DA CNN _ NOVO DIA
A candidata Janad Valcari (PL) lidera a disputa pela Prefeitura de Palmas, segundo a pesquisa Futura Inteligência divulgada na quarta-feira (2). Segundo o levantamento, ela tem 53,5% das intenções de voto. Na sequência, aparecem empatados tecnicamente Eduardo Siqueira Campos (Podemos), com 21,6% e o Professor Junior Geo (PSDB), com 16,9%, assista ao vídeo abaixo
Sepultamento acontecerá às 8h desta sexta-feira, 4, em Cristalândia
Por Eduarda Formiga
Considerado um dos maiores sanfoneiros da região, o sanfoneiro Waldemar Moura de Carvalho, mais conhecido como Antista do Acordeon, faleceu aos 75 anos, em Paraíso do Tocantins, nesta quinta-feira, 3, deixando um legado de quatro décadas dedicadas ao forró pé de serra e à valorização da cultura popular. O sepultamento acontecerá às 8h desta sexta-feira, 4, no Cemitério de Cristalândia.
Nascido em Cristino Castro, no Piauí, Antista iniciou sua trajetória musical ainda criança. Aos 18 anos, em 1967, montado no lombo de um cavalo, mudou-se para onde viria a ser o estado do Tocantins, no município de Ponte Alta. Passou por várias cidades: Porto Nacional, Natividade, Dianópolis, Paraíso do Tocantins e Palmas, e viveu em Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Balsas (MA) por alguns anos.
Em entrevista ao Jornal do Tocantins, em maio de 2014, Antista do Acordeon sempre demonstrou um carinho pelo estado que escolheu para ser seu lar definitivo. “Eu gosto mesmo é do Tocantins. Minha vida vai ser aqui, quero passar meus dias aqui. O povo do Tocantins é muito solidário comigo, sou mais conhecido aqui do que em outros lugares. Considero o Tocantins a minha terra natal”, declarou.
Filho e neto de sanfoneiros, incentivado pelo rádio nos anos de 1950, Antista lançou três álbuns e teve a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música brasileira como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon, bem como com os principais músicos regionais, tornando-se em referências para várias gerações. Seu legado musical e cultural ficará marcado não apenas pelas notas de sua sanfona, mas também pela paixão em preservar e difundir a música nordestina por onde passou, fomentando a cultura brasileira.
Amigo e admirador que acompanha sua carreira como jornalista e compositor, para o secretário da Cultura do Tocantins Tião Pinheiro, a partida do Antista do Acordeon é motivo de tristeza, mas também de agradecimentos pelo legado que ele deixou como artista, como ser humano e como referência para várias gerações. “Tive o privilégio de conviver com Antista do Acordeon e apreciar seu talento. Como cidadão e como gestor lamento sua partida e em nome do Governo do Tocantins através da Secretaria da Cultura, rogamos a Deus força aos seus familiares e amigos para que superem tamanha perda”, disse.
O músico Chico Chokolate foi descoberto pelo artista quando estava começando a carreira, em 1980, em Paraíso do Tocantins, e participou de uma banda junto com o acordeonista. “Ele foi um grande professor em todos os sentidos da minha vida, me ensinou sobre cidadania e responsabilidade. Fizemos uma série de trabalhos juntos, gravamos especiais e estivemos juntos no aniversário de Taquaralto neste ano, em que fizemos nossa última apresentação juntos”, disse Chico.
O sanfoneiro Manoel Braga conhece Antista há mais de 45 anos e, inclusive, dividiu com ele uma residência em Porto Nacional. “Ele foi exemplo para muita gente que começava na música. Parceiro, uma pessoa humana, muito amigo, e representava o forró pé de serra de primeira categoria. Só tenho coisas boas para falar dele, a única coisa ruim era tocar no palco depois dele”, lembrou.
“Cala-se a voz mais expressiva do forró, xote e baião e brota no nosso coração uma saudade imensa de tantos momentos felizes e alegres que compartilhamos com esse grandioso talento da música popular brasileira Antista do Acordeon!”, comentou o amigo Paulo Mourão.
Antista do Acordeon deixa a esposa Maria Aparecida, os filhos Glaudiston, Vinícius, Murilo, Milena, Maurício, Antistanes e João Francisco (in memorian). O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), se solidariza com os familiares e amigos do sanfoneiro neste momento de perda e dor e ressalta sua importância para a cultura tocantinense.
Medida vem fortalecer as ações de prevenção e de combate a este crime por meio das Centrais de Monitoramento Eletrônico do Estado
Por Márcia Rosa
Em reforço às medidas de proteção aos crimes de violências contra as mulheres, o Governo do Tocantins sancionou a Lei nº 4.534 que dispõe sobre o monitoramento eletrônico de agressor de violência doméstica e familiar contra a mulher, seus familiares e/ou testemunhas no âmbito do estado do Tocantins.
