ANÁLISE POLÍTICA

 

Após muita expectativa depois da eleição majoritária de 2022, que sagrou a reeleição do governador Wanderlei Barbosa e deu início às especulações sobre as eleições municipais de 2024, finalmente, no dia 15 de setembro durante a Consulta Pública  para a elaboração do Plano Plurianual, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, fez questão de participar ativamente do evento, sempre junto a Wanderlei Barbosa, enfatizando em entrevistas que o Paço Municipal e o Palácio Araguaia “sempre estiveram juntos” e que ela e Wanderlei seriam “parceiros não só no discurso, mas na prática”.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Naquele momento, tudo indicava que Cinthia Ribeiro e Wanderlei Barbosa haviam decidido estar juntos, em um só palanque, nas eleições municipais de 2024, o que tornaria o seu candidato, ainda a ser escolhido, nome certo no segundo turno.

 

Mas, eis que, pouco mais de um mês depois de tão enfáticas declarações, as ações de Cinthia Ribeiro e do seu esposo, deputado estadual Eduardo Mantoan, indicam exatamente o contrário, mostrando que, na prática, o discurso é outro.

 

EMENDA DA DISCÓRDIA I

Abertura do PPA em Palmas foi realizada pelo governador Wanderlei Barbosa e contou com a participação da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, gestores estaduais e municipais, além de representantes do legislativo e da comunidade local - Foto: Antonio Gonçalves

 

O fato de Cinthia Ribeiro, no aniversário de Palmas, ter dividido a mesma mesa com o senador Irajá Abreu, que elegeu o Palácio Araguaia como seu inimigo número um, tornando-se uma enciclopédia de denuncismo contra o governo de Wanderlei Barbosa, fazendo plantão nas portas de órgãos investigativos federais, cada dia com uma denúncia “nova”, inclusive com um pedido de auditoria nas contas do Estado, não passou despercebido pelo Observatório Político de O Paralelo 13.

 

Mas, o que poderia ser apenas uma “gentileza isolada” da prefeita da Capital para com um dos adversários do Palácio Araguaia, toma proporções diferentes, após o seu esposo, deputado Mantoan ter, recentemente, apresentado uma Emenda que eleva de 1,2% para 2% o valor a ser repassado pelo Orçamento do Estado para as Assembleia Legislativa.

 

Apesar de ser uma questão quase consensual no Legislativo Estadual, a forma com que Mantoan apresentou a Emenda desagradou à maioria dos parlamentares que desejavam outro momento e outra forma para apresentar a proposta.

 

Mantoan ignorou praticamente todos os seus pares, principalmente o presidente da Casa, deputado Amélio Cayres, que já havia feito tratativas sobre o momento certo para a apresentação a proposta.

 

Da forma feita por Mantoan, o governo do Estado ficaria praticamente “engessado” no Orçamento para 2024, justamente no ano eleitoral que definirá os prefeitos dos 139 municípios tocantinenses.

 

De imediato, ao perceberem uma possibilidade de “manobra” na forma da apresentação da Emenda, a maioria dos deputados estaduais retirou suas assinaturas do documento, o que impossibilitou a sua apresentação em plenário.

 

Eduardo Mantoan, por sua vez, continua insistindo em colocar a proposta em votação, mesmo após o próprio governador Wanderlei Barbosa explanar aos deputados estaduais a necessidade de manter o percentual das emendas para não impedir investimentos  do governo do Estado nos 139 municípios, criando um clima desconfortável entre seus pares e irritando a maioria que faz parte da base de apoio ao governo de Wanderlei Barbosa.

 

EMENDA DA DISCÓRDIA II

 

 

Enquanto isso, no Paço Municipal, Cinthia Ribeiro, placidamente, no início desta semana, foi até a Câmara Municipal e anunciou o aumento das emendas impositivas dos vereadores de 1,5% para 2%, afirmando estar, assim, “valorizando” o Legislativo Municipal, numa clara alusão ao que está ocorrendo na Assembleia Legislativa.

