Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta que, de 69 deputados e senadores candidatos, apenas quatro se elegeram no primeiro turno

Por Sarah Teófilo

 

Parlamentares do Congresso Nacional tiveram redução histórica de êxito nas eleições municipais de 2020, observando dados desde 1992 levantados pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). De 69 candidatos, sendo 67 deputados e dois senadores, apenas quatro deputados conseguiram se eleger no primeiro turno.

 

Há, ainda, 15 parlamentares na disputa pelo segundo turno, mas mesmo que todos consigam se eleger, a quantidade de vitoriosos poderá, no máximo, se igualar ao total de 2008, quando 18 obtiveram êxito entre 89 na disputa. Isso se dá pelo fato de que, em Recife (PE), dois parlamentares estão no segundo turno pela cadeira de prefeito — João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT).

 

Também na disputa está o senador Vanderlan Cardoso (PSD), candidato em Goiânia (GO), que disputa a prefeitura contra Maguito Vilela (MDB), internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de São Paulo com covid-19 há mais de 20 dias. Além de Vanderlan, outro parlamentar federal candidato era o deputado Elias Vaz (PSB).

 

Números

Conforme levantamento, em 2016, último pleito municipal, 83 parlamentares disputaram prefeituras, e apenas 20 tiveram êxito. Em 2012, de 92 na disputa, 25 se elegeram. Confira outros números:

 

2004: 93 candidatos e 20 eleitos;

2000: 98 candidatos e 26 eleitos;

1996: 121 candidatos e 41 eleitos;

1992: 88 candidatos e 26 eleitos;

 

Foram alvo de disputa dos congressistas que não obtiveram sucesso as capitais Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Teresina (PI), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN), Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Palmas (TO).

 

 

Posted On Quarta, 18 Novembro 2020 04:52 Escrito por

“Em um mundo em que apenas os fortes sobrevivem, aqueles que já nasceram vencedores, se destacam”

 

MIKAELSON

 

Por Edson Rodrigues

 

Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, senador mais bem votado na história política do Tocantins e a principal liderança suprapartidária tocantinense no cenário nacional, teve uma atitude que poucos políticos têm a coragem de fazer.  Com todo o prestígio conquistado a partir da sua eleição, e com uma agenda lotada como principal articulador do governo federal, ele reservou tempo e trabalho, para demonstrar sua gratidão aos que lhe apoiaram em sua eleição ao Senado, em 2018.

 

Gomes percorreu, via terrestre, dezenas de municípios do interior do Tocantins, gravou um sem número de vídeos em favor de candidatos a prefeito e vereador, levou estrutura partidária, participou de carreatas, comícios e reuniões, concedeu entrevistas e fez declarações de apoio a quem lhe solicitou, nos últimos 10 dias de campanha.

 

O resultado de toda essa gratidão reverberou nas urnas.  87 prefeitos apoiados por Eduardo Gomes e uma multidão de vereadores de diversas vertentes partidárias, foram eleitos pelo povo tocantinense. Nenhuma liderança dos mais variados partidos que o apoiaram em 2018 ficou sem a força e o apoio do senador nestas eleições municipais.

Esse gesto de gratidão, coloca Eduardo no rol dos políticos eu cumprem com suas palavras e não deixam companheiros sem apoio.  Além de contribuir para a eleição dos seus aliados, o senador assumirá agora o papel de principal carreador de recursos federais para as novas gestões de 2021, que contribuirão para a reconstrução da economia com a diminuição dos efeitos nocivos da pandemia de Covid-19 ao longo do tempo.

 

GURUPI

 

A vitória consagradora de Josi Nunes em Gurupi se deve, em grande parte, à sua trajetória política como deputada estadual e deputada federal, em que se manteve longe de quaisquer casos de corrupção ou má conduta, que acabaram a capacitando a receber o apoio do senador Eduardo Gomes e do governador Mauro Carlesse.  O passado político da família Nunes, tendo seu pai sido o responsável pela construção do maior parque industrial do Estado, que transformou a economia da cidade, e pela instalação da primeira faculdade de medicina da Região Norte, a Fafig.  Sua mãe, Dolores Nunes, também foi deputada estadual e federal, secretária de ação social e vice-prefeita de Gurupi.

Senador Eduardo Gomes

 

Não se pode negar o êxito obtido por Mauro Carlesse em reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, assumindo o risco de implantar medidas impopulares para isso. Além disso, regularizou o pagamento dos servidores públicos estaduais, pagando em dia, recuperou rodovias e reequilibrou as finanças estaduais, tornando o seu apoio uma peça importante na engrenagem que levou Josi à essa eleição.

