A onda de fusões, incorporações e federações partidárias que agita Brasília movimenta pouco, por ora, os eleitores do Tocantins. Mas nos bastidores da política tocantinense, a zoada é grande e diz muito sobre o que vem aí em 2026. As mudanças em curso têm tudo a ver com a sucessão estadual, tempo de TV, fundo eleitoral e, acima de tudo, a sobrevivência política das siglas

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

No cenário nacional, o casamento entre União Brasil e Progressistas (PP) avança com força, formando a federação União Progressista. Trata-se de uma superestrutura partidária voltada à concentração de recursos e ao peso institucional. O que pouca gente percebe é que essa engenharia já produz efeitos concretos nos estados, inclusive no Tocantins.

 

 

Por aqui, o xadrez da sucessão está armado. O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) navega em mares calmos, com aprovação superior a 80% e liderança consolidada em todas as regiões. Wanderlei é um líder nato, carismático, curraleiro, considerado “gente como a gente”, e ainda tem muito a entregar, o que deve ampliar seu prestígio e sua capacidade de transferir votos a uma candidatura ao governo. Na última legislatura, o Republicanos de Wanderlei elegeu três deputados federais e cinco estaduais no Tocantins.

 

 

Seu partido, junto ao PL de Eduardo Gomes, vice-presidente do Senado, forma hoje o bloco mais estruturado da política tocantinense, com fundo partidário robusto e tempo expressivo de rádio e TV. Mesmo sem estarem federalizados, Republicanos e PL caminham para repetir, em 2026, a dobradinha que dominou as urnas em 2022.

 

União Progressista

 

 

 

Do outro lado, a união entre União Brasil e PP promete ser o grande fator de reposicionamento da direita moderada no estado. A senadora Professora Dorinha e o deputado federal Carlos Gaguim (União), aliados ao deputado Vicentinho Júnior e ao ex-deputado Lázaro Botelho (PP), preparam o terreno para disputar espaços na chapa majoritária. A possível perda do mandato de Lázaro, em razão das novas regras sobre as sobras eleitorais, não enfraquece o grupo. A federação tende a romper a lógica de polarização entre lulistas e bolsonaristas e a formar uma frente competitiva de centro-direita.

 

PSDB e Podemos

 

 

Enquanto isso, PSDB e Podemos, liderados por Cinthia Ribeiro e Eduardo Siqueira Campos, vivem as tratativas finais de uma fusão. A união visa manter a relevância das siglas, bem como conquistar posição estratégica na chapa majoritária, seja como vice, senador ou suplente. O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira, comanda o maior colégio eleitoral do estado e pode ser o diferencial desse bloco, que também deve incluir o deputado estadual Eduardo Mantoan.

 

 

Na outra ponta, partidos como o PDT, de Laurez Moreira, não possuem musculatura suficiente, em fundo eleitoral ou tempo de TV, para bancar uma candidatura majoritária que alimente as proporcionais. O partido terá que buscar alianças, ou corre o risco de virar coadjuvante. Situação semelhante vivem outras siglas menores, que precisarão se coligar ou formar federações para garantir sua sobrevivência política em 2026.

 

O coeficiente eleitoral e as chapinhas

 

Uma regra que tira o sono dos dirigentes de partidos médios, pequenos e nanicos é a do coeficiente eleitoral. Para eleger um deputado federal ou estadual, será preciso atingir uma quantidade mínima de votos, o que empurra essas siglas para o estado de alerta total. A lógica “salve-se quem puder” já domina as rodas de articulação.

 

 

Nesse contexto, ganha força a estratégia das chapinhas, inspirada na fórmula de Lucas Demattos, o popular Lucas da Lins. A ideia é reunir candidaturas de médio porte sob uma única legenda de porte médio, capaz de garantir cadeiras no Legislativo. Com as sobras mais rígidas e o fim do “puxador de voto”, essa pode ser a saída para partidos que ainda não têm musculatura própria. O tempo, e as alianças, cuidarão de moldar esse novo momento das eleições de 2026.

