Em CPI, Wajngarten se contradiz e recua de declarações sobre atraso de vacinas; Renan ameaça prisão
O ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten confirmou nesta quarta-feira (12) à CPI da Pandemia que o Palácio do Planalto demorou dois meses para responder uma carta em que a farmacêutica Pfizer prometia fornecer doses de vacinas contra o coronavírus ao Brasil. Ele, no entanto, eximiu o presidente Jair Bolsonaro de responsabilidade no episódio, evitou críticas ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e — ao contrário do que foi publicado em entrevista à revista Veja — negou guardar e-mails, registros telefônicos ou minutas de contratos trocados com a empresa norte-americana.
Segundo Wajngarten, a Pfizer enviou uma carta a seis autoridades brasileiras no dia 12 setembro do ano passado. Além de Jair Bolsonaro, receberam a correspondência o vice-presidente, Hamilton Mourão, os ministros Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde), Walter Braga Netto (Casa Civil) e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster. O ex-secretário disse só ter tomado conhecimento do comunicado no dia 9 de novembro, quando entrou em contato com a farmacêutica.
— Vi por bem levar o assunto Pfizer ao presidente Bolsonaro na busca de uma solução rápida, e assim foi feito. Minha atitude proativa em relação ao laboratório produtor da vacina foi republicana e no sentido de ajudar. Nunca participei de negociação. O que busquei sempre foi o maior número de vacinas para atender a população brasileira com uma vacina que tinha maior eficácia. Isso foi o que busquei sempre — disse.
Wajngarten afirmou ter recebido no Palácio do Planalto o representante da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo. O ex-secretário afirmou, no entanto, que o presidente Jair Bolsonaro não participou do encontro e que não foram discutidos temas como “cronograma ou valores” para a compra do imunizante.
— O que havia era uma promessa da Pfizer de que, se o Brasil se manifestasse no tempo adequado, ela envidaria os maiores esforços para aumentar a quantidade e diminuir o prazo. E foi exatamente isso que eu exigi nos outros dois encontros que tive com eles — explicou.
Em entrevista publicada pela revista Veja em abril, Wajngarten afirma que o acordo com a Pfizer não prosperou por “incompetência e ineficiência” da “equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período”. Sem citar nomes, ele voltou a reclamar da “incompetência” e da “burocracia” do setor público. Mas, questionado pelo relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), negou que tenha havido procrastinação do presidente Jair Bolsonaro para a compra das vacinas.
— Não havia segurança jurídica para a assinatura porque havia uma lacuna legal. Três cláusulas impediram, empacaram e emperraram que a negociação avançasse de forma mais rápida: resolução de conflitos em Nova York, e não no Brasil; isenção completa de responsabilização e indenização; e edição de uma medida provisória para o país elencar ativos e bens em caso de processos internacionais — afirmou.
Segundo a Veja, o ex-secretário “guarda e-mails, registros telefônicos, cópias de minutas do contrato” para comprovar o que está dizendo. Wajngarten, no entanto, nega que mantenha essa documentação.
— Todas as minhas trocas de informação estão no computador da Secom. Em minhas mãos, não tenho nada. Em minha posse, não tenho. Não tenho nada além do que está no computador da Secom. Entendo que está guardado, está preservado. Se alguém logar com minha senha de usuário no computador, vai encontrar — disse.
Bolsonaro e vacinas
O senador Renan Calheiros inquiriu Fabio Wajngarten sobre uma série de declarações de Jair Bolsonaro contrárias à imunização.
— O presidente da República nunca escondeu sua oposição à vacinação dos brasileiros. Disse que não compraria vacinas da China. Chamou a CoronaVac de 'vacina chinesa do João Doria'. Comemorou com a frase 'mais uma que Jair Bolsonaro ganha' a suspensão temporária dos estudos de fase 3 da CoronaVac. Disse que a vacinação não seria obrigatória em seu governo. Sua declaração que ganhou mais repercussão foi a seguinte: 'Se você virar um jacaré, é problema seu' — registrou Renan.