 

PALMAS

 

Um grande líder só o é se tiver ao seu lado grandes companheiros a lhe dar apoio e condições de fazer bem feito tudo o que se propuser a fazer, do jeito certo e na hora certa. 

 

Assim foi a campanha da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, reeleita com uma grande diferença de votos em relação ao segundo colocado.

 

Cinthia Ribeiro foi mais um dos gestores que contou com o apoio do senador Eduardo Gomes, que costurou vários acordos políticos e foi o principal responsável por todo o respaldo que a prefeita recebeu, antes da campanha, para transformar Palmas no maior canteiro de obras da Região Norte do País. Gomes fechou questão em torno de Cinthia, e contou com o auxílio luxuoso da deputada federal Dorinha Seabra e do deputado federal Carlos Gaguim, conseguindo cobertura financeira do governo federal para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, obtendo sucesso em manter o controle da situação até nos piores momentos.

 

FUTURO

 

O senador Eduardo Gomes, ante suas vitórias nesta eleição municipal, tem, agora, dois caminhos a trilhar, que é ser presidente do Senado, no caso da impossibilidade de um novo mandato de Davi Alcolumbre, ou ser candidato a governador do Tocantins, podendo fazer uma fusão, assumindo a presidência do senado e se candidatando ao governo, formando uma frente partidária de coalisão.

 

Qualquer que seja a escolha de Gomes, seu futuro político será de grandes conquistas, pois sai fortalecido de mais este embate, tanto em Brasília quanto no Tocantins e, o mais importante, apoiado por uma gama de partidos que lhe garante tranquilidade para continuar tocando seu mandato com maestria e resultados positivos, tanto para o governo federal quanto para o povo tocantinense.

 

 

Posted On Terça, 17 Novembro 2020 04:37 Escrito por

Especialistas avaliam que resultados mostram esquerda em transformação e partidos de centro com bom desempenho, com DEM em destaque

 

POR VICTOR FUZEIRA

TÁCIO LORRAN

 

Em um ano atípico, marcado pela pandemia do novo coronavírus, o 1º turno das eleições municipais de 2020 começou a desenhar, segundo especialistas consultados pelo Metrópoles, mudanças no cenário político: PSol e PDT ganham força junto à esquerda, com o PT enfraquecido; o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aliados perdem corpo, com resultados abaixo do esperado e diminuição do apelo da chamada “antipolítica”; e o bloco de partidos de centro surge como uma alternativa à polarização desenfreada de 2018, com destaque para o DEM, que elegeu três prefeitos de capitais em primeiro turno.

Com quase 90% das urnas apuradas das Eleições 2020, apenas três partidos elegeram, em primeiro turno, candidatos nas capitais do Brasil.

 

Uma das principais siglas de centro-direita do país, o Democratas (DEM) venceu em 3 das 25 capitais em que houve votação neste domingo (15/11). Logo atrás, empataram o PSDB e o PSD, ambos com duas vitórias confirmadas.

 

Em relação ao segundo turno, o MDB é a sigla que mais vai disputar prefeituras nas 18 capitais com votação a ser definida no próximo dia 29. São 7 cidades em que o partido é uma das duas opções dos eleitores.

O Partido dos Trabalhadores, na contramão, está em apenas duas disputas: em Recife e Vitória. O número é bem distante da realidade de 2016, quando o partido levou 7 candidatos para a definição em segundo turno. Apesar disso, o partido elegeu, em 2016, apenas um prefeito nas 100 cidades mais populosas do país. Agora, o PT está na disputa em 15 desses municípios: além das duas capitais, vai concorrer às prefeituras de Guarulhos (SP) e São Gonçalo (RJ).

 

Em São Paulo (SP), o candidato Guilherme Boulos (PSol) surgiu como o grande nome da esquerda nestas eleições e vai disputar o segundo turno contra o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB). Apoiado por Bolsonaro, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) despencou nos últimos dias, conforme pesquisas de intenções de votos, e amargou, nesse domingo (15/11), um dolorido quarto lugar, com pouco mais de 10% dos votos válidos.

 

No Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (DEM) vai ao segundo turno contra o atual prefeito da cidade, Marcelo Crivella (Republicanos). Primos, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) travam a batalha pela prefeitura de Recife (PE), e, em Porto Alegre (RS), Manuela D’Ávila (PCdoB) conquistou 29% dos votos e vai ao segundo turno contra Sebastião Melo (MDB).

