Ações incluem demissões de servidores comissionados e terceirizados. Contraproposta terá resposta até o dia 21

 

Por Edson Rodrigues

 

Representantes da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Fesserto), acompanhados de entidades representativas dos servidores públicos, estiveram reunidos com o presidente do Comitê Gestro, Lyvio Luciano, cobraram o pagamento da data-base 2016 e os retroativos de 2015 e 2016. Conforme a Fesserto, na ocasião Lyvio Luciano informou que o governo anunciará corte de gastos até o próximo dia 21.

O secretário informou aos sindicalistas que é necessário enxugar a máquina pública antes de prosseguir com as negociações com a categoria e garantiu que medidas enérgicas de contenção de gastos serão adotadas pelo Estado e anunciadas nos próximos dias. “Esperamos que os cortes sejam suficientes para o Estado cumprir suas obrigações com os servidores que esperam desde janeiro a data-base”, destacou o presidente da Fesserto, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão).

 

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Segundo o apurado por O Paralelo 13 com fontes palacianas fidedignas, haverá centenas de demissões, extinções de cargos e mudança de secretários e de servidores dos três primeiros escalões do governo, inclusive em representações regionais e em municípios. As fontes também confirmaram que o governo deve convocar servidores estaduais à disposição de outros órgão, inclusive fora do Estado, que têm o pagamento vinculado ao governo do Tocantins.

Nos foi garantido, também, que o governador acaba de assinar o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – junto ao TCU, que trata da redução e adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal referentes aos fastos com o funcionalismo estadual, principalmente em relação a cargos comissionados e temporários.

Todos esses cortes e outras ações foram comunicadas na reunião coma Fesserto, quando foi enfatizado que são medidas imperativas e impositivas para a aprovação do TAC, e têm como único e principal objetivo evitar que o Tocantins fique sem condições de quitar as folhas de pagamento de novembro, dezembro e do 13º salário.

Os setores da Economia, Planejamento e Fazenda estão debruçados sobre os números o Orçamento do Estado, avaliando o impacto das quedas nos repasses federais e no FPE – Fundo de Participação dos Estados –, situação que levou o governo a tentar de tudo para evitar as demissões, mas que acabou por impedir qualquer medida mitigatória que evitasse as demissões.

Segundo nossas fontes, não há outro caminho senão essa adequação, para que o governo do Estado não corra o risco de responder por crime de responsabilidade fiscal, o que poderia acarretar na perda do mandato, por parte de Marcelo Miranda.

 

CONTRAPROPOSTA

O Governo anunciou, ainda, que vai se pronunciar até a próxima sexta-feira, dia 21 de outubro, a respeito da contraproposta dos servidores públicos para o pagamento da data-base do Executivo. É o que ficou acertado após a reunião entre o presidente do Comitê Gestor, Lyvio Luciano e os presidentes dos Sindicatos integrantes do Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins (MUSME-TO), ocorrida na manhã desta terça-feira, 18 de outubro, no Palácio Araguaia.

A definição da data foi uma solicitação dos Sindicatos do MUSME-TO que argumentaram que estão aguardando esse retorno por parte do Governo, desde o dia 27 de setembro. No último dia 06, os Sindicatos chegaram a notificar o Governo para que desse uma resposta aos servidores, no prazo de 24 horas.

Posted On Quarta, 19 Outubro 2016 06:57 Escrito por

OPERAÇÃO ÁPIA PODE SER O CAMINHO PARA O INFERNO DE MUITOS POLÍTICOS TOCANTINENSES, CONDUZIDOS PELA PF

As mordomias da vida abonada de político serão as primeiras a ser perdidas. Mas os pequenos detalhes é que os levarão ao desespero

 

Por: Edson Rodrigues

 

Na próxima terça-feira fará cinco dias que a Justiça Federal decretou as prisões dos suspeitos de terem praticado crime contra o patrimônio público no Tocantins, levando o Estado a ter prejuízo calculado em 1,2 bilhão de reais. Caso a Justiça decida prorrogar as prisões para preventivas, ou seja, por tempo indeterminado, não apenas os cinco dias da prisão temporária, os envolvidos serão com almas no purgatório, prontas para ir para o inferno, sem data para sair.

