Por Edson Rodrigues
Já se vão muitos dias desde que perdi meu irmão Salomão e ainda não me recuperei totalmente da perda. Lutar com a dor que sinto é uma tarefa árdua e diária. Onde está meu amigo que me acolhia em meus momentos de tristeza, que me animava quando o mundo parecia estar contra mim, que me aconselhava quando os problemas me pareciam maiores que eu e que me amparava quando eu não via soluções para meus problemas?
Exemplo de ética, defensor da moral, amante da harmonia e da convivência familiar, grande formador de opinião e bastião da honestidade, Salomão tinha o poder de agregar, de simplificar e de pacificar toda e qualquer situação e nos deixa isso como exemplo a ser seguido, sempre, por aqueles que honram a oportunidade de ter sido seu amigo um dia.
A maneira com que tratava sua esposa, seu filho, sua família, enfim, o seu trato com aqueles a quem devia respeito e consideração, serve de exemplo para mim, e sempre servirá, enquanto eu estiver por aqui, pois o respeito, a autoridade suave e a empatia que despertava de maneira natural em todos os que conviviam com ele, provocariam inveja a muitos que se consideram líderes ou exemplos de alguma coisa.
Quanta saudade eu sinto de você e da sua presença entre nós, dos nossos bate-papos à luz da lua, regados a um bom aperitivo, com petiscos que só nosso Tocantins pode nos proporcionar.
Sei, católico que sou, que você está aí, no Alto, ao lado do Pai, trocando Dois Dedos de Prosa com Ele e com os santos, dando exemplos das atitudes que tomou quando em terra, onde acertou, errou, amou e, principalmente, observou.
Seu Dragão, o Clube Atlético Goianiense, hoje, está quase na primeira divisão, fazendo bonito, disputando o título pau a pau com o Vasco!
O que não vai bem, hoje, são algumas das pessoas que você conheceu e ajudou, que ficam apenas observando os esforços da sua Joana para manter o seu legado, e nada fazem para ajudar.
Pessoas que você avalizou no banco, que você fez a ponte para que conseguissem progredir social e politicamente, alguns, até, detentores atuais de cargos eletivos ou de carreira no Governo do Estado, que apenas observam os esforços da sua Joana, esqueceram-se do número do telefone dela, ou não atendem quando o reconhecem em seus celulares.
Pessoas que poderiam estar ajudando o seu O Jornal a continuar circulando, mantendo seu legado de jornalismo sério e voltado para o interesse da população, apenas observam, repito, as edições rarearem e o seu O Jornal cair no esquecimento. Esquecimento que, sabemos, não há por parte do Pai, de quem você está ao lado. Será aí em cima, olhando pra você, que eles terão que se explicar sobre essas atitudes.
Bem diferente de uns poucos abnegados, amigos de verdade, que continuam labutando junto à sua Joana, honrando sua amizade.
Apesar da interrupção, seu veículo continua vivo na memória dos palmenses, sua palavra, sua alma, ainda chegam aos leitores tocantinenses em forma de saudade e de sensação de vazio, pela lacuna deixada pelo seu O Jornal.
E olha que nos tempos atuais, tempos sem Salomão, as coisas não vão nada bem no nosso Tocantins. O povo tá revoltado e não se satisfaz mais com o simples protesto. Nos computadores, os eleitores estão se comunicando com muita facilidade, e vai ser difícil conter as massas, que hoje fazem as manobras e não são mais manobradas.
Meu mestre Salomão, como você faz falta! Como seus conselhos seriam proveitosos nos dias que o seu PMDB enfrenta, hoje, no Tocantins e no Brasil.
A coisa tá feia e esses anos sem você não contribuem em nada, pois faltam sua perspicácia e sua atitude protetora.
São três anos sem você. Três anos sem trololó e sem gagomé.
Três anos tristes, mas de boas lembranças.
