A voz das urnas trouxe de volta à presidência do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva de forma democrática, pacífica e ordeira – na medida do possível – fortalecendo a democracia e aliviando, em muito, o Poder Judiciário, que trabalhou como nunca em um processo eleitoral cheio de reviravoltas, novidades e descontentamento.

 

Por Edson Rodrigues

 

Independentemente de tudo o que aconteceu de estranho nesta eleição, o Brasil sai mais forte perante o mundo, com um processo eleitoral transparente e que assegurou uma vitória que muitos consideravam improvável, pois, mesmo liderando todas as pesquisas de intenção de voto, não havia a segurança sobre o real desempenho dos candidatos, uma vez que os Institutos de pesquisa patinaram no primeiro turno.

 

Por isso, saudamos os vitoriosos e os não vitoriosos, além da própria Justiça Eleitoral, que conseguiu conduzir a eleição para um fim claro e garantido, devolvendo o sentimento de segurança institucional à Nação.

 

MOMENTO DE SE DESARMAR

Candidatos ao governo do Tocantins

 

O momento agora é de se desarmar.  O processo eleitoral chegou ao seu fim, assim como as disputas políticas. É hora de “virara a chave”, de união, de paz e de serenidade.  Hora de quem não conseguiu êxito acatar o resultado das urnas, engrandecendo ainda mais a nossa democracia.

 

Novas forças irão assumir a representação do governo federal no Tocantins, pessoas ligadas ao presidente eleito, trazendo uma nova oxigenação política para o nosso Estado, trazendo, novamente à baila, lideranças que estavam à deriva, que passarão a fazer parte significativa do novo tabuleiro político, todos com oportunidades de crescer e de se tornarem competitivos nos próximos dois ou quatro anos.

 

EQUILÍBRIO DE FORÇAS

Muitos dos derrotados por Wanderlei Barbosa e seu grupo político, como a senadora Kátia Abreu, o senador Irajá Abreu, Carlos Amastha, o ex-senador Vicentinho Alves, Paulo Mourão, Donizete Nogueira, podem vir a se tornar as grandes lideranças oposicionistas.

 

Lula já afirmou que seu novo governo será formado por uma grande frente de partidos e isso pode dividir a forças políticas no Tocantins e deixar algumas lideranças que não obtiveram êxito, de fora do “equilíbrio de forças”, como é o caso do deputado federal Célio Moura, que não conseguiu eleger nenhum deputado federal ou estadual, mesmo com a votação expressiva de Lula no Tocantins.

 

Portanto, a definição de quem irá dar as cartas no Tocantins, sob a chancela do PT, a partir do primeiro dia de 2023, ainda é uma incógnita.

 

AS OUTRAS FORÇAS POLÍTICAS NO TOCANTINS

De um lado está o governador Wanderlei Barbosa, que conseguiu uma vitória esmagadora no primeiro turno, elegendo seis dos oito deputados federais, uma senadora e a maioria absoluta no parlamento estadual, começa o ano com uma máquina administrativa “azeitada”, dinheiro em caixa e uma grande aprovação popular.

 

De outro lado, aparece o senador Eduardo Gomes, que apadrinhou uma candidatura imposta ao governo do Estado, elegeu dois deputados federais e quatro deputados estaduais, e sai do processo eleitoral de cabeça erguida com seu prestígio inabalado, com o mesmo número de prefeitos que sempre estiveram a apoiar suas ações.

 

Líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, com ótimo trânsito nas altas esferas da política nacional, Gomes deve fazer uma reflexão acerca dos rumos a tomar, fortalecendo seu partido, o PL, assegurar um ótimo grupo de líderes capazes de disputar a eleição de 2024 com chances reais de vitória.

 

É bom lembrar que o PL é o partido que mais elegeu senadores e deputados federais no último dia 3 de outubro, o que garante o maior fundo eleitoral nos próximos pleitos, o que faz da legenda um porto seguro para promover uma reunião de partidos em seu entorno visando às eleições municipais.

 

TRABALHO ÁRDUO

 

Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores, que historicamente não consegue boas eleições no Tocantins, apesar da grande votação recebida por Lula, viu seus candidatos no pleito estadual virarem pó. 

 

Em conversa reservada com diversos formadores de opinião no Estado, o Observatório Político de O Paralelo 13 ouvi de todos que Kátia Abreu, que deixa de ser senadora em 2023, deve assumir algum cargo no governo federal e que não está descartada a possibilidade dela se filiar ao próprio PT.  Apesar de ser apenas especulação, é muito difícil que Kátia se mantenha no PP, seu atual partido, que faz parte do grupo político bolsonarista.

 

A verdade é que um novo tabuleiro político será desenhado no Brasil e no Tocantins e, enquanto nós, simples mortais nos preparamos para a Copa do Mundo e para as festas de fim de ano, os líderes políticos estarão com suas articulações a todo vapor.

 

Só nos resta aguardar e esperar que o bom-senso prevaleça e que não tenhamos surpresas desagradáveis até o dia 31 de dezembro...

 

Posted On Terça, 01 Novembro 2022 07:35 Escrito por O Paralelo 13

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou tons diferentes nos dois discursos que fez neste domingo, 30, em São Paulo, após ser eleito para um terceiro mandato na Presidência da República. No primeiro pronunciamento, em um hotel na capital paulista, o petista não citou o adversário, Jair Bolsonaro (PL). Mais tarde, em um carro de som na Avenida Paulista, Lula atacou o presidente de forma mais incisiva. “Nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo nesse país. A democracia está de volta no Brasil”, disse o petista, que falou ainda em luta da democracia contra a “barbárie”.

