Valores são creditados conforme faixa salarial
Por Jurbileia Pinto
Será pago nesta quinta-feira, 10, o auxílio-alimentação dos servidores da Prefeitura de Palmas. Serão mais de R$ 12 milhões beneficiando 10.808 trabalhadores da administração pública municipal, fortalecendo a economia da Capital.
O auxílio corresponde a R$ 1.000,00 mensais para servidores que recebem até R$ 6.060,00, e R$ 800,00 para aqueles com salários acima desse valor. O montante será repassado por meio dos cartões Verocheque, Sodexo ou Vólus, que são utilizados para a compra de alimentos e produtos relacionados.
Para a servidora Soélia Dias Gonçalves, 48 anos, efetiva no cargo de auxiliar de serviços gerais, o auxílio-alimentação é um importante complemento da renda. “Hoje faço toda minha feira de casa com o auxílio, e assim consigo organizar melhor as demais despesas com meu salário”, disse.
O dia 10 de cada mês também já é uma data marcada no calendário da assistente administrativo Iolanda Alves da Silva, 61 anos. “Esse benefício me ajuda demais. Tenho dois filhos, e é com ele que compramos a alimentação da minha família”, disse.
O benefício faz parte de um investimento contínuo da Prefeitura para valorizar os servidores municipais e melhorar a sua qualidade de vida.
Texto foi apresentado pelo governo aos líderes nesta terça (8), em Brasília; oposição critica proposta
Por Gabriela Tunes
A proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública será apresentada na semana que vem na Câmara dos Deputados. A PEC que, há 9 meses, foi anunciada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tem como principal objetivo estabelecer diretrizes para fortalecer o Estado no combate ao crime organizado. A proposta modifica a forma como o tema é tratado entre governo federal, estados e municípios.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro que a Câmara vai analisar a PEC com calma e tranquilidade. "Vamos criar um grupo de trabalho permanente pra discutir a segurança e tratar outras propostas. O Brasil está com câncer grave. Vamos dar o remédio que for preciso pra salvar o Brasil. Será a pauta prioritária na Câmara", disse.
A expectativa é de que o texto sofra mudanças.
Entenda a proposta
A PEC proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) pretende conferir status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), instituído em 2018 por lei ordinária.
O anteprojeto prevê mais integração entre a União e os entes federados na elaboração e execução da política de segurança pública. Para isso, a ideia é colocar na Constituição Federal o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (CNSP), composto por representantes do governo federal, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios, além da sociedade civil.
O principal objetivo, a partir dessas medidas, é estabelecer diretrizes para fortalecer o Estado no combate ao crime organizado. É preciso padronizar protocolos, informações e dados estatísticos.
Hoje, por exemplo, o Brasil tem 27 certidões de antecedentes criminais distintas, 27 possibilidades de boletins de ocorrências e 27 formatos de mandados de prisão. A padronização de dados e informações é fundamental para que se dê efetividade ao Sistema Único de Segurança Pública.
Essa normatização não quer dizer, no entanto, que a União centralizará os sistemas de tecnologia de informação. Ou seja, os estados não serão obrigados a usar plataformas distintas das que já são utilizadas. Também não haverá qualquer ingerência nos comandos das polícias estaduais, tampouco modificação na atual competência de estados e municípios na gestão da segurança pública.
A PEC não inova do ponto de vista constitucional. Tem como referência o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Nacional de Educação (SNE), ambos já na Constituição.
O que diz a oposição
A oposição classifica o texto como perigoso e preocupante. A líder do bloco da minoria na Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC) critica a centralização das normas. "É nos municípios e estados onde a gente vê o problema", disse.
Já o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) acredita que o texto seja contraditório, principalmente quanto à guarda municipal. O texto da PEC deixa claro que as guardas municipais são instituições de natureza civil e não podem exercer qualquer atividade de polícia judiciária.
Além disso, também está prevista submissão ao controle externo do Ministério Público. "Estamos entrando no terceiro ano de piora dos índices e a responsabilidade da união não está sendo cumprida: não há controle de fronteira, por exemplo", reforçou.
Governo fala em amplo debate com governadores e sociedade
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, acolheu sugestões dos governadores e da sociedade civil para elaboração da PEC da Segurança Pública.
Foram levadas em consideração parte substancial das preocupações manifestadas pelos entes federados durante as discussões, especialmente aquelas relacionadas à suposta perda de autonomia dos estados.
Nesse sentido, foi acolhida a sugestão dos governadores para que representantes da sociedade civil também fossem incluídos no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
Reunião com líderes
A proposta foi apresentada a Motta na manhã desta terça (8), na residência oficial da Presidência da Câmara.
