Lula afirmou que Zema deveria reconhecer o esforço do governo para resolver o problema da dívida mineira, dizendo que somente Jesus faria o que ele fez

 

 

Por Vinícius Prates

 

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a cerimônia de assinatura do contrato de concessão da BR-381, nessa quarta-feira (22/1). Lula afirmou que Zema deveria reconhecer o esforço do governo federal para resolver a questão das dívidas dos estados, dizendo que somente Jesus Cristo faria o que ele fez.

 

Em resposta ao petista, Zema disse que Jesus Cristo "perdoaria todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos de quem ajuda a construir o Brasil". O governador mineiro ainda afirmou que continuará cumprindo suas obrigações, mas reforçou seu apelo para que os congressistas derrubem os vetos presidenciais à Lei Complementar 212/2025, que regulamenta o Programa Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). "Esperamos que os Deputados derrubem os vetos ao PROPAG para trazer justiça e previsibilidade ao Estado", concluiu.

 

A ausência de Zema no evento de assinatura do contrato de concessão da "Rodovia da Morte" foi outro ponto que gerou comentários de Lula.

 

Na ocasião, o presidente disse que “o governador de Minas Gerais deveria vir aqui me trazer um troféu do primeiro presidente da República que ele tem conhecimento que nunca vetou absolutamente nada de nenhum governador, de nenhum prefeito, por ser contra ou por ser oposição".

 

Lula também destacou que o Propag, que oferece condições para o refinanciamento das dívidas dos estados com a União, foi algo comparável ao que Jesus Cristo faria se estivesse na Presidência.

 

Ainda na quarta-feira, Zema foi às redes sociais para rebater as críticas sobre sua ausência no evento. O governador mineiro disse que, embora o PT tenha prometido melhorias na BR-381 em outras gestões, não entregou as obras. Para Zema, a assinatura do contrato era um ato "burocrático".

 

“O PT prometeu essa mesma obra nos 188 meses de governo, mas não entregou. Por isso, quando for colocar máquina na pista, fiscalizar ou inaugurar trechos da obra na BR-381, eu estarei à disposição. Meu foco é trabalhar, não perder tempo com eventos burocráticos", publicou em suas redes sociais.

Troca de farpas

 

A tensão entre a gestão estadual e o governo federal aumentou desde a semana passada, quando o presidente Lula vetou partes do Propag.

 

 

 

Posted On Quinta, 23 Janeiro 2025 14:28 Escrito por

Ministro negou a possibilidade de mexer na regra do prazo de validade dos alimentos e descarta qualquer "intervenção" no preço dos alimentos

 

 

POR RENATO MACHADO E CATIA SEABRA

 

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu na noite desta quarta-feira (22) para desfazer ruídos criados pela própria gestão petista em relação às futuras medidas para baratear os preços dos alimentos.

 

O ministro Rui Costa (Casa Civil) inicialmente buscou esclarecer que o governo descarta qualquer "intervenção" no preço dos alimentos, expressão que ele próprio havia usado no mesmo dia, durante entrevista ao Bom Dia Ministro.

 

Costa também negou a possibilidade de mexer na regra do prazo de validade dos alimentos. A medida foi proposta ao governo pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e alguns ministérios confirmavam nos bastidores que ela estava em análise.

 

A possibilidade começou a ser alvo de críticas nas redes sociais e explorada pela oposição. No X (ex-Twitter), perfis que costumam publicar conteúdo crítico ao governo começaram a dizer que a intenção era "fazer a população consumir alimentos vencidos" ou "fazer pobre comer comida velha".

 

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos que aproveitou para ironizar o governo: "A picanha não veio e, se vier, será podre", escreveu. O parlamentar produziu, na semana passada, a crítica mais viral ao monitoramento do Pix e foi um dos elementos que fez o governo voltar atrás na medida, também alvo de forte movimento da oposição nas redes sociais.

