Ex-ministro da Justiça da Jair Bolsonaro se reuniu com o apresentador Luciano Huck e João Doria para discutir uma "terceira via" para 2022
Por iG Último Segundo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como extrema-direita e disse que há chance "zero" de um apoio a uma eventual chapa da qual o ex-juiz faça parte para a disputa das eleições de 2022.
"Não posso apoiar uma chapa integrada por alguém de extrema-direita", afirmou o parlamentar. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo .
No dia 30 de outubro, o apresentador Luciano Huck foi a Curitiba para se encontrar com Moro e discutir a intenção de construir uma "terceira via" para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também mantém diálogo com o ex-juiz.
Os dois poderiam ter o apoio do DEM para se candidatar a presidente. A presença de Moro na chapa, no entanto, teria oposição de Maia, uma das maiores lideranças do partido.
Segundo o presidente da Câmara, Moro já mostrou ser de extrema-direita ao defender propostas como o excludente de ilicitude, que propõe isentar policiais de punições cometidas durante o exercício de suas atividades profissionais.
"Moro já defendeu ideias e divide a parte do eleitorado de extrema-direita com Bolsonaro. Por isso ele cai nas pesquisas quando disputa com o presidente", disse Maia.
Na maior cidade do país, apoio ao presidente caiu de 29% para 25%; na capital de Minas, foi de 40% para 35%
Por iG Último Segundo
O presidente Jair Bolsonaro teve uma queda na sua aprovação , segundo pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (8). Em São Paulo, por exemplo, o aumento na taxa de rejeição foi de 4%; já em Belo Horizonte, o número foi maior: 5%.
Na capital paulista, de acordo com publicação da Folha de São Paulo, a reprovação marcou 48% , ante 46%. Aqueles que acham o governo federal regular correspondem a 27%, oscilação positiva de três pontos em comparação com o fim de setembro.
Na capital mineira, quem acha o governo ruim ou péssimo oscilou de 37% para 38% , enquanto aqueles que veem o presidente como regular estão em 26% e antes eram de 23%.
Já no Rio, a aprovação de Bolsonaro permanece estável, "com viés de baixa", disse o jornal. O índice de ótimo ou bom foi de 37% para 34% em relação a 5 e 6 de outubro, enquanto que a opção ruim/péssimo saiu de 38% para 41% . O regular estagnou em 25%.
Em toda a série no governo Bolsonaro , a melhor marca que o presidente havia atingido foi de 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020.
Ex-presidente ironizou o movimento e disse: "cada hora inventam uma coisa"
Por iG Último Segundo
O encontro entre o apresentador de TV, Luciano Huck , e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , para firmar uma possível candidatura em 2022 foi recebida com ironia pelo ex-presidente Lula (PT).
"Agora tentam preparar uma chapa Huck/Moro... Cada hora inventam uma coisa. A única coisa que eles não admitem voltar é o PT e o Brasil da inclusão social", disse o ex-presidente.
"Basta ver meu habeas corpus que está há dois anos esperando julgamento. Porque politicamente pra eles não é conveniente", complementou Lula, em um publicação no Twitter relembrando o sua condenação por Moro antes das eleições presidenciais de 2018.
O jornal Folha de S.Paulo aponta que o apresentador e o ex-ministro se encontraram no apartamento de Moro no último dia 30, em Curitiba. Segundo a reportagem, Huck e Moro teriam confirmado a intenção de formar uma chapa, como "terceira via" a Bolsonao e às candidatura de esquerda em 2022.
As informações apuradas pela Folha indicam que a reunião terminou sem que os dois decidissem quem seria o eventual cabeça da chapa. Os dois devem definir se irão prosseguir com a candidatura durante 2021. Moro teria sido o responsável pelo convite.
Da Redação
Vestidas de branco, elas demonstraram sua força e determinação ao percorreram as principais ruas de Pindorama durante a Caminhada das Mulheres, que aconteceu na tarde deste sábado, 07. Um evento de representação feminina em apoio à candidatura do Dr. Thiago Tapajós (PL), para prefeito de Pindorama, com Edinon Mendes (DEM), de vice.
Presidente do PL Mulher no Estado, primeira prefeita da Capital e ex-deputada federal, Nilmar Ruiz participou do evento e reforçou a participação da mulher na sociedade. “Nós mulheres temos que ocupar os espaços que são nossos por direito. Precisamos unirmos e mostrar nossa força, debater e participar das tomadas de decisões, pois a sociedade tem compreendido que lugar de mulher é onde ela quiser”, reforçou.