Saudades, amigo
Veja fala sobre o “casal 20%”, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Época aborda a sociedade entre PT e PMDB no Petrolão e Istoé fala do desvio bilionário que prejudicou funcionários da CEF
VEJA
Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann: sr. Propina e sra. Caixa Dois
Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann são casados há duas décadas. Ela, senadora da República, foi ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Ele foi ministro do Planejamento no governo Lula e ministro das Comunicações no governo Dilma. Ambos são petistas. Ambos integram a seleta lista de companheiros da estrita confiança do ex e da ex-presidente. Ambos são investigados pela Operação Lava-Jato. Paulo Bernardo chegou a ser preso pela Polícia Federal há três meses. Gleisi é alvo de inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal que a colocam como beneficiária de dinheiro do petrolão. Embora os dois sejam investigados em frentes diferentes, as suspeitas que recaem sobre eles se entrelaçam. E, nestes tempos em que os políticos se esforçam para tentar restringir os flagrantes de roubalheira a inocentes deslizes destinados a financiar campanhas eleitorais, o casal petista é a mais perfeita prova de que caixa dois e corrupção são, quase sempre, inseparáveis — um casamento, digamos assim, sólido.
Paulo Bernardo é acusado de ter orquestrado um esquema milionário de desvio de dinheiro no Ministério do Planejamento quando ocupava a pasta. A Consist, uma empresa de São Paulo, foi escolhida para administrar a lista de funcionários públicos, pensionistas e aposentados endividados que recorriam aos empréstimos consignados, cujas parcelas vêm descontadas automaticamente na folha de pagamento. Quem recorria aos créditos pagava uma taxa de administração — o lucro da empresa. A taxa cobrada dos funcionários e aposentados, claro, era superfaturada. O excedente era dividido, e o PT ficava com 70% de tudo. De acordo com a Polícia Federal, o partido arrecadou mais de 100 milhões de reais em cinco anos com base nesse método.
O ex-ministro sempre foi considerado um homem de partido, um soldado, como os petistas gostam de dizer. Um quadro técnico, competente e pragmático. A Operação Lava-Jato desmontou uma parte dessa biografia. A competência e o pragmatismo eram de fato reais, mas serviam a propósitos nada nobres. O dinheiro arrecadado por Paulo Bernardo e seu bando foi usado para garantir a aposentadoria e a tranquilidade de alguns companheiros dele do PT, financiou apartamentos de luxo em Miami para outros amigos meliantes, além de ajudar a eleger Gleisi Hoffmann, a senadora mais votada do Paraná, depois de uma campanha suntuosa. A cota do ex-ministro era transferida diretamente pela Consist para um escritório de advocacia de Curitiba, que providenciava a redistribuição da propina. A ideia era não deixar rastro. Mas não funcionou…
A senadora Gleisi Hoffmann foi fisgada pela Lava-Jato logo nos primeiros meses da investigação. Os policiais descobriram que ela recebera 1 milhão de reais em propinas desviadas da Petrobras. Dinheiro repassado por doleiros. Era o fio da meada de um escândalo muito maior para o casal mais poderoso da Esplanada. O escritório de advocacia de Curitiba para o qual o dinheiro era desviado gozava da confiança absoluta de Paulo Bernardo e Gleisi — um de seus sócios, Guilherme Gonçalves, era encarregado de defender a senadora em processos na Justiça. Era o álibi perfeito. A Consist fazia de conta que pagava pelos serviços de advocacia e os advogados pagavam as despesas do casal sem deixar rastros. Descobertos, todos entoaram o mesmo mantra. Paulo Bernardo não sabia de nada. Gleisi não sabia de nada. O advogado Guilherme Gonçalves, que também defendeu a ex-presidente Dilma em processos no Tribunal Superior Eleitoral, não sabia de nada.
Mas havia gente que não sabia e tentou descobrir. Acusado de envolvimento no escândalo, um dos sócios da banca, o advogado Sacha Reck, resolveu agir. Pediu a uma empresa independente que fizesse uma auditoria nas contas e nos arquivos do escritório. O resultado surpreendeu. Foi então que ele descobriu aquilo que a Polícia Federal não demoraria a desbaratar: o contrato de serviços jurídicos com a Consist não passava de fachada. Mensagens e planilhas guardadas em pastas secretas registravam o destino final do dinheiro: “Eleitoral — Gleisi”.