Manutenção

Segundo o doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) Humberto Dantas, o eleitor brasileiro fugiu da polarização política e preferiu candidatos com ideologias políticas mais ao centro. “Onde não há manutenção do mesmo grupo no poder, temos o retorno de gestões anteriores. Existe uma percepção de parcelas consolidadas de olhar para trás e dizer: ‘Essa gestão parece razoável de voltar’. Avalio que é um bom cenário de manutenção de políticos consagrados nas urnas e no poder”, explica.

 

Para o professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (ICS-UnB) Ricardo Caldas, o bom desempenho de figuras conhecidas da política nacional resulta, também, das dificuldades de campanha que tiveram os candidatos novatos concorrentes ao pleito.

 

“Foi um ano cruel para os candidatos novatos. Trata-se de uma eleição onde há a proibição de coligações partidárias, com campanhas curtas e restritivas, com baixo efetivo de doações de campanha. Ser novo na política não foi suficiente, como vimos em 2018”, defende.

 

Caldas acredita que os candidatos populistas perdem fôlego, mas ainda caem nas graças do eleitorado brasileiro. “Eleitorado ainda quer nomes novos, gosta de nomes novos, mas eles podem estar dentro de um partido tradicional, diferente de outras eleições. Hoje, o eleitor liga menos para os partidos políticos, essa questão não é tão importante mais. Não à toa, você tem partidos antigos voltando a conquistar espaço no cenário, como o DEM. Enquanto outros partidos, mais consolidados, como o PT, perdem força.”

 

O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Teixeira avalia que o melhor caminho para quem concorre, hoje, a um cargo político é pelo centro. O cientista político, contudo, ainda acha difícil traçar projeções para as eleições de 2022 apenas com os resultados deste 1º turno.

 

“O que a gente sabe é que Bolsonaro está menor do que quando ele entrou e que a esquerda vai ter que conversar mais, buscar alternativas melhores. Quem está em campanha para 2022 depende muito dos grandes centros”, pondera.

 

Os derrotados

Texeira avalia que as eleições de 2020 têm um “grande derrotado”: o Partido Social Liberal (PSL) – antiga sigla do presidente Jair Bolsonaro, que atualmente está sem partido. “Mostra-se que o partido existiu fundamentalmente em torno de Jair Bolsonaro. É um desempenho horroroso para quem tem R$ 200 milhões de fundo partidário”, pondera.

Em contrapartida, o professor Ricardo Caldas, da UnB, coloca o Partido dos Trabalhadores (PT) como o maior derrotado no pleito eleitoral. Na avaliação do docente, o desempenho da sigla foi “medíocre” e indicou um “retrocesso”.

 

“Me surpreende muito que o PT tenha apresentado em 2018 um novo nome, que foi o Fernando Haddad. E, em 2020, dá dois passos para trás e coloca, em disputa, nomes sem respaldo da população. Com exceção de Marília Arraes [candidata à prefeitura de Recife (PE), que vai ao segundo turno], o PT perde a oportunidade de se renovar e faz trabalho medíocre.”

 

A análise de Caldas encontra ressonância na avaliação de Humberto Dantas. O pesquisador da FGV classifica o desempenho do PT como um “massacre abominável”. “O PT não inaugurou governo em estado algum fora do Nordeste, perdeu forças em alguns estados onde já era consolidado, não ganhou a Presidência e, claro, a eleição deste ano não foi o que o PT imaginava.”

 

 

Operação Eleições 2020 no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN)

Os vencedores

Para Dantas, o péssimo desempenho do Partido dos Trabalhadores (PT) nas últimas disputas eleitorais permitiu o crescimento de outros partidos de esquerda, principalmente o PSol, que lança, ao 2º turno, os candidatos Guilherme Boulos, em São Paulo, e Edmilson Rodrigues, em Belém.

“O resultado mostra que a esquerda precisa se reorganizar e quando se sentar à mesa vai ter o PDT e o PSol fortalecidos. Acho que isso muda a postura desses partidos. Agora, o PSol e o PDT vão sentar à mesa de um jeito diferente quando forem conversar com o PT”, avalia.

 

De acordo com Ricardo Caldas, o bom desempenho do PSol deriva do fortalecimento da sigla durante as eleições presidenciais de 2018. “A campanha de Boulos em 2018 pesou a favor deles, e isso explica porque Boulos ficou em segundo lugar agora. A exposição foi muito grande, e estão colhendo os frutos agora”, diz.

 

Além do PSol, os especialistas colocam o Democratas (DEM) como outro partido com ótimo desempenho nas urnas. “O DEM teve um desempenho acima do esperado. É um partido antigo, um dos mais antigos, que teve a capacidade de se renovar. Não basta você ser de esquerda, de centro ou conservador, você precisa trazer algo novo, e o Democratas mostrou ao que veio”, defende Caldas.

