A medida foi decretada na terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, após o parlamentar publicar vídeo com manifestações contra instituições democráticas e incitação à violência contra ministros do STF

 

 Com Assessoria do STF

 

Por unanimidade (11X0), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão em flagrante do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), decretada na terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, após a divulgação de vídeo em que Silveira defende medidas antidemocráticas, como o AI-5, e instiga a adoção de medidas violentas contra a vida e a segurança dos ministros do STF, o que constitui crime inafiançável. A decisão foi proferida no Inquérito (INQ) 4781, que investiga notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças à Corte.

 

Pronta atuação

 

No início do julgamento, o ministro Luiz Fux afirmou que compete ao STF zelar pela higidez do funcionamento das instituições brasileiras, promovendo a estabilidade democrática, estimulando a construção de uma visão republicana de país e buscando incansavelmente a harmonia entre os Poderes. “Por esse motivo, o STF mantém-se vigilante contra qualquer forma de hostilidade à instituição”, afirmou. “Ofender autoridades, além dos limites permitidos pela liberdade de expressão, que tanto consagramos no STF, exige, necessariamente, uma pronta atuação da Corte”.

 

Crimes inafiançáveis

 

Na decisão e em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes assinalou que as manifestações do parlamentar, por meio das redes sociais, afrontam os princípios republicano e democrático e a separação de Poderes e configuram crimes inafiançáveis, não acobertados pela imunidade parlamentar. Além de atingirem os ministros do STF, elas constituem ameaça ilegal à segurança de seus integrantes e têm o intuito de impedir o exercício da judicatura, especialmente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito.

 

Imunidade parlamentar

 

O ministro destacou que as manifestações em que Silveira pede a destituição, a cassação e a prisão de ministros, por não concordar com posicionamentos da Corte, não são compatíveis com a imunidade parlamentar. “Atentar contra as instituições, contra a democracia e o Estado de Direito não configura exercício da função parlamentar”, afirmou. “A imunidade material parlamentar não pode ser confundida com impunidade”.

 

Ele lembrou, ainda, que, quando a Polícia Federal cumpria o mandado de prisão, o deputado foi para um quarto e, mostrando desprezo pelas instituições, gravou mais um vídeo ameaçando integrantes do STF. Em seguida, durante os exames necessários para a prisão, teria cometido novo crime, ao desacatar uma policial que pedia que ele usasse máscara.

 

Lei de Segurança Nacional

 

Segundo o ministro Alexandre, as condutas praticadas por Silveira são previstas, expressamente, na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1973), especificamente, nos artigos 17 (tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito), 18 (tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos estados), 22, incisos I e IV (fazer propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social ou de qualquer dos crimes previstos na lei), 23, incisos I, II e IV (incitar a subversão da ordem política ou social, a animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis ou a prática de qualquer dos crimes previstos na lei) e 26 (caluniar ou difamar o presidente da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do STF).

 

O relator salientou, ainda, que a Constituição Federal não permite a propagação de ideias contra a ordem democrática e constitucional nem a realização de manifestações (pessoais ou em redes sociais) visando ao rompimento do Estado de Direito, à extinção da cláusula pétrea constitucional da separação de Poderes ou que pretendam a instalação do arbítrio no Brasil.

 

“Dessa maneira, tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à separação de Poderes e aos direitos fundamentais, em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos, como se verifica pelas manifestindepenações criminosas e inconsequentes do referido parlamentar”, afirmou.

 

Medidas enérgicas

 

O ministro lembrou que o deputado é reiterante na prática criminosa, pois está sendo investigado em inquérito policial no Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) relativo ao financiamento de atos antidemocráticos (INQ 4828). Segundo ele, diante dessas manifestações, é imprescindível “adotar medidas enérgicas para impedir a perpetuação da atuação criminosa de parlamentar visando lesar ou expor a perigo de lesão a independência dos Poderes instituídos e o Estado Democrático de Direito”.

 

Manifestação chula

 

O decano do STF, ministro Marco Aurélio, afirmou que jamais poderia esperar uma fala “tão ácida, tão agressiva e tão chula em relação às instituições”. Em seu entendimento, era imprescindível interromper a prática delituosa, e não há dúvida sobre a periculosidade do preso e a necessidade de preservar a ordem pública.