VEJA teve acesso aos documentos da auditoria entregues às autoridades. Ao todo, o escritório recebeu 7,2 milhões de reais da Consist. Não se sabe ainda, com precisão, quanto desse valor foi parar no caixa dois eleitoral de Gleisi, mas há fartos indícios de que não foi pouco. De acordo com os investigadores, a propina teria sido usada para pagar de tudo: ônibus para transporte de cabos eleitorais, jantares para prefeitos, motorista particular da senadora, aluguel de um flat usado como escritório informal da campanha. Um estagiário do escritório fazia o papel de entregador de dinheiro vivo, sempre que necessário. Em depoimento, ele disse ter ouvido do antigo chefe uma frase que resume bem o esquema: “O dinheiro pertencia a Paulo Bernardo, que intentava bancar a campanha de Gleisi Hoffmann para os cargos que disputasse”. Na próxima terça-feira, o STF decide se aceita ou não a acusação de corrupção contra a senadora no caso do petrolão. O casamento entre corrupção e caixa dois, ao contrário do que dizem os que desejam uma anistia generalizada, nunca foi tão perfeito.
ÉPOCA
PT e PMDB: o consórcio do petrolão
Em julho de 2013, o executivo Ivo Dworschak, da OSX, empresa naval de Eike Batista, alertou o ainda bilionário: operadores do petista José Dirceu estavam cobrando até impostos da propina que lhes era devida por contratos na Petrobras. As empresas de Eike, como a OSX, derretiam. Ele fizera e redobrara apostas tresloucadas em poços que não davam petróleo. A fatura finalmente chegara; com ela, a pressão dos operadores do PT. A OSX, em parceria com a Mendes Júnior, obtivera, em 2012, um contrato de US$ 922 milhões com a Petrobras, para construir as plataformas P-67 e P-70 – duas das preciosidades da exploração no pré-sal. Contratos na Petrobras, ainda mais dessa ordem, não vinham de graça. Naquele momento, vinham atreladas a pedágios ao PT e ao PMDB, os dois partidos que detinham o poder político no Brasil e, com ele, as canetas da Petrobras.
Eike não poderia deixar que a OSX parasse de receber da Petrobras, o único contrato que realmente pagava as contas. Mandou, segundo o executivo Ivo, bancar a fatura dos operadores de Dirceu. “O Eike falou que isso faz parte das negociações, para eu ficar tranquilo e só dar seguimento aos pagamentos”, disse Ivo recentemente aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. O executivo participou de reuniões em que os operadores de Dirceu, da espanhola Isolux, estrilavam diante do calote na propina. “Eu vi fisicamente na minha frente um bando de argentinos ou uruguaios lá, cobrando que a gente cumprisse o acordo senão eles iriam denunciar lá, fazer as ações nas origens, a ameaça seria tipo ‘Vou falar com José Dirceu que vocês não estão cumprindo e isso vai dificultar a vida de vocês’”, narrou Ivo à Lava Jato. Ele procurou Eike novamente. “Faz parte, fica tranquilo e honra o que foi feito, com impostos e tudo”, orientou Eike, segundo o depoimento de Ivo.
E assim foi feito. Ao longo de 2013, de acordo com planilhas de pagamentos e extratos bancários, empresas associadas a Dirceu, sem prestar serviço algum, receberam, ao menos, R$ 12 milhões. Dirceu já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no mensalão – mas o julgamento do mensalão, como a Lava Jato veio a comprovar, em nada mudara a regra do jogo em Brasília e no Rio de Janeiro. O dinheiro da propina do pré-sal saiu da OSX e da Mendes Júnior. Após ser lavado, chegou às contas de operadores do petista, como Júlio César Oliveira Silva, o Julinho – um dos mais eficientes lobistas da turma de Dirceu, conhecido no submundo da venda de armas pesadas a governos e preso pela Lava Jato na semana passada. De lá, a propina era sacada em espécie ou seguia para contas de laranjas. A Lava Jato ainda rastreia o destinatário final da dinheirama. Já há provas documentais, no entanto, de que outros dois lobistas da Petrobras pagaram propina a Dirceu e ao PT por meio dos mesmos laranjas. Dirceu, que está preso em Curitiba desde agosto de 2015, já foi condenado a 23 anos de prisão.
