviado ao STF retirar a autonomia de delegados nas investigações de autoridades com foro especial.

 

A manifestação ocorreu após o pedido da PF para investigar o ministro Dias Toffoli, delatado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

 

No documento, Maurino diz que a medida seria necessária para “melhor supervisão das investigações”, de modo a evitar “o ajuizamento de medidas” que refletem “tão somente o posicionamento individual de autoridades policiais”, mas que estão “em dissonância da posição institucional da PF”.

 

A proposta consta de um memorando para subsidiar a votação dos ministros do STF no julgamento do recurso da PGR que pede a anulação do acordo de delação de Sérgio Cabral. Em sua decisão pela anulação do acordo do ex-governador do Rio, o ministro Gilmar Mendes utilizou um trecho do memorando.

 

DEMISSÃO ANUNCIADA

 

A recém-nomeada secretária de enfrentamento à Covid-19, Luana Araújo, de órgão ligado ao Ministério da Saúde, entregou o cargo ao ministro Marcelo Queiroga. Empossada na quarta-feira, 12, ela ficou pouco mais de uma semana no posto. Segundo assessores próximos, Luana não aceitou “entubar” determinações vindas do Palácio do Planalto.

 

Médica e infectologista, estava animada com as possibilidades de desenvolver um direcionamento de políticas no combate à pandemia pautadas pela ciência. Não durou uma semana. Ela é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduada em epidemiologia na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, referência nos estudos sobre a doença.

 

 

Posted On Segunda, 24 Mai 2021 06:57 Escrito por

O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, afirmou que delegados da PF receberam com “bastante preocupação” a notícia da proposta de reestruturação da Polícia Federal feita pelo diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Com Agências

 

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Maiurino enviou um documento à Corte propondo uma reestruturação interna no órgão que tira a autonomia de delegados em casos que envolvem investigados com foro privilegiado. A proposta também concede o direito ao diretor-geral da PF de ficar por dentro do trabalho dos delegados em questão.

 

O documento foi encaminhado após a Polícia Federal enviar ao STF um pedido para investigar o ministro da Corte Dias Toffoli, delatado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

 

Segundo Edvandir Paiva, delegados não foram consultados antes do envio do documento ao STF. “Não ficou clara a proposta. [...] Nós não podemos concordar com a intervenção na autonomia do delegado da Polícia Federal”, disse ao Congresso em Foco.

 

Segundo Paiva, os delegados devem se reunir com Paulo Maiurino para discutir a situação. “Nós vamos marcar uma reunião na segunda-feira. Se esse projeto realmente interferir na autonomia dos delegados, nós somos contra."

 

O delegado afirma ainda que a proposta feita ao STF pelo diretor-geral não pode ser considerada uma intervenção política. “Ele não apresentou nenhuma minuta, não tem nenhum ato concreto. Não foi um pedido para que o STF limite a PF, ele disse que irá propor internamente na PF uma regulamentação. Quando ele propuser isso, aí vamos chegar à conclusão do que realmente é isso, do que ele está vendo como problema”, concluiu.

 

Neste sábado (22), a Federação Nacional os Policiais Federais (Fenapef) divulgou uma nota a respeito do caso onde afirma que a direção geral da Polícia Federal "é uma função administrativa, sem controle ou qualquer atribuição de controlar ou conhecer o conteúdo de investigações".

 

O comunicado diz ainda que "não há espaço para um outro setor, que viesse a cuidar de uma espécie de 'controle interno' do conteúdo das investigações. Tudo isso considerando que há um controle de aspecto correicional que já é habitualmente feito, e que cuida apenas das formalidades legais, do cumprimento de prazos e outras questões que envolvem a parte processual penal."

 

Por fim, a entidade diz causar "estranheza aos policiais federais imaginar como se daria a fiscalização
e o controle do conteúdo das investigações."

 

Posted On Segunda, 24 Mai 2021 06:46 Escrito por

Neste último fim de semana o deputado federal Vicentinho Jr., do PL, fez uma denúncia muito séria contra a administração do prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, acerca de uma dispensa de licitação e de contratação de “gafanhotos”, deixando no ar a suspeita de funcionários fantasmas. (veja vídeos)

 

Por Edson Rodrigues

 

Sem dúvida uma acusação séria e que, se comprovada, se enquadra em crime de improbidade administrativa que, em caso de confirmação, pode resultar em cassação e na perda dos direitos políticos.

 

Muita gente em Porto Nacional espera que a denúncia de Vicentinho Jr. seja do mesmo “naipe” das dez UTIs prometidas pelo deputado federal em uma “live” nas redes sociais, que até hoje não se materializaram.

 

Vale lembrar que Vicentinho Jr. foi o deputado federal mais votado de Porto Nacional, é filho da cidade e tem muitos correligionários na cidade e em toda a Região Central.

 

Isso só aumenta a sua responsabilidade em comprovar as denúncias e apresentar as provas, sob pena de ter sua imagem abaladíssima e sua credibilidade colocada em questionamento pela população.

 

BASTIDORES

 

O fato é que, antes das denúncias surgirem, já corriam, boca a boca, nos bastidores da política portuense, notícias de um certo descontentamento entre os correligionários de Vicentinho Jr., reclamando de que o prefeito Ronivon Maciel não estaria cumprindo um “pacto”, que garantia a participação de alguns membros da equipe do parlamentar na secretaria municipal de Turismo, tachando o prefeito de “ingrato e mal-agradecido”, para não citar outros adjetivos impublicáveis.

 

Por outro lado, uma fonte ligada aos correligionários do prefeito, confidenciou a O Paralelo 13 que os dois nomes indicados por Vicentinho Jr. têm ou tiveram problemas com a Justiça Estadual ou Federal, por práticas de atos não republicanos e que o próprio Vicentinho Jr. não teria aceitado a sugestão de outros nomes.

 

Ainda segundo a fonte, “o deputado federal vem se comportando como um verdadeiro ‘galinho de briga’, municiado de uma ‘metralhadora giratória’, que, quando não tem o prefeito Ronivon como alvo, mira no governo Mauro Carlesse”, completando que “o momento é de serenidade e busca por soluções os problemas que colocam em risco a vida dos cidadãos tocantinenses, não de acirramento de disputas nem de denuncismo. Quem usa dessas práticas nos dias de hoje, acaba tendo vida política curta”.

 

VÍDEOS

 

Diante das “lavagens de roupa suja” entre os dois grupos políticos, O Paralelo 13 se vê na obrigação de publicar os dois vídeos veiculados nas redes sociais, um do deputado Vicentinho Jr. e outro do prefeito Ronivon Maciel, para que os próprios portuenses possam tirar suas conclusões a respeito do caso.

 

 

Mesmo que o deputado Vicentinho Jr. não faça uma denúncia junto ao Ministério Público, tanto sobre a dispensa de licitação e dos supostos “gafanhotos”, acreditamos que o MP deve convidar o nobre parlamentar a apresentar os fatos.  Por gozar de imunidade parlamentar, Vicentinho Jr. não pode ser intimado a nada, a não ser que a ordem parta do Superior Tribunal de Justiça.

 

 

Vamos aguardar o desenrolar dos fatos e ver até onde vão a verdade e a mentira, e de que lado elas estão.

 

Nada como o tempo para sanar dúvidas!

 

Posted On Segunda, 24 Mai 2021 06:36 Escrito por O Paralelo 13