Questionado sobre o impacto dessas declarações sobre as campanhas de imunização no Brasil, o ex-secretário de Comunicação poupou críticas a Jair Bolsonaro.
— O presidente sempre disse que compraria toda e qualquer vacina, quando aprovado pelo órgão regulatório. Os atos do presidente pertencem a ele. Não posso especular, não posso imaginar o que passava pela cabeça dele no momento em que falou isso. A mensagem do presidente é uma. A minha campanha na televisão é outra. A campanha de rádio é outra. Tem impacto? Tem impacto. A gente faz campanhas para contrapor, a gente faz campanhas para complementar — disse.
Wajngarten disse que não concorda “com todas as frases” ditas por Jair Bolsonaro. Mas ponderou que, se estivesse na posição do presidente da República, “eventualmente faria exatamente a mesma coisa”.
— A população brasileira recebe inúmeras mensagens de diferentes meios e conteúdos. O discurso presidencial é um, a televisão, o rádio... É um complemento de informações que vai resultar na tomada de decisão da população brasileira. Impacta? Impacta. É único? Não é. Para cada pessoa que recebe a informação tem um impacto diferente. Uma pessoa em casa que não quer saber do presidente, não quer saber de política, não quer saber de nada... Para ela, não impacta. Para alguém que está 24 horas do dia acompanhando o que se passa aqui em Brasília, impacta — afirmou.
Comunicação na pandemia
Segundo Fabio Wajngarten, a Secretaria de Comunicação e o Ministério da Saúde realizaram 11 campanhas informativas, educativas e publicitárias sobre a pandemia, a um custo total de R$ 285 milhões. Ele disse “jamais” ter sofrido pressão de Jair Bolsonaro para direcionar o teor das campanhas de conscientização.
— Se tivesse ocorrido qualquer interferência, eu pegaria minha mala e voltaria para minha família e para minha empresa. O presidente nunca pediu que fizesse campanha sobre nenhum tipo de nenhum tema. Jamais. Nenhuma interferência do presidente da República em nenhuma campanha do governo. A impressão que se tem de que o governo não comunicou é uma impressão equivocada.
Fabio Wajngarten afirmou “desconhecer” a existência de “um ministério paralelo” para orientar o presidente da República sobre o enfrentamento da covid-19. E disse que o então ministro Eduardo Pazuello foi “corajoso” ao assumir a Saúde durante a pandemia de coronavírus.
— Entendi que ele [Pazuello] ocupou um espaço diante da saída do doutor Nelson Teich. Lamentei muito a saída do doutor Teich, que é um médico técnico e preparado. Adoraria que a gente tivesse um médico na pasta e caminhasse de forma mais tranquila. O ex-ministro Pazuello foi corajoso de assumir a pasta no pior momento da história do Brasil e do mundo. Poucos teriam tido a coragem que ele teve de sentar no ministério no meio da maior pandemia que o Brasil já teve.
“Fanfarronice”
Em um momento da reunião, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), chegou a advertir Fabio Wajngarten para que respondesse diretamente os questionamentos dos parlamentares. Segundo Aziz, o ex-secretário de Comunicação estaria “tangenciando” perguntas elaboradas pelos integrantes da comissão. O presidente ameaçou dispensar o depoimento da testemunha, requisitar à revista Veja a transcrição da entrevista publicada em abril e reconvocar o ex-secretário de Comunicação como investigado.
— O senhor só está aqui por causa da entrevista. Senão, a gente nem lembraria que o senhor existiu. Não tem outra razão para o senhor estar aqui. Você chamou o [ex-ministro Eduardo] Pazuello de incompetente. Disse que a Pfizer tinha cinco escritórios de advocacia, e o governo estava perdido. Está aqui tangenciando sobre as perguntas. Depois, a gente toma uma medida mais radical, e aí vão dizer que somos isso e aquilo. Por favor, não menospreze nossa inteligência. Ninguém é imbecil aqui. O senhor não está respondendo. O senhor está mentindo aqui para todos nós — acusou.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros, chegou a sugerir a prisão de Wajngarten.