As fraudes e propinas envolvidas no contrato bilionário de Eike e da Mendes Júnior com a Petrobras resultaram na 34ª fase da Lava Jato, deflagrada na manhã de quinta-feira, dia 22. Foi batizada pelos investigadores de Arquivo X, uma alusão a Eike Batista. A nova etapa das investigações forneceu as provas mais fortes do que já aparecera, em menor grau, em outros momentos da Lava Jato: o petrolão era um consórcio entre PT e PMDB. O PT, por ter a Presidência da República, era o sócio majoritário. O PMDB, por ter a base parlamentar mais influente e, no governo Dilma Rousseff, a Vice-Presidência, era o sócio minoritário. Havia outros sócios, embora bem menores: o PP de Paulo Roberto Costa e o PTB de Fernando Collor (o senador mudou de partido depois).
Após dois anos e meio de investigações, não restam dúvidas de que havia uma sofisticada organização criminosa em operação na Petrobras – e não apenas nela. O montanhoso corpo de provas que emerge da maior investigação já feita no Brasil revela, em minúcias, como funcionava a corrupção promovida pelo grupo que assaltava a estatal. Havia, como nas grandes organizações criminosas, uma clara divisão de tarefas. Cabia ao cartel de grandes empresas – como Mendes Júnior e OSX – pagar propinas aos funcionários da Petrobras e aos políticos que mandavam nesses funcionários. Cabia a esses funcionários e aos chefes deles, os políticos, entregar os contratos da estatal às empresas do cartel, por mais danosos que fossem aos cofres da Petrobras. Durante ao menos uma década, a organização criminosa prosperou formidavelmente. Empreiteiros enriqueceram. Burocratas enriqueceram. Lobistas enriqueceram. Políticos enriqueceram – e foram eleitos e reeleitos com dinheiro sujo. Até que, enfim, a estatal quebrou.
No topo desse consórcio entre PT e PMDB estava, segundo a força-tarefa, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com eles, o esquema, do qual Lula se beneficiou política e materialmente, não poderia acontecer sem que ele tivesse dado as ordens, direta e indiretamente. Na semana passada, o juiz Sergio Moro acolheu a denúncia dos procuradores contra o ex-presidente. Moro entendeu que há provas suficientes de autoria e materialidade no caso em que Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS, lavada como um tríplex em Guarujá. Assim, o ex-presidente se tornou réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – e as investigações prosseguirão intensamente. Ele é investigado em outras cinco frentes; numa delas, em Brasília, também já virou réu, acusado de tentar obstruir a Lava Jato.
ISTOÉ
As gravações que comprovam a fraude de R$ 2 bi na Funcef
Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões. Trata-se da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão. ISTOÉ obteve com exclusividade as gravações que fundamentaram a operação.
Os áudios referem-se a reuniões de diretores da Funcef – órgão que administra a previdência complementar da Caixa e foi comandado por executivos indicados e ligados ao PT, acumulando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões. O material explosivo revela a total negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos. Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner. Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.
A postura observada nas reuniões é escandalosa: diretores dão o aval aos investimentos mesmo admitindo não terem lido todos os documentos, autorizam aportes sem saber de onde a Funcef vai tirar dinheiro e passam por cima de riscos considerados graves por executivos do órgão, como a existência de dívidas tributárias e trabalhistas de uma empresa que demandava recursos do fundo. Em comum, nos encontros de diretores da Funcef, há o fato de os presidentes do Fundo de Pensão dos servidores da Caixa, indicados pelo PT, sempre defenderem a liberação dos recursos, a despeito dos reiterados alertas feitos pelos seus diretores. São eles, em dois momentos administrativos distintos da Funcef: Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, ambos ligados ao PT. Os dois e outros cinco gestores do fundo foram presos temporariamente durante a Operação Greenfield. Depois de prestarem depoimento, deixaram a cadeia.
