Evento contou com mais de 3 mil participantes e faz parte da programação da 26ª edição da Expocolinas que acontece até dia 14 de setembro
Por Guilherme Lima
O governador em exercício, Laurez Moreira, participou neste domingo, 7, da tradicional Cavalgada de Colinas, um dos momentos mais aguardados da 26ª Exposição Agropecuária de Colinas (Expocolinas). O evento é promovido pelo Sindicato Rural de Colinas e Região (SRC), com apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).
Em discurso, Laurez Moreira ressaltou a importância da cavalgada para a valorização da cultura tocantinense. “Estou muito feliz em participar desse momento importante para o agro no Tocantins. A cavalgada representa a integração do homem do campo com o homem da cidade. Essa festa não é apenas de Colinas, mas de toda a região, reforçando a importância que o agro tem para o desenvolvimento do Tocantins”, destacou.
Presença do governador em exercício Laurez Moreira mostrou o apoio do Governo do Tocantins no fortalecimento da cultura e tradição do estado
O prefeito de Colinas, Carlos Casarin, enfatizou a relevância cultural e histórica do evento para o município e celebrou as parcerias que garantiram sua realização. “Nós ficamos felizes pela parceria com o Governo do Tocantins, com o Sindicato e com os demais colaboradores. É uma honra receber o governador em exercício em nossa cidade”, declarou.
Para o presidente do Sindicato Rural de Colinas e Região, Márcio Félix, a presença do governador em exercício reforça o compromisso com o setor produtivo. “Estamos felizes com a presença do governador em exercício Laurez Moreira. O apoio do Governo do Tocantins comprova o compromisso com a nossa cultura e com o homem e a mulher do campo”, afirmou.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, César Halum, destacou que eventos como a cavalgada fortalecem a integração entre o campo e a cidade. “Vejo a cavalgada como um evento que valoriza nossa cultura, integra o campo e a cidade e mostra o respeito ao produtor rural e às relações de trabalho no Tocantins”, reforça.
Sobre a Cavalgada
A tradicional Cavalgada de Colinas reuniu mais de 30 comitivas e aproximadamente 3 mil participantes, em um trajeto de cerca de 4,5 quilômetros. O percurso teve início no antigo aeroporto da cidade e seguiu até a Rua Joel Camilo, onde está localizada a sede do Sindicato Rural, reunindo cavaleiros, amazonas e o público em uma das atrações mais esperadas da programação da Expocolinas.
A 26ª edição da Expocolinas teve início na sexta-feira, 5, e segue até o próximo domingo, 14, com programação diversificada que inclui leilões, shows ao vivo, palestras, cursos voltados a produtores rurais e oportunidades de negócios voltadas ao fortalecimento do agronegócio regional.
Ausência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também foi percebida na área destinada a autoridades
Por Jésus Mosquéra
O desfile em celebração da Independência do Brasil, neste domingo (7), foi marcado pela ausência de personagens importantes do cenário político nacional. Os ministros do Supremo Tribunal Federal não estiveram presentes, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Outra ausência percebida no camarote destinado a autoridades foi a do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ainda antes do início do desfile, o governador confirmou à reportagem do SBT News que não estaria presente. Porém não revelou o motivo.
Do ponto de vista institucional, a presença de ministros do STF, ou, ao menos, do presidente da corte, Luis Roberto Barroso, seria natural. Já sob a ótica da política, traria um peso diferenciado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo em um momento em que tanto o governo quanto o STF vem defendendo publicamente a soberania do Brasil. Os magistrados, entretanto, preferiram o recolhimento na manhã deste domingo.
Já a presença de Alcolumbre marcaria o prestígio por parte do Legislativo, uma vez que, como presidente do Senado, ele também é presidente do Congresso Nacional. Em relação a alinhamento de agendas, o senador discorda da versão apresentada pela oposição para o Projeto de Lei da Anistia. Em postura mais favorável ao governo, ele é mais simpático a um texto que exclua qualquer benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro, restringindo o PL a revisões de penas dos invasores do 8 de Janeiro. Alcolumbre não justificou a ausência.
Por outro lado, o desfile contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem dialogado com representantes da oposição e dado sinais de que vai pautar, a contragosto da base governista, o PL da Anistia. Motta não só compareceu ao evento como também levou a esposa e os filhos. O deputado integrou a primeira fila do camarote ao lado de Lula e da primeira-dama, Janja da Silva.