 

A partir desta segunda-feira, 5 de maio, entra em cena uma nova fase do processo sucessório. Com a antecipação das articulações e o calendário apertado pelas novas regras eleitorais, especialmente quanto às sobras, dirigentes partidários e pré-candidatos precisarão tomar decisões rápidas. Em jogo: duas vagas ao Senado, o governo e a vice. Por enquanto, a movimentação é de bastidores. Mas o barulho está crescendo, e a hora das definições se aproxima.

 

 

 

Posted On Segunda, 05 Mai 2025 03:51 Escrito por

Lula se reunirá com Putin em Moscou e participa de cúpula em Pequim

 

 

POR PEDRO RAFAEL VILELA

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma a agenda de viagens internacional essa semana. O primeiro compromisso será em Moscou, na Rússia. A convite do presidente Vladimir Putin, Lula participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial. É o feriado mais importante da Rússia, que ocorre no dia 9 de maio, com um grandioso desfile cívico-militar em Moscou. Ambos os presidentes também manterão reunião bilateral durante a visita, entre 8 e 10 de maio.

 

Na sequência, Lula segue para China, onde cumprirá agendas nos dias 12 e 13 de maio. A visita de Lula ao país asiático ocorrerá no contexto da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

 

O encontro bilateral previsto entre Lula e Xi Jinping ocorrerá em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta. A imposição de tarifas mútuas, desencadeada por iniciativa do presidente norte-americano Donald Trump, vem causando sucessivas turbulências nos mercados de ações e alimenta o temor de uma recessão global.

 

A viagem à China será a segunda visita oficial de Lula neste terceiro mandato. A visita anterior ocorreu em abril de 2023, que foi retribuída por Xi Jinping em visita de Estado em novembro do ano passado, após a Cúpula do G20, sediada pelo Brasil. Além disso, eles haviam se encontrado outra vez em 2023 na Cúpula dos Brics, na África do Sul.

 

 

Posted On Segunda, 05 Mai 2025 03:48 Escrito por

A demissão, a pedido, de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social vai muito além da responsabilização por falhas na gestão do INSS. Trata-se de um movimento político orquestrado, com claros objetivos eleitorais e estratégicos

 

 

Com Brasil 247

 

 

O bombardeio promovido pela imprensa corporativa, que hoje é um pilar central da oposição, tem como meta enfraquecer o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, fragilizar a aliança com o PDT e abrir caminho para o reposicionamento político de Ciro Gomes, com uma eventual candidatura alternativa de “centro-esquerda” no próximo ano.

 

Ainda que Lupi não figure como investigado na operação da Polícia Federal, a narrativa construída pelos grandes veículos de comunicação foi a de um escândalo irreparável e de uma demissão inevitável. Houve uma sincronia evidente entre editoriais, colunistas e comentaristas de grandes grupos de mídia, todos empenhados em criar um clima de condenação moral. Nesse contexto, a queda de Lupi deixou de ser um fato administrativo para se converter em um ato simbólico: o início de uma tentativa de reconfiguração da base aliada de Lula, com efeitos diretos sobre o cenário eleitoral de 2026.

 

A engenharia política por trás da crise foi revelada por um comentário do jornalista Octavio Guedes, da GloboNews. De acordo com ele, setores ligados a Ciro Gomes interpretam a demissão como uma “oportunidade” para o rompimento do PDT com o governo. Trata-se de uma sinalização clara: há, dentro do partido, forças interessadas em reposicionar Ciro como uma candidatura “alternativa” a Lula, ainda que a serviço de interesses historicamente ligados às elites econômicas.

 

Com a experiência de quatro disputas presidenciais e boa retórica, Ciro Gomes tentará se colocar como alternativa nacionalista, crítica ao sistema e talvez até “à esquerda” de Lula, que seria apresentado como um presidente “neoliberal" – o que já tem sido feito por vários críticos do governo Lula que se apresentam como comunicadores progressistas.

