O Observatório Político de O Paralelo 13, após um trabalho nos bastidores da pré-campanha nos municípios tocantinenses onde as movimentações políticas estão mais acirradas, visando a eleição municipal de 2024, traz um diagnóstico político do atual quadro sucessório.
Por Edson Rodrigues
Independente da cor partidária de cada um dos postulantes, nossa análise traz uma fotografia do momento atual, deste início de agosto de 2023, traçando o panorama que se desenha em relação às principais lideranças política locais e o seu relacionamento com os líderes políticos que se destacam no cenário estadual.
Em cada município a disputa se horizonta acirrada, em que os leitores escolherão os seus preferidos por afinidade, laços familiares, amizade, simpatia, capacidade de liderança, carisma, pelo posicionamento político, por quem apoia e é apoiado – seja pelo governador Wanderlei Barbosa, seja por lideranças da oposição ao Palácio Araguaia – até mesmo por ser um candidato independente.
Os motivos que levarão o eleitor a votar em alguém são inúmeros, e nesses panoramas que traçaremos, vamos mostrar quem é quem, quem está fazendo o que, e quem está com quem.
PALMAS
Nossa Capital é o único município tocantinense onde haverá um segundo turno, caso algum dos candidatos não consiga 50% mais um voto no dia de eleição. Baseado nas várias e várias pesquisas de intenção de voto para consumo interno dos partidos e entidades classistas, às quais O Paralelo 13 teve acesso, se as eleições fossem hoje, nenhum dos pré-candidatos declarados, em Palmas, reúne condições de vencer já no primeiro turno.
Muitas candidaturas apressadas estarão se transformando em “espirros de grilo”, frágeis, que se perderão na caminhada até as convenções partidárias, se transformando em pó na reta final. Por enquanto, as amostragens das pesquisas mostram rejeições duas vezes maiores que as intenções de voto para a maioria dos postulantes e o número de indecisos, como não poderia ser diferente, ainda vence, de lavada, qualquer pré-candidatura.
Ex-prefeito Carlos Amastha
Os destaques são os nomes do ex-prefeito, Carlos Amastha, como um dos mais rejeitados, e o posicionamento positivo da deputada estadual Jand Valcari, que sem movimentos mirabolantes, se consolida, cada vez mais, na liderança das intenções de voto.
Deputada estadual Jand Valcari
Mesmo assim, os indecisos são o grande destaque, já que em pesquisas qualitativas diferentes, de contratantes distintos, 12% dos eleitores que apontaram ter um candidato, admitiram a possibilidade de mudar sua escolha caso avalie que outra candidatura é a melhor, ou surja um novo nome na disputa.
INFLUÊNCIA
Enquanto isso, as mesmas pesquisas apontam para uma situação confortável para a atual prefeita, Cinthia Ribeiro, com ótimos índices de aprovação da sua gestão, mas sem poder de transferência de votos para nenhuma candidatura que decida apoiar.
Na verdade, Cinthia já iniciou a contagem regressiva para o fim da sua segunda gestão, sob uma perspectiva de perda de poder político. Nem mesmo sua gestão livre de escândalos não será capaz de suplantar a imagem de uma política distante do contato social, sem relacionamento com as lideranças, sem um grupo político direto e sem fortalecer seu partido, PSDB – do qual é presidente estadual – nem em Palmas nem no Estado.
Caso Cinthia queira dar continuidade à sua carreira política, ela deve sair das quatro paredes de seu gabinete e buscar as ruas, visitar povoados e distritos e se misturar com o povo. E isso precisa ser feito logo, já neste segundo semestre de 2023, assim como uma reformulação profunda em sua atuação política. Caso contrário, correrá o risco de ser mais uma prefeita de Palmas que, depois do mandato, não conseguiu assumir mais nenhum cargo de relevância.
Basta olhar o que aconteceu com seus sucessores.
WANDERLEI BARBOSA
Governador Wanderlei Barbosa
Não é segredo para ninguém a liderança absoluta do governador Wanderlei Barbosa, líder político da Capital desde antes de ela ser criada, onde jamais perdeu uma eleição, foi o vereador mais votado por eleições sucessivas, deputado estadual, candidato a vice-governador, responsável pela vitória de Mauro Carlesse em Palmas e, finalmente, governador eleito. Porém, como dizia o saudoso Tancredo neves, “a política é como cozinhar pupunha: não pode ser no fogo alto, muito menos no baixo, e tem que ficar de olho o tempo todo pra não encruar”.
