"A Gleisi disse que vai meter a faca", disse José Guimarães (PT-CE) em participação em podcast
Por Estadão Conteúdo
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, “agilize e mexa no vespeiro da Caixa Econômica Federal”. O contexto do pedido é a falta de apoio prestado ao governo por parte dos partidos do Centrão que fizeram indicações a altos cargos na estatal.
“A Gleisi disse que vai meter a faca”, disse Guimarães no podcast “As Cunhãs”. “Eu estava na reunião com ela e o Lula, e ele disse: Gleisi, você agilize e mexa no vespeiro da Caixa Econômica para começar”.
O presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “O cara é competente, o Lula gosta dele, mas…”, ressalvou o deputado.
Decreto inclui Janja em estrutura do gabinete pessoal de Lula
A Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou neste domingo (12) que o decreto consolidou regras da ÁGUA que “contribuem para a transparência no exercício das atividades” de Janja
Guimarães afirmou que todas as nove vice-presidências da Caixa e superintendências estaduais foram ocupadas a partir de indicações políticas. “Cada vice-presidência tem um poder extraordinário”, avaliou. Segundo o deputado, PL (partido do ex-presidente Jair Bolsonaro), Republicanos (do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas), PDT, Rede e Podemos têm uma vice-presidência cada. “Tem uma que o Lula não deixa tirar que é dele, que é a Inês (Magalhães), do Minha Casa Minha Vida”, relatou.
“A ministra Gleisi me disse com todas as letras: eu não vou discutir, eu vou fazer. Eu já tenho notícias de que mandou tirar; já recebi telefonemas”, contou o deputado.
Eleições
Guimarães disse ver uma “nova fase” com o aumento da aprovação de Lula, que chegou a 48% de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada. “Acho que será uma nova fase. O governo, na minha opinião, não tem que inventar muita coisa para ir ao Congresso; pouca coisa para não ter problema. Votar o orçamento, três projetos importantes, e ligar o modo eleições 2026”, avaliou.
O deputado reclamou da falta de apoio à Medida Provisória (MP) do IOF, derrubada pelo Congresso na semana passada. “Fazem isso só para atrapalhar o Lula”, afirmou. “O Lula tem dito, quero ver na campanha essas pessoas pedirem apoio pra mim”.
Na avaliação do parlamentar, episódios recentes fizeram com que Lula “disparasse” nas pesquisas de intenção de voto e que agora o presidente “acertou o passo”. “Ele não vai mais tergiversar; o Congresso votou, ele veta. Que derrubem o veto”, afirmou.
Ministros do Turismo e do Esporte desobedecem ultimato dos partidos e não saem dos cargos. Ambos foram suspensos das legendas. Dois cientistas políticos analisam situação
Por Isadora Rupp
Os ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), desobedeceram a ordem de seus partidos e resolveram permanecer no primeiro escalão do governo Lula. Ambos foram suspensos das legendas. O União Brasil abriu processo para expulsar Sabino.
Em setembro, os partidos, que formaram uma federação, anunciaram a saída da base governista, e deram um prazo para que todos os filiados com cargos na administração federal renunciassem às funções.
A atitude é parte da movimentação da direita para uma eleição sem Jair Bolsonaro em 2026. A ideia é que algum governador de direita seja o candidato à Presidência do espectro político.
Em entrevista à imprensa após uma reunião convocada pelo comando do União, Sabino disse que não irá abandonar a pasta às vésperas da COP30, a conferência climática da ONU que ocorre em Belém, no Pará, em novembro. Afirmou ainda que o governo Lula representa hoje o melhor projeto para o país.
Da Assessoria
Em visita a Aguiarnópolis nesta quinta-feira, 9, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, anunciou novas ações em benefício da população e reafirmou sua parceria com o município. Recebido pelo prefeito Wanderly Leite, pela vice-prefeita Gildete Cabral, pelo presidente da Câmara Jean Oliveira e pelos vereadores Ruberval Feitosa, Joailton Lopes (Vaqueiro), Wdson Tomaz e Izaque Noleto, o senador firmou o compromisso de destinar uma patrol e recursos para a construção de uma ponte na região do Xupé.