 

"Foram várias sugestões [do setor varejista] que estarão incluídas nessas análises que iremos fazer agora. Uma dessas sugestões é essa, e eles relataram lá a existência de prateleiras diferentes ou até de supermercados diferentes que vendem produtos com a validade vencida. Essa não é a cultura do Brasil, não é a prática do Brasil, então não vejo nenhuma possibilidade dessa sugestão específica ser adotada", afirmou em entrevista à CNN Brasil.

 

Procurada, a Casa Civil havia informado antes que "as medidas serão avaliadas e construídas em reuniões com os ministérios e outros órgãos governamentais, com a garantia da participação de produtores e associações. Então, não temos como confirmar no momento quais serão as medidas adotadas".

 

A questão do preço dos alimentos foi um dos momentos mais tensos da reunião ministerial realizada na segunda-feira (20), como mostrou a Folha de S.Paulo. Lula interrompeu a apresentação do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para dizer que esperava a apresentação de medidas para baratear os preços.

 

Nesta quarta, o ministro Rui Costa (Casa Civil) disse que o governo vai buscar um "conjunto de intervenções" para baratear o preço dos alimentos. Ele afirmou ainda que recebeu sugestões de associação de supermercados e que deve acatá-las, mas sem detalhar as medidas.

 

"No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre. A partir dessas reuniões, ouvindo produtores, buscar medidas que consigam reduzir preço dos alimentos", disse.

 

Ainda na entrevista à CNN, o ministro buscou corrigir a sua fala anterior, que causou efeito no mercado -a palavra "intervenção" costuma ser associada a medidas como tabelamento e controle de preços. Rui Costa então sugeriu a todos trocar a palavra "intervenção" por "medidas" para evitar ruídos de comunicação. Ele acrescentou que as medidas do governo serão na linha de "baratear custos que envolvam a produção de alimentos".

 

Além da entrevista, o ministro também usou as redes sociais para corrigir a sua fala da manhã: "Reafirmo: não haverá intervenções do governo, mas a adoção de MEDIDAS para baratear os alimentos que estão na mesa do povo brasileiro", escreveu.

 

Integrantes do governo reconhecem que algumas medidas propostas pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) estavam em análise dentro do governo.

 

Minas: renegociação da dívida pode afetar R$ 13 bi na arrecadação da União

 

A principal delas seria a modificação das regras sobre a data de validade dos alimentos, para adotar o modelo chamado "best before" (consumir preferencialmente antes de). Nele, o produto pode perder frescor ou nutrientes após certa data, mas pode ainda ser seguro para uso.

 

O modelo usado no Brasil considera a data de validade. Dentro desse período, o produto é considerado seguro para consumo. Após o vencimento, ele não deve ser ingerido. Segundo a Abras, a mudança poderia provocar uma economia de R$ 3 bilhões ao reduzir desperdício.

 

Essa medida implicaria a aprovação de um projeto de lei, além de mudanças promovidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

 

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Interlocutores no Palácio do Planalto minimizavam a discussão relacionada a essa medida. Afirmavam que a cobrança de Lula pegou alguns ministros de surpresa e que, por isso, alguns estão avaliando a pauta dos varejistas para ter uma resposta pronta para as cobranças.

 

A questão da validade dos alimentos é uma pauta antiga da Abras. Ainda em 2021, o governo Jair Bolsonaro (PL) disse que iria criar um grupo de trabalho para avaliar a proposta de flexibilização da regra que trata da validade de alimentos no Brasil.

 

A iniciativa havia sido anunciada pela então ministra da Agricultura Tereza Cristina, durante um evento da Abras.

 

O pacote de medidas propostas pelo setor varejista foi apresentada a Lula durante uma reunião no Palácio do Planalto, em novembro, com a presença de vários ministros.

 

As medidas também incluem a autorização para a venda de remédios sem receita em supermercados e a redução do prazo de reembolso dos cartões de crédito. Sobre os medicamentos, ele disse que a questão seria discutida no Ministério da Saúde.