A PF destaca três reuniões como as mais emblemáticas para demonstrar a existência de negociações prejudiciais à Funcef, feitas única e exclusivamente para cumprir acordos políticos: a que selou aportes de R$ 400 milhões na OAS Empreendimentos, a que confirmou investimentos de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar (braço da OAS na área de transportes) e a que ratificou a aplicação de R$ 17 milhões no FIP Enseada, a fim de reerguer a Gradiente. Naquele momento, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro pressionava a cúpula petista pelo aval aos negócios de seu interesse. Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef? O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”. Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”. Em outra conversa pelo celular, Léo Pinheiro diz que pela Funcef estaria tudo certo, mas adverte César Mata Pires, dono da OAS, que poderia haver problemas na aprovação do negócio pela Caixa. Segundo a mensagem, Carlos Borges, diretor da Funcef, havia ligado para Pinheiro preocupado com a questão. Quem também telefonou para agendar um encontro foi João Vaccari. Ao fim, o investimento foi aprovado. “Não esqueça de me reservar uma vaga de officeboy nesse arranjo político. Afinal com a sua influência junto ao Galego e o Lula, vc é o CARA”, atesta Carlos Borges, da Funcef, em mensagem encaminhada a Léo Pinheiro em 2014.
A oposição palmense dificultou sua ascensão ao poder Executivo, encareceu a jornada, criou obstáculos desnecessários e antes inexistentes e tornou mais difícil a missão de derrotar o atual prefeito, Carlos Amastha.
Por: Edson Rodrigues
Como candidatos com chances de ganhar uma eleição tão difícil conseguiram essa façanha? Tudo por causa de picuinhas pessoais, por agirem como “donos” dos seus partidos, sonhando com 2018, esquecendo que, antes, precisam dos resultados das urnas nas eleições municipais da Capital. Essas picuinhas fizeram com que queimassem todas as pontes de negociação, interditando o caminho que poderia se abrir para um pacto de sobrevivência política, em um cenário em que ambos, tanto Cláudia Lélis quanto Raul Filho pudessem vislumbrar um futuro promissor.
Se juntos seriam imbatíveis, conseguiram a proeza de dividir a oposição em várias candidaturas e passaram a apunhalar uns aos outros em reuniões, nos bairros, nos debates, nos programas eleitorais, nos discursos. Fecharam as janelas e portas, construíram barreiras, obstáculos, e passaram a xingar o governador Marcelo Miranda, como se ele fosse candidato a prefeito, tal como o Judas da Semana Santa, recebendo cacetadas e pauladas vindas de todos os lados, desde o Senado, à Câmara Federal, à Assembleia Legislativa, à Câmara Municipal, nos comícios, no horário eleitoral, em Palmas e em todas as cidades do Tocantins, principalmente, onde existem emissoras de rádio e TV.
Pois bem, o senhor Carlos Amastha agradece, em primeira mão, os “donos” de partidos. Não fossem suas “gentilezas”, tudo seria bem mais difícil na caminhada do senhor prefeito de Palmas rumo à reeleição.
Como todos sabem, estamos na reta final da corrida sucessória. A linha de chegada já é visível e restam poucos dias para o desfecho. Sob o nosso ponto de vista, ainda há tempo de voltar à corrida, apesar da desvantagem certo é que se continuarem a agir como estão fazendo agora, com um querendo tirar o outro da “pista”, de nada vai adiantar a torcida, pois Amastha encontrará caminho livre.
Apesar dos seus diversos “tropeções”, que são sua língua solte e os modos de tratar a todos como bem lhe convém, Amastha continua a ser o favorito, muito agradecido a Raul Filho, Cláudia Lelis e os senhores congressistas e legisladores estaduais e municipais da oposição, lhe terem esquecido e escolhido o governador Marcelo Miranda como “Judas”.
Se o resultado das urnas em Palmas for favorável a Amastha, um funeral coletivo, automaticamente, estará ocorrendo para muitos donos de partidos, para muitos coronéis, tenentes, sargentos e cabos eleitorais.
Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste seriam os principais beneficiários. Verbas podem destravar obras e projetos
Por Edson Rodrigues
Após anunciarem que decretariam calamidade por insolvência financeira nesta, governadores de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste recuaram e decidiram preparar nova proposta ao governo federal. O motivo do recuo foi que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acenou com a possibilidade de o governo federal avalizar até R$ 20 bilhões em empréstimos dos Estados com órgãos internacionais.
