Percentuais são similares aos registrados no levantamento de março; economia preocupa população
Por Camila Stucaluc
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu aprovação de 40% dos brasileiros, enquanto outros 54% reprovaram seu trabalho. Os dados constam na nova pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgada na quarta-feira (21).
Na comparação com o levantamento anterior, de março deste ano, os números permaneceram similares. Naquele mês, os mesmos 54% disseram desaprovar a gestão de Lula e 41%, aprovar.
Pergunta: Você aprova ou desaprova o Governo do Presidente Lula? | Divulgação/Ipespe
A principal preocupação dos brasileiros é com a economia. Dos 2,5 mil entrevistados, 57% acreditam que a economia brasileira está no caminho errado (1% a menos do que na pesquisa anterior), 38% acham que está no rumo certo (3% a mais) e 5% não souberam ou não quiseram responder (1% a mais).
Em relação aos próximos meses, 44% disseram que o governo Lula irá piorar, enquanto 39% acreditam que a gestão vai melhorar. Outros 16% acham que a situação permanecerá igual à atual.
Na mídia
Os participantes também foram questionados sobre a percepção das notícias divulgadas recentemente sobre o governo. Ao todo, 45% afirmaram que as reportagens foram desfavoráveis, 28% consideraram que foram neutras e 19% classificaram como favoráveis. Cerca de 8% não soube responder.
Entre as notícias lembradas espontaneamente pelos entrevistados, 30% citaram o esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e as ações do governo para devolver os valores descontados indevidamente do pagamento de aposentados e pensionistas. A viagem de Lula para China e os acordos bilaterais assinados com o país foram citados por 11% dos participantes.
Texto-base da PEC foi aprovado na manhã desta quarta-feira, 21; proposta segue para votação em plenário
Com Site Terra
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na manhã desta quarta-feira, 21, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o direito à reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos.
A PEC 12/2022, aprovada de forma simbólica, define marcos diferentes para o fim da reeleição, de acordo com os cargos:
Presidente da República e governadores: poderão tentar uma reeleição pela última vez em 2030, desde que tenham sido eleitos para um primeiro mandato em 2026. A partir de 2030, os novos eleitos não poderão se candidatar à reeleição;
Prefeitos: poderão tentar uma reeleição pela última vez em 2028, desde que tenham sido eleitos para um primeiro mandato em 2024. A partir de 2028, os novos eleitos não poderão se candidatar à reeleição;
Vereadores, deputados e senadores poderão continuar se candidatando à reeleição.
A proposta original foi apresentada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), mas passou por vários ajustes. Segundo Kajuru, a medida deve gerar economia de recursos públicos e mais previsibilidade. A intenção é garantir que candidatos a cargos do Poder Executivo tenham "uma maior oportunidade de competir em condições mais igualitárias, sem a vantagem dos atuais ocupantes do cargo".
O texto também menciona que, para a sociedade, "a proposta pode promover a renovação política, permitindo o surgimento de novas lideranças e ideias, além de proporcionar um período maior para a implementação de programas de governo".
Com a aprovação na CCJ, a proposta segue para uma comissão especial antes de seguir para votação em plenário. Depois, ainda precisa passar pela Câmara, já que a PEC teve início no Senado.
Para ser aprovada, uma PEC precisa de apoio de três quintos dos parlamentares nas duas Casas. Dessa forma, a proposta precisa do apoio de pelo menos 54 senadores, do total de 81, e de no mínimo 308 deputados entre os 513.
Aumento na duração dos mandatos
O texto também propõe um aumento da duração dos mandatos para todos os cargos do País: cinco anos para presidente, deputados federais, distritais e estaduais, vereadores, governadores e prefeitos.
Para presidente, governadores, deputados federais e estaduais, a mudança ocorrerá em 2034. Já para prefeitos e vereadores, o texto define que, em 2028, os eleitos terão um mandato de 6 anos. A partir de 2034, eles passarão a ter mandatos de 5 anos.
No caso dos senadores, o texto original previa um aumento no mandato de oito para dez anos. No entanto, após acordo, o tempo de mandato ficou definido em 5 anos e começará a valer para os eleitos em 2030.
A PEC ainda prevê a ampliação dos mandatos de presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Dentro do mandato de cinco anos, os deputados e senadores vão eleger dois presidentes: um será o chefe da Casa por três anos, e o outro por dois anos.
Eleição unificada
O texto da PEC estabelece a criação de uma eleição nacional unificada a partir de 2034. Conforme a proposta, as eleições para presidente da República, governadores, deputados, senadores e prefeitos serão realizadas em uma única data, a cada cinco anos. (*Com informações do Estadão Conteúdo).
Corrente majoritária, a CNB tinha dois candidatos, mas pressão de Gleisi e Lula impediu divisão do grupo em ano pré-eleitoral
Com Site Metrópoles
Quatro candidatos se inscreveram no Processo de Eleição Direta (PED) para a presidência nacional do PT até esta segunda-feira (19/5), prazo final para registro de candidaturas. A constelação de nomes já era esperada, pois representa a diversidade de correntes do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas uma operação abafa impediu um racha no Construindo um Novo Brasil (CNB), campo majoritário da legenda.
O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva terminou como único candidato do grupo. Até o último momento, o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, afirmou que iria para a disputa contra o colega da mesma corrente. Lula, através da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, conseguiu demovê-lo da empreitada.