 

Rui Costa também afirmou que estará em análise a proposta para reduzir o custo de intermediação financeira do vale alimentação.

 

Uma ala do governo, no entanto, se mostra descrente em relação a essas medidas e busca outras soluções. A expectativa é que o martelo seja batido em uma reunião no dia 30 de janeiro entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira.

 

O governo tem descartado qualquer tipo de medida intervencionista, como o controle de preços e regulação de exportação. Uma ala do governo defende, por exemplo, trabalhar nos preços mínimos dos alimentos agrícolas, que é estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Isso possibilitaria trabalhar melhor com os estoques.

 

 

Posted On Quinta, 23 Janeiro 2025 14:26 Escrito por O Paralelo 13

Dados são de levantamento do MapBiomas divulgado nesta quarta-feira (22/01). Foi o maior registro de área queimada no país desde 2019

 

 

Por João Cunha

 

 

O MapBiomas, iniciativa que realiza o mapeamento anual da cobertura e uso de terra no Brasil, divulgou nesta quarta-feira (22) um levantamento atualizado sobre as áreas atingidas por queimadas em território nacional entre janeiro e dezembro de 2024. De acordo com os dados do projeto, a área queimada no país apresentou um aumento de 79% em relação ao ano anterior. No total, foram 30,8 milhões de hectares queimados, uma extensão maior que o tamanho da Itália.

 

Os números são do Monitor do Fogo, plataforma do MapBiomas que, desde 2019, monitora as mudanças no cenário de fogos no país. O quantitativo de área queimada de 2024 é o maior já registrado pelo sistema. Em comparação a 2023, o Brasil teve mais de 13,6 milhões de hectares afetados pelas queimadas.

 

A coordenadora do MapBiomas Fogo e diretora de Ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), avalia que o ano de 2024 “destacou-se como um período atípico e alarmante do fogo no Brasil, com um aumento expressivo na área queimada em quase todos os biomas, afetando especialmente as áreas florestais, que normalmente não são tão atingidas”.

 

A equipe do MapBiomas atribui parte desses resultados ao fenômeno do El Niño que, entre 2023 e 2024, influenciou o clima e a temporada seca prolongada no Brasil. A baixa umidade criou condições para a maior propagação do fogo, associada aos incêndios provocados de forma criminosa.

Ane Alencar ressalta também que “os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”.

 

Amazônia foi o bioma mais afetado por queimadas no Brasil em 2024

De acordo com os dados do MapBiomas, quase 75% da área queimada no país no ano passado foi de vegetação nativa, especialmente em formações florestais. Em relação aos biomas, a Amazônia liderou o ranking em milhões de hectares queimados. Em 2024, mais da metade (58%) da área queimada no Brasil estava na Amazônia, o que corresponde a 17,9 milhões de hectares.

“Esse recorde na Amazônia foi impulsionado por um regime de chuvas abaixo da média histórica, agravando as condições ambientais. Um dado preocupante é que a classe de formação florestal foi a mais atingida, superando pela primeira vez as áreas de pastagens, que tradicionalmente eram as mais afetadas. Essa mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural e não faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, comenta Felipe Martenexen, da equipe do MapBiomas Fogo.

 

 

 

Posted On Quinta, 23 Janeiro 2025 04:25 Escrito por

Instituição financeira cooperativa alcança novo patamar e se consolida como uma das mais importantes IFs do país

 

 

Da Assessoria

 

 

O Banco Sicoob, integrante do Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob), que reúne mais de 8,5 milhões de cooperados, atingiu um marco significativo ao ser enquadrado no segmento S2, em consonância com a norma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional - CMN. Essa mudança posiciona o Sicoob entre os maiores grupos financeiros do país, destacando sua importância e solidez no Sistema Financeiro Nacional (SFN).

 

A classificação, que varia de S5 a S1, organiza as instituições financeiras de acordo com seu porte e relevância sistêmica, aplicando regras regulatórias proporcionais. Para alcançar o S2 é necessário que a instituição tenha porte igual ou superior a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e que atenda aos requisitos exigidos por três semestres consecutivos.