— Eu queria requisitar o áudio da revista Veja para nós verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele não mentiu, a revista Veja vai ter que pedir desculpas a ele. Se ele mentiu, ele terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Eu queria dizer que vou cobrar a revista Veja: se ele não mentiu, que ela se retrate a ele. Se ele mentiu à revista Veja e a esta comissão, eu vou requerer a prisão do depoente. Apenas para não dizerem que nós não estamos tratando a coisa com a seriedade que essa investigação requer.
O senador Humberto Costa (PT-PE) classificou a entrevista de Fabio Wajngarten à revista Veja como uma “fanfarronice”.
— Eu sinto até, assim, uma certa empatia com o senhor. Acho que o senhor foi dar uma entrevista, empolgou-se, falou demais, e nós estamos aqui agora numa situação difícil, porque nós não sabemos se foi fanfarronice do senhor ou se foi a Veja que não reproduziu o que o senhor disse. A revista recebeu alguma carta que o senhor tivesse mandado dizendo que pedia que corrigisse. O senhor não mandou, não? Não, ainda não. Aí vai precisar mandar — criticou.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) saiu em defesa do depoente.
— Muito me preocupam os caminhos que estamos trilhando nesta CPI. A cada vez, a cada dia eu me convenço mais. A diferença é abissal, é uma coisa assim, acintosa quando a gente vê a cortesia com que foi tratado aqui o ex-ministro [Luiz Henrique] Mandetta. Como a gente diz no jargão do futebol, jogada ensaiada. E a intimidação de um cidadão, de um cidadão que merece respeito, que não merece ser humilhado, que não merece ter ali uma indução. Isso pega mal para os trabalhos da CPI — disse.
O presidente Omar Aziz reagiu.
— Ele não está sendo humilhado, ele está sendo bem tratado. Sabe o que acontece? Humilhado é 425 mil mortes neste Brasil. Essas pessoas estão sendo humilhadas porque não tem vacina no Brasil, essas pessoas estão sendo humilhadas. Ele? Ele está muito bem protegido, todo mês tem o dinheirinho dele para comer. Que humilhação? Humilhação é o povo pobre que não tem dinheiro para comer, rapaz! — disse.
Fonte: Agência Senado
Jovens que fizerem parte do programa também terão acesso a linhas de crédito pela Agência de Fomento
Por Laiane Vilanova
Os jovens de 17 a 29 anos, que querem ser empreendedores, terão a oportunidade de se capacitar de maneira gratuita e on-line, por meio do programa Juventude Empreendedora, lançado nesta quarta-feira, 12, pelo Governo do Tocantins. O programa é uma realização do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) em parceria com o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e da Agência de Fomento do Tocantins, da Besouro Agência de Fomento Social e do Fórum da Juventude da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O vice-governador Wanderlei Barbosa, que assinou o termo de pactuação representando o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, ressaltou a importância do programa para os jovens tocantinenses. "Projetos como esses retiram os jovens do anonimato e dão a eles oportunidade de terem um futuro melhor, ao mesmo tempo em que, norteiam o futuro do nosso Estado. E, todos os projetos que são benéficos para os jovens têm a atenção do governador Mauro Carlesse e de toda a Gestão", afirmou.
Um piloto do programa já havia sido implantado de forma presencial em 2019 no Tocantins, mas devido às dificuldades impostas pela pandemia, teve que ser remodelado para o formato digital. Para este ano, estão sendo ofertadas 30 mil vagas para jovens de 17 a 29 anos.
O presidente do Conjuve, Marcus Barão, destacou os benefícios da parceria com o Estado. "Os jovens, nesse momento de pandemia, têm sofrido com o desemprego, com dificuldades em se qualificar. Essa parceria com o Governo do Tocantins vai fazer toda a diferença na vida desses jovens, principalmente pela iniciativa, inédita no país, em liberar crédito para esses futuros empreendedores", ponderou.