 

Câmara dos Deputados

 

O processo agora será remetido à Câmara dos Deputados, para que decida, pelo voto da maioria de seus membros, sobre a manutenção da prisão de Daniel Silveira, conforme o parágrafo segundo do artigo 53 da Constituição Federal.

 

Audiência de custódia

 

Em despacho, o ministro Alexandre de Moraes designou a realização da audiência de custódia de Silveira, por videoconferência, para amanhã (18), às 14h30, a ser presidida pelo juiz instrutor Aírton Vieira, de seu gabinete.

 

PR/CR//CF

Posted On Quarta, 17 Fevereiro 2021 18:20 Escrito por

ESTATISTCA DOS ATUAIS DEPUTADOS NÃO BATEM...


O Tocantins tem, exatamente, 139 municípios, mesmo assim, com um número exato, vários deputados federais e estaduais gritam aos quatro ventos que têm apoio de 50, 30, 45 prefeitos, como se nosso Estado tivesse mais de 300 municípios.
As contas, simplesmente, não batem!
Trocando em miúdos e olhando pelo retrovisor político, essas contas desses parlamentares nem para a estratégia de marketing servem.
Prefeitos só têm forças se estiverem com suas administrações bem avaliadas e, mesmo assim, nenhum prefeito tocantinense conseguiu transferir mais que 5% de votos aos seus candidatos a parlamentares nas últimas eleições.
Além disso, são poucos os que conseguem fechar apoios aos candidatos ao parlamento junto aos vereadores e até aos presidentes do seu próprio partido.
Conceder emendas impositivas é uma coisa. Conseguir a liberação de recursos é outra.

 

POLÍTICA NÃO É MATEMÁTICA


Poucos foram os candidatos que conseguiram maioria entre os vereadores e presidentes de partidos. O ex-senador Vicentinho Alves, antes de ser candidato ao governo do Estado, tinha mais de 60% das intenções de voto em uma eleição, assim como Sandoval Cardos, que tinha 78% em outra, e Siqueira Campos, que tinha 86% na eleição contra Marcelo Miranda.
Todos perderam.
Logo, quem estiver visando a uma eleição em 2022 tem que sair do ar condicionado dos escritórios, das mordomias em Brasília e desembarcar nas províncias, onde estão suas bases eleitorais.
O voto de cabresto acabou. O que vale, agora, é a prestação de contas do que cada candidato fez e uma aproximação imediata e sincera com os cidadãos.
Esse recado também vale para uma meia dúzia de candidatos à reeleição na Assembleia Legislativa.

 

BASES AGUARDAM POSIÇÃO DE EDUARDO GOMES SOBRE SUCESSÃO


Prefeitos, vereadores correligionários do MDB, aliados de outros partidos e vários líderes políticos de diversos municípios tocantinenses, seguidores do senador Eduardo Gomes, aguardam a sua chegada em território tocantinense para saber qual caminho político irão seguir nas eleições estaduais de 2022.
Segundo fontes, o senador já foi convidado para continuar na liderança do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Essa é uma excelente notícia para o povo tocantinense e para o próprio Eduardo Gomes, que prosseguirá carreando recursos para o Tocantins e para os 139 municípios.

COORREÇÃO


Em nossa coluna desta terça-feira (16), informamos sobre a força política do MDB, maior partido brasileiro, mas ao informarmos o número de Senadores, por erro de digitação, acabamos informando que o partido possuía 11 senadores quando, na verdade, são 15 membros na bancada do Senado Federal.
Ficam, aqui, nossas desculpas pelo equívoco.

 

FUSÃO PARTIDÁRIAS A VISTA

São vários os partidos pequenos e nanicos que, com o resultado pífio das urnas nas eleições municipais do ano passado e, se preparando para o que será a primeira eleição estadual sem coligações proporcionais, já estruturam fusões para não “desaparecerem” do Congresso Nacional.
Muitas das siglas que estão se preparando para a fusão têm representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados e, caso não prossigam com as fusões, dificilmente conseguirão eleger sequer um deputado, quem dirá um deputado federal.

Isso é fato!

 

CÚPULAS NACIONAIS DE OPOSIÇÃO PODEM FECHAR QUESTÃO


Os partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro podem fechar questão proibindo os diretórios estaduais a apoiar candidatos a governador que façam parte da base política de Bolsonaro.

