Na semana passada, Bruno Covas iniciou tratamento com radioterapia para tentar controlar um sangramento residual detectado em seu estômago
Com Agências
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, teve uma piora no estado de saúde nessa sexta-feira e o seu quadro clínico é considerado "irreversível" pela equipe médica do hospital Sírio Libanês, na capital paulista, onde ele está internado.
"O prefeito Bruno Covas segue internado no Hospital Sírio-Libanês recebendo medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica. Neste momento, encontra-se no quarto acompanhado de seus familiares. Ele está sendo acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho", diz o boletim médico emitido às 19h30 dessa sexta-feira.
Na semana passada, Bruno Covas iniciou tratamento com radioterapia para tentar controlar um sangramento residual detectado em seu estômago, uma complicação que surgiu enquanto o prefeito tratava de um metastático que atinge o sistema digestivo e os ossos.
Na ocasião, Covas havia feito uma endoscopia que "evidenciou discreto sangramento residual no estômago". Foi um sangramento na interligação entre o estômago e o esôfago - local onde um de seus três primeiros tumores foi detectado - que o havia feito precisar ir para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Esse primeiro sangramento havia sido controlado no próprio exame, mas o prefeito foi para o centro de cuidado intensivo para se recuperar.
Uma nova endoscopia, porém, revelou que havia ponto de hemorragia. "Desta forma, foi iniciado tratamento local com radioterapia para controle deste sangramento", informou o boletim médico à epoca.
Desde que o primeiro sangramento foi detectado, Covas teve de interromper o tratamento contra os tumores que atingem o fígado, a bacia e a coluna. Ele vinha se submetendo a um procedimento que combinava sessões de quimioterapia e radioterapia. Esse tratamento ainda não tem data para ser retornado.
Covas descobriu que tinha câncer em outubro de 2019, inicialmente na cárdia (a ligação entre o esôfago e o estômago), no fígado e em gânglios linfáticos. O tratamento fez com que parte dos tumores diminuíssem. Neste ano, após piora, os médicos detectaram os novos pontos tumorais.
Ex-governador do Rio de Janeiro afirmou que ministro Dias Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses
Com iG
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu nesta sexta-feira (14) que a Polícia Federal (PF) abra investigações com base na delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral . A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo .
"[Determino] que a autoridade policial se abstenha de tomar qualquer providência ou promover qualquer diligência direta ou indiretamente inserida ou em conexão ao âmbito da colaboração premiada em tela até que se ultime o julgamento antes mencionado", escreveu Fachin em seu despacho.
Na terça-feira (11), a PF encaminhou ao STF um pedido de abertura de inquérito para investigar supostos repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli.
Em delação, Cabral disse que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro nega ter recebido qualquer recurso.
Jornada de 6 horas e força-tarefa Tolerância Zero continuam mantidas
Por Vania Machado
Será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), edição desta sexta-feira, 14, o Decreto nº 6.257, que autoriza o retorno presencial das atividades educacionais nas redes públicas e privadas, e das atividades comerciais em bares e restaurantes, observando todos os protocolos de segurança em saúde. O Decreto ainda mantém a jornada de 6 horas para os servidores públicos e a força-tarefa “Tolerância Zero” que visa coibir aglomerações, ambas até 11 de junho deste ano. O documento também fixa recomendações aos gestores municipais quanto ao funcionamento das atividades comerciais e industriais.
Conforme o Decreto, o retorno presencial das atividades educacionais está autorizado a partir da próxima segunda-feira, 17, mas deve ocorrer de forma gradual e em observância aos protocolos de saúde estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Governo do Tocantins, de acordo com normas editadas pela Secretaria Estadual da Saúde, com a cooperação da Secretaria Estadual da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), na Portaria Conjunta nº 2/2020. A medida vale para todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, de Educação Básica e Superior, com sede no Estado.
As escolas públicas estaduais devem se atentar às regras constantes do Plano de Retomada das Atividades Escolares – Aulas Presenciais – Ensino Híbrido, que será publicado em edição suplementar do DOE desta sexta-feira, 14, e à Portaria nº 185/21 da Seduc, publicado no DOE de 29 de janeiro deste ano.
As determinações constantes na Portaria nº 185/21 também devem ser seguidas pelas escolas das redes municipais pertencentes ao sistema estadual de ensino e pelas escolas da rede particular.
Jornada de 6 horas
Para o serviço público, o Decreto mantém até 11 de junho de 2021, a jornada de 6 horas diárias de trabalho nas unidades da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual, fixada das 8 às 14 horas. Entretanto, é facultado aos dirigentes dos órgãos públicos, a fim de evitar aglomeração, a adoção do turno da tarde das 14 às 20 horas.