Participaram do encontro, além de Lewandowski e Motta, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsável por agendar a reunião, e alguns deputados, como os já citados Bilynskyj e Carol de Toni, Pedro Lucas (União Brasil-MA), André Figueiredo (PDT-CE), Mário Heringer (PDT-MG), Luciano Amaral (PV-AL) e Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
Eduardo Siqueira Campos passa a integrar a nova diretoria da FNP com foco na pauta de proteção animal para a gestão abril de 2025/abril 2027
Poe Texto: Verônica Veríssimo
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, foi eleito e empossado nesta segunda-feira, 7, como vice-presidente temático de Proteção Animal da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) para a gestão abril de 2025/abril de 2027. A posse ocorreu durante a 87ª Reunião Geral da entidade, realizada em Brasília, com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Eduardo compôs a mesa principal ao lado de prefeitos de grandes capitais e esteve acompanhado da secretária municipal de Proteção e Bem-Estar Animal, Gabriela Siqueira Campos.
“Começar o mandato contribuindo com a Comissão Temática de Proteção Animal, como vice-presidente, é uma oportunidade enriquecedora. Poderemos trocar experiências e apresentar os desafios enfrentados por uma capital do Norte, buscando soluções efetivas na defesa dos animais”, afirmou Eduardo Siqueira Campos.
Nova mesa diretora da FNP
A nova mesa diretora da FNP será presidida pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Em seu discurso de posse, Paes destacou: “A política não é para brigar, mas para construir consensos em benefício da população”.
A programação abordou temas relevantes para a gestão municipal, como riscos fiscais, precatórios, isenção de Imposto de Renda, parcerias com bancos públicos, financiamento de projetos e o papel das cidades na segurança pública.
Os fatos investigados são anteriores à nomeação de Juscelino para o posto de ministro do governo Lula
Com Estadão conteúdo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro Juscelino Filho (Comunicações) por suspeitas de corrupção e outros crimes. A acusação foi apresentada nesta terça-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir se torna o ministro réu.
Os fatos investigados são anteriores à nomeação de Juscelino para o posto de ministro do governo Lula (PT). O ministro é suspeito de desvio de emendas parlamentares no período em que era deputado federal pelo União Brasil, partido pelo qual foi reeleito pelo Maranhão em 2022. (Relembre aqui)
A PGR imputa a Juscelino Filho seis crimes, entre eles corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi remetida ao gabinete do ministro do STF Flávio Dino, relator do caso.
Essa é a primeira acusação apresentada pela atual gestão do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra um integrante do primeiro escalão do governo Lula. Em nota quando foi indiciado pela Polícia Federal (PF), em junho do ano passado, o ministro negou irregularidades e apontou "ação política" da corporação.
A PGR aponta que, no exercício do cargo de deputado federal, Juscelino Filho enviou emendas parlamentares para a Prefeitura de Vitorino Freire (MA), que era comandada por sua irmã Luanna Rezende, e recebeu propina pelas obras executadas.
Em declarações passadas sobre o caso, Lula afirmou que o ministro seria afastado caso o indiciamento da PF por suspeita de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva fosse aceito pela PGR.
Em nota, os advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Francisco Agosti, que representam o ministro Juscelino Filho, disseram que ele “reafirma sua total inocência” e que o oferecimento da denúncia “não implica em culpa”.
Confira nota na íntegra da defesa do ministro
"A defesa de Juscelino Filho esclarece que até o momento não foi notificada sobre a denúncia do Ministério Público. Tal andamento sequer consta na consulta processual. Aliás, em se confirmando, temos um indício perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil, quando o MP conversava primeiro com a imprensa antes de falar nos autos.
De toda forma, o ministro reafirma sua total inocência e destaca que o oferecimento de uma denúncia não implica em culpa, nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país. O julgamento cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), em quem Juscelino Filho confia que rejeitará a peça acusatória diante da sua manifesta ausência de provas.
Aliás, essa é a melhor oportunidade para se colocar um fim definitivo a essa maratona de factoides que vem se arrastando por quase 3 anos, com a palavra final da instância máxima do Poder Judiciário nacional.
Além disso, o ministro ressalta que o caso não possui qualquer relação com sua atuação à frente do Ministério das Comunicações, cuja gestão - assim como em todos os cargos públicos que atuou - é pautada pela transparência, eficiência e compromisso com o interesse público.