A expectativa é de que Wanderlei Barbosa saiba a hora de atear fogo e desligar a chama na eleição de Palmas, e permaneça sempre de olho no cenário político da Capital para, no momento certo, responder, de vez, a pergunta que povoa os bastidores políticos: quem será o felizardo que receberá o apoio político do maior de todos os “cabos eleitorais” de 2024?
Essa será a análise mais importante a ser feita visando a sucessão municipal de 2024.
E estaremos sempre a postos para tentar desvendá-la a todos os nossos (e)leitores.
Aguardem!
Proposta de emenda perdoa dívidas de partidos que desrespeitaram cota de raça e gênero ou apresentaram propaganda irregular em eleições
Por Isabella Alonso Panho
A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 2, a comissão especial que analisará a PEC da Anistia. A sessão também elegeu o presidente do colegiado, deputado Diego Coronel (PSD-BA), e o relator, Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP).
O projeto isenta legendas e políticos que cometeram crimes eleitorais de 2015 a 2022. Esse é último passo antes de a PEC ir à votação no plenário da Casa.
No dia 13 de julho, poucos dias antes do recesso do meio do ano, a Mesa Diretora da Casa havia determinado a abertura da comissão especial, mas a instauração foi adiada. No dia 16 de maio, a proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avalia a constitucionalidade do texto.
O deputado Domingos Neto (PSD-CE) presidiu a sessão nesta quarta. Ele abriu a votação enquanto parlamentares faziam defesas contra e a favor da PEC.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e outros integrantes do PSOL discursaram contra a proposta. A parlamentar também se candidatou à presidência do colegiado, mas obteve apenas um voto, contra 18 que foram dados a Diego Coronel.
Gilberto Abramo (Republicanos-MG), Marcelo Lima (PSB-SP) e Renata Abreu (Podemos-SP) foram eleitos para os cargos de primeiro, segundo e terceiro vice-presidente.
Apoio do PT
Há cinco parlamentares do PT que são titularidades comissão especial: Reginaldo Lopes (MG), Odair Cunha (MG), Kiko Celeguim (SP), Jilmar Tatto (SP) e Washington Quaquá (RJ), que não compareceu à sessão desta quarta.
Tatto defendeu a PEC da Anistia, como uma forma de solucionar "passivos antigos" das siglas. "Quando teve a mudança do financiamento privado para o público, isso foi feito de forma açodada.
Os partidos tinham dívidas, podiam fazer captação privada e, de uma hora para a outra, essa captação não foi mais permitida. Ficou esse passivo, daquela época", disse o petista.
Entenda a PEC da Anistia
A proposta de Emenda à Constituição 9/2023, chamada de PEC da Anistia, propõe o perdão de dívidas que partidos têm na Justiça por propaganda irregular ou abusiva em campanhas e descumprimento da cota de gênero e raça nos pleitos.
São necessários 308 votos para a aprovação da PEC no plenário da Câmara. Se aprovada, a PEC precisa passar pelo Senado, onde precisa de 49 votos. As dívidas serão anuladas caso a proposta seja sancionada e incorporada à Constituição.
O débito do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, está na casa dos R$ 23 milhões. A do Partido Liberal é de R$ 4,7 milhões.
Após operação, líderes da sigla analisam que o mandato da deputada federal pode ser cassado no TSE
Com Site Terra
Após a ação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 2, contra Carla Zambelli, membros do PL avaliam que a deputada federal corre o risco de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido não acredita, no entanto, que a parlamentar possa ser presa, ao contrário do que ocorreu com o hacker Walter Delgatti. As informações são do Metrópoles.
De acordo com o portal, líderes da sigla analisam que o mandato de Zambelli pode ser cassado no TSE por três razões. Eles mencionam o "conjunto da obra", fazendo referência ao histórico de atritos da deputada com o Judiciário, o incidente envolvendo a arma, e uma possível predisposição desfavorável das Cortes de Brasília em relação a parlamentares associados a Bolsonaro.
O partido, no entanto, não considera provável que Zambelli seja detida nos próximos dias ou meses. Correligionários avaliam que, após ser flagrada apontando uma arma para um homem na véspera do segundo turno das Eleições 2022, a deputada adotou uma postura discreta com seus colegas na Câmara, o que poderia levar o parlamento a impedir qualquer eventual determinação de prisão de Zambelli pelo STF.