 

REFORMA POLÍTICA NA “FORMA”


O presidente do Senado, Eduardo Pacheco, já formou uma comissão para propor as mudanças nas regras das eleições de 2022, um esboço para instituir o voto impresso para eleições de deputados estaduais, federais e distritais, com coligação por distrito.
A proposta deixa claro que o Senado quer tirar o poder do Judiciário. Só esqueceram de combinar com o STF e com o TSE.
A intenção é votar as mudanças a toque de caixa para aproveitar o momento de turbulência e conflitos do Legislativo com o Executivo e virar o “alvo” para o Judiciário.
Dificilmente conseguirão êxito nessa empreitada.

Só o tempo dirá.

 

RONALDO DIMAS DESCARTA SER VICE


O pré-candidato a governador e ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, considerado o melhor “tocador de obras” da Região Norte do Estado, em entrevista ao talentoso jornalista Cleber Toledo, revelou que não existe possibilidade de ser candidato a vice-governador nas eleições de 2022.
Dimas está fazendo um giro no Estado, conversando com companheiros, discutindo prioridades e formando parcerias com lideranças e futuros candidatos a deputado federal e estadual.

 

DEPUTADO PRESO EM FLAGRANTE


O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite desta terça (16) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Silveira já está com os policiais a caminho da Superintendência da Polícia Federal. Ele, que já é alvo do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, publicou um vídeo com ofensas, ameaças e pedido de fechamento do Supremo, segundo a decisão do ministro.
“O autor das condutas é reiterante na prática criminosa, pois está sendo investigado em inquérito policial nesta CORTE, a pedido da PGR, por ter se associado com o intuito de modificar o regime vigente e o Estado de Direito, através de estruturas e financiamentos destinados à mobilização e incitação da população à subversão da ordem política e social, bem como criando animosidades entre as Forças Armadas e as instituições”, diz a decisão.
“As condutas criminosas do parlamentar configuram flagrante delito, pois na verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos acima mencionados, uma vez que o referido vídeo permanece acessível a todos os usuários da rede mundial de computadores, sendo que até o momento, apenas em um canal que fora disponibilizado, o vídeo já conta com mais de 55 mil acessos.”
Silveira tuitou a própria prisão.

 

GOVERNO COMPRA 100 MILHÕES DE VACINAS DO BUTANTAN


O Ministério da Saúde assinou um novo contrato com o Instituto Butantan para a compra de 54 milhões de doses da vacina Coronavac. A informação foi confirmada pela CNN Brasil.
As novas doses se somam às outras 46 milhões que o governo federal já havia adquirido do instituto paulista, chegando a um total de 100 milhões de doses da Coronavac para o programa nacional de vacinação.
Conforme a pasta da Saúde informou à imprensa, o primeiro lote, das 46 milhões de doses, ainda não foi entregue e está em produção. Mas, de acordo o ministério, o governo federal já empenhou os recursos, ou seja, reservou o dinheiro que será destinado ao pagamento, para reiterar o compromisso de compra. Pelo contrato do Butantan com o governo federal, a compra do segundo lote está condicionada à entrega total do primeiro.

 

GILMAR REBATE VILLAS BÔAS


O ministro Gilmar Mendes usou as redes sociais nesta terça, 16, para rebater o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Mais cedo, o militar ironizou a reação do ministro Edson Fachin, que subiu o tom nesta segunda contra uma declaração dita por ele há três anos.
"A harmonia institucional e o respeito à separação dos poderes são valores fundamentais da nossa república. Ao deboche daqueles que deveriam dar o exemplo responda-se com firmeza e senso histórico: Ditadura nunca mais!", escreveu Gilmar.
A polêmica teve início após o livro General Villas Bôas: Conversa com o Comandante, lançado pela Editora FGV a partir de uma longa entrevista dada ao pesquisador Celso Castro, revelar que o ex-comandante do Exército teria planejado com o Alto Comando da Força o tuíte que foi interpretado como pressão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) não favorecesse o ex-presidente Lula.