 

O curioso é que Cinthia Ribeiro se mostrou tão generosa em relação às emendas impositivas, aumentando o valor a ter que ser desembolsado pelo Executivo municipal da Capital, depois que o Ministério Público acionou o Poder Judiciário a respeito da falta de estrutura na UPA Norte e em postos de saúde de Palmas, como falta de medicamentos, profissionais e, até, de lençóis, após apurações feitas in loco.

 

Ou seja: para as emendas impositivas dos vereadores não falta dinheiro, mas para os pacientes da Saúde Pública de Palmas, falta. E isso é o Ministério Público que constata, sem interesses políticos ou de atrapalhar a gestão de Cinthia Ribeiro.

 

NA PRÁTICA O DISCURSO É OUTRO

 

Se no evento do PPA. Cinthia afirmou que “sempre caminhou junto” com o governador Wanderlei Barbosa e que essa proximidade estaria “incomodando muitos”, ao que tudo indica, ela e seu esposo, Eduardo Mantoan resolveram “desincomodar” os incomodados, pois suas ações mostram que de “caminhar junto com o Wanderlei Barbosa”, não têm nenhuma coerência.

 

Enquanto algumas pessoas próximas ao governador Wanderlei Barbosa insistem em afirmar que ele e Cinthia Ribeiro estarão no mesmo palanque em outubro de 2024, mesmo após tanta “pirotecnia” do casal Ribeiro-Mantoan, as ações dos últimos dias parecem mostrar o contrário, que a rota política dos envolvidos chegou em uma bifurcação e que cada parte decidiu por um caminho.

E eles não levam ao mesmo palanque em 2024.

 

Fato.

 

“MUI AMIGOS”

 

Como dizia o saudoso Antônio Carlos Magalhães “há lobos disfarçados de ovelha para abocanhar o rebanho”.

 

E não é mais segredo para ninguém, muito menos para o Palácio Araguaia a trilha deixada pelo casal Ribeiro-Mantoan nos últimos dias, que apresenta pegadas de lobos, não de ovelhas, deixando simples e fácil ler nas entrelinhas.

 

Coisa de “mui amigos”, como diria o saudoso humorista Jô Soares!

Posted On Segunda, 30 Outubro 2023 05:50 Escrito por

Enquanto outros prefeitos reclamam da 'pindaíba', Humberto Souto diz publicamente: 'Temos R$ 200 milhões em caixa'

 

Por Luiz Ribeiro

 

A Prefeitura de Montes Claros, cidade no Norte de Minas com 414,24 mil habitantes, vive como uma espécie de ilha em relação à atual situação financeira dos municípios brasileiros. Enquanto a grande maioria das prefeituras do país tenta superar o aperto da falta de recursos, a administração municipal da cidade mineira evidencia o contrário: a folga nas finanças.

 

A razão para garantir a estabilidade financeira na gestão pública: “Basta não roubar o dinheiro do povo”, justifica o prefeito da cidade, Humberto Souto (Cidadania).

O prefeito apresentou a “receita” ao participar de uma solenidade de assinatura de ordem de serviço de uma obra, na prefeitura, nessa sexta-feira (27/10). Na mesma oportunidade, Souto exibiu publicamente a condição de “ilha financeira” vivida pela prefeitura que administra em relação à maioria dos municípios do país, cujas finanças estão corroídas.

 

“Temos R$ 200 milhões em caixa”, afirmou o gestor, que foi eleito para o segundo mandato em 2020 com 85,24% dos votos, alcançando um dos mais altos índices de votação do pleito. Atualmente, aos 89 anos (completados em 3 de junho), ele é um dos chefes executivos municipais mais idosos do país. Ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU), Souto exerceu oito mandatos de deputado federal antes de ser prefeito.