Caso isso venha a acontecer, é sinal de que a coisa é muito mais feia do que todos pensam, e pode piorar ainda mais, pois mais as prisões podem ocorrer. A questão é que, para a Justiça, cada caso é um caso, para cada um é imputado um crime e para cada crime uma culpabilidade, uma pena, dependo do grau de participação no crime.

Os órgãos federais, como TCU, CGU, MPF e PF, estão juntando as provas dos crimes contra o patrimônio público e, avaliando individualmente a participação de cada um. É bem aí que está o perigo e a gravidade de cada tipo de envolvimento.

 

DELAÇÃO

A prisão preventiva está regulamentada no terceiro capítulo do código de processo penal e, como já dissemos, não tem prazo pré-definido, e pode se tornar o verdadeiro inferno na vida dos envolvidos. Será uma longa jornada sem o convívio de familiares, sem as mordomias de seus lares, como ar-condicionado, banho quente, sabonete cheiroso, xampu para lavar as madeixas (quem ainda as tem, claro), sem o vinho importado no happy hour, sem os queijos especiais, sem os jantares nos melhores restaurantes e sem a hospedagem VIP nos melhores hotéis do País e do exterior.

Mas o pior, mesmo, que vai realmente fazer falta serão as coisas simples da vida, aquelas que até o mais simples dos cidadãos estão acostumados, como o pãozinho com manteiga e o café quentinho pela manhã, O arroz e feijão fresquinhos saídos da panela, na hora do almoço, a cama com lençóis limpos e cheirosos ao dormir, o chuveiro com água abundante e quente, o vaso sanitário normal, como todos conhecemos, não aquele do buraco, um papel higiênico que seja, ao menos, suave... Certamente será dessas pequenas coisas que os atingidos pela investigação sentirão mais falta.  Mas, o pior, mesmo, o que vai deixar muita gente deprimida e à beira do desespero, será a perda da liberdade e a distância de mães, esposas, filhos e familiares.  Isso pode levar até à loucura. 

E é por isso que se fala cada vez mais em delação premiada.  Fala-se e vê-se, cada vez mais flagrados em atos de corrupção sob as garras da Justiça clamarem por dias a menos nessa situação e apelarem aos acordos de delação premiada. 

Se alguns dos tocantinenses flagrados pela Operação Ápia resolver colaborar com a justiça para diminuir seu sofrimento e tempo de “inferno”, de cadeia, e falar tudo que sabe e praticou, com provas, aí, meus caros, pode arrumar um pavilhão, pois vai muito “santo” pro xilindró.

E tem mais um agravante. Se boa parte deste dinheiro sujo foi para o caixa dois de campanha de candidatos eleitos, como dizem as fontes em Brasília, aí os mandatos vão para o lixo, sem contar, caros tocantinenses, que o Ministério Público, para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, poderá pedir o bloqueio de bens e contas bancárias dos envolvidos.

O inferno astral de muitos próceres tocantinenses parece estar começando, com o processo ainda em fase de provas. Não é justo que façamos qualquer pré-julgamento, mas, com tranquilidade, podemos dizer que todos os envolvidos estão a um passo do inferno.

 

EM TEMPO

A justiça federal no Tocantins autorizou, na noite desta sexta-feira 14, a libertação de Luciene da Silva Oliveira, gerente da empresa CRT, e do empreiteiro Renato Hollunder, todos presos no dia 13, durante a operação Ápia.

É bom lembrar, também, que só os culpados devem ser punidos e que ter o nome citado na Operação, não é sinônimo de culpa

Posted On Domingo, 16 Outubro 2016 12:23 Escrito por

ÉPOCA DIZ QUE ESTADOS PODEM ENTRAR EM COLAPSO E QUE MINISTRO DE TEMER VAI FAZER LISTA DE TRAIDORES. VEJA REVELA O AMIGO DE LULA NA ODEBRECHET E ISTOÉ MOSTRA COMO OS ARGUMENTOS E LULA CONTRA MORO PERDEM CREDIBILIDADE

 