Imagem da noticia Desfile de 7 de Setembro dá recados a Trump e destaca símbolos nacionais
Por Murilo Fagundes
O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro foi realizado neste domingo (07) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama Janja da Silva, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de ministros e autoridades do governo federal.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social, cerca de 45 mil pessoas acompanharam a cerimônia. A edição deste ano teve como lema “Brasil Soberano”, adotado pelo governo em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Durante a cerimônia, parte do público presente gritou “sem anistia”, em referência ao projeto em discussão no Congresso para beneficiar condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O esquema de segurança incluiu pontos de revista, restrição de objetos, drones e equipes posicionadas em áreas estratégicas. Não houve registro de ocorrências graves, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
A programação apresentou inovações, como um bandeirão de 140 metros quadrados, a participação do Curupira, mascote da COP30, e equipes do Ibama especializadas em prevenção e combate a incêndios florestais. Entre as atrações tradicionais, estiveram a pirâmide humana da Polícia do Exército e o show da Esquadrilha da Fumaça.
Na tribuna de honra, estavam ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte). Os dois são pressionados por seus respectivos partidos para deixarem o governo Lula.
Além das presenças, chamou atenção a ausência dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, viajou à França, e Alexandre de Moraes, que havia participado em anos anteriores, não compareceu.
Atos paralelos
A cerca de três quilômetros da Esplanada, a oposição realizou uma manifestação paralela. Os organizadores falaram em 30 mil participantes. O ato reuniu parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), deputados e ex-ministros.
Durante o evento, foi transmitida uma mensagem de áudio de Michelle Bolsonaro. Na gravação, a ex-primeira-dama afirmou que o marido está “humilhado e preso” e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal. O ato teve ainda gritos contra o presidente Lula, pedidos de impeachment de ministros da Corte e apelos ao ex-presidente americano Donald Trump.
Em outro ponto de Brasília, movimentos sociais promoveram o tradicional Grito dos Excluídos. A mobilização trouxe reivindicações como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1 e maior taxação sobre os super-ricos. Entre os presentes, esteve o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Os organizadores não apresentaram estimativa de público.
Governador de SP ainda lamentou a ausência do ex-presidente no ato em São Paulo e disse que "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes"
Por Wagner Lauria Jr.
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) voltou a questionar , neste domingo (7), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), em ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, principal palco das manifestações convocadas pela direita.
“Estamos diante de um crime que não existiu. Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, declarou Tarcísio.
Em sua fala, Tarcísio também defendeu a aprovação de uma anistia ampla no Congresso e cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que coloque o tema em votação.
Segundo ele, "trazer anistia para pauta é trazer justiça" e "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes", em referência ao ministro do STF.
O governador lamentou a ausência de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, no ato em São Paulo, exaltou a mobilização de apoiadores e disse que a população precisa se posicionar de forma mais firme na defesa da “liberdade, do estado de direito e da democracia representativa”.
Por que ato foi organizado?
Com o lema “Reaja, Brasil”, o ato têm como bandeiras centrais a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
As manifestações da oposição ocorrem em meio ao julgamento do ex-presidente e mais sete réus pelo STF. As sessões, que julgam tentativa de golpe de Estado, serão retomadas na próxima terça-feira (9).
A mobilização contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo), entre outros. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que vai participar da manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A convocação teve como um dos principais articuladores o pastor Silas Malafaia, que afirma que o ato é em defesa da “liberdade” e contra a “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O senador Flávio Bolsonaro classificou a mobilização como um “grito de liberdade”, enquanto o ex-desembargador Sebastião Coelho reforçou que o objetivo é rejeitar a chamada “anistia light” em discussão no Congresso, que excluiria Bolsonaro e líderes dos atos.
Esse é a segunda manifestação da direita sem a presença de Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar. O último ato reuniu 37,6 mil apoiadores, conforme o Monitor do Debate Público do Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP).
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
No próximo 5 de outubro o Tocantins completa 37 anos e desde então busca de maturidade institucional e de estabilidade política. Desde a criação do Estado, em 1988, raros governadores conseguiram encerrar seus mandatos sem rupturas, cassações ou afastamentos. Essa marca, dolorosa para a imagem do Tocantins, impõe uma reflexão profunda: até quando a política local será dominada por crises e escândalos que minam a confiança da população?