 

 

Durante o evento público, com a participação de vereadores, secretários municipais e autoridades locais, Souto deu ênfase à importância da honestidade para manter o equilíbrio nas contas públicas. Segundo ele, “se não roubar, fica muito fácil administrar uma prefeitura, podendo até sobrar recursos".

 

“É uma coisa muito fácil administrar. Basta você não roubar. Basta não roubar o dinheiro do povo. É um coisa fantástica isso”, afirmou o prefeito e ex-ministro do TCU. Ele também afirmou que as pesquisas indicam que sua gestão "está com mais de 90% de aprovação".

 

“É importante a ajuda do governo estadual. É importante a ajuda do governo estadual. Mas é muito mais importante você não roubar o dinheiro do povo, você respeitar o dinheiro do povo. (Com isso), o dinheiro dá (para fazer obras e serviços necessários) e sobra (recurso)”, completou o chefe do executivo de Montes Claros.

 

Pacote de obras

No dia 25 de agosto, a Prefeitura de Montes Claros lançou um pacote de obras, denominado Programa de Investimento no Cidadão (PIC), com a previsão de aplicar R$ 250 milhões em ações em diversas áreas (como infraestrutura, educação, saúde e meio ambiente), com recursos próprios.

 

Apesar de a prefeitura de Montes Claros exibir a folga nas finanças e a execução de obras, a cidade enfrenta dificuldades na área de saúde, sobretudo, devido à grande demanda de pacientes de outros municípios do Norte de Minas e do sul da Bahia.

 

No programa de investimentos, foi anunciada a construção mais duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nas regiões do Grande Renascença e Independência e de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 

Protestos pelo Brasil

Cinco dias depois do lançamento do pacote de obras em Montes Claros, no valor de R$ 250 milhões, com recursos próprios do município, prefeitos de pelo menos 16 estados brasileiros fecharam as portas das prefeituras, mantendo apenas os serviços essenciais como saúde e limpeza pública, em protesto contra a queda na arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios.

 

Algumas prefeituras do Norte de Minas chegaram a demitir funcionários por causa da “pindaíba”.

 

Na mesma ocasião, os chefes de executivos também fizeram uma manifestação em Brasília, liderada pela Confederação Nacional dos Municípios (FPM).
Nova lei
Por conta de uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira (24/10), municípios e estados vislumbram melhoria na arrecadação.

 

A lei sancionada pelo presidente Lula garante compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS). A partir de uma medida adotada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ICMS baixou em 2022.

 

Segundo o governo, estados e municípios terão a arrecadação recomposta em R$ 27 bilhões. Desse valor, o governo prometeu antecipar o pagamento de R$ 10 bilhões, que seriam depositados em 2024, para este ano.

 

Do total de R$ 10 bilhões, R$ 2,5 bi serão destinados exclusivamente às cidades e o restante será repassado para os estados.

 

Além desse repasse, o governo federal também pretende pagar aos municípios uma parcela extra do FPM para compensar a queda de arrecadação dos últimos três meses. O total de recursos que seriam repassados para as cidades seria de R$ 2,3 bilhões.

 

 

Posted On Segunda, 30 Outubro 2023 05:47 Escrito por

A prática não é ilegal, mas o comprador paga mais e leva menos; fabricante tem o dever de informar as alterações no rótulo

 

 

Com R7

 

Mudar as embalagens de produtos, reduzindo a quantidade, o volume ou o peso do que vem dentro delas não é uma estratégia nova da indústria, mas está cada vez mais frequente. Um levantamento feito a partir de 40 milhões de notas fiscais de compras no primeiro semestre deste ano, em um supermercado online, mostra que as mercadorias chegam a perder 18% de seu conteúdo, o que leva o preço por quilo a subir até 20%.

 

As empresas agem dessa forma para driblar os aumentos nos custos de produção, como o encarecimento das matérias-primas, mas sem repassar a elevação diretamente ao consumidor. Assim, aparentemente, ela consegue manter os preços mais ou menos estáveis, o que evita uma possível troca de marca, caso o cliente opte por comprar uma mercadoria mais barata. Mas, como ele leva uma quantia menor para a casa, na verdade, está pagando mais caro. É o que se chama de reduflação.