O vice-governador Wanderlei Barbosa, ao assinar o termo de pactuação ressaltou a importância do programa para os jovens tocantinenses
O secretário-geral do Conjuve, Gustavo Gama, primeiro tocantinense a ocupar o cargo, também ressaltou o empenho da Gestão para a realização do programa no Estado. "Nós só temos a agradecer ao governador Mauro Carlesse por essa sensibilidade e pelo esforço de estar trazendo benefícios para mais de 400 mil jovens tocantinenses, reafirmando o seu compromisso com a agenda da juventude", ressaltou.
As inscrições para o programa poderão ser feitas no site https://www.juventudeempreendedora.com/. As aulas têm início no próximo dia 24 e prosseguem até o dia 28 de maio, com aulas todos os dias, das 19 às 22 horas, por meio do canal da Agência Besouro no youtube.
Incentivos
O Tocantins será o primeiro Estado a liberar linhas de crédito para os jovens que fizerem parte do programa. O anúncio foi feito pela presidente da Agência de Fomento, Denise Rocha. "A Fomento e o Governador acreditam que esses jovens vão entregar projetos de valor para o Estado. Por isso, liberaremos linhas de créditos com juros baixos, carência e prazos longos para que os novos empreendedores deem prosseguimento nos seus negócios", informou.
A titular da Seduc, Adriana Aguiar, comemorou os benefícios que a vinda do programa para o Estado irá proporcionar aos jovens. "O programa que estamos trazendo para o Tocantins complementa outras ações que já temos ativas no Estado, e a presença da Agência de Fomento neste projeto mostra como essa Gestão tem trabalhado de maneira articulada pensando não só na formação, mas na continuidade do trabalho desses jovens", ressaltou.
Metodologia
O presidente da Agência Besouro, Vinicius Lima, explicou sobre a metodologia que será aplicada no curso. "Estamos trazendo, para este programa, a metodologia by necessity, exclusiva da Agência Besouro, que ensina a transformar uma ideia em negócio com baixo custo e por isso atesto que os jovens tocantinenses têm sim capacidade de serem empreendedores", destacou.
A metodologia by necessity trabalha o empreendedorismo a partir da vivência do aluno, abordando o modelo tradicional de planos de negócios e adaptando para a utilização de pequenos empreendedores, de forma a possibilitar sua execução em até cinco dias.
Sobre o Programa
O programa Juventude Empreendedora foi criado para capacitar os jovens a abrirem seus próprios negócios, estando presente em mais de 20 países e em alguns estados do Brasil, na sua segunda edição. Devido à pandemia do novo Coronavírus, a iniciativa se adaptou para ser implantada na internet, surgindo o Juventude Empreendedora Online, que visa apoiar jovens que precisam abrir um negócio para ter renda própria e também os pequenos e microempreendedores que enfrentam dificuldades para manter o negócio com as portas abertas e lucrando, mesmo em meio à pandemia.
A capacitação é dividida em 11 etapas que abordam finanças, comunicação on-line e off-line, gestão de pessoas, entre outros. Esse projeto também conta com dicas e guias práticos para auxiliar a sobreviver à crise e encontrar uma nova oportunidade de geração de renda em 2021.
Presença
Também participaram do evento o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, Antonio Andrade; o vice-presidente da Associação Tocantinense de Municípios e prefeito de Pequizeiro, Jocélio Nobre, e as deputadas estaduais Luana Ribeiro, Valderez Castelo Branco e Vanda Monteiro.
MINISTRO ELOGIOU O TOCANTINS NA GESTÃO DA PANDEMIA
MDB TOCANTINENSE PODE CONFIRMAR SUA FORÇA EM 2022
O MDB pode eleger entre cinco e sete deputados estaduais e dois deputados federais, caso sejam confirmados os nomes de Marcelo Miranda e Moisés Avelino como candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Isso porque juntam-se a eles os candidatos à reeleição Valdemar Jr., Nilton Franco, Jair farias, Jorge Frederico e Elenil da Penha.