 

VILLAS BÔAS IRONIZA

O ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas reagiu, nesta terça-feira, 16, à manifestação feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin sobre os militares na segunda-feira, 15. Em sua conta no Twitter, o general ironizou o fato do ministro subir o tom sobre um fato acontecido há 3 anos.
"Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?", escreveu Villas Bôas na ocasião, um dia antes da Corte julgar um habeas corpus ajuizado pelo petista, o chefe militar primeiro tuitou que a Força compartilhava "o anseio de todos os cidadãos de bem". Depois, divulgou novo tuíte citando as instituições, com tom ainda mais político.
O texto chegou a ser interpretado como ameaça de golpe, caso Lula fosse libertado. O ex-presidente cumpria pena estabelecida pelo juiz Sérgio Moro, no processo do triplex do Guarujá. Sua libertação poderia ter influência na campanha eleitoral. A disputa foi vencida, no segundo turno, por Jair Bolsonaro, derrotando o petista Fernando Haddad.

 

Posted On Quarta, 17 Fevereiro 2021 07:25 Escrito por

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, expediu mandado de prisão em flagrante por crime inafiançável contra o deputado Daniel Silveira

 

Por Rafael Moraes Moura, Fausto Macedo e Paulo Roberto Netto

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu mandado de prisão em flagrante por crime inafiançável contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). A ordem foi proferida na noite desta terça-feira, 16, após o parlamentar divulgar um vídeo com discurso de ódio contra os integrantes da Corte, e executada pela Polícia Federal pouco depois.

 

A prisão do deputado foi determinada por Moraes no âmbito do inquérito sigiloso que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra ministros do STF e seus familiares. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, Moraes entrou em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), por telefone, logo depois de assinar a decisão.

 

A prisão de Silveira marca o primeiro desgaste entre STF e Câmara desde que Lira assumiu o comando da Casa, há duas semanas. Aliados de Lira temem que a decisão leve a uma nova crise entre o Judiciário e o Legislativo.

 

Nas redes sociais, Silveira afirmou que a Polícia Federal esteve em sua residência na noite desta terça para cumprir o mandato. "Polícia Federal na minha casa neste exato momento com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes", escreveu o parlamentar. Silveira foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal no Rio.

 

Silveira é investigado no inquérito que mira o financiamento e organização de atos democráticos em Brasília. Em junho, ele foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Em depoimento, o parlamentar negou produzir ou repassar mensagens que incitassem animosidade das Forças Armadas contra o Supremo ou seus ministros.

 

Silveira está em seu primeiro mandato na Câmara. Ele ficou conhecido por destruir, durante a campanha de 2018, uma placa de rua que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em março daquele ano.

 

"A Constituição Federal não permite a propagação de ideias contrárias a ordem constitucional e ao Estado Democrático (CF, artigos 5º, XLIV; 34, III e IV), nem tampouco a realização de manifestações nas redes sociais visando o rompimento do Estado de Direito, com a extinção das cláusulas pétreas constitucionais - Separação de Poderes (CF, artigo 60, §4º), com a consequente, instalação do arbítrio", escreveu Moraes no pedido de prisão do deputado.

 

"Imprescindível, portanto, medidas enérgicas para impedir a perpetuação da atuação criminosa de parlamentar visando lesar ou expor a perigo de lesão a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito", observou o ministro.

 

Em uma decisão de oito páginas, Moraes destacou que a conduta do parlamentar revelasse "gravíssima", pois atenta contra o Estado democrático de direito e suas instituições republicanas.

 

"Relembre-se que, considera-se em flagrante delito aquele que está cometendo a ação penal, ou ainda acabou de cometê-la. Na presente hipótese, verifica-se que o parlamentar Daniel Silveira, ao postar e permitir a divulgação do referido vídeo, que repiso, permanece disponível nas redes sociais, encontra-se em infração permanente e consequentemente em flagrante delito, o que permite a consumação de sua prisão em flagrante".

 

Discurso de ódio. Mais cedo, Silveira publicou um vídeo nas redes atacando os ministros do Supremo. A gravação foi divulgada após o ministro Edson Fachin classificar como "intolerável e inaceitável" qualquer forma de pressão sobre o Poder Judiciário.

 

A manifestação do ministro foi dada após a revelação que um tuíte do general Eduardo Villas Bôas, feito em 2018 e interpretado como pressão para que o Supremo não favorecesse o ex-presidente Lula, teria sido planejado com o Alto Comando das Forças Armadas.