"Ela é mais frequente na indústria alimentícia e na de produtos de limpeza, e continua ao longo do tempo. O mais lógico seria o preço diminuir quando houvesse uma redução de volume ou peso de um produto", afirma Anna Carolina Fercher, head of sucess insights da Horus Inteligência de Mercado, empresa que realizou o levantamento dos dados.

 

"Quando há elevação dos custos, o mercado tem duas opções: repassar a alta para o consumidor, no preço da mercadoria, ou diminuir a embalagem, e essa decisão depende de cada segmento e de cada empresa", diz a profissional, responsável pelas ações de inovação da Horus.

Para a especialista, a reduflação, que é uma tentativa de disfarçar a inflação que age sobre os mais diversos produtos, não é aplicada de maneira transparente ao consumidor. "Existem obrigações que as marcas têm de cumprir, um tempo mínimo em que a informação da mudança de peso ou quantidade precisa ficar nas embalagens, mas há uma parte das indústrias não segue as regras como deveria", fala.

 

Segundo o estudo, o chocolate foi o produto que teve, ao mesmo tempo, a maior redução de peso e o maior aumento de preço. No primeiro semestre de 2023, os produtos dessa categoria, que engloba bombons, barras de chocolate e tabletes, entre outras variedades, sofreram um corte de 18,5% em volume e tiveram aumento de 10% no preço por quilo.

 

Anna diz que, em alguns produtos, é mais fácil perceber esse tipo de alteração, como nas barras de chocolate, que apresentam as maiores variações ao longo do tempo: já pesaram 200 g, passaram para 100 g, e hoje algumas têm 90 g, outras 80 g.

"Já no sabão em pó ou no papel higiênico, fica mais difícil notar a diminuição. A dona de casa só percebe a mudança quando vê o produto acabar antes do fim do mês. No caso do sabão em pó, a indústria ainda justificou a redução ao dizer que o tamanho menor era devido a uma fórmula nova, com maior rendimento", conta a especialista.

 

Anna diz que, para identificar se está pagando mais caro do que antes, o consumidor precisa calcular o preço por quilo do produto. Por exemplo, para uma barra de chocolate que pesava 100 g e custava R$ 6, o preço por quilo é R$ 60, já que 100 g corresponde a 0,1 kg, então, nesse caso, basta multiplicar por dez. Se a barra ficar menor, com 80 g (ou 0,08 kg), e a marca disser que o preço não vai sofrer reajuste, na nova embalagem ela deverá custar R$ 4,80 (o resultado de R$ 60 vezes 0,08 kg).

 

Outras mercadorias que sofreram redução, identificadas no levantamento da Horus, foram:

 

• sabonete: -9% em volume; +13,8% no preço por unidade;
• sabão em pó para roupas: -10,5% em volume; +20% no preço por quilo;
• molho de tomate: -9,5% no volume; +7,8% no preço por quilo;
• suco pronto: -8,9% no volume; +11,7% no preço por litro;
• biscoito: -11,9% no volume; +11,9% no preço por quilo.

 

Além de pesar no bolso, a diminuição das embalagens também tem outra consequência sobre o consumidor: "A menor quantidade faz a compra não durar até o fim do mês, antecipando a necessidade de repor o que já acabou, e o efeito disso é o já observado crescimento das compras de emergência", explica Anna.

 

Ou seja, a reduflação não representa economia para o consumidor e ainda pode fazê-lo ter de ir mais vezes ao supermercado.

 

Quais são as regras?

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) diz que as empresas têm o direito de mudar a quantidade ou os ingredientes de um produto. Entretanto, a lei brasileira exige que o consumidor seja avisado sobre qualquer alteração, por meio de um alerta explícito, sem a possibilidade de gerar nenhum tipo de dúvida.