ÉPOCA

Além de impor um teto para o gasto da União, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 representa uma oportunidade para o Congresso Nacional priorizar políticas públicas que sejam mais eficientes. Ao impor uma amarra na despesa pública total, que não poderá crescer acima da inflação do ano anterior, deputados e senadores serão obrigados fazer o dinheiro render mais em todas as áreas da gestão. "A qualidade das políticas públicas e seus resultados decepcionam no Brasil. O grau de eficiência delas aqui, se comparado a outros países, é muito negativo", diz o economista Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda durante o primeiro governo Lula e hoje presidente da escola de negócios Insper. Na área da Educação, por exemplo, o economista cita os bons resultados obtidos por Ceará e Pernambuco no Ideb, que aponta a qualidade do ensino básico no país. "Há estados fora do Centro-Sul, mais pobres que São Paulo e Rio de Janeiro, que têm conseguido avançar e melhorar a qualidade da política pública. Vamos aprender com quem está dando certo?"

Lisboa defende a PEC 241. Segundo ele, a proposta combate o cerne da crise econômica brasileira: o avanço desenfreado do gasto público. "Não podemos perder de vista o que é urgente. Temos um problema grave na crise fiscal. Um crescimento do gasto público que avança de 5% a 6% acima da inflação há 20 anos", alerta.

O presidente do Insper também chama a atenção para a situação falimentar de alguns estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Para fazer valer o teto e tirar o país do atoleiro, em sua avaliação, o poder público tem de rever as regras da Previdência e discutir a estabilidade das carreiras do funcionalismo. "Meu receio é o colapso da política pública estadual", diz.

 

LISTA DE TRAIDORES

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, prepara um mapão com os nomes de todos aqueles deputados que votaram contra a PEC do teto dos gastos no primeiro turno. Se permanecerem contra o governo no segundo turno, os deputados serão punidos pelo Planalto. O governo quer evitar defecções em votações importantes no futuro.

VEJA

À polícia, Lula escondeu relação com “amigo” da Odebrecht

No dia 13 de setembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou discretamente no prédio da Polícia Federal em Santos, litoral paulista. Acompanhado por quatro advogados, o petista foi convocado para esclarecer negócios suspeitos em Angola envolvendo o seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos, o BNDES e a construtora Odebrecht. No longo interrogatório, resumido em cinco páginas e conduzido pela delegada Fernanda Costa de Oliveira, Lula escondeu uma informação relevante.

 

Indagado sobre as suas relações com a Odebrecht, o ex-presidente disse que não conhece o executivo Ernesto Sá Vieira Baiardi, diretor internacional da construtora e responsável por mercados como Angola, onde o sobrinho do ex-presidente ganhou um contrato milionário com a empreiteira. O petista é cabalmente desmentido pelos documentos que integram os autos: conforme VEJA revelou em sua mais recente edição, a PF descobriu no computador de Taiguara Rodrigues uma foto de uma camisa do Corinthians autografada pelo ex-presidente “ao amigo” Ernesto Baiardi. Veja a imagem:

Telegramas reservados do Itamaraty também revelam que Baiardi participou como “representante mais sênior da Odebrecht” de uma comitiva de empreiteiros numa viagem de Lula para Malabo, capital da Guiné Equatorial, em março de 2013. Numa reunião com o ex-presidente, da qual também participou Léo Pinheiro, da construtora OAS, os empresários criticaram a morosidade do processo de liberação de crédito de instituições financeiras estatais como o BNDES e o Banco do Brasil para as companhias brasileiras desenvolverem seus projetos na África. Naquela ocasião, a Odebrecht pagou 316.125 dólares para fretar a aeronave que transportou Lula para o país africano.

 

ISTOÉ

Lula encurralado

Às vésperas de completar 71 anos, amargando o ostracismo e derrotas políticas humilhantes, o ex-presidente Lula está sufocado por um infindável número de ações na Justiça, que poderá torná-lo ficha suja até as eleições de 2018, tirando-o do páreo. Na última semana, foi escrito mais um capítulo de sua derrocada. Atendendo a uma denúncia do Ministério Público Federal, desta vez sob acusação de tráfico de influência para liberar recursos do BNDES a obras da empreiteira Odebrecht em Angola em troca da contratação da empresa de seu sobrinho Taiguara Rodrigues por R$ 20 milhões, o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, transformou Lula em réu pela terceira vez na quinta-feira 13. “O órgão acusatório reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recebido milhões de reais pagos pela Odebrecht para realizar viagens e palestras em Cuba, República Dominicana e Angola, o que seria na verdade pagamento em contrapartida por possível tráfico de influência, dentro de uma organização criminosa de que faziam parte os réus indicados”.