 

“Esse resultado positivo do DEM está associado a uma manutenção do status quo em um instante difícil. Mostra uma força em alguns lugares muito interessantes, pega para si dois prefeitos de capitais do Sul. Não pode ficar de fora de nenhuma composição de 2022 de centro”, acrescenta Humberto Dantas.

 

Candidatos do presidente

Com apoio manifestado a alguns candidatos pelo país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) colheu derrotas significativas neste 1º turno.

 

Em São Paulo, Bolsonaro viu o aliado Celso Russomanno (Republicanos) ficar de fora da disputa. Já no Rio de Janeiro, o mandatário do país assistiu Marcelo Crivella (Republicanos) ganhar um pouco de força na reta final e garantir um 2º turno contra Eduardo Paes (DEM).

 

Além de Russomanno, quem também contava com o apoio do presidente e ficou de fora foi a Delegada Patrícia – candidata pelo Podemos em Recife. Outro candidato que amargou uma derrota nas urnas e tinha respaldo do chefe do Executivo era Coronel Menezes (Patriota). Ele concorria à prefeitura de Manaus, mas terminou como 5º mais votado, apenas.

 

Convidado para participar de lives do mandatário do país, Bruno Engler (PRTB) também não teve bom desempenho e perdeu a disputa, ainda no 1º turno, para o atual prefeito de Belo Horizonte (MG), e agora reeleito, Alexandre Kalil (PSD). Ao menos beliscou um segundo lugar, com quase 10% dos votos.

 

Outro candidato que amargou uma derrota nas urnas e tinha apoio do chefe do Executivo era Coronel Menezes (Patriota). Ele concorria à Prefeitura de Manaus, mas terminou como o 5º mais votado apenas.

Os cientistas políticos ouvidos pela reportagem, contudo, defenderam que o desempenho dos aliados de Bolsonaro não está, necessariamente, atrelado à manifestação de apoio do presidente.

 

“Bolsonaro não definiu muita coisa. O Russomanno sofre de desgaste da imagem dele mesmo, são questões internas. É só mais uma campanha em que ele larga na frente das pesquisas e, no fim, acaba em terceiro ou quarto lugar”, explica o professor do Instituto de Ciências Sociais Ricardo Caldas.

 

Os estudiosos defendem que o tímido respaldo do chefe do Executivo não foi suficiente para assegurar apoio popular do eleitorado. “Bolsonaro apagou o pedido de voto feito a Russomanno e Crivella. Isso só demonstra que o presidente não aceita perder. É um presidente que não sabe dar apoio, não é um grande empenhador de voto. Isso é muito ruim para ele”, finaliza Dantas.

 

 

Posted On Terça, 17 Novembro 2020 04:21 Escrito por

“Vencedores e perdedores não nascem assim, eles são os produtos de como eles pensam”

 LOU HOLTZ

 

 

Por Edson Rodrigues

 

Enfim, as urnas falaram.  E bradaram em alto e bom som um recado forte e cristalino, principalmente para as oposições.  Nos próximos dias, O Paralelo 13 fará uma análise do novo desenho das principais forças políticas que irão sentar à mesa para discutir a sucessão estadual. O governador Mauro Carlesse ganhou em Gurupi, mas ficou sem sua base política nos principais colégios eleitorais.  Como ficará seu governo, como será a distribuição de forças e, principalmente, como o governo do Estado irá se relacionar com os municípios.

 

Essas são as questões mais importantes para que se possa ter uma ideia de como será o futuro do Tocantins e dos seus 139 municípios. A partir de hoje até setembro de 2022, uma nova história política passa a ser escrita e aqueles que entenderem da melhor forma o que os eleitores disseram, por meio dos resultados das urnas.

 

MAURO CARLESSE: VITORIOSO EM GURUPI, DERROTADO NO ESTADO

 Governador Mauro Carlesse em Gurupi ao lado de Josi Nunes do deputado federal Gaguim

 

O governador Mauro Carlesse terá que se repaginar politicamente a partir de já.  Em janeiro de 2021, dos cinco maiores colégios eleitorais – Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso – ele só terá apoio irrestrito em seu berço eleitoral, que é Gurupi.

 

Filiado ao DEM, Carlesse tem a consciência de que, dentro da legenda, ele está longe de ser parte da cúpula, cujo comando está nas mãos da deputada federal Dorinha Seabra, que goza da confiança da cúpula nacional, da qual faz parte e tem cadeira cativa na mesa-diretora da Câmara Federal.