 

Para as pessoas terem tempo suficiente para perceber e entender que o produto que ela estava acostumada a comprar antes não é mais o mesmo, o aviso tem que ficar na embalagem ou no rótulo da mercadoria por seis meses, como consta no Código de Defesa do Consumidor e na portaria nº 392, de 29 de setembro de 2021, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

O documento, publicado pelo Ministério Justiça, especifica que as empresas devem escrever sobre a mudança nas embalagens em letras maiúsculas, negrito, com contraste de cores e em um tamanho que não dificulte a visualização.

 

Segundo o Procon-SP, as alterações na quantidade de um produto têm de constar na parte frontal (principal) do rótulo, de forma destacada e clara, em local de fácil visualização e com caracteres legíveis. É obrigatório detalhar a quantidade de produto existente na embalagem antes da alteração, a quantidade depois dela, e a quantidade de redução do produto, em termos absolutos e percentuais.

 

As empresas que não comunicam as alterações no conteúdo das embalagens podem ser autuadas e multadas. Para os órgãos de defesa do consumidor, a informação é a principal ferramenta que o cidadão pode usar para consumir de forma mais consciente.

 

Reclamações nas redes sociais

A partir de 2018, as queixas sobre reduções de embalagens ficaram mais comuns na internet, principalmente nas redes sociais. Além dos chocolates, o papel higiênico também passou por cortes: algumas marcas, que tinham rolos de 40 metros, começaram a vender pacotes com rolos menores, de 30 metros.

 

Com a pandemia da Covid-19, vieram muitas reduções: em pão de forma, leite em pó, biscoitos, paçoquinha, açúcar, sabão em barra, sabão em pó e até caixa de fósforos.

 

No ano passado, foi a vez de molho de tomate pronto, de achocolatado e de alguns biscoitos tradicionais ficarem menores, como um, muito conhecido, recheado com goiabada, e outros, do tipo wafer, que perderam 60 g. Em todas as ocasiões, as empresas disseram estar cumprindo as exigências legais.

 

Posted On Segunda, 30 Outubro 2023 05:39 Escrito por

As oposições estarão unidas em torno de uma só candidatura em Palmas, os sinais já estão mais que claros e nos bastidores políticos os principais analistas já chegaram à conclusão de que o processo é irreversível: o Palácio Araguaia está em uma “sinuca de bico” justamente em Palmas, reduto eleitoral do governador Wanderlei Barbosa, local onde jamais sua família perdeu uma eleição e principal colégio eleitoral do Tocantins.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

As candidaturas oposicionistas cresceram muito – e rápido – nas cidades polo do Estado, criando musculatura suficiente para se consolidarem na mente dos eleitores de forma duradoura, até outubro de 2024. E é em Palmas que esse fenômeno é mais fortemente sentido, com a candidatura do ex-prefeito Eduardo Siqueira Campos.

 

Eduardo Siqueira Campos, hoje, representa a maior ameaça ao projeto político do Palácio Araguaia para 2026, com a candidatura de Wanderlei Barbosa ao Senado e do seu vice, Laurez Moreira ao governo do Estado.

 

Se não houver uma reflexão urgente no núcleo político do Palácio Araguaia, dificilmente o resultado das urnas nas eleições municipais trarão os resultados esperados para que esse projeto político tenha o alicerce necessário para ser erguido, não só em Palmas, mas nos demais maiores colégios eleitorais do Tocantins.

 

As movimentações nos bastidores políticos já desenham que a oposição, em Palmas, virá unida em torno do nome de Eduardo Siqueira Campos, apontando que não haverá outras candidaturas oposicionistas para dividir os votos.