Com a sentença desfavorável ao petista, a segunda da lavra do magistrado do DF, mais uma das narrativas do ex-presidente cai por terra. Lula passou os últimos meses dizendo-se vítima de uma implacável perseguição do juiz de Curitiba, Sérgio Moro. Como se vê, agora, não é apenas o magistrado integrante da “República de Curitiba” que vê indícios de ocorrência de práticas criminosas pelo ex-presidente. O petista é alvo de ações em várias frentes e a percepção geral é de que as investigações vão ser aceleradas. Na Justiça do DF e no Supremo Tribunal Federal. Na mais alta corte do País, o relator do Petrolão, Teori Zavascki, fatiou o inquérito que apura a formação de quadrilha no Petrolão – chamado pelos investigadores de “quadrilhão”. Com a decisão, Lula passou a ser alvo da investigação. O juiz do Distrito Federal, Vallisney de Oliveira, também é responsável pela primeira ação penal contra o petista, que o acusa de comandar a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, obstruindo a Lava Jato. Na semana passada, a audiência do petista foi marcada para o dia 17 de fevereiro de 2017. Será a primeira vez que Lula se sentará no banco dos réus.

 

DEFESA PERDIDA

Os procuradores, também do DF, se dedicam a outras investigações sobre possível tráfico de influência do petista para obras de empreiteiras em países da América Latina. Entre eles, Equador, Panamá e Venezuela. A suspeita é que houve pagamento de propina por meio da contratação de Lula também para palestras. De 2011 a 2014, ele recebeu R$ 30 milhões pelos supostos serviços. Os procuradores acham que os recebimentos foram para “dissimular vantagens indevidas”, como no caso de Angola. Mais perdida que cego em tiroteio, a defesa do petista insiste na tese de que Lula nada tinha a ver com o BNDES, algo no mínimo risível.

Em Curitiba, Lula já é réu no caso do tríplex do Guarujá e deve voltar a enfrentar problemas em breve. A força-tarefa da Lava Jato agora se dedica ao caso do sítio de Atibaia, sob suspeita de que reformas pagas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht foram propinas em troca de benefícios dados pelo petista enquanto era presidente. É pior do que inferno astral.

Posted On Domingo, 16 Outubro 2016 08:59 Escrito por

 Ex-governador Sandoval Cardoso, com mandato de prisão expedido, se entregou.  Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente para depor

 

Por: Edson Rodrigues

 

O ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD) se entregou na tarde da última quinta-feira, 13, na sede da Polícia Federal em Palmas. Ele é alvo de um mandado de prisão temporária na Operação Ápia, deflagrada na mesma quinta-feira, que investiga um esquema de fraudes em licitações públicas e execução de contratos administrativos para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais no Tocantins.

Além dele, foi alvo de condução coercitiva – quando o investigado é levado para depor – outro ex-governador do Estado, Siqueira Campos (ex-PSDB e atualmente sem partido).

Participaram da operação cerca de 350 policiais federais. Ao todo foram expedidos pela Justiça Federal 113 mandados judiciais sendo, 19 mandados de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão nas cidades de Araguaína, Gurupi, Goiatins, Formoso do Araguaia, Riachinho e Palmas, no Tocantins. Em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. No Maranhão, em São Luís, Governador Nunes Freire e Caxias. Também foram cumpridos mandados em Belo Horizonte/MG, São Paulo/SP, Brasília/DF e Cocalinho/MT.

A investigação apontou um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos do Estado, nos anos de 2013/2014. Essas obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de cerca de R$ 1,2 bilhão. Os recursos adquiridos tiveram a União como garantidora da dívida.

 

O foco da investigação são as obras nas rodovias licitadas e fiscalizadas pela secretaria de infraestrutura, que correspondem a 70% do valor total dos empréstimos contraídos.

 

A Polícia Federal tenta agora descobrir o tamanho do prejuízo aos cofres públicos e para onde foram os recursos desviados. A informação é do procurador-geral da República José Ricardo Teixeira.

Em entrevista à Agência Brasil, Teixeira disse que a investigação teve início por meio de um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) em 2014. Auditoriais da então Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) realizadas à época apontaram irregularidades em licitações de obras de pavimentação asfáltica no estado.

