Ex-presidente considerou que o governador de São Paulo precisa se "nacionalizar" para se tornar competitivo na próxima eleição
Por Agência O Globo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta segunda-feira (30) que o governador de São Paulo , João Doria (PSDB), ainda não está pronto para ser candidato a presidente da República em 2022. Em entrevista ao portal UOL , o líder tucano considerou que o paulista precisa se "nacionalizar" para se tornar competitivo na próxima eleição.
"O Brasil é muito diverso, não adianta você pensar que vamos pegar uma pessoa que é do meu partido e acho que pode ser candidato. O Doria vai ter que se nacionalizar. Ele tem uma vantagem, os pais são da Bahia. Ele vai ter que 'baianizar', 'cariocar', 'gauchar', enfim, se é para expressar um sentimento nacional, você não pode ser de uma parte só, tem que atender essa diversidade do país", disse.
Somente o pai do governador é baiano. A mãe de Doria é natural de São Paulo. Doria é hoje o principal nome do PSDB para a disputa nacional daqui a dois anos, mas não é o único. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também é lembrado para a vaga. FHC nunca escondeu a preferência por outros nomes que não o de Doria.
Nesta segunda-feira, o ex-presidente afirmou que Doria é "um bom líder paulista". Ele lembrou que também teve que buscar inserção nacional para se eleger em 1994.
"Eu nasci no Rio, sou paulista, minha mãe amazonense, meu pai do Paraná, meus avós de Goiás, eu explorava isso. Não que eu quisesse ganhar politicamente. Queria, mas não é só isso. O Doria tem que usar esses instrumentos que tem para se transformar num líder nacional, por enquanto ele é um bom líder paulista", disse.
Ele teve 52,60% dos votos válidos e derrotou Vanderlan Cardoso, do PSD, que ficou em segundo lugar com 38,72%. Político está internado há mais de um mês em tratamento contra a Covid-19 e não sabe da vitória.
Por Vitor Santana, G1 GO
Maguito Vilela, do MDB, foi eleito neste domingo (29) prefeito de Goiânia para o mandato de 2021 a 2024. Internado em tratamento contra o coronavírus há mais de 1 mês, o candidato derrotou Vanderlan Cardoso, do PSD. Ao fim da apuração, ele teve 52,60% dos votos válidos. Foram 277.497 votos no total.
Veja a cobertura da votação e apuração do 2º turno em Goiás
Confira o resultado da apuração em Goiânia
O político, de 71 anos, disputou o 2º turno e foi eleito sem saber dos resultados das urnas, pois está sedado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de São Paulo.
O resultado foi divulgado às 18h42 deste domingo (29). Vanderlan Cardoso teve 250.036 votos, o que totalizou 47,40% dos votos válidos. A eleição em Goiânia teve 36,75% de abstenção, 4,26% votos brancos e 9,86% votos nulos.
O vice-prefeito de Maguito é Rogério Oliveira da Cruz, do Republicanos, que é vereador em Goiânia e tem 54 anos. Após o resultado, a equipe de campanha se reuniu em um hotel da capital e fez uma oração pela recuperação do prefeito eleito.
"Agradecemos ao eleitor por depositar seu voto no Maguito Vilela. Ele se multiplicou em Goiânia, porque criamos uma força grande de aliados. Todo o plano de Maguito será executado nos próximos quatro anos, e ele estará ao nosso lado", disse o vice-prefeito eleito.
O filho de Maguito Vilela e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, disse que foi uma campanha atípica.
“Não posso deixar de registrar um fato desta campanha desrespeitosa contra o nosso candidato, uma campanha vergonhosa, pessoas que demonstraram não ter o mínimo escrúpulo com a vida humana. Saíram por aí, nesta semana, com carros de som anunciando a morte do candidato adversário e disparo em massa no WhatsApp com mensagens de fake news relativas ao estado de saúde do candidato. Com certeza, isso teve influência e trouxe insegurança a muitas pessoas" disse.
Daniel Vilela disse ainda que espera um diálogo entre o poder municipal e o estadual. “Tentamos agenda com o governador Ronaldo Caiado desde antes da campanha e não conseguimos. Acredito que agora, depois das eleições, com certeza ele terá”, completou. Após a vitória, o governador publicou uma nota parabenizando Maguito pela vitória nas urnas.