 

Num ambiente de guerra que já se desenha, nem todos saberão diferenciar se Ciro será mesmo uma alternativa de centro-esquerda ou apenas um instrumento útil para as classes dominantes que desejam fragmentar o campo progressista. Seu discurso moralista e agressivo contra o PT, não difere, em essência, das estratégias utilizadas por candidatos de direita.

 

Desde a redemocratização, Lula e Ciro foram os políticos que mais disputaram eleições presidenciais. Lula concorreu seis vezes e venceu três pleitos. Ciro jamais chegou ao segundo turno. Mesmo assim, pesquisas de vários institutos apontam que o pedetista ainda possui recall eleitoral relevante, ultrapassando dois dígitos no primeiro turno e “roubando” parte do eleitorado do presidente. Esse fator explica o esforço das elites para reabilitá-lo como possível antagonista de Lula em 2026. Não para elegê-lo propriamente, mas para atuar como linha auxiliar do verdadeiro projeto, que é a eleição de um candidato neoliberal, como o atual governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas.

Ciro, embora sem mandato, mantém uma presença constante nas redes sociais, em entrevistas e fóruns empresariais. Seu discurso é afinado com o de uma suposta terceira via – uma miragem que não se confirmou em 2022, mas que volta a ser trabalhada por setores que rejeitam tanto o bolsonarismo quanto o projeto popular do atual presidente. O reposicionamento de Ciro depende, no entanto, de um rompimento claro com o governo. E a queda de Lupi foi o primeiro passo dessa estratégia. O segundo começará a ser desenhado já nos próximos dias.

 

Do lado governista, a nomeação de Wolney Queiroz para o lugar de Lupi foi uma resposta imediata do Palácio do Planalto, com o objetivo de manter o PDT dentro da base aliada. Ainda assim, a crise interna no partido é profunda. Com apenas 17 deputados, a legenda encolheu na Câmara dos Deputados, corre o risco de não atingir a cláusula de barreira em 2026 e vê sua liderança nacional dividida entre setores governistas e grupos ligados a Ciro e outras lideranças da direita.

 

A saída de Lupi, portanto, cumpre uma função política estratégica. Ela deve ser compreendida como parte de uma movimentação estratégica que visa mais do que um rearranjo ministerial. Ela está inserida num projeto maior: desestabilizar o governo Lula, afastar o PDT da base e viabilizar uma candidatura que, embora travestida de oposição de centro-esquerda, serve aos interesses daqueles que sempre se opuseram aos avanços sociais conquistados desde 2003.

 

O jogo está em curso e a sorte foi lançada. A tentativa de dividir o campo progressista se intensifica. Resta saber se o PDT resistirá à tentação do rompimento ou se será cooptado por um projeto que, na prática, fortalece os adversários históricos do trabalhismo e da soberania popular.

 

 

 

Posted On Sábado, 03 Mai 2025 03:19 Escrito por

Grupo orquestra plano que passa pela Câmara e pelo Senado

 

 

Por Levy Teles

 

 

A oposição no Congresso Nacional planeja um plano B e orquestra, além de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados, uma CPI Mista, que reúne as duas Casas Legislativas, para contornar a fila de requerimentos do tipo.

 

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) e o da oposição, Zucco (PL-RS), dizem que, neste momento, há 13 requerimentos de instalação de CPI na Câmara, contando com a CPI do INSS, que conseguiu o número mínimo de assinaturas nesta quarta-feira, 30.

 

 

Segundo eles, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) ainda iria definir quais CPIs teriam prioridade de instalação. A Câmara permite até cinco comissões investigativas em curso no mesmo momento.

 

Para driblar essa fila, caso Motta não dê prioridade à CPI do INSS, seria a instalação de uma comissão mista, com deputados e senadores. Na Câmara, a missão está com a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), e no Senado Federal, com a senadora Damares Alves. (Republicanos-DF).

 

Neste momento, o número mínimo de 27 assinaturas já foi alcançado no Senado, enquanto na Câmara ainda há 96 assinaturas. São necessárias 1/3 de apoios (27 no Senado e 171 na Câmara) nas duas Casas.