“Como envolvia recursos federais oriundos do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] e também recursos adquiridos no exterior com o aval do governo federal, o MPF deu curso à investigação aqui e solicitou uma auditoria à CGU, que averiguou um dos contratos e constatou superfaturamento bem elevado, além de serviços pagos e não prestados.”

De acordo com o procurador, o próximo passo da operação é entender onde foram “lavados” os valores em questão. “Devemos seguir com uma investigação financeira. O que está mais claro é que realmente se tratava de uma organização criminosa que fraudava licitações por meio de cláusulas restritivas de concorrência e ajustes de preço”, detalhou.

 

NOVAS PRISÕES NÃO ESTÃO DESCARTADAS

Há indícios, segundo o procurador, de que parte do dinheiro desviado tenha financiado campanhas eleitorais no Tocantins. Um dos suspeitos já foi levado coercitivamente para depor e o outro está hospitalizado.

Como ambos têm foro privilegiado, os pedidos de prisão têm que passar por instâncias superiores, onde já tramitam, segundo uma fonte em Brasília.

 

VEM MAIS

Pra quem já está com vergonha do que está sendo dito do Tocantins por aí, infelizmente temos más notícias.  Outra três “bombas”, outros três escândalos estão sendo investigados pela Polícia Federal e podem explodir a qualquer momento.

Estamos falando dos casos da Saúde pública, do Igeprev e da Saneatins. Na semana passada houve uma operação sigilosa das autoridades federais em Palmas, investigando denúncias de desvios na área da Saúde, também referentes aos governos de Sandoval Cardoso e Siqueira Campos. Segundo fontes, quando forem revelados os montantes financeiros envolvidos no caso, a sociedade tocantinense ficará sabendo o porquê do caos que impera nessa área há anos, sem que nenhum gestor consiga sanar o problema.

Quando, por várias e várias vezes, publicamos tanto em nossas versões online e impressa que o governador Marcelo Miranda tinha recebido uma herança maldita, é porque já tínhamos informações sobre o que vinha acontecendo com os recursos da Saúde do Tocantins. Mas, graça a seriedade e competência do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) tudo está sendo revelado, e os responsáveis devidamente identificados e, em caso de comprovação de dolo, serão punidos no rigor da Lei

Quanto ao Igeprev, a questão foi o prejuízo causado aos servidores estaduais pela má gestão dos recursos do fundo, aplicados em investimentos “podres”, que beneficiaram algumas empresas e pessoas.

Em relação à Saneatins, as investigações ocorrem acerca de onde foi aplicado o valor resultante da venda dos 40% de ações que cabiam ao governo do Estado.  O lote foi comprado pela Odebrecht, empreiteira investigada na Operação Lava Jato e, à época, não foi informado à imprensa, muito menos à população, como os recursos foram utilizados pelo governo.  Vale ressaltar que não houve nenhuma obra vultosa realizada pelo Estado após a venda das ações.

 

ONDE ESTÃO OS SINDICATOS E SEUS LÍDERES?

 

O que nos causa espanto é o fato de que nenhum sindicato ou nenhum líder sindical jamais solicitou ou cobrou que o caso do Igeprev fosse investigado.  Todos estão tão imbuídos, hoje, em cobrar seus direitos do atual governo, mas, curiosamente, quando foram prejudicados pelo órgão que gere suas aposentadorias, simplesmente não se incomodaram em cobrar onde foi parar seu próprio dinheiro, um patrimônio pessoal do funcionalismo público que é a garantia de sua aposentadoria.

Porque esses “líderes” se omitiram? Está chegando a hora da “onça beber água”. O círculo está fechando para os que praticam e praticavam a corrupção, e ninguém vai ficar impune. Basta vermos que os homens mais ricos do pais, envolvidos em corrupção, estão presos, condenados, com os bens confiscados e desmoralizados, junto à sociedade, sem condições de conviver com a população a quem roubaram.

Ontem, no aeroporto do Rio de Janeiro, uma senhora reconheceu o ex-todo-poderoso, ex-presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, e o agrediu com palavrões, sendo seguida por uma multidão.  Dias atrás, o mesmo Cunha passou por situação semelhante, só que dentro de um avião em que viajava.