Maguito e Rogério fazem parte da coligação Pra Goiânia Seguir em Frente, formada pelos partidos PMB/ PTC/ Patriota/ MDB/ Republicanos/ PC do B.
Apuração
Votos totais: 614.272
Votos válidos: 527.533
Brancos: 26.193
Nulos: 60.546
Abstenção: 356.949
Crivella, no Rio, e Capitão Wagner, em Fortaleza, não conseguiram se eleger. Presidente manifestou apoio a candidatos a prefeituras em 'lives' na internet. Ao todo, 11 não se elegeram; só dois foram eleitos
Por Thiago Reis, G1
Os dois candidatos a prefeito apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro que disputavam o 2º turno na eleição deste domingo (29) saíram derrotados das urnas. Crivella (Republicanos), no Rio, e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza, não se elegeram.
Na reta final da campanha eleitoral, Bolsonaro fez "lives" no Palácio Alvorada para pedir votos para 13 candidatos a prefeito, além de outros candidatos a vereador e uma candidata ao Senado por MT (o estado teve eleição suplementar para a vaga aberta após a cassação de Selma Arruda, no ano passado).
Dos 13 candidatos a prefeito apoiados pelo presidente, 11 saíram derrotados (sendo 9 no 1º turno). Apenas dois foram eleitos no país.
Não eleitos no 2º turno
Marcelo Crivella (Republicanos), atual prefeito do Rio de Janeiro e apoiado por Bolsonaro, perdeu a eleição no 2º turno para Eduardo Paes (DEM).
Em Fortaleza (CE), o candidato apoiado por Bolsonaro, capitão Wagner (PROS), foi vencido no segundo turno por Sarto (PDT).
Não eleitos no 1º turno
Em São Paulo (SP), o candidato apoiado por Bolsonaro era Celso Russomano (Republicanos), que ficou em quarto lugar, com 10,50% dos votos.
Em Belo Horizonte (MG), o candidato Bruno Engler (PRTB), apoiado por Bolsonaro, teve menos de 10% dos votos.
No Recife (PE), delegada Patrícia (PODE), apoiada por Bolsonaro, ficou em quarto lugar na disputa.
Em Manaus (AM), Coronel Menezes (Patriotas) ficou em quinto lugar, com 11,32% dos votos.
Em Santos (SP), o candidato Ivan Sartori (PSD) também foi derrotado. A cidade teve uma definição já no 1º turno.
Em Sobral (CE), o candidato de Bolsonaro também perdeu. Oscar Rodrigues (MDB) acabou com 40,77% dos votos.
Em Cabo Frio (RJ), o candidato doutor Serginho recebeu 33,7% dos votos, ficando em segundo lugar na disputa.
Em Cabedelo (PB), a candidata à prefeitura Morgana Macena recebeu 12,2% dos votos. E não se elegeu.
E em Criciúma (SC), a candidata Julia Zanatta (PL) ficou em terceiro lugar, com 7,03% dos votos.
Eleitos
Entre os candidatos às prefeituras apoiados por Bolsonaro, dois se elegeram, ambos no 1º turno.
Gustavo Nunes (PSL) venceu a disputa pela prefeitura de Ipatinga (MG). Ele teve 40,90% dos votos.
Em Parnaíba (PI), outro candidato apoiado por Bolsonaro também foi eleito. Mão Santa (DEM) venceu com 68,34% dos votos no domingo (15).
Vereadores
Dos 45 vereadores apoiados em 27 cidades, 10 se elegeram e 35 não se elegeram (31 ficaram como suplentes).
Entre os não eleitos está a Wal do Açaí (Republicanos), candidata a vereadora por Angra dos Reis (RJ). Em 2018, ela foi apontada como funcionária fantasma ligada ao gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado no Rio de Janeiro. Wal disputou a eleição como 'Wal Bolsonaro', mas recebeu apenas 266 votos.
Entre os eleitos está Carlos Bolsonaro (Republicanos), que conquistou uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro com 71 mil votos. A votação recorde, esperada para ele este ano, não se confirmou. O candidato mais votado em todo o país foi Eduardo Suplicy (PT), com 167 mil votos.
A pedido da defesa do senador Irajá Abreu, a boate Café de la Musique e o hotel La Residence entregaram à Justiça de São Paulo imagens que mostram o parlamentar acompanhado da modelo Hellen Haas na noite do último dia 22 e também da madrugada do dia 23.