Edinho Silva foi ministro da Comunicação Social (Secom) do governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. Apesar de ser o nome favorito do presidente Lula, ele enfrenta forte resistência interna na sigla. A própria Gleisi Hoffmann não apoiava a candidatura do ex-Secom, mas sua ida para o Planalto teve como consequência sua retirada do grupo que se opõe à ascensão do paulista na sigla. A articuladora política do governo presidiu o PT até este ano.
Isso não pôs fim à resistência interna no partido a Edinho. A ala da CNB que faz oposição a Edinho considera que ele representaria a volta de velhos nomes da sigla, como José Dirceu e Delúbio Soares. Reclamam também do desempenho petista em São Paulo, lembrando que o favorito de Lula não conseguiu eleger um sucessor na própria cidade. Faz parte desse grupo a atual tesoureira da sigla, Gleide Andrade.
Fora da CNB, um nome de peso deve apimentar a disputa interna da sigla. O deputado federal Rui Falcão (SP), que presidiu o o PT entre 2011 e 2017, também registrou candidatura. Ele é apoiado por outros ex-presidentes do PT, como José Genoíno e Olívio Dutra, além do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), João Pedro Stédile.
O deputado faz parte da corrente Novo Rumo, e conta com apoio de outras tendências internas, como: a Democracia Socialista (DS), Avante, Diálogo; a Ação Petista (DAP); e a Militância Socialista (MS).
Ainda nas correntes mais ideológicas do PT, outros dois nomes entraram na disputa. São eles o secretário de Relações Internacionais da legenda, Romênio Pereira. do Movimento PT, e o historiador e membro do Diretório Nacional do PT Valter Pomar. Ambos são nomes históricos do partido.
Como será a disputa do PT?
A eleição interna do partido é marcada por disputas que tornam-se públicas, pois o estatuto da legenda obriga os candidatos à presidência da sigla a passarem por uma série de debates. Para a disputa de 2025, serão pelo menos cinco. Por isso o Planalto tentou, até o último momento, demover a candidatura de Quaquá. O temor é que o processo fragilize a legenda num ano pré-eleitoral.
No PED, poderá votar qualquer filiado cujo pedido de filiação tenha sido registrado no sistema até o dia 28 de fevereiro de 2025. O formato aberto aumenta a tensão e o mistério da escolha. O primeiro turno está marcado para o dia 6/7, e o segundo turno para o dia 20/7.
Primeira-dama recebeu a classe grã-cruz; presidente já concedeu à primeira-dama honrarias da saúde e diplomática
Com CNN e Agência Brasil
A primeira-dama da República, Rosângela Lula da Silva (Janja), foi condecorada, nesta terça-feira (20), com a Ordem do Mérito Cultural.
Janja foi condecorada na classe grã-cruz, a mais alta distinção da principal honraria cultural do Brasil. A condecoração foi entregue pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Janja, também foram condecoradas com a grã-cruz personalidades como a cantora Alcione, a atriz Fernanda Torres e o cineasta Walter Salles.
A Ordem do Mérito Cultural, define a lei que a instituiu, é concedida a pessoas que, “por sua atuação profissional ou como incentivadoras das artes e da cultura, mereçam reconhecimento”.
Ao discursar no evento, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, saudou Janja como “parceira e companheira da cultura brasileira”. Sociolóloga de formação, a primeira-dama fez carreira como servidora da Itaipu Binacional.
Desde o início do governo, Lula já entregou outras condecoração à primeira-dama, com quem é casado desde 2022.
Em 2023, Lula concedeu a Janja e também à vice-primeira-dama, Lu Alckmin, o mais alto grau da Ordem do Rio Branco. Já em fevereiro deste ano, concedeu a Janja a categoria ouro da medalha de Mérito Oswaldo Cruz.
Da Assessoria
Com foco na inovação e na aplicação de tecnologias como a inteligência artificial generativa (GenAI) no setor logístico, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, iniciou nesta segunda-feira, 19, sua participação na missão internacional promovida pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Sest/Senat no Japão.
Relator do Projeto de Lei 2338/2023, que trata do marco legal da Inteligência Artificial no Brasil, o senador é uma das principais autoridades brasileiras convidadas a dialogar com especialistas e instituições japonesas sobre os avanços e desafios da digitalização dos serviços de transporte.
Para o senador Eduardo Gomes, a participação do Brasil em eventos como este reforça o compromisso com um futuro mais tecnológico e integrado. “O Japão tem um histórico de excelência em transporte, tecnologia e integração urbana. Ao conhecer de perto essas experiências, podemos colaborar para que o Brasil avance na digitalização dos serviços logísticos, no uso ético da inteligência artificial e na construção de um modelo de transporte mais sustentável, eficiente e inclusivo”, destacou o senador Eduardo Gomes.
A delegação é composta por lideranças de diversas áreas, incluindo o presidente da CNT, Vander Costa; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo; o senador Veneziano Vital do Rêgo, os deputados federais Lucas Ramos e Gilberto Abramo; o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Denis Zandia; a diretora executiva nacional do Sest/Senat, Nicole Goulart; e o vice-presidente da CNT, Eudo Laranjeiras.
Antes mesmo da abertura oficial da missão, os participantes passaram por uma imersão cultural em Kyoto. A agenda oficial da missão prevê, ao longo da semana, aulas, workshops e visitas técnicas sobre temas como inteligência artificial generativa, logística digital, ética, sustentabilidade e modelos de negócios inovadores. Nos dias 22 e 23, a comitiva participará de uma visita à Expo 2025 Osaka, evento de destaque mundial em tecnologia e urbanismo sustentável.