Nesta quarta-feira, 2, a parlamentar será julgada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro após proferir ofensas ao deputado Duarte Júnior (PSB-MA) em 11 de abril, durante a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, à Câmara dos Deputados.
Procura pela reportagem, a assessoria do partido comunicou que "neste momento, não irá comentar os episódios recentes".
Pelo menos por enquanto a Capital do Boi Gordo do Tocantins não terá casos de denuncismo sobre corrupção. O prefeito, Wagner Rodrigues, apadrinhado dos senadores Eduardo Gomes e Irajá Abreu, encontra-se, no momento, voando em céu de brigadeiro. Mas, a partir deste agosto que se inicia, o ambiente pode mudar. Já houve conflitos com a direção da Câmara Municipal por falta de pagamento das emendas impositivas.
Por Edson Rodrigues
Candidatíssimo à reeleição, o prefeito continua com o mesmo grupo político que o elegeu, liderado por ele, por Ronaldo Dimas e por Tiago Dimas, este último derrotado na reeleição para deputado federal, se tornando o mais novo parlamentar “catapora”, aqueles que só “comparecem” uma vez.
De acordo com as urnas, Jorge Frederico, (foto) candidato a deputado estadual mais votado na cidade com quase 5% a mais de votos que o segundo colocado, é o nome que terá condições de ameaçar a reeleição de Wagner Rodrigues. Além de fazer parte da base de apoio ao governador Wanderlei Barbosa, é o único capaz de unir outros deputados estaduais e federais da cidade em torno da sua candidatura. No início deste segundo semestre o apoio do grupo político palaciano a Jorge Frederico deve se tornar mais cristalino.
Correndo por fora aparece a candidatura do ex-deputado federal Célio Moura, (foto) do PT do presidente Lula, um profissional do Direito com liderança nos vários assentamentos instalados em Araguaína e junto à população mais carente do município.
Sua candidatura, por enquanto, é vista como aquelas candidaturas que surgem com força moderada, mas com potencial para influenciar no resultado final da eleição, tirando votos dos dois melhores colocados.
Resta saber de Célio Moura tirará votos de Wagner Rodrigues ou de Jorge Frederico.
VÁCUO POLÍTICO
O momento político de Araguaína, atestado pelo Observatório Político de O Paralelo 13, aponta, ainda para um vácuo político. Um espaço vago, ainda não preenchido por nenhuma das pré-candidaturas, à espera ou de um nome vindo dos políticos na ativa, detentores de mandato, ou dos ex-parlamentares, que são os únicos fortes e com patrimônio político para preencher esse espaço com votos.
Wagner Rodrigues, atual prefeito
O certo é que juntos, agindo em bloco, andando na mesma direção, sejam conectados ao Palácio Araguaia, sejam da oposição, têm condições de criar a musculatura necessária para fazer suas candidaturas serem notadas e significativas para a corrida sucessória em Araguaína.
Resta saber quem reunirá tais condições à sua volta ou se todos preferem delegar à Jorge Frederico e a Wagner Rodrigues a disputa por uma eleição que, a permanecer assim, será plebiscitária.
O tempo dirá!
O ex-presidente entrou com um pedido de explicações na Corte e afirmou que a declaração de Lula é uma ofensa a sua honra
Por Gabriela Coelho
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma interpelação criminal contra as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um programa semanal do governo. Lula afirmou que Bolsonaro editou decretos de liberação de armas “para agradar ao crime organizado e gente que tem dinheiro”. A interpelação é um tipo de pedido de explicações. Nela, a defesa de Bolsonaro afirma que existe a necessidade de obter o esclarecimento, porque as falas atingem a honra do ex-presidente.
No trecho sobre o qual Bolsonaro pede explicações, Lula diz que o governo do ex-presidente "queria criar o Ministério das Armas. O Ministério da Violência, o Ministério das Fake News, o Ministério da Mentira. É isso que eles queriam criar?". Outro ponto questionado é sobre a preparação de um golpe. “Eles tentaram preparar um golpe. Sifu”, disse Lula.
A defesa do ex-presidente afirmou ainda que o Código Penal fixa o fato de que, em relação a alusões ou frases, calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. "Portanto, possibilita-se ao interpelado se retratar ou esclarecer circunstâncias e fatos, talvez imprecisos ou equivocados, visando explicar a real intenção e o pretendido objetivo com as aludidas declarações", enunciou.