Caso Eduardo Gomes seja candidato ao governo, esse número pode ser ainda maior, lembrando que o MDB tem história e serviços prestados ao Tocantins, justamente nos governos de Moisés Avelino e Marcelo Miranda.
Não é à toa que é o maior partido do Tocantins.
CINTHIA RIBEIRO GOVERNANDO EM CÉU DE BRIGADEIRO
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, vem tocando a sua administração na Capital sob “céu de brigadeiro”, com maioria na Câmara Municipal, de bem com o Palácio Araguaia, contando com o apoio do senador Eduardo Gomes e dos deputados federais Dorinha Seabra e Carlos Gaguim.
2021 tem tudo para ser um ano de grandes ações sociais e obras de infraestrutura, refletindo em aquecimento da economia e geração de emprego e renda para o povo.
AMASTHA NO MESMO PALANQUE? NEM DE LONGE!
O ex-governador Marcelo Miranda tem sido direto, franco e decidido ao afirmar que não faz parte de qualquer entendimento ou acordo político em que esteja o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, campeão em colecionar derrotas.
Com dois balancetes rejeitados pelo TCE e pela Câmara Municipal de Palmas e uma denúncia na Polícia Federal por compra de sentença no STJ, além das três derrotas em eleições consecutivas em que foi derrotado – duas para o governo do Estado, como candidato, e uma para a prefeitura de Palmas como “padrinho” de um dos candidatos – Amastha, que já tinha uma imagem negativa, hoje é visto como “azarado” nos bastidores políticos.
MÚSICA PARA MAURO CARLESSE
O governador Mauro Carlesse, “pode pedir música no Fantástico”, após vencer todos os pedidos de denúncia das oposições para lhe tornar inelegível por abuso de poder econômico.
Foram uma vitória na Justiça eleitoral federal e duas na Justiça eleitoral Tocasntinense.
Tendo em vista todas as vitórias por unanimidade, basta, agora, a Carlesse, aguardar o mês de outubro de 2022 para se consagrar de vez, disputando a única vaga para o Senado, em disputa no Tocantins.
Do “tapetão”, as oposições já tiveram o recado de que não sai nada. Agora é tentar vencer mauro Carlesse no voto, o que pode ser mais difícil ainda....
LÍDERES POLÍTICOS TOCANTINENSES EM BRASÍLIA
Os principais líderes políticos tocantinenses estão “marcando ponto” em Brasília.
É na Capital Federal que estão, hoje, os senadores Eduardo Gomes e Kátia abreu, o ex-governador e presidente do MDB estadual, Marcelo Miranda, o ex-prefeito de Araguaína e pré-candidato ao governo, Ronaldo Dimas, e o ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, Paulo Mourão, possível candidato do PT ao governo do estado em 2022, com o aval do ex-presidente Lula.
Os nobres líderes estão em plena articulação para a formação dos seus grupos políticos, pelos quais disputarão – ou não – mandatos nas eleições de 2022. Um deles, sem sombra de dúvidas, será o próximo governador do Tocantins.
Desse grupo pode sair, também, o próximo senador eleito pelo Tocantins.
NOVAS DIREÇÕES PARTIDARIAS NO TOCANTINS
Segundo nossas fontes em Brasília, novas Comissões Provisórias de vários partidos no Tocantins estão sendo geradas, nos últimos dias, na Capital Federal, inclusive a do partido que abrigará o presidente Jair Bolsonaro, com filiação ainda sem data definida.
Essa fonte assegurou que um detentor de mandato no Congresso Nacional será o presidente estadual da legenda à qual Bolsonaro irá se filiar.
Outras legendas também terão mudanças, gestada em Brasília, com algumas surpresas.
Vamos aguardar!