Assim acontecerá com todos os que dilapidaram o patrimônio do povo tocantinense. Serão reconhecidos e correrão o risco de serem achincalhados pelos cidadãos prejudicados por eles.

Mais que isso, Deus está vendo tudo.  Essa será a maior preocupação dos corruptos...

Até breve.

Posted On Sábado, 15 Outubro 2016 05:59 Escrito por

Cleiton Pinheiro incitou servidores a fazer abaixo assinado para que o Ministério Público entre com ação.  Faltou dizer qual é o crime...

 

Por Edson Rodrigues

 

Foi um ato de imensa irresponsabilidade a atitude do presidente do Sisepe, Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins Cleiton Pinheiro e do servidor do Ministério Público, Gustavo Menezes, de incitar os servidores públicos em greve a iniciarem a coleta de assinaturas para que seja aberto um processo de impeachment contra o governador Marcelo Miranda.

Segundo analistas políticos, o sindicalista extrapolou os limites da democracia ao incitar um movimento que quer se caracterizar como “popular”, mas que não passa de uma manobra inconsequente e de uma leviandade sem parâmetros. Um ato que beira à subversão e de extrema arrogância, de um sindicalista cuja arrogância o faz pensar que pode controlar os que são filiados ao Sisepe não por serem seus comandados, mas por serem funcionários públicos estaduais, e que não merecem uma liderança sem escrúpulos.

No momento em que o País enfrenta uma crise econômica gravíssima, e adota medidas impopulares em nome da governabilidade e da volta do crescimento, dando exemplos claros de como devem ser as administrações estaduais e cobrando o cumprimento inequívoco de regras por parte dos estados para que recebam o aval para empréstimos e convênios que possibilitarão a retomada do desenvolvimento, uma pessoa se aproveita de forma oportunista de sua posição momentânea de liderança para incitar um movimento que pode trazer reflexos nefastos á toda a população do Tocantins, com reflexos que podem durar por gerações.

Pior que isso, além do impeachment não ser juridicamente aplicável, pois não há a prática de crime ou dolo por parte do governo do Estado, a incitação à ilegalidade feita pelo presidente do Sisepe derruba, de vez, toda e qualquer ponte possível para o diálogo, tornando a greve dos servidores públicos estaduais um movimento sem propósitos claros, passando a assumir ares políticos e subversivos, pois se coloca, claramente, a serviço do desgoverno e da função de desestabilizar uma administração que luta para se manter digna do povo que a escolheu.

A partir do momento em que incita a anarquia e a ilegalidade, o Sr. Cleiton Pinheiro torna-se indigno de representar a classe da qual se diz líder e de ser recebido por qualquer membro do governo Marcelo Miranda, pois mostrou-se disposto a oportunismos e à manipulações para ganhar os holofotes às custas do sofrimento e do sacrifício do povo tocantinense.

Afinal, se as instituições federais como o SUS e a Petrobras estão falidas, levadas á situação atual por um, também, sindicalista que galgou o poder gabando-se de não ter estudo, mas que seguiu pelo caminho do diálogo e do bom-senso, quem seria Cleiton Pinheiro para tentar derrubar um governo eleito democraticamente pelo povo?  Nem Lula se atreveu a tanto!

A indignação face á atitude do presidente do Sisepe não se restringe aos que tentam buscar soluções para os problemas do Tocantins.  Fica, também, com o povo, com quem sofre – e tem esse sofrimento acentuado pela greve e pela paralização dos serviços básicos –, e com quem vê, sem possibilidade de ação, a insensibilidade de dirigentes classistas que, literalmente, dirigem não só a classe que representam, mas as chances de recuperação da economia do Tocantins, rumo a um futuro tenebroso e incerto.

Será que o nome de Cleiton Pinheiro, acompanhado pelo neófito Gustavo Menezes, vai figurar como uma pessoa que fez algum tipo de bem para o Tocantins ou como o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) que iniciou um movimento premeditado, insano, leviano e ilegal, que jogou o Tocantins e seu povo na cova da irresponsabilidade e do pouco caso com a população?

Arrogância e irresponsabilidade têm limites!  O povo não aguenta mais sofrer com a insensibilidade alheia.

Que Deus nos ajude!

Posted On Sexta, 14 Outubro 2016 07:47 Escrito por
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