 

HORA DE “ARRUMAR A CASA”

 

Sede da Prefeitura de Palmas

 

Enquanto isso, já é sabido pelos principais líderes políticos que há aliados de Wanderlei Barbosa no Congresso Nacional que têm seus apadrinhados alojados em cargos do primeiro ao quinto escalões do governo do Estado e, mesmo assim, essas lideranças terão candidatos diferentes dos apoiados pelo governador, ou seja, candidatos oposicionistas, como é o caso de Araguaína e de outros municípios importantes.

 

Esse comportamento transparece a ideia de que, hoje, o Palácio Araguaia é a “casa da mãe Joana”, onde muitos mandam, poucos obedecem, e ninguém se importa com o que pensa – e quer – o “dono” da casa.

 

Mas, essa situação pode mudar drasticamente se Wanderlei Barbosa resolver assumir, de vez, as rédeas do seu governo e colocar ordem na casa, politicamente falando.

 

Desde que o Tocantins teve a sua emancipação política há 35 anos, jamais teve um governo com tanto foco em ações estruturantes visando o desenvolvimento social, econômico e político, priorizando as obras de Estado ao mesmo tempo em que mantém o equilíbrio nos gastos, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso tudo está em jogo caso haja uma interrupção desse processo de consolidação institucional do Estado.

Isso, mais que seu projeto político, torna mais premente que se apressem as decisões da formatação de um grupo político fiel e leal, que lhe garanta a sustentação necessária nas eleições municipais, apoiando os candidatos palacianos, sejam eles de qual partido for, contanto que sejam comprometidos com as ideias e os ideais de Wanderlei Barbosa.

 

FILME REPETIDO

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 – e todos os tocantinenses – já assistiu a esse filme, em governos anteriores, porém, como coadjuvantes e figurantes e assistentes diferentes, e o desfecho desse filme não precisa ser lembrado, pois todos sabem.

 

Nosso Observatório Político já trouxe esse mesmo tema em artigos, editoriais e análises recentes, mostrando com exemplos bem próximos de cada cidadão tocantinense, os efeitos que o excesso de democracia, que permitiu que cada um dos aliados pudesse comandar seus projetos políticos de forma independente, criando, alimentando e dando voz a pequenos “judas”, o que se transformou em um verdadeiro desastre político para os que se achavam apoiados de forma inconteste.

 

A nau chamada “governo” precisa ter um comandante forte, capaz de manter a direção necessária para chegar ao destino final, um comandante firme e determinado e, hoje, só Wanderlei Barbosa tem essa capacidade.

 

Para isso, ele deve assumir 100% das suas atribuições de governador, das ações sociais e estruturantes às ações políticas que tratarão das candidaturas dos nomes que escolher apoiar nos 139 municípios, sob o risco de ver em 2024 as oposições liderando as pesquisas de intenção de voto nos principais colégios eleitorais, incluindo Palmas, que uma vez nas mãos da oposição, terá a capacidade de competir, olho no olho, com o poderio emanado do Palácio Araguaia nas eleições de 2026 que, podem representar uma dificuldade muito maior que a esperada, com poucos aliados se mostrando 100% fiéis administrativa e politicamente.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 vem conversando com vários formadores de opinião, ex-congressistas, ex-prefeitos, empresários, lideranças políticas e empresariais e as opiniões, críticas sugestões e impressões colhidas, estão condensadas neste “olho no olho”, nesta análise política.

 

E a conclusão é unânime: a demora, o aguardar demasiado do governador Wanderlei Barbosa já está fazendo estragos em seu desempenho político.

 

E, na política, quem espera nem sempre alcança.

 

GESTÃO

 

Nos 10 meses de gestão após a vitória nas urnas em 2022, o Wanderlei Barbosa já mostrou a que veio, com obras de Estado, como o Hospital Regional de Araguaína, em acelerado estado de reforma e ampliação, o Daiara, sonho antigo dos araguainenses, totalmente revitalizado, investimentos na Saúde,  com o fim das tendas improvisadas no HGP, realização de mutirões de cirurgias eletivas aceleração das obras da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, e, agora, com dezenas de maquinários completos, aplicados em recapeamento de estradas em todas as regiões do Estado, como na duplicação da rodovia que liga Palmas a Porto Nacional, investimentos em segurança pública e, principalmente na manutenção do equilíbrio das contas públicas, mesmo com as quedas das transferências de recursos do governo federal, honrando com seus compromissos com fornecedores, prestadores, servidores estaduais e, principalmente, com as obrigações sociais do Igeprev, criando um clima propício para a atração de investidores.