O afastamento do governador Wanderlei Barbosa, decidido pelo Superior Tribunal de Justiça recolocou o Estado nesse cenário de incertezas. A interinidade de Laurez Moreira, agora no comando do Palácio Araguaia, é fruto direto desse contexto. Mas ao contrário de outros momentos de instabilidade, a atual transição traz consigo a chance de reorganizar as prioridades do Tocantins e mostrar que é possível governar com equilíbrio, ética e responsabilidade.
Laurez Moreira assume com um desafio imediato que é a construção do Orçamento de 2026, que precisa ser encaminhado à Assembleia Legislativa ainda neste ano. Não se trata apenas de uma peça técnica. O orçamento é, antes de tudo, um instrumento político e social, capaz de revelar para onde o Estado pretende caminhar, quais áreas serão priorizadas e como os recursos públicos serão aplicados.
Construções dos hospitais e Gurupi e Araguaína
A tarefa não é simples. O prazo é curto, inicialmente 180 dias de gestão interina, e as demandas são muitas. O Tocantins precisa ampliar investimentos em saúde, fortalecer a educação, garantir políticas sociais efetivas e avançar em obras de infraestrutura que não se limitem a promessas de palanque. Tudo isso em um cenário de limitação fiscal e de forte dependência das emendas parlamentares, tanto da bancada federal no Congresso quanto da Assembleia Legislativa.
É nesse ponto que o governador interino terá de mostrar habilidade política. Construir o orçamento de 2026 exigirá diálogo amplo com prefeitos, sindicatos, servidores públicos, deputados estaduais e federais, além dos demais poderes. Será necessário abrir canais de participação popular, ouvir a sociedade e evitar que a peça orçamentária se transforme em mais um documento distante da realidade do povo.
O Tocantins não pode mais se dar ao luxo do desperdício. Os escândalos que marcaram gestões anteriores feriram a autoestima da população e comprometeram a imagem do Estado. A política local precisa provar que aprendeu com os erros. Laurez Moreira, que sempre cultivou a imagem de político equilibrado e ético, tem a chance de imprimir esse selo de responsabilidade na construção do orçamento.
Hidrovia no Araguaia -Tocantins
Mas há um desafio que vai além da técnica e da política: a necessidade de união. O afastamento de Wanderlei Barbosa provocou fissuras e alimentou intrigas. O ambiente político está tensionado, e os “fuxiqueiros”, como sempre, encontram terreno fértil para semear boatos e intrigas. Nesse cenário, cabe a Laurez distensionar, pacificar e colocar o Tocantins no trilho do desenvolvimento. Governar, nesse momento, significa também desarmar os espíritos.
A história mostra que o Tocantins, apesar das crises, não perdeu a esperança. A sociedade tocantinense continua acreditando no potencial do Estado e espera que seus líderes estejam à altura das circunstâncias. A interinidade de Laurez Moreira pode ser curta, mas o peso de suas decisões será duradouro.
Se conseguir conduzir a construção do orçamento de forma participativa, transparente e focada no interesse coletivo, Laurez terá dado um passo decisivo para a sua própria biografia política, bem como para a história do Tocantins. Um Estado que já acumulou vergonha com prisões, afastamentos e cassações precisa, mais do que nunca, de maturidade e seriedade.
Visita a Assembleia
O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), deputado Amélio Cayres (Republicanos), recebeu, nesta sexta-feira, 5, uma visita institucional do governador em exercício, Laurez Moreira (PSD), e de assessores diretos
Essa busca por diálogo e pacificação, fundamental para a construção de um orçamento equilibrado, ganhou contornos práticos já nos primeiros dias de gestão. Em um gesto de deferência e articulação, o governador interino iniciou suas visitas institucionais pela Assembleia Legislativa, onde se reuniu com o presidente Amélio Cayres. No encontro, Laurez Moreira pregou a boa relação, bem como estabeleceu um compromisso concreto de uma agenda semanal para atender os deputados estaduais. A iniciativa, bem recebida por Amélio Cayres, sinaliza uma tentativa de construir uma base de apoio sólida e evitar as turbulências políticas que tanto marcaram o passado recente do Estado, mostrando que a habilidade para unir os poderes será fundamental para garantir a governabilidade e aprovar as pautas de interesse do Tocantins.
O futuro imediato está, literalmente, nas mãos do governador interino. E o que ele fizer agora poderá significar a diferença entre mais um capítulo de instabilidade ou o início de uma nova etapa de responsabilidade política e social para o Tocantins.