 

De acordo com Rubens Rodrigues Filho, diretor de Riscos e Controles do Sicoob, o novo enquadramento reflete o avanço do cooperativismo financeiro no Brasil e a força do modelo de negócios do Sicoob. “Alcançar a classificação S2 é um marco importante para o Sicoob e para o cooperativismo financeiro no Brasil. Isso demonstra a solidez do nosso modelo de negócios, o crescimento contínuo da nossa base de cooperados e o reconhecimento da nossa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país”, comenta o executivo.

 

Com mais de 4,6 mil pontos de atendimento distribuídos por todo o território nacional, o Sicoob tem a maior presença física entre as instituições financeiras do Brasil. Essa ampla rede assegura que os cooperados possam acessar os serviços do Sicoob, independentemente de sua localização, valorizando o relacionamento próximo e personalizado. Além disso, a instituição oferece um portfólio completo de produtos e serviços financeiros, destacando-se pela eficiência operacional, segurança e condições que promovem o melhor custo-benefício.

 

A inovação tecnológica é outro pilar estratégico do Sicoob. A instituição investe em soluções modernas como a concessão de crédito automático diretamente pelos canais digitais, a assinatura eletrônica de contratos via aplicativo e o uso de inteligência artificial (IA) para personalizar ofertas e otimizar o atendimento. No agronegócio, a tecnologia digital tem permitido a concessão de crédito de forma ágil e especializada, contribuindo diretamente para o fortalecimento do setor. Reconhecido como uma das melhores soluções do mercado, o Super App Sicoob é um exemplo de como a inovação pode aliar eficiência e acessibilidade aos valores do cooperativismo.

 

“Essa conquista marca um ponto de inflexão na trajetória do Sicoob, impulsionando nosso compromisso de investir continuamente em soluções inovadoras que aprimorem a experiência dos cooperados. Ela reafirma nosso papel no fortalecimento do cooperativismo financeiro, consolidando-o como um modelo essencial para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Nosso foco permanece em promover a prosperidade dos cooperados, gerar valor econômico e social, e ampliar nossa relevância no cenário financeiro nacional”, acrescenta o executivo.

 

 

 

Posted On Quinta, 23 Janeiro 2025 04:06 Escrito por

Governo de Trump revogou a política do ex-presidente Joe Biden, onde restringia fiscalização de imigração ilegal em igrejas e escolas

 

 

Por Giovana Alves

 

 

No governo de Donald Trump, as autoridades federais da imigração dos Estados Unidos terão autorização de prender imigrantes ilegais e realizar operações nas chamadas “áreas sensíveis”. Segundo as diretrizes anunciadas nesta terça-feira (21/1) pelo secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman, locais como igrejas e escolas não impedirão a prisão dos imigrantes.

 

Donald Trump, logo após a posse, assinou decretos que autorizam a deportação de imigrantes não documentados.

 

Política do governo Biden foi revogada nesta terça-feira pelo secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman.

 

Autoridades federais da imigração dos Estados Unidos terão autorização de prender imigrantes ilegais e realizar operações em escolas e igrejas.

 

“Os criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas dos Estados Unidos para evitar a prisão. O governo Trump não amarrará as mãos de nossa corajosa polícia e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso”, diz o comunicado.

 

Huffman revogou a política do governo do agora ex-presidente Joe Biden que restringia a fiscalização da imigração dentro e ao redor de escolas, instalações de saúde, igrejas e prédios que fornecem assistência a desastres, entre outros locais.

 

Em seu discurso de posse, o presidente Donald Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México e anunciou uma série de medidas contra a imigração.

 

“Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e se iniciará um processo de devolução de milhões e milhões de imigrantes criminosos aos lugares de onde vieram”, disse o presidente.

 

 

Posted On Quarta, 22 Janeiro 2025 04:06 Escrito por O Paralelo 13
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