ADRIANA AGUIAR
A secretária estadual da Educação, Adriana Aguiar, concedeu entrevista ao Portal CT, do nosso amigo Cleber Toledo, envolvendo profissionais de outros veículos. Ela afirmou que, como professora, nunca viu a educação ser tão discutida e pensada como nesta pandemia da Covid-19, mas observou que todo o sistema de ensino está tendo que ser reinventado. Assim, Adriana disse que “é inquestionável” que, em termos de qualidade, há perdas. “Não como negar que a qualidade realmente não é a mesma”, lamentou a secretária.
Porém, ela lembrou que, se a educação é um direito universal, “para termos direito à educação, é preciso primeiro ter direito à vida”.
ALTERNÂNCIA SEMANAL
A secretária disse que não existe um consenso se a volta às aulas deve ser presencial ou remota. Esta última foi a opção do Tocantins. De toda forma, Adriana ressaltou que, mesmo quando houver a decisão de um retorno na modalidade presencial, não poderá ser com todos os alunos de uma só vez. “Com o distanciamento exigido, não tem como receber todo os alunos de uma vez”, explicou. Segundo a secretária, a estrutura física das escolas permite apenas 50% de ocupação, o que fará que o aluno alterne uma semana à unidade e na outra faça atividade em casa. “É algo que as famílias vão precisar se organizar”, avisou.
RETORNO TOTAL, SÓ COM VACINA
Retorno seguro mesmo só com a vacinação, defendeu Adriana. Ela destacou que o secretário estadual da Saúde, Edgar Tolini, esteve pessoalmente no Ministério da Saúde semana passada e protocolou ofício solicitando a vacinação dos profissionais da educação. “A prioridade é vacinação e segurança para que a gente volte focada no processo de ensino-aprendizagem para amenizar as perdas que não podemos negar que houve e ainda estão acontecendo”, disse a secretária.
Adriana disse acreditar que professores da educação básica e superior devem ser vacinados ainda neste primeiro semestre. No entanto, lembrou que isso não depende do secretário da saúde, mas de decisão do Ministério da Saúde, que estima que, para imunizar o segmento do Estado, serão necessárias 18 mil doses para a educação básica e 8 mil para a educação superior, só considerando professores.
AUGUSTO NUNES TERÁ QUE INDENIZAR GLEISI HOFFMANN
Publicar notícia que viola a intimidade de outra pessoa configura abuso do direito à liberdade de expressão se for verificado que o conteúdo veiculado não é de interesse público.
O entendimento é da 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O colegiado condenou o jornalista Augusto Nunes a pagar R$ 30 mil por danos morais à deputada federal Gleisi Hoffmann (PT). A decisão foi publicada nesta segunda-feira (10/5).
O caso envolve textos veiculados na Veja e no R7. Neles, a parlamentar é chamada de "amante", em referência a um termo tirado de planilhas da construtora Odebrecht.
"O réu fez questão de mencionar que a autora era 'conhecida pelo codinome amante no departamento de propinas da Odebrecht'. No entanto, o aludido termo foi atribuído à apelante dezenas de vezes no período compreendido entre dezembro de 2018 a julho de 2019. Nesse contexto, evidencia-se que a palavra 'amante' deixou de ser utilizada com o intuito de informar o leitor a respeito da operação policial que envolveu a sociedade empresária Odebrecht", disse em seu voto o desembargador Alvaro Ciarlini, relator do processo.
PLANLATO PREOCUPADO COM QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO
A quebra do sigilo telefônico do presidente da Anvisa, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e do ex-secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro, está causando preocupações no Palácio do Palnalto.
Isso porque a CPI da Covid-19 é formada por sete membros de partidos opositores ou independentes à Bolsonaro e apenas quatro de partidos da sua base aliada.
O relator é Renan Calheiros, “velha raposa política” e cheio de mágoas para com Jair Bolsonaro.