 

ADVERSÁRIOS UNIDOS

 

Com tanta excelência em gestão, os adversários do governo de Wanderlei Barbosa já se deram conta de que só unidos conseguirão suplantar o poderio de argumentos que ele amontoou ao seu redor com o reconhecimento da população.

 


Senador Irajá Abreu ( PSD) anunciou em coletiva de imprensa apoio a candidatura de Osires Damaso (PSC) ao governo do Tocantins, semanas depois voltou atrás

 

Prefeito de Araguaína Vagner Rodrigues e senadora Dorinha Seabra 

 

Vale ressaltar que os mais importantes desses inimigos quase participaram do governo de Wanderlei Barbosa, o que aumenta sua ferocidade e desejo de vingança, como é o caso da senadora Kátia Abreu, que cortejou o governo enquanto ainda no mandato, chegando a comparecer em atos e solenidades, mas que foi repelida após seu próprio filho, o também senador Irajá Abreu, passar uma rasteira no então deputado federal Osires Damaso, lhe tirando a candidatura ao governo e formando uma chapa proporcional sem aceitar a participação de nenhum dos atuais deputados estaduais em seu partido e se lançando candidato ao governo, desandando de vez a relação de Kátia com Wanderlei, que acabou acatando o desejo do seu grupo político, dispensando qualquer tipo de parceria com a então senadora gurupiense e fechando coma deputado federal Dorinha Seabra, que acabou se elegendo, juntamente com Wanderlei.

 

Prefeito Ronivom Maciel de Porto Naciona, a prefeita de Gurupi Josi Nunes e o Senador Irajá Abreu 

 

A derrota imposta à Kátia Abreu foi mais que uma simples diferença de votos. Foram acachapantes 50,42% dos votos contra humilhantes 18,50 da então “política mais aguerrida do Tocantins”.

 

Junto com Kátia, a candidatura de Irajá ao governo também foi por água abaixo, com pífios 7,1% dos votos.

 

Eduardo Siqueira (no centro) com Tiago Dimas se filiando ao partido Podemos 

 

Assim como Kátia e Irajá, o ex-prefeito se Palmas, Eduardo Siqueira Campos chegou a ser convidado para ser secretário de governo de Wanderlei Barbosa, mas foi descartado antes mesmo do anúncio oficial do convite, mesmo tendo apoiado a candidatura de Wanderlei à reeleição.

 

Os outros dois adversários, Ronaldo e Tiago Dimas, não chegaram a flertar com uma possível participação no governo de Wanderlei Barbosa, mas também foram humilhados nas urnas, mas, baseados na filosofia de Ronaldo, o “professor de Deus”, achavam que levariam a eleição pelo simples fato de se considerarem mais capazes intelectualmente.

 

Ronaldo foi humilhado nas urnas para o governo e Tiago não conseguiu sua reeleição a deputado federal, perdendo justamente para o candidato da sua região, do Republicanos, ártico comandado por Wanderlei Barbosa no Estado, Alexandre Guimarães.

 

Agora, Eduardo Siqueira Campos vem candidato à prefeitura de Palmas filiado, justamente, ao Podemos, comandado pelos Dimas,

 

Ou seja, essa união das oposições junta a fome com a vontade de comer, e quer a cabeça de Wanderlei Barbosa servida em uma bandeja, começando o “banquete” já nas eleições municipais de 2024.

 

Como já afirmamos, o pleito municipal do ano que vem não será coisa para amadores!