Medida foi divulgada no Diário Oficial nº 6668, nesta quarta-feira, 2, e veio somar a outros dispositivos que o Governo já disponibilizou em prol da política de prevenção e combate a estes crimes. Dentre as medidas está a destinação de R$ 502.820,01 por meio do convênio N° 953428/2023 com o Ministério da Mulher firmado em janeiro deste ano, com foco na implementação dos serviços de monitoração eletrônica como medida estratégica para reforçar a proteção das mulheres no âmbito da Lei Maria da Penha.
O gerente das Centrais de Monitoramento Eletrônico de Pessoas, Alexandre Bibikow, explica como funciona a monitoração eletrônica no Tocantins. “A monitoração eletrônica é determinada pelo Poder Judiciário, se aplicando a casos de progressão de regime fechado para o semiaberto, para medidas cautelares diversas da prisão, liberdade provisória ou medida protetiva de urgência, e no Estado é realizada por meio de tornozeleiras, que permitem o rastreamento em tempo real dos movimentos do agressor”.
Ele acrescenta que “caso o agressor viole as áreas, a central de monitoramento é alertada imediatamente, permitindo que as autoridades tomem medidas rápidas, como a prisão ou outras sanções previstas” e reforça que “é de extrema importância incentivar a cultura de aceitação do uso de dispositivo de proteção à pessoa, pois o aparelho possibilita o monitoramento contínuo da área de exclusão em torno da vítima, não se limitando ao seu domicílio ou ao local de trabalho”.
Monitoramento eletrônico de pessoas
O monitoramento eletrônico é uma medida cautelar alternativa à prisão, conforme previsto no Código de Processo Penal, e pode ser determinado pelo juiz quando avaliado ser suficiente para assegurar a proteção da vítima, sem a necessidade de encarceramento.
Como é feito
As vítimas de violências domésticas são informadas sobre o funcionamento da monitoração e como ele garante sua segurança, incluindo orientações de como proceder caso o agressor se aproxime indevidamente e como as autoridades vão responder em situações de risco. Além disso, caso tenham interesse, as vítimas recebem um dispositivo de proteção cuja função é alertá-la e às Centrais de Monitoramento Eletrônica de Pessoas, geridas pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju).
Se houver essa aproximação, imediatamente o plantão entra em contato com ele, e caso persista a violação da área de exclusão, como é chamada, os policiais penais vão até o local da violação, podendo realizar a prisão em flagrante do agressor, caso esteja de fato violando a medida restritiva.
A quem se destina o monitoramento eletrônico?
O monitoramento eletrônico pode ser aplicado a suspeitos de violência doméstica que ainda não foram condenados, mas que estão sujeitos a medidas protetivas de urgência, previstas na Lei Maria da Penha, bem como a condenados.
Para a definição quanto ao uso do monitoramento, o Poder Judiciário avalia cada caso individualmente, e a decisão sobre a utilização cabe ao juiz, baseada em fatores como gravidade da violência cometida; histórico de reincidência do agressor; risco iminente à segurança da vítima; cumprimento das medidas de afastamento e outras ordens judiciais.
Nesta quarta-feira, 02, foi criado um grupo de trabalho para cobrar e verificar as soluções em relação aos problemas com a qualidade da água na capital
Com Assessoria
Na tarde desta quarta-feira, 02, o Governador Wanderlei Barbosa determinou a criação de um grupo de trabalho formado por diversas secretarias do Governo do Estado para cobrar providências imediatas da concessionária de saneamento básico BRK em relação à qualidade da água fornecida para a população de Palmas, que na terça-feira, apresentou turbidez e mau cheiro, prejudicando consumidores de toda a cidade.
O grupo se reuniu já na noite desta quarta para discutir o problema, cobrar soluções e fiscalizar a implementação das mesmas por parte da concessionária. Uma das providências imediatas é a visita na manhã desta quinta-feira, 03, de representantes da Agência Tocantinense de Regulação, Naturatins, Secretaria do Meio Ambiente, Procon e Diretoria de Vigilância em Saúde da SES-TO, na área onde a água está sendo captada para averiguar se as soluções alegadas pela empresa já foram tomadas e se surtiram o efeito esperado.
“Apesar de a fiscalização na capital ser responsabilidade da gestão municipal, o Governo do Estado não se furtará exigir todas as providências em relação à esta situação e o que está sendo feito para que ela não volte a se repetir. Quero também que sejam tomadas as medidas necessárias por parte do Procon para fiscalizar e garantir o direito dos consumidores, principalmente em relação à água que foi ou terá que ser descartada”, disse o governador Wanderlei Barbosa em videoconferência com a comissão.
O secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, que coordena o Grupo de trabalho, acrescentou que os fiscais do Procon vão continuar percorrendo a cidade para garantir que não haja abuso de preços em relação comercialização de água mineral nos estabelecimentos da capital. “O Governador determinou o máximo empenho da nossa equipe para garantir a saúde e o bem-estar da população de Palmas em relação a este problema e não mediremos esforços para que isso aconteça”, acrescentou.
Laudo
Está sendo aguardado para esta quinta-feira, 03, a divulgação do laudo municipal sobre a qualidade da água captada na terça-feira, 01, data em que foi constatado o problema. “Este laudo é importante para determinar se a água causou algum prejuízo para a saúde da nossa população e a partir daí os órgãos vão decidir que providências serão tomadas”, finalizou Deocleciano Gomes.
O grupo se reuniu já na noite desta quarta para discutir o problema, cobrar soluções e fiscalizar a implementação das mesmas por parte da concessionária
Além do secretário-chefe da Casa Civil, também participaram da reunião o secretário do Meio Ambiente Marcelo Lélis, o presidente da ATR Matheus Martins, o presidente do Naturatins Edvan Silva, o secretário da Comunicação Márcio Rocha, o superintendente do Procon Magno Silva, o secretário de Cidadania e Justiça Deusiano Amorim e o Diretor de Vigilância em Saúde ambiental Sérgio Luís, além do Diretor de Planejamento da ATR Ítalo Monteiro, representante do Governo junto à BRK.
O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo presidente Lula e representado no estado pelo ex-deputado estadual Zé Roberto e pelo ex-senador da República, Donizete Nogueira, enfrenta um cenário desafiador no Tocantins. A legenda parece estar caminhando para um desaparecimento quase total do cenário político local, tanto nas câmaras municipais quanto nos executivos dos 139 municípios
Da Redação
No estado, o PT já não possui representação na Assembleia Legislativa e nem na Câmara dos Deputados em Brasília. Esse isolamento político se torna ainda mais evidente quando se observa que o diretório nacional do partido praticamente abandonou o PT tocantinense, sendo este o único diretório estadual que não recebeu visitas de ministros ou de qualquer autoridade nacional nos últimos tempos.
Uma das poucas figuras de destaque que ainda permanece no PT do Tocantins é Paulo Mourão, ex-deputado federal, estadual, e ex-prefeito de Porto Nacional, além de empresário respeitado na região. Contudo, Mourão parece ter sido “colocado no congelador político", sem o devido reconhecimento por parte do diretório estadual. Situação semelhante acontece com Célio Moura, único deputado federal eleito pelo PT tocantinense, que também parece ter sido marginalizado pela direção local do partido.
Ex-deputado Paulo Sardinha Mourão
A previsão é que o PT saia das eleições municipais do dia 6 de outubro praticamente invisível, sem protagonismo e com um futuro incerto. A metáfora do "caixão e vela preta" parece se adequar ao estado atual do partido, que enfrenta uma rejeição significativa por parte do eleitorado e uma falta de articulação interna que o está levando a um ponto sem retorno.
Eleições municipais: um retrato da crise do PT
Zé Roberto pede votos para candidatos do PT
Enquanto o cenário em Tocantins revela um PT enfraquecido e isolado, a situação não é muito diferente em nível nacional. As eleições municipais, previstas para o próximo domingo, deverão aprofundar a crise do partido, que luta para manter relevância em um ambiente cada vez mais adverso. O partido disputa a prefeitura em diversas capitais do país, mas as chances de sucesso parecem limitadas.
De acordo com uma pesquisa realizada pela CNN Brasil e pelo Instituto Ipespe, quatro dos dez candidatos mais rejeitados no país são do PT, evidenciando a dificuldade do partido em reconquistar a simpatia do eleitorado. Essa rejeição latente faz com que mesmo os candidatos petistas bem posicionados nas pesquisas enfrentem dificuldades nos cenários de segundo turno.
Em Porto Alegre, por exemplo, Maria do Rosário, apesar de aparecer em segundo lugar, enfrenta um índice de rejeição altíssimo, o que pode levá-la a ficar fora do segundo turno. O sentimento antipetista ainda é forte e ameaça as chances de vitória do partido, não apenas em Porto Alegre, mas também em outras capitais, como Teresina e Goiânia.
Assim, o cenário eleitoral deste ano não é apenas um indicativo das dificuldades do PT em âmbito local, mas também um reflexo de um antipetismo persistente que pode impactar os planos do partido para as eleições de 2026. A manutenção desse cenário de rejeição pode complicar ainda mais as chances de uma reeleição presidencial, deixando o futuro do PT incerto e à mercê de um eleitorado que busca alternativas à sua liderança.