BARRA TORRES DÁ SHOW EM DEPOIMENTO
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi ouvido nesta terça-feira pela CPI da Covid-19, no Senado Federal, em Brasília, e respondeu de forma incisiva à todas as perguntas que lhe foram feitas.
No fim de seu depoimento, foi parabenizado por todos os participantes pelo depoimento técnico, baseado na ciência e discordante, em vários momentos, do posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, principalmente sobre a questão do uso da Cloroquina.
No fim, defendeu veementemente o uso de máscaras e de álcool em gel.
Ao que parece, foi o primeiro “tiro no pé“ da CPI.
PEDIDO DE MUDANÇA NA BULA DA CLOROQUINA
Barra Torres, confirmou, também, que houve um pedido para a alteração da bula da cloroquina.
O documento queria adicionar que o remédio, que tem ineficácia cientificamente comprovada contra a doença, fosse usado para tratamento contra o coronavírus Sars-CoV-2. Com isso, Torres confirmou a acusação que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta contou aos senadores no dia 4 de maio.
"O documento foi comentado pela dra. Nise Yamaguchi, e eu tenho que dizer que tive uma reação até deselegante porque aquilo não poderia acontecer. Só quem pode modificar uma bula é a agência reguladora desde que seja solicitado pelo detentor da fórmula. [...] Quando houve a proposta de fazer isso, me causou uma reação mais brusca", pontuou Torres.
POPULARIDADE DO GOVERNO BOLSONARO PARA DE DERRETER
A rodada de maio da pesquisa XP-Ipespe mostra relativa estabilidade na avaliação do governo de Jair Bolsonaro, com aumento dentro da margem de erro tanto da parcela que considera a gestão ótima e boa (de 27% para 29%) quanto do grupo que a avalia como ruim ou péssima (48% para 49%). A acomodação nas pontas é permitida por uma redução no grupo que vê o governo como regular, que caiu de 24% para 20%.
Outros indicadores, no entanto, dão sinais de arrefecimento na avaliação negativa sobre ações do governo. Cresceu de 23% para 26% o grupo dos que consideram que a economia está no caminho certo — e oscilou de 65% para 63% os que acham que está caminho é errado. Também teve oscilação para cima, de 21% para 22%, os que veem como ótima e boa a ação de Bolsonaro para enfrentar o coronavírus.
Ministro do Supremo foi citado em delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral como recebedor de repasses ilegais
Com IstoÉ
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação contra o ministro do STF Dias Toffoli para apurar supostos repasses ilegais ao magistrado envolvendo a venda de decisões judiciais. O pedido da PF, feito com base na controversa delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, está sob análise do relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão por fontes que acompanham o caso.
Em um dos trechos da delação premiada, Cabral acusa Toffoli de receber cerca de R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos do Estado do Rio em processos que tramitavam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro atuou na Corte Eleitoral de 2012 a 2016. De acordo com o delator, os pagamentos teriam sido efetuados pelo ex-secretário de obras do Rio Hudson Braga e teriam alcançado o escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli.
No início do ano passado, Fachin homologou o acordo de colaboração premiada firmado por Cabral com a PF, alvo de críticas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da força-tarefa da Lava Jato no Rio, que alegam que o delator não apresentou fatos novos. O acordo foi validado pelo Supremo por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, como políticos e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Após homologar o acordo e autorizar a abertura de 12 inquéritos, Fachin encaminhou a Toffoli os processos para que o então presidente do STF analisasse se seria o caso de redistribuí-los para outro integrante da Corte. Toffoli pediu um parecer da PGR, que opinou então pelo arquivamento das investigações.
Na delação, que segue mantida sob sigilo, Cabral se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 380 milhões recebidos como propina enquanto foi governador. Diferentemente de delações fechadas pela PGR, a PF não estabeleceu previamente os prêmios a serem concedidos ao colaborador. O relator da Lava Jato no STF, no entanto, determinou que o acordo não poderá ser usado para reduzir penas já decretadas pela Justiça. O ex-governador fluminense já foi condenado a penas que ultrapassam 340 anos de prisão.