Esposa do candidato a prefeito, Dr. Thiago Tapajós, Ana Clara Sardinha frisou sua alegria com a participação expressiva das mulheres na caminhada e garantiu que será uma gestão para atender a todos. “Nós não temos lado, vamos trabalhar para as mulheres, para os homens, às mães, os jovens, crianças e idosos. Temos projetos para atender a população de Pindorama”, disse.
Marinalva Araújo, esposa de Edinon Mendes, conclamou os apoiadores para, nesta reta final, multiplicar a mensagem e seguirem juntos, unidos pelo desenvolvimento de Pindorama. A primeira-dama do município, Paula Natércia e as candidatas a vereadoras Ana Cleia, Gercilene Bandeira de Carvalho, Sueli Maria e Sula Copertino participaram da caminhada que não cumpriu toda a programação em respeito e solidariedade à família Macário da Cruz, com o falecimento da pioneira Severina.
Eles foram ouvidos pela comissão de juristas da Câmara dos Deputados que avalia mudanças na Lei da Lavagem de Dinheiro
Com Agência Câmara
Representantes dos conselhos nacionais de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) pediram cuidado para que não haja retrocessos na lei para o crime de lavagem de dinheiro. Eles participaram de audiência pública nesta sexta-feira (6) da comissão de juristas que avalia mudanças na Lei da Lavagem de Dinheiro, de 1998, que já foi parcialmente reformada em 2012.
Segundo Mário Guerreiro, conselheiro do CNJ, é importante que qualquer alteração evite ainda mais impunidade, uma vez que, em sua visão, o sistema já é seletivamente punitivista. “Se a gente somar as penas por crimes contra o patrimônio, roubo e furto, principalmente, e crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, isso corresponde a 70% da população carcerária brasileira. Agora, se nós formos ver crimes praticados por particular contra administração pública, segundo dados do Depen, são 0,18% dos presos. Nós temos um sistema punitivo no Brasil que é bastante eficiente contra a população de baixa renda, empobrecida.”
Entre os pontos defendidos por Guerreiro, está a manutenção da lavagem de dinheiro como crime autônomo, independentemente da prática de outros crimes, como já é hoje. Para o conselheiro, pode haver uma adequação das penas, para que a penalização do crime de lavagem seja proporcional ao crime anterior ao qual a lavagem de capitais esteja atrelada. Hoje, a pena prevista é de 3 até 10 anos de reclusão e multa.
Ele defendeu, ainda, que a ocultação do dinheiro continue fazendo parte das etapas do crime de lavagem.
Aumento das penas
O procurador regional da República Bruno Calabrich também defendeu que a ocultação não seja retirada do tipo penal, o que poderia aumentar a impunidade. O procurador acredita que a onda punitivista, no Brasil, nunca atingiu crimes mais graves como homicídio, estupro, corrupção e lavagem de dinheiro.
Por isso, ele defende que qualquer revisão em penas para o crime de lavagem não vá no sentido de reduzi-las, mas sim de aumentá-las, em determinados casos. “Por exemplo, quando houver lavagem de dinheiro transnacional, quando houver lavagem de dinheiro com utilização de meios sofisticados de lavagem, com a utilização de criptomoedas, diminuir as penas deve estar fora de cogitação.”
Com relação a reintroduzir os crimes antecedentes para a existência do crime de lavagem de dinheiro, o procurador afirma que seria “caminhar na contramão do que todo o mundo vem fazendo nos últimos anos.”
Imagem no exterior
Representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social na audiência, Claudenir Brito Pereira ressaltou a importância de a legislação brasileira ser rígida no combate ao crime de lavagem de dinheiro. “A nossa preocupação é que a gente realmente seja visto no exterior como país que se preocupe com o combate à corrupção", defendeu.
Brito Pereira afirma que quanto mais o Brasil for reconhecidos no exterior como um país que se preocupa com o combate à corrupção, melhor vai ser atração de investimentos externos. "E, naturalmente, melhor vai ser desenvolvimento econômico e social do país.”
Ele também defendeu que o Brasil continue seguindo as diretrizes internacionais quanto à autonomia do crime de lavagem de dinheiro, sem precisar de um crime anterior.