 

No vídeo, Silveira afirma que os onze ministros do Supremo "não servem pra porra nenhuma pra esse país", "não têm caráter, nem escrúpulo nem moral" e deveriam ser destituídos para a nomeação de "onze novos ministros". A única exceção que é elogiada é o ministro Luiz Fux, a quem o deputado diz respeitar o conhecimento jurídico, mas mesmo o presidente da Corte é incluído nas críticas generalizadas aos integrantes do Tribunal, chamados de "ignóbeis".

 

"Fachin, um conselho pra você. Vai lá e prende o Villas Bôas, rapidão, só pra gente ver um negocinho, se tu não tem coragem. Porque tu não tem culhão pra isso, principalmente o Barroso, que não tem mesmo. Na verdade ele gosta do culhão roxo", continuou o deputado. "Gilmar Mendes Barroso, o que é que ele gosta. Culhão roxo. Mas não tem culhão roxo. Fachin, covarde. Gilmar Mendes  (o deputado faz gesto simulando dinheiro) é isso que tu gosta né, Gilmarzão? A gente sabe."

 

Silveira também afirma na gravação que já imaginou o ministro Fachin "levando uma surra", assim como "todos os integrantes dessa Corte aí".

 

"O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime", afirmou. "Na minha opinião, vocês já deveriam ter sido destituídos do posto de vocês e uma nova nomeação convocada e feita de onze novos ministros. Vocês nunca mereceram estar aí. E vários que já passaram também não mereceram. Vocês são intragáveis."

 

 

Posted On Quarta, 17 Fevereiro 2021 06:50 Escrito por

A obra tem o objetivo de desviar o trânsito de caminhões de carga do centro de Palmas, além de facilitar o acesso a universidades, praias e rodovias

 

Por Jarbas Coutinho

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, aproveitou a terça-feira de Carnaval para vistoriar as obras da Avenida NS-15, em Palmas. Acompanhado da secretária da Infraestrutura, Cidades e Habitação e presidente da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), Juliana Passarin, ele acompanhou de perto a execução do trabalho de pavimentação do trecho que compreende a TO-050 e a rotatória da Avenida NS-10, no setor Santo Amaro.

 

Na oportunidade, o Governador percorreu todo o trecho da avenida e destacou a importância da obra, que tem como objetivo desviar o trânsito de caminhões de carga do centro de Palmas, além de facilitar o acesso às universidades Federal do Tocantins (UFT) e Estadual do Tocantins (Unitins), bem como, às praias e rodovias. “É a nossa forma de trabalhar, sempre acompanhando a execução das obras em todo o Estado. Essa é uma obra importantíssima, que vai tirar o fluxo de caminhões que passam no centro da cidade e, se Deus quiser, em breve vamos entregá-la para a população, não só de Palmas, mas de todo o Tocantins”, ressaltou.

 

O trecho, quando for concluído, formará um anel viário dentro da Capital. De acordo com o superintendente de Gestão Operacional e Projetos da Ageto, Adelmo Vendramini, cerca de 40% das obras de drenagem, pavimentação, calçadas, pistas de ciclovia e iluminação já foram executadas.

 

Obra consistente

 

A secretária Juliana Passarin explicou que a pavimentação asfáltica é do tipo Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), com capacidade para suportar o tráfego de veículos de carga. “É uma obra de qualidade, projetada para suportar o tráfego intenso de caminhões de carga, que atualmente passam pelo centro da Capital”, frisou.

 

As obras estão sendo executadas pelo Consórcio EHL/Rudra. O valor do contrato é de R$ 102 milhões, sendo que metade provém de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal (CEF) e o restante é contrapartida do Governo Estadual. As obras também incluem a construção de duas pontes de concreto armado, cada uma com 66 m de comprimento e 14 m de largura, além de uma galeria tripla de 68 m de comprimento.

 

A vistoria foi acompanhada pelos secretários de Estado da Comunicação, Élcio Mendes; do Gabinete do Governador, Sebastião Albuquerque; e Extraordinário de Assuntos Parlamentares, José Umberto; pelo presidente do Instituto Natureza do Tocantins, Renato Jayme; e outros auxiliares do Governo.