Por Claudio Dantas e SBT
Ao acusar Abreu de estupro, a modelo alegou ter sofrido um “apagão” e recobrado a consciência “já com o investigado em cima de si, mantendo conjunção carnal”.
Ao se manifestar nos autos do inquérito, o advogado Daniel Bialski afirma que a versão de Haas “não condiz com a realidade”.
“Todas as imagens de CFTV requisitadas, de todos os locais em que estiveram naquela data, revelam justamente o contrário, ou seja, de que eles chegaram de mãos dadas, caminhando tranquilamente, e, mais que isso, mostrando que ela manuseara seu celular, conduta incompatível com alguém que estaria alegadamente sem a capacidade e discernimento de seus atos.”
O advogado acrescenta que o exame de corpo de delito de Irajá também rebate a tese de que houve luta corporal e que a modelo se recusou a entregar o celular, cujo conteúdo pode ajudar a “esclarecer detalhes ainda não totalmente esclarecidos” do episódio.
Pedido do Senador
Imagens das câmeras de segurança de uma das casas noturnas mais luxuosas de São Paulo registraram o Senador Irajá Silvestre Filho (PSDB-TO) e a modelo de 22 anos que o acusa de estupro deixando o local juntos. O SBT teve acesso às imagens com exclusividade. O senador é filho da também senadora Kátia Abreu (PP-TO).
Na madrugada da última segunda-feira (23.nov), as imagens mostram o Senador Irajá e a modelo indo até o caixa do Café de la Musique. Ele aparece com um copo de bebida na mão e ela pede para tirar a pulseira do camarote em que eles estavam. Imagens do lado de fora mostram o parlamentar com as mãos no ombro da jovem. Depois, eles saem abraçados. Mesmo com as recomendações sanitárias, o político e outros fequentadores estavam na casa noturna não usam máscara.
No depoimento o parlamentar disse que veio para a capital paulista visitar a mãe e conheceu a modelo durante um almoço no Joquei Club. Ele informou que horas depois a jovem o convidou para ir a uma festa na casa de uma amiga. Depois, Irajá e a jovem teriam ido até o flat, onde o político estava hospedado. E segundo ele, tiveram uma relação sexual.
A delegacia de Defesa da Mulher investiga a denúncia de estupro. A jovem e a amiga que chamou o socorro já prestaram depoimento. O advogado da modelo não quis falar sobre o caso e disse que ela está abalada com a repercussão da denúncia e que decidiu passar os próximos dias no exterior acompanhada da mãe.
A defesa do Senador diz que as imagens da casa noturna reforçam a versão apresentada pelo político. "O próprio relacionamento, as testemunhas e as imagens dos outros locais vão mostrar que os dois estavam tendo um relacionamento consensual, voluntário de ambas as partes", disse Daniel Bialski.
“Não trate como aliado quem te vê como amigo. O aliado luta pelos interesses, o amigo ajuda nas realizações”
CASTRO ALVES
Por Edson Rodrigues
Após o resultado final das eleições municipais do último dia 15, e antes mesmo da diplomação dos eleitos nos Executivos e Legislativos Municipais, um novo mapa político começa a ser estabelecido, com vistas às eleições majoritárias de 2022.
Na elaboração desse novo mapa, todos os cuidados devem ser tomados para se evitar passar vergonha, entrar em depressão quando começarem a colocar na mesa, as peças que compõem o novo panorama, pois muitos dos vitoriosos para Executivos e Legislativos pelo Tocantins afora, o foram por prestígio próprio e vão fazer questão de que todos saibam disso.
É óbvio que muitos dos eleitos tiveram, sim, participação importante dos dirigentes de suas legendas e dos seus pares com mandato nos parlamentos federal e estadual. Algumas legendas podem se “gabar” de ter eleito um número X de prefeitos e um número Y de vereadores, mas em outras a história não ocorreu exatamente dessa maneira.
Dezenas de prefeitos e vereadores se elegeram por prestígio próprio ou união de partidos em torno de seu nome. Houve municípios em que os presidentes de legendas vencedoras sequer participaram de comícios, reuniões ou contribuíram com o Fundo Partidário, reservando esse dinheiro para a campanha em Palmas e deixando os candidatos do interior por conta e risco.