 

"A CPI dos aposentados é algo urgente. Seja CPI na Câmara ou CPMI, isso precisamos implementar com toda urgência do mundo para que não só a gente coíba os erros", diz Sóstenes.

 

Nesta legislatura, a oposição já usou a CPMI para garantir a instalação de uma comissão de inquérito - isso aconteceu, por exemplo, na CPMI do 8 de Janeiro.

 

A "CPI das Fraudes do INSS", de autoria de Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foi uma reação após a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem uma operação que identificou um esquema de cobranças irregulares que soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a PF.

 

No processo, 11 entidades associativas foram alvo de medidas judiciais. Em troca dos descontos mensais, elas afirmam que prestam serviços dos mais diversos tipos, como assistência funerária, consultas médicas e "maridos de aluguel" (reparos em residências).

 

Como mostrou o Estadão, os valores repassados pelo governo federal ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) - que tem o irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frei Chico, como vice-presidente - cresceram 564% de 2020 para 2024, a partir dos descontos nas mensalidades de aposentados e pensionistas do INSS.

 

Como resultado, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, pediu demissão. Outros seis servidores públicos foram afastados de suas funções, como o diretor de Benefícios de Relacionamento com cidadão, o procurador-geral junto ao INSS, o coordenador geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente e o coordenador geral de Pagamentos e Benefícios.

 

 

 

Posted On Quarta, 30 Abril 2025 16:33 Escrito por

Palmeirópolis viveu uma noite de festa e esperança nesta terça-feira, 29, com a presença do vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, durante o lançamento de um pacote de obras estruturantes que vai transformar a vida da população. A Praça Limiro Viana ficou completamente tomada por moradores, lideranças políticas e famílias inteiras que foram prestigiar a solenidade.

 

 

Da Assessoria

 

 

 

O evento marcou o lançamento da Escola de Tempo Integral, do Projeto Casas Populares e a entrega simbólica de 150 lotes residenciais. Recepcionado pelo prefeito Wlisses Barros, Eduardo Gomes dividiu o palco com o deputado estadual Valdemar Júnior; o presidente da Associação Tocantinense de Município (ATM) e prefeito de Talismã, Diogo Borges; a prefeita de Jaú do Tocantins, Luciene Araújo; os prefeitos Fábio da Farmácia (Paranã), Fábio Cristo Rei (Talismã) e Carlos Lereia (Minaçu-GO).

 

O público foi presenteado com apresentações das crianças da rede municipal — com balé, dança popular e orquestra de violões. Um dos momentos mais marcantes da noite foi a participação da turma da Universidade da Maturidade (UMA), projeto social criado há 18 anos com apoio de Eduardo Gomes e mantido até hoje com recursos viabilizados pelo senador.

 

 

Em seu discurso, o prefeito Wlisses Barros fez questão de agradecer de forma especial ao senador, destacando não apenas os recursos destinados ao município, mas também sua atuação política conciliadora e sensível às demandas dos 139 municípios do Tocantins. “Se o senhor for candidato à reeleição, terá todo o nosso apoio. Se for candidato ao governo, estaremos a seu lado incondicionalmente. O senhor é o senador que mais destinou emendas para os municípios tocantinenses. Conte com Palmeirópolis”, afirmou.

 

O senador Eduardo Gomes reiterou seu apoio ao município. “É uma alegria estar aqui em Palmeirópolis, onde temos deixado nossa marca com obras e ações importantes. Durante os três anos e três meses em que fui líder do Governo Bolsonaro, conseguimos trazer para o Tocantins mais de R$ 2 bilhões em investimentos. E vamos continuar nesse ritmo, inaugurando e lançando obras, gerando emprego e renda”, destacou.

 

 

O senador também reafirmou a confiança no potencial da região. “Esse pedaço do Tocantins é abençoado por Deus, com riquezas minerais e gente trabalhadora. Em breve, viveremos aqui uma explosão de desenvolvimento”, concluiu, sob aplausos do público.

 

 

Posted On Quarta, 30 Abril 2025 13:11 Escrito por
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