Vale ressaltar que as Unidades do Programa de Atendimento ao Público “É Pra Já” cumprem a jornada laboral em turnos de segunda a sexta-feira, das 7 às 13 horas e das 13 às 19 horas, mediante agendamento prévio; e aos sábados, das 8 às 12 horas, apenas de forma remota (telefone, e-mail, Whatsapp).
O trabalho remoto continua assegurado para os seguintes servidores: aqueles com idade igual ou superior a 60 anos que ainda não tenham sido vacinados; gestantes e lactantes, considerando-se para estas o lactente de até um ano de vida; aqueles que mantenham sob sua guarda criança com idade inferior a seis meses de vida, ao que, em se tratando de ambos os pais serem agentes públicos do Estado, caberá a apenas um deles a atribuição de trabalho remoto; e a portadores de doenças respiratórias crônicas, cardiopatias, diabetes, hipertensão ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico.
Quanto aos servidores que se enquadram no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19, a partir desta segunda-feira, 17, os mesmos poderão retornar às suas atividades laborais após decorridos os 15 dias contados da aplicação da segunda dose.
Medidas de saúde
O uso de máscaras de proteção facial, assim como a adoção e manutenção de todas as condutas indicadas em cada um dos protocolos oficiais de saúde para combate à pandemia do Coronavírus, devem ser seguidos por tempo indeterminado.
Tolerância Zero
As ações de fiscalização da Força-tarefa “Tolerância Zero” serão mantidas até o dia 11 de junho deste ano. A Força-tarefa é coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), pela Polícia Militar, pelo Corpo de Bombeiros e pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), tendo como objetivo prevenir e enfrentar as condutas que contribuam para a propagação do novo Coronavírus.
Eventos públicos
Continua vedada, também até 11 de junho deste ano, a realização de eventos e de reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, em que ocorra a aglomeração de pessoas. Sendo, no entanto, facultada a realização de eventos esportivos oficiais, programados e monitorados pelas respectivas federações, desde que ocorram sem torcida presencial, e que todos os seus participantes, atletas e membros das comissões técnicas, observem os protocolos de segurança contra a Covid-19.
O Decreto autoriza a realização de atos da administração pública que necessitam ser realizados de forma presencial, como licitações e provas práticas e teóricas do Departamento Nacional de Trânsito no Tocantins (Detran-TO).
Atividades religiosas
A realização de missas, cultos e atividades de segmentos religiosos podem ocorrer, preferencialmente, por transmissão online. Tais eventos só podem ocorrer de forma presencial desde que tenham público limitado a 30% da capacidade de lotação de cada local, tendo como prioridade a utilização de ambientes abertos, observando as medidas de distanciamento de dois metros entre cadeiras e os devidos protocolos de segurança.
Além disso, o Decreto recomenda, conforme o caso, que os fiéis se submetam ao teste do Coronavírus antes das celebrações; e recomenda que as celebrações ocorram em horários variados daqueles de rotina de modo a fracionar a concentração de pessoas.
Recomendação às prefeituras
O Decreto recomenda aos gestores municipais que baixem seus atos no sentido de determinar como será o funcionamento dos serviços não essenciais e essenciais, estendendo o horário de atendimento ou funcionamento, com vistas a fracionar a concentração de pessoas, considerando o período das 6 horas à zero hora, incluindo serviços bancários.
Tais estabelecimentos devem manter seu funcionamento com capacidade operacional reduzida em 50%, adotando limitação de acesso ao local, mediante controle de quantitativo de clientes em suas dependências, permitindo a entrada de uma pessoa por família, preferindo a ampliação dos serviços via drive-thru (retirada no local), delivery ou outros meios e canais de venda e entrega.
Aos gestores municipais também é recomendado que baixem atos normativos no sentido de determinar aos estabelecimentos comerciais e industriais em geral: o distanciamento em filas para pagamento, com marcação identificada aos clientes e o distanciamento de, pelo menos, dois metros entre colaboradores; a manutenção de ambientes arejados, com banheiros higienizados, dotados de sabão líquido e papel toalha; o oferecimento de material para cuidados pessoais, sobretudo da lavagem das mãos, da utilização de produtos assépticos durante o trabalho, como álcool em gel 70%, e para a observância da etiqueta respiratória; e a adoção de sistemas de escala, revezamento ou alteração de jornada, a fim de reduzir o fluxo de pessoas.
Bares e restaurantes
Quanto às atividades em restaurantes e similares, está permitido o funcionamento nos períodos das 11 às 15 horas e das 18 à zero hora, com capacidade de atendimento ao público limitada a 50%, observadas as orientações de distanciamento de dois metros entre as mesas, cada qual com até quatro pessoas.