Dezenas desses prefeitos que se elegeram por mérito próprio estão, esta semana, em Brasília, visitando os gabinetes dos congressistas em busca de parcerias e “adoções de paternidade”, pois a atuação de seus “líderes” e dirigentes de partido já mostrou que eles estão sozinhos.
Em conversa, via aplicativo, com vários desses prefeitos, observamos que o abandono terá sérias consequências para quem os abandonou. Eles foram unânimes em afirmar que não seguirão orientação política de seus partidos. E, dentre esses prefeitos e vereadores estão entra os 15 principais colégios eleitorais do Estado.
DIRIGENTES PARTIDÁRIOS EM ALERTA
Um conselho que damos para os dirigentes e presidentes de partidos que agiram dessa forma é começar a fazer uma consulta aos prefeitos e vereadores eleitos pela sua legenda, se vão ou não continuar nos partidos, para que não acabem passando vergonha ao fazer declarações públicas.
Até mesmo para os que participaram das eleições de seus aliados, pois eleger e não “oxigenar”, na prática, com ações e gestões que possam irrigar os cofres da municipalidade nas gestões que se iniciam em primeiro de janeiro de 2021, corresponda a, praticamente, oferecer “de mão beijada” um prefeito eleito para o partido aos qual o parlamentar que o “adotar”, faz parte.
Já é dado como certo que vários líderes, dirigentes partidários, deputados federais e estaduais e senadores, terão seus pupilos eleitos no último dia 15, em outras siglas e em outros palanques da sucessão estadual de 2022. Principalmente aqueles cujos mandatos não pertencem ao partido, mas a si próprio.
Já os vereadores podem até seguir o seu prefeito, mas precisarão entrar em acordo com seus partidos, pois é ao partido que pertence o mandato de vereador, ou assumir que estão em um partido, mas votam conforme orientar os prefeitos que apoiam. Lembrando que, em 2022 serão eleitos o govenador, um senador, oito deputados federais e 24 deputados estaduais.
O tabuleiro da sucessão estadual já está em construção, devendo estar definido em agosto de 2021, sendo sacramentado no fim do primeiro semestre de 2022.
Até a posse dos 139 prefeitos eleitos e de todos os vereadores, muitas surpresas sobre mudanças de partido ou rebelião por parte de vereadores irão acontecer.
NINGUÉM VENCEU SOZINHO
Dezenas de prefeitos eleitos no último dia 15 que não tiveram o apoio de suas legendas, conseguiram suas eleições com a ajuda dos partidos dos vereadores que compunham sua coligação majoritária.
As coligações contribuíram muito para a eleição de Cinthia Ribeiro, por exemplo, e, em outros municípios, houve prefeitos eleitos 100% por conta do trabalho dos candidatos a vereador. É por isso que fazemos esse alerta, para que partidos e seus dirigentes não sejam surpreendidos, se vacinem, para não perder o controle de suas siglas.
Muitos dos prefeitos eleitos já estão com planos de voo prontos, aguardando apenas a decolagem para pousar em outro partido, de olho na sanção do Orçamento da União e observando o “sepultamento político” de muitos dirigentes e líderes partidários, o que não pode ser classificado como traição ou desonestidade, uma vez que eles não receberam apoio nem recursos e estão buscando apoiar quem, verdadeiramente, os apoiou.
RENOVAÇÃO PELA INFORMAÇÃO
O resultado das eleições do último dia 15 também expuseram, de forma clara e límpida, que os eleitores estão totalmente propensos a renovar os quadros políticos. Na Capital da Cultura do Tocantins, Porto Nacional, a renovação atingiu os 75% dos nomes do parlamento municipal. Em Palmas, foram mais de 67%, uma tendência que se repetiu em diversos municípios do interior.
Esse movimento pela renovação, nada mais é que o resultado do maior acesso à boa informação, proporcionada pela mídia tradicional, jornais impressos, blogs, portais de notícias e sites, que abasteceram os eleitores com dados transparentes, imparciais, relevantes e cruciais para ajudar o eleitor a formular seu voto.
Ou seja, uma “revolução” silenciosa está em andamento na política tocantinense, com prazo para terminar – outubro de 2022 – quando serão escolhidos os representantes maiores do povo tocantinense, inclusive o presidente da República.
Os tocantinenses já demonstraram que querem mudanças e agem de forma independente, inteligente e coerente ao decidir seu voto.
Graças a Deus!