 

Caso queira permanecer na vida pública, Carlesse terá que migrar para um partido no qual possa exercer o poder de decisão e ter as condições necessárias de moldar a legenda em torno da sua pretensão de se candidatar ao Senado em 2022 ou, em último caso, à Câmara Federal, como deputado.

 

Para isso, Carlesse se vê obrigado a construir um novo governo, do zero, a partir de 2021, com mudanças profundas em seu secretariado, que durante seu governo construiu diversos ”muros” e “ateou fogo” em muitas pontes, comprometendo seu relacionamento – o a possibilidade de – com muitos líderes importantes, tanto políticos quanto da sociedade, e foram exatamente essas lideranças que saíram fortalecidas das urnas.

 

LAUREZ MOREIRA

A partir da esquerda para a direita Gutierres, Laurez e Eduardo Fortes 

 

Apesar de Laurez Moreira ter seu candidato derrotado em Gurupi, não foi apenas a influência do Palácio Araguaia que elegeu Josi Nunes.  O apoio e a interferência do senador Eduardo Gomes foram cruciais para que a ex-deputada federal conseguisse uma virada histórica nas urnas.

 

Laurez Moreira mantém, de qualquer forma, toda a sua força política em Gurupi e Região, pois teve uma administração avaliada entre as melhores da história da cidade.  Seu pecado foi tentar empurrar um candidato goela abaixo dos seus aliados.

 

PALMAS

Enquanto isso, em Palmas, os esforços do Palácio Araguaia em derrotar a prefeita reeleita, Cinthia Ribeiro, não surtiram efeito.  Cinthia teve o apoio de Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e a opção palaciana por Eli Borges mostrou-se tão desastrosa que no meio do processo houve uma debandada geral, deixando claro o passo em falso e a falta de articulação e engajamento.

 

ARAGUAÍNA

O prefeito eleito de Araguaína Wagner Rodrigues e o atual prefeito Ronaldo Dimas 

Da mesma forma ocorreu em Araguaína, em que o governo do Estado iniciou com força total a oposição ao candidato do atual prefeito, Ronaldo Dimas, mas, de novo bateu em retirada ante o poderio do apoio de Eduardo Gomes a Wagner Rodrigues, e a desidratação do apoio palaciano a Elenil da Penha foi cruel. Assim aconteceu também em outras cidades importantes, como Paraíso e Guaraí.

 

São muitas pontes a serem reconstruídas para que se diminua o número de inimigos e adversários e se crie a possibilidade de abertura de um diálogo de alto nível.

A verdade é que a resposta das urnas não foi, em nenhum momento, favorável aos anseios do Palácio Araguaia e, caso mauro Carlesse queira seguir na vida pública e ver suas pretensões se concretizarem, tem que iniciar, imediatamente uma repaginação pessoal e uma reinvenção do seu governo.

 

Apesar de sair fragilizado dessas eleições, o governo de Mauro Carlesse não se inviabiliza, mas precisará de medidas urgentes e cruciais, como a valorização dos membros do parlamento tocantinense, pois uma harmonização com os deputados estaduais é o primeiro passo para um novo posicionamento político do seu governo.

 

A outra medida, essa fundamental e básica, é manter o diálogo sempre aberto com o senador Eduardo Gomes, cujas urnas de 87 municípios transformaram no político mais influente da atualidade no Tocantins.

 

Fica a dica!

Posted On Segunda, 16 Novembro 2020 16:29 Escrito por

Ela teve mais de 50% dos votos na cidade. O vice é Gleydson Nato

 

Da Redação

 

Josiniane Braga Nunes tem 58 anos e é natural de Porto Nacional. Ela é professora e psicóloga graduada pela Universidade Católica de Goiás (UCG).

 

A prefeita eleita vai ocupar o mesmo cargo que já foi exercido pelo pai dela, Jacinto Nunes, que governou Gurupi entre 1983 e 1988. A mãe de Josi Nunes é Dolores Nunes, a primeira mulher eleita para os cargos deputada estadual e federal pelo Tocantins.

 

Na guerra de Palácio x Paço de Gurupi, a vitória foi do governador Mauro Carlesse (DEM) sobre o prefeito Laurez Moreira (PSDB). Com 96,26% das seções totalizadas, a candidata Josi Nunes (Pros) tinha 50,94%, um total de 19.328 votos, contra 43,35% (16.451) para Gutierres Torquato (PSB). Faelei Federal (Patriota) fez 5,3% (2.011 votos) e Silvino Vitor (DC), 0,41% (156 votos).

 

No decorrer da semana O Paralelo 13 fara análises irá fazer um analise da nova conjuntura política, com vista as eleições 2022.

 

Posted On Segunda, 16 Novembro 2020 04:54 Escrito por
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