Já para bares e similares, está permitido o funcionamento no período das 18 horas à zero hora, com capacidade de atendimento ao público limitada a 50%, também observando as orientações de distanciamento de dois metros entre as mesas, cada qual com até quatro pessoas.
Além disso, o Decreto estabelece que bares, restaurantes e similares deem preferência aos procedimentos de agendamento prévio, de drive-thru, delivery ou de outros meios e canais de venda e entrega.
Penalidades
O descumprimento das regras estabelecidas no Decreto implica em punições. Para pessoa física será dada advertência e aplicada multa fixada entre R$ 50,00 e R$ 2 mil, que será recolhida em favor do Fundo Estadual de Saúde.
Já para pessoas jurídicas, o valor da multa será no mínimo R$ 500,00 podendo chegar a R$ 20 mil, além de advertência, interdição parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorização para funcionamento de empresa e cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento.
O Instituto Butantan ainda não tem previsão de quanto deve retomar a produção da vacina CoronaVac. O presidente do instituto, Dimas Covas, se reuniu hoje com o laboratório Sinovac Biotech, que desenvolve a vacina na China, e disse não ter sido notificado de uma nova data de entrega dos insumos.
Leonardo Martins Do UOL
Em entrevista coletiva durante a entrega do último lote de mais de 1 milhão de doses da CoronaVac na manhã de hoje, Covas ressaltou que haverá atraso na programação de entrega de vacinas em maio e junho ao Ministério da Saúde.
O primeiro contrato foi cumprido com 12 dias de atraso, num volume de 46 milhões de doses. O segundo está em andamento. Foi assinado em fevereiro. Neste momento o que se atrasa é a previsão. Tínhamos a previsão de entregar em maio 12 milhões de doses e, em junho, seis milhões. É uma programação que vai sofrer atraso.
A coordenadora do Controle de Doenças do estado, Regiane de Paula, também ressaltou que o calendário de vacinação será impactado. "Podemos diminuir o ritmo, mas nós não paramos. Esperamos que o governo federal se sensibilize. Estamos em situação muito difícil".
10 mil litros de IFA parados
O governo de São Paulo aguarda a chegada de 10 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que estão parados na China à espera de liberação do governo chinês para embarque ao Brasil.
A previsão inicial era que os insumos fossem liberados ontem da China e chegassem ao território brasileiro no próximo dia 18, conforme já anunciado pelo governo estadual. Mas Covas disse que os chineses desmarcaram essa data e não deram um novo prazo.
O Butantan, assim como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), recebe insumos chineses para a produção da vacina da AstraZeneca. Ontem, o laboratório carioca foi avisado de que começará a receber no próximo dia 22 novos compostos de vacina.
Covas considerou que a liberação pode ser um sinal de que o Butantan também deve adquirir os insumos em breve. "Se começou a liberar insumos, já é uma boa notícia", declarou.
Regiane de Paula também demonstrou insatisfação com os atrasos na entrega das vacinas da Fiocruz. "As frustrações em relação à vacina da AstraZeneca vêm ocorrendo de forma sucessiva desde janeiro. Tínhamos a expectativa de 1 milhão de doses e recebemos quase 40% a menos desse quantitativo", disse.
Doria volta a culpa Bolsonaro por atraso
O governador de São Paulo tem colocado a culpa do atraso nos insumos nas críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China. Bolsonaro fez alusão de que a China estaria promovendo uma "guerra química" e se beneficiando economicamente da pandemia.
"Há um entrave diplomático fruto de declarações desastrosas do governo federal. Isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês", afirmou Doria.
"Faço apelo as autoridades chinesas. Estando em Brasília na embaixada ou na chancelaria: os brasileiros não pensam como o Presidente da República. Os brasileiros agradecem a China por ajudar a salvar vidas", declarou o governador.
O ministério das Relações Exteriores, no entanto, dá outra justificativa e diz que os atrasos são causados pela alta demanda de vacinas da China, e que não há retaliação diplomática com o Brasil.
Votação, a distância, está prevista para terminar ainda nesta sexta-feira (14/5). Relator queria forçar realização do levantamento em 2021
Por Júlia Portela
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela obrigação de que o governo federal promova a realização do Censo. O plenário, no entanto, definiu que a pesquisa seja feita somente em 2022, para que o governo tenha tempo de levantar todos os dados.
Até o momento, Marco Aurélio Mello, decano do STF, e Edson Fachin foram os únicos dos oito membros que já se manifestaram, votando pela adoção de medidas para que o Censo seja efetuado em 2021.
Já Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso discordaram e votaram pela obrigatoriedade do Censo para 2022. Kassio Nunes, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, votou contra o pedido para obrigar o governo federal a realizar o levantamento ainda em 2021.