Preso desde novembro de 2016, Cabral admitiu ter recebido propina durante seu governo no início em 2019, quando chegou a dizer que seu "apego a poder e dinheiro é um vício". Desde então o ex-governador passou a confessar crimes cometidos em depoimentos à Justiça, chegando a citar os ex-prefeitos Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos).
Em nota divulgada pelo STF, Toffoli disse "não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais". O ministro também refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções. O gabinete de Fachin não se manifestou.
Acusações
Entre os elementos trazidos por Cabral no acordo, estão citações a dezenas de autoridades do mundo da política e do Judiciário. Segundo uma fonte que teve acesso ao teor da colaboração, o ex-governador do Rio aborda a indicação de magistrados a tribunais.
As primeiras tratativas entre Cabral e a Polícia Federal começaram no início de 2019, na época em que Cabral confessou pela primeira vez os crimes cometidos. "Meu apego a poder e dinheiro é um vício", disse o ex-governador, em fevereiro de 2019.
Anúncio foi feito em coletiva com o ministro Marcelo Queiroga
Por Agência Brasil
Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientar a suspensão da vacinação de gestantes com o imunizante Oxford/AstraZeneca, o Ministério da Saúde confirmou hoje (11) a suspensão para este segmento e para puérperas com o imunizante da marca.
No caso das vacinas Coronavac e da Pfizer, o Ministério autoriza o uso apenas nos casos de mulheres com comorbidades. Aquelas que não apresentarem condições de saúde enquadradas nesta categoria não deverão ser imunizadas.
Mesmo com a decisão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a importância das vacinas, inclusive da Oxford/AstraZeneca. “Quero reiterar a confiança na segurança e eficácia nestas vacinas. Todo programa de vacinação é coordenado por uma equipe técnica com suporte de câmara técnica dos mais renomados especialistas do Brasil”, disse.
A medida anunciada hoje ocorreu após a pasta ter sido informada na última sexta-feira (7) do episódio de uma gestante que teria morrido após ter recebido a vacina Oxford/AstraZeneca. Contudo, em entrevista coletiva hoje (11), representantes do Ministério e especialistas do comitê do Programa Nacional de Imunizações (PNI) alertaram que o caso está em investigação e ainda não foi confirmada se a causa do óbito está relacionada ao imunizante.
“Ficamos chateados com essa perda. Mas ainda não está claro que a vacina tenha sido a causa desta trombose. Estamos examinando detalhes de todo o prontuário para que a gente chegue a uma conclusão e esclareça a todos. Por isso mesmo que estamos esperando exames para orientarmos de uma forma tranquila”, declarou o professor titular da USP e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil.
Kalil contou que a orientação do comitê de especialistas para iniciar a vacinação de gestantes e puérperas se deveu ao fato de que estava havendo aumento do número de mortes por covid-19 dentro deste grupo e que, diante do cenário epidemiológico, os benefícios superavam os riscos.
O secretário de atenção primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, explicou que a avaliação entre riscos e benefícios é comum em um processo de vacinação, ainda mais em um momento como o da pandemia, com novos imunizantes.
“Ainda não há estudos de alto nível de evidências. Mas a gente nota um aumento grande de óbitos [de gestantes]. Este cenário fez com que o PNI [Programa Nacional de Imunização] tenha decidido por unanimidade pelos estudos e cenário epidemiológico que o risco-benefício favorecia a imunização”, comentou o secretário.
A coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, informou que ainda não foi definido protocolo para o caso das gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose. Uma nota técnica deverá ser divulgada até o fim da semana. Enquanto isso, a orientação é que essas não recebam a segunda dose.
Ela acrescentou que a orientação pode ser revista diante das conclusões da investigação sobre o caso da gestante morta e do avanço dos casos e mortes da pandemia. “À luz do cenário epidemiológico essa orientação pode ser alterada”, sublinhou.