 

Posted On Quarta, 17 Fevereiro 2021 06:43 Escrito por

 

“A vitória não ensina nada. O que ensina é a derrota” 

 

CHICO ANYSIO

 

 

 

BORSOLNARO IMPLODE DEM E PSDB INTERNAMENTE

Com um Orçamento “virgem”, concessão de auxílio emergencial, com o comando das duas Casas Legislativas, fechado com o centrão, o presidente Jair Bolsonaro deu um “nó” nas oposições ao seu governo.

Com o Diário Oficial e a chave do cofre na mão e com a esquerda fragilizada, caso cumpra sua parte no pacto feito com os líderes partidários, o presidente Jair Bolsonaro já tem sua candidatura à reeleição “pavimentada”, principalmente porque conseguiu implodir, internamente, o DEM e o PSDB, que abrigam seus principais adversários na corrida sucessória de 2022.

ACM Neto e Rodrigo Maia no DEM, assim como João Dória e Aécio Neves, no PSDB, já não falam a mesma língua e, dificilmente, voltarão a falar.

Resta saber por qual partido Bolsonaro disputará o pleito.  Se acertar esse quesito, também, pode vir imbatível em 2022.

 

CASAMENTO POLITICO COM SEPARAÇÃO DE BENS

Ou o presidente Jair Bolsonaro aceitava o casamento com o centrão, como fez Michel Temer, ou corria o risco de acabar como Dilma, apeado do poder por um processo de impeachment.

Por outro lado, o centrão, desnutrido, sem reservas financeiras para este ano para viabilizar as eleições de 2022, precisava desse casamento para liberar emendas impositivas e convênios para sanar sua gula por recursos federais.

A duração do casamento dependerá, agora, do governo federal cumprir com a sua parte.  Isso significa cargos em todos os escalões, ministérios e secretarias.

Apesar de ser um casamento com “separação de bens”, o compromisso deve ser cumprido, sob risco de ingovernabilidade e problemas para a União.

Neste primeiro momento, apenas o governo federal conseguiu o que queria: eliminar a possibilidade de um impeachment contra si.

 

OPOSIÇÃO PRECISA ACHAR SEU RUMO

Divididas, sem discurso, sem propostas e enfrentando guerras e rachas internos, sem nenhuma liderança capaz de promover a união, pelo menos dos principais partidos, a oposição ao governo de Jair Bolsonaro precisa achar um rumo no decorrer deste ano.

Sem união, não haverá propostas nem planejamento e continuarão prevalecendo os interesses pessoais em detrimento do coletivo.

 “Tratorados” pela máquina administrativa comandada por Bolsonaro, os oposicionistas perderam não só o rumo, como a credibilidade junto ao povo.

 

BOLSONARO NO PATRIOTA

Os bastidores políticos em Brasília dão como certa a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Patriotas, juntamente com os principais membros do seu grupo político.

O objetivo será fazer o partido crescer ao longo do ano, principalmente nos estados, para receber filiações de senadores, deputados federais e estaduais na “janela” do início de 2022 e construir uma base forte no Congresso Nacional, coma formação de uma bancada de apoio, juntamente com os partidos aliados, partindo para um governo com uma grande base, caso seja reeleito.

 

MDB RECOLHIDO

Diante do tsunami de conflitos políticos de partidos brigando internamente entre si, após a eleição das mesas –diretoras do Congresso e do Senado, o MDB vem guardando um silêncio sepulcral, apenas observando a estranha “lua de mel” entre o governo federal e o centrão.

Sabedor do seu tamanho, com 784 prefeitos, 7.335 vereadores, 34 deputados federais e 11 senadores, que o transformam no maior partido político brasileiro, o MDB irá focar em manter essa tendência e eleger o maior número de governadores em 2022.

Por isso, fica fácil entender o recolhimento estratégico do MDB, neste momento, mantendo-se fora dos conflitos e trabalhando para, no segundo semestre, “sair da toca” e saber com quem e de que lado estará nas eleições de 2022.

 

O POVO

Com milhões de pessoas desempregadas, endividadas, com o CPF bloqueado, com o caos na Saúde Pública e milhares de órfãos pela Covid-19, a promessa de 250 reais para apenas metade dos atendidos pelo auxílio emergencial no momento inicial da pandemia, pode se tornar o maior obstáculo para o governo de Jair Bolsonaro e seus aliados, que precisará ser resolvido logo, antes que as manifestações comecem, sob o risco de colocar em cheque sua reeleição em 2022.