 

 

Posted On Domingo, 29 Outubro 2023 04:37 Escrito por

Rio de Janeiro é o estado com menor proporção de homens do país

 

 

Por Rafael Cardoso

 

 

As mulheres são, pela primeira vez em cinco décadas, maioria em todas as grandes regiões do Brasil. Faltava apenas a Região Norte para consolidar a tendência histórica de predominância feminina. Não falta mais, segundo o Censo Demográfico de 2022, que teve novos resultados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O país tem uma população residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) são mulheres e 98.532.431 (48,5%) são homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em relação ao número de homens. O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biológico do morador atribuído no nascimento.

 

O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

 

Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.

 

Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.

 

“As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães.

 

Unidades da Federação

 

A análise por Unidades da Federação mostra que o Rio de Janeiro é o que tem a maior proporção de mulheres. A razão de sexo do estado é de 89,4 homens para cada 100 mulheres. Em números absolutos, são 16.055.174 de habitantes. Deste total, 8.477.499 (52,8%) são mulheres e 7.577.675 (47,2%) são homens.

 

Entre os cinco primeiros desse ranking, vêm logo na sequência o Distrito Federal (91,1), Pernambuco (91,2), Sergipe (91,8) e Alagoas (91,9).

 

O Mato Grosso lidera a lista de estados com maior proporção de homens. A razão de sexo é 101,3 homens para cada 100 mulheres. Em números absolutos, são 3.658.649 de habitantes. Deste total, 1.817.408 (49,7%) são mulheres e 1.841.241 (50,3%) são homens.

 

Apenas outros três estados do país têm predomínio masculino na população: Roraima (101,3), Tocantins (101,3) e Acre (100,2).

 

Municípios

O Censo 2022 também leva em consideração o sexo da população em cada município. E os números mostram que o número de habitantes em cada um deles influencia diretamente na diferença entre homens e mulheres. Quanto mais populosos, maior é a presença feminina.

 

Nos municípios com até 5 mil habitantes, a razão de sexo é, em média, de 102,3 homens para cada 100 mulheres. Entre 5 mil e 10 mil habitantes, o indicador fica em 101,4. Entre 10 mil e 20 mil, 100,3. As mulheres começam a ser maioria naqueles que têm entre 20 mil e 50 mil: razão de sexo é 98,4. Entre 50 e 100 mil, 96,2. Entre 100 mil e 500 mil, 93,3. E para aqueles que possuem mais de 500 mil, o indicador é 88,9.

 

Na lista dos municípios brasileiros com a maior razão de sexo, nove dos dez primeiros são do estado de São Paulo. O líder é Balbinos, que fica na Região Geográfica de Bauru, e tem 443,64 homens para cada 100 mulheres. Na sequência vêm Lavínia-SP (286,63), Pracinha-SP (250,27), Iaras-SP (209,51), Álvaro de Carvalho-SP (204,5), Pacaembu-SP (195,35), São Cristóvão do Sul-SC (184,57), Florínea-SP (181,92), Serra Azul-SP (178,54) e Marabá Paulista-SP (165,72).

 

“Esse número maior de homens vai acontecer em muitos municípios com uma população carcerária grande. Ela é contada por meio dos domicílios coletivos no Censo Demográfico e, em Balbinos e outros municípios principalmente de São Paulo, a razão de sexo vai ser muito alta por causa dessa população que vive em presídios masculinos”, disse Izabel Guimarães.

 

Entre os municípios com menor razão de sexo, o destaque é Santos, em São Paulo, com 82,89 homens para cada 100 mulheres. Logo vêm Salvador-BA (83,81), São Caetano do Sul-SP (84,09), Niterói-RJ (84,53), Aracaju-SE (84,81), Recife-PE (84,87), Olinda-PE (84,89), Porto Alegre-RS (85,24), Vitória-ES (86,18), Águas de São Pedro-SP (86,45).

 

Posted On Sexta, 27 Outubro 2023 15:06 Escrito por
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