“Obrigado pela acolhida, Aguiarnópolis! Firmamos o compromisso com o município e ouvimos outras demandas. Reforço nosso empenho de trabalhar para que esses pedidos também sejam atendidos. Contem comigo!”, afirmou o senador.
Durante o seu mandato, Eduardo Gomes já destinou R$ 2,6 milhões em recursos federais para Aguiarnópolis, dos quais R$ 1,67 milhão já foram pagos. Os investimentos incluem a implantação de pavimentação asfáltica, aquisição de equipamentos como pá carregadeira, trator completo com carreta agrícola e grade aradora, além de um ônibus escolar. O senador também destinou recursos para incremento de custeio na área da Assistência Social, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e para o Portal de Entrada da Cidade, cuja execução passa por tratativas junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Partidos atuam para atrair governador caso União Brasil não o lance candidato ao Planalto
Por Gustavo Uribe e Larissa Rodrigues
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, poderá ser candidato à sucessão presidencial mesmo que o União Brasil -- partido ao qual está filiado atualmente -- decida não lançar seu nome em 2026.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, Caiado tem conversado com outras legendas e não descarta uma mudança para garantir a candidatura ao Palácio do Planalto no ano que vem.
Fontes disseram à CNN Brasil que Podemos e Solidariedade já sondaram o governador sobre a possibilidade de ele se filiar às siglas caso o União Brasil não banque sua candidatura.
“Eu tinha um compromisso com Caiado. Caso ele quisesse ser candidato a presidente, e não tivesse legenda no União Brasil, o Solidariedade estava à disposição dele”, disse o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) à CNN Brasil.
Hoje, o União Brasil apoia o nome de Caiado. O partido, porém, se federou com o PP, que tem adotado posição diferente. O presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira, é um dos entusiastas de uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A divergência já rendeu até mesmo uma troca de criticas entre Caiado e Ciro nas redes sociais. A falta de consenso pode pressionar Caiado a se lançar por outro partido em 2026.
De acordo com interlocutores, o governador de Goiás tem uma agenda esta semana para tratar do assunto com a presidente do Podemos, Renata Abreu.
Em Goiás, no entanto, pessoas ligadas ao governador duvidam que ele deixaria de fato o União para trás e acreditam mais numa forma de pressão para que a legenda mantenha seu nome enquanto candidato ao governo federal em 2026.
Atuação política de nomes de oposição ao governo Lula foram alguns dos entraves na negociação da MP alternativa ao IOF
Com R7 e Uol
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rebateu as acusações sobre sua atuação na derrubada da MP (medida provisória) alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e chamou as falas de “ofensas e mentiras”. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o governador também criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Agora, o PT quer me acusar de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população. Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas. [...] Vamos parar de inventar culpado. Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros”, disse.
Nessa quarta-feira (8), por 251 votos a favor e 193 contra, a Câmara dos Deputados aprovou a retirada de pauta da MP alternativa ao aumento do IOF. Desse modo, a medida perdeu a validade no fim do dia.
O Palácio do Planalto já avalia outras medidas para compensar a falta do montante que seria arrecadado pela MP em 2026, e uma das alternativas em avaliação é retomar o próprio aumento do IOF.
Atuação de Tarcísio
A atuação política de nomes de oposição ao governo Lula, como Tarcísio e o presidente do PP (Partido Progressistas), senador Ciro Nogueira (PI), foram alguns dos entraves na negociação da medida provisória alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Segundo apurou o R7, os dois procuraram diferentes parlamentares para pedir que votassem contra a proposta. Nos bastidores, a avaliação é de que essa articulação foi decisiva para influenciar deputados e senadores que ainda estavam indecisos.
Para aliados do governo, a movimentação teve um claro tom eleitoral — uma tentativa de antecipar a disputa do ano que vem.