Nem sempre sair na frente, logo após a largada, significa chegar na frente no final.  Não bata resolver problemas políticos no Congresso.  Tem que estar bem nos municípios e nos estados e, principalmente, na mente do povo.

 

AS OPOSIÇÕES

As oposições já levaram duas surras.  A primeira na eleição municipal de 2020 e a segunda na eleição das mesas-diretoras da Câmara Federal e do Senado.

O governo soube aproveitar as divisões partidárias internas e conseguiu capitalizar os votos que precisava no parlamento para eleger seus candidatos. Porém, ficou um recado fúnebre aos detentores de mandatos que serão candidatos à reeleição no Congresso e nas Assembleias Legislativas estaduais: ou se unem partidariamente, fortalecendo suas agremiações, construam uma frente partidária e partam, unidas, para o pleito contra o presidente Jair Bolsonaro e seus candidatos a governador deputados e senadores nos estados, ou serão fragorosamente derrotadas.

Sempre deixando claro que quem decidirá a eleição não será ninguém, senão sua majestade, o eleitor.

 

FAMÍLIAS ENDIVIDADAS

 

O endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde em novembro de 2020, em plena pandemia de covid-19. Segundo dados do Banco Central (BC), as dívidas bancárias atingiram 51% da renda acumulada das famílias nos 12 meses anteriores.

O recorde anterior havia sido registrado no mês de outubro de 2020, com 49,81% dos ganhos. A série histórica começou em janeiro de 2015. Entram na conta todas as dívidas com bancos, incluindo as de financiamento imobiliário.

Em janeiro de 2019 - ou seja, antes da pandemia -, esse indicador era de 45,19%. O menor porcentual registrado desde o início do levantamento é o de janeiro de 2005 (18,42%), que marca o começo da série histórica.

 

GOVERNADORES COBRAM VACINAS

Com doses de vacina contra a covid-19 se esgotando, governadores e congressistas preparam uma ofensiva sobre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para acelerar a chegada de novos imunizantes ao País. A pressão sobre o general aumentou após Pazuello prometer que todo o País será imunizado ainda neste ano, mesmo com o governo federal patinando para ampliar a oferta de vacinas.

O Fórum dos Governadores reúne-se com Pazuello na quarta-feira, 17. Os chefes dos Estados e do Distrito Federal vão cobrar, novamente, um cronograma para a entrega das doses. "Nos aproximamos de 30 dias do início da vacinação com perspectiva de alcançar apenas 3% da população brasileira vacinada. Neste ritmo, não vai se concretizar o plano do governo de vacinar, até junho, metade da população", disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena trabalhos do Fórum sobre vacina.

O Ministério da Saúde afirma que 11,1 milhões de doses já foram entregues. Este volume serve para vacinar cerca de 6,5 milhões de pessoas. Segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde, o número de pessoas vacinadas no País chegou a cerca de 5 milhões no domingo, 14. Os dados do Ministério da Saúde, que estão desatualizados, apontam cerca de 3 milhões de pessoas que receberam ao menos a primeira dose.

 

TUCANOS CONTRA DÓRIA

Uma comitiva de deputados do PSDB esteve em Porto Alegre para um lançamento informal do nome do governador gaúcho, Eduardo Leite, à Presidência em 2022. O movimento é liderado pelo deputado Lucas Redecker (RS) e tem o apoio de parlamentares que se rebelaram contra o governador João Doria (SP).

O gatilho da articulação foi a ofensiva do governador paulista para que a bancada do PSDB adote uma postura mais incisiva de oposição ao presidente Jair Bolsonaro e a movimentação de aliados para que o chefe do Executivo paulista assuma a presidência do partido em maio. Diante da repercussão negativa, os aliados de Doria recuaram da estratégia de tentar interferir na sucessão tucana.

À Coluna do Estadão, Leite afirmou que é "precipitado definir candidatura, seja de quem for", mas prometeu ajudar o partido a buscar o melhor caminho para 2022. "O partido deve primeiro se reunir em torno de ideias, de um propósito. E é papel de quem exerce funções relevantes, como nós governadores, de ajudar na condução dos debates para uma futura tomada de decisão. Mas jamais impor um caminho em função de pretensões pessoais", disse, sem citar Doria.

 

Posted On Terça, 16 Fevereiro 2021 12:21 Escrito por