Os governadores reivindicam que a União repasse pelo menos R$ 7 bilhões em recursos do Tesouro para cobertura de perdas provocadas por incentivos concedidos pela União nos últimos anos. O governo federal, contudo, disse não ao pedido.
Diante da proposta de Meirelles de aval a novos empréstimos, os governadores devem se reunir novamente e preparar uma contraproposta, que será apresentada diretamente ao presidente Michel Temer (PMDB).
TOCANTINS
Para o Tocantins a notícia não poderia vir em melhor hora, já que obras como a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e a duplicação das rodovias entre Palmas e Paraíso e Palmas e Porto Nacional, recuperação de estradas e construção de casas populares e revitalização dos Projetos Rio Formoso e São João, todos com os projetos devidamente aprovados e em conformidade com a legislação, dependendo apenas da liberação das verbas para serem iniciados.
Esse aceno do governo federal aos estados é um grande incentivo para que todos cumpram as proposições de austeridade feitas pelo ministro da Fazenda, como cortes de gastos e enxugamento das máquinas administrativas e indica que o bom relacionamento entre os governadores e o presidente Temer abre espaço para um diálogo inédito desde os tempos do governo do PT.
Todos saem ganhando. O governo federal, que aumenta sua base de apoio e consegue dar os primeiros passos para reabilitar as finanças e os governos estaduais, que, finalmente, oxigenarão seus cofres e poderão dar satisfações à população com obras e investimentos.
GOVERNO DE MARCELO MIRANDA CONTINUA SERVINDO DE “SACO DE PANCADA” E SECRETÁRIO SE OMITEM NA DEFESA
Por Edson Rodrigues
Saudações, tocantinenses!
Agora é oficial e terminal! O governador Marcelo Miranda tem a obrigação de tomar um atitude em relação ao seu governo e aos seus auxiliares “companheiros”. As “pauladas” e “cacetadas” traduzidas em críticas que vem sofrendo, tanto em pessoa como em gestor público, não tem encontrado em nenhum membro de sua equipe o menor arremedo de defesa que seja.
Traduzindo em miúdos, nenhum dos seus secretários, auxiliares, membros do 2º escalão ou de qualquer escalão que seja, tem a coragem ou a bravura de sair em defesa do atual governo. Eles preferem se esconder sob seu manto de “aspones”, suas camionetes de luxo com ar condicionado e combustível “por conta”, sob os “DAS” de suas esposas, filhos, filhas, noras e genros, a se expor, a mostrar que têm hombridade e lealdade e pronunciar uma frase sequer para proteger o manto que os agasalha, ou seja, o governo do Estado.
Dia desses observamos um deputado “da base” de Marcelo Miranda, que se acha “amigo da família”, assistindo, em palanque, um orador “descendo o borralho” no governo Marcelo Miranda, pedindo aplausos da plateia, enquanto que o nobre assessor foi um dos primeiros a puxar as palmas e o primeiro a abraçar e cumprimentar o orador ao fim do “massacre” contra o governo.
Todos sabem que é mais fácil acertar na mega-sena três vezes – e com os mesmos números – que encontrar certos secretários e assessores do governo do Estado trabalhando nas tardes de sexta-feira e nas manhãs de segunda-feira. Enquanto isso, nesses referidos períodos, o aeroporto Lysias Rodrigues parece reunião de secretariado.
CONCLUSÕES INCONCLUSAS
Sendo assim, caro governador, as conclusões a que podemos chegar são as de que ou a oposição tem razão em todas as críticas e impropérios ou o senhor precisa, como insistimos, urgentemente, fazer uma faxina em seu governo, trocando os incompetentes, os desinteressados e os encostados.
Que me desculpem os “companheiros”, “amigos”, “aspones” e “gatos” do Palácio Araguaia, mas fosse em tempos do ex-governador Siqueira Campos, nenhum de vocês existiria há tempos!
Mas, como estamos em tempos de Marcelo Miranda, do governo do coração, da humildade e da humanidade, nunca é tarde apelar para o bom senso e para os reais amigos e companheiros de luta deste governo e alertar que ainda há tempo, ainda há solução.
Basta um mínimo de ação!