Como deputado federal, no mandato anterior, Juscelino Filho limitou-se a indicar emendas parlamentares para custear a realização de obras em benefício da população. Os processos de licitação, execução e fiscalização dessas obras são de competência exclusiva do Poder Executivo, não sendo responsabilidade do parlamentar que indicou os recursos.
O ministro reitera sua confiança na Justiça e na imparcialidade do Supremo Tribunal Federal, acreditando que a verdade prevalecerá e que sua inocência será devidamente comprovada.
Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Francisco Agosti, advogados de Juscelino Filho"
O xadrez político do Tocantins está armado. E no centro do tabuleiro está ele: o governador Wanderlei Barbosa
Por Edson Rodrigues
O ano de 2025 marca o início de uma fase decisiva para os bastidores do poder no Tocantins. No ar, uma pergunta que ninguém ousa fazer em voz alta, mas que ecoa entre lideranças, prefeitos, aliados e adversários: Wanderlei renunciará ao governo para disputar uma vaga ao Senado Federal?
A resposta ainda não veio. E não virá tão cedo. Mas o silêncio do governador diz muito, talvez mais do que qualquer discurso.
A escolha de Wanderlei Barbosa não é simples. Permanecer no comando do Estado até o fim do mandato significa estabilidade, continuidade, força para fazer seu sucessor. Mas renunciar em 2026 para alçar voos maiores pode redesenhar completamente o mapa político do Tocantins. É a travessia de um líder que precisa decidir entre consolidar seu legado ou expandi-lo em Brasília.
Enquanto isso, o governador escuta. Silencioso, porém atento, recebe conselhos de aliados de confiança, entre eles o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres, que se define como “um soldado dentro do grupo”. Um gesto de lealdade que revela o tom das articulações: ninguém se move sem que Wanderlei sinalize o caminho.
Há um sentimento forte entre os aliados: é preciso cautela. O passado recente é um espelho incômodo. Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso, Mauro Carlesse, todos viram seus projetos políticos ruírem em meio a escândalos e processos. Nenhum foi condenado em última instância, mas o estrago à imagem foi irreversível. Wanderlei, ciente disso, quer seguir por outra estrada: limpa, estável, estratégica.
A ex-senadora Kátia Abreu também surge como um exemplo simbólico. Com voz respeitada em Brasília, mas politicamente isolada no Tocantins, perdeu fôlego e grupo. Tornou-se uma gigante sem chão. Wanderlei não quer esse destino. Ele quer raiz, grupo, presença.
A “chapa dos sonhos”
Nos bastidores, uma ideia começa a ganhar força: a chamada “chapa dos sonhos”. Nela, Dorinha Seabra disputaria o governo do Estado. Wanderlei Barbosa e Eduardo Gomes seriam os candidatos ao Senado. Uma composição robusta, com apoio das maiores lideranças regionais e articulação entre os principais partidos.
Se confirmada, essa aliança pode formar uma frente política poderosa e deixar a oposição sem fôlego antes mesmo da largada oficial. Mas tudo depende de um ponto: a decisão de Wanderlei renunciar. E, até agora, ele guarda essa carta com zelo absoluto.
Karynne Sotero: mais que primeira-dama
Enquanto isso, uma nova liderança cresce ao lado do governador. Karynne Sotero, primeira-dama do Estado, vem se destacando pela presença institucional, habilidade política e o carisma junto à população.
Com escuta sensível, fala simples e proximidade com as comunidades, Karynne já é apontada como forte nome para deputada federal em 2026. Sua atuação reforça o projeto do grupo e sinaliza uma política mais humana e conectada com as bases.
Mais do que apoio, ela é hoje peça estratégica no tabuleiro sucessório. Tem luz própria e começa a ganhar espaço que vai além do título de primeira-dama.
O silêncio que fala
Aos navegantes da sucessão estadual, um recado: não esperem por declarações em 2025. Wanderlei Barbosa não tratará publicamente da renúncia este ano. Ele seguirá em campo, percorrendo o Estado, fortalecendo laços, mantendo a aliança com prefeitos e lideranças, sempre com Karynne ao seu lado.
A dúvida continua no ar. Mas uma certeza se impõe: o governador é hoje a principal figura da política tocantinense. Seu próximo passo definirá o rumo de muitos.
Até lá, o Tocantins vive um momento de espera ativa. O tabuleiro está sendo redesenhado em silêncio, nos bastidores, nas conversas de corredor, nos encontros reservados. Wanderlei sabe que carrega nas mãos a bússola de seu grupo político e que qualquer movimento precipitado pode virar tempestade.
2026 será o ano da virada. E todos sabem: a política tocantinense só começará a se mover de verdade quando Wanderlei der o primeiro passo.