 

Pronunciamentos

 

Ódio

“Vamos trabalhar sem descanso por um Brasil onde o amor prevaleça sobre o ódio, a verdade vença a mentira, e a esperança seja maior que o medo.”

 

Armas

“É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida.”

 

Fome

“Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças não tenham o que comer (...) Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café de manhã, almoçar e jantar todos os dias.”

 

Cultura

“O povo quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas. Quer ir ao teatro, ver cinema, ter acesso a todos os bens culturais, porque a cultura alimenta nossa alma.”

 

Diferenças

“É preciso reconstruir a alma deste país, recuperar a generosidade, a solidariedade, o respeito às diferenças e o amor ao próximo.”

 

Poderes

“É preciso retomar o diálogo com Legislativo e Judiciário. Sem tentativas de exorbitar, intervir, controlar, cooptar, mas buscando reconstruir a convivência harmoniosa e republicana entre os três Poderes.”

 

Economia

“Vamos reindustrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores.”

 

Democracia

“É assim que eu entendo a democracia. Não apenas como uma palavra bonita inscrita na Lei, mas como algo palpável, que sentimos na pele, e que podemos construir no dia a dia.”

 

Fascismo

“Nós derrotamos o autoritarismo e o fascismo. A democracia está de volta no Brasil, a liberdade está de volta (...) Não é possível um povo sofrer tanto por um governo fascista, que não gostava do povo, não gostava de negro, não gostava de indígena.”

 

Bolsonaro

“Não foi uma campanha do Lula contra o Bolsonaro, foi uma campanha da democracia contra a barbárie.”

 

Fome

“O que falta é vergonha na cara das pessoas que governam esse país.”

 

Cultura

“Quem tem medo de cultura é quem não gosta do povo, de liberdade, de democracia, e o País vai recuperar sua cultura. Nós vamos recuperar o Ministério da Cultura e vamos criar comitês estaduais de cultura.”

 

Esquerda

“Falei com a esquerda, com o centro, e do outro lado eu vou falar com a esquerda outra vez, aqui não tem direita. Agora, eu vou para a esquerda do lado de lá. Atenção, povo de São Paulo! Povo do Brasil! Já falei no centro, falei com a esquerda, e agora estou falando com a esquerda outra vez.”

 

Transição

“Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas.”

 

Economia

“Eu vou, outra vez, recuperar o Brasil diante do mundo. O Brasil não vai ser mais pária da sociedade.”

 

Democracia

“Não foi uma campanha de um homem contra outro homem, foi a campanha de um conjunto de pessoas que amam a liberdade e a democracia contra o autoritarismo que gastou mais dinheiro e usou mais a máquina do que qualquer campanha em qualquer momento da história.”

 

 

Posted On Terça, 01 Novembro 2022 07:21 Escrito por O Paralelo 13

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes afirmou neste domingo (30/10) que ligou para o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vitorioso nas urnas, para informar o resultado da eleição presidencial. A ação é tida como padrão por parte dos presidentes do TSE.

 

Com Correio Braziliense 

"Liguei pessoalmente para conversar com ambos os candidatos após as eleições, após a apuração. Conversei com o candidato, agora presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o atual presidente Jair Messias Bolsonaro dizendo que a Justiça Eleitoral já estava apta e iria proclamar o resultado oficial das eleições e cumprimentando ambos por terem participado do mais importante momento da democracia, que é o momento das eleições", disse Moraes, em pronunciamento no TSE.

 

Com 99,99% das urnas apuradas até 22h57, Lula venceu em segundo turno com 50,90% votos válidos (60.345.825), contra 49,10% de Bolsonaro (58.206.322). Moraes comentou um pouco mais a ligação e afirmou que o candidato derrotado, que até então não se pronunciou, o atendeu com "extrema educação".

 

"Liguei para os dois candidatos, cumprimentei-os, e disse que o Tribunal Superior Eleitoral ia oficialmente proclamar o resultado e parabenizei por ambos participarem do que é o mais importante dos entes políticos, a participação nas eleições. Somente isso, também o presidente Bolsonaro me atendeu com extrema educação, agradeceu a ligação, e não foi mais nada do que isso. Da mesma forma que o presidente agora eleito Luiz Inácio Lula da Silva".

Resultado respeitado

 

Moraes também afirmou que o resultado do pleito será acatado pelos dois candidatos. O presidente do TSE disse que não teme "nenhum risco real". O ministro é criticado recorrentemente por Bolsonaro e seus apoiadores tanto nas ações no STF quanto no TSE.

 

"Não vislumbramos nenhum risco real e nenhuma contestação. O resultado foi proclamado, o resultado será aceito e aqueles que foram eleitos a presidente da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a vice-presidente, o ex-governador Geraldo Alckmin, serão diplomados 19 de dezembro e tomarão posse dia 1º de janeiro, risco nenhum".

 

Posteriormente, Alexandre disse que "eventuais fissuras" fazem parte do jogo eleitoral. Segundo o presidente do TSE, o presidente eleito precisa "unir o país" após uma disputa tão acirrada.

 

"Quanto a eventuais fissuras, faz parte do jogo político, do jogo democrático. Obviamente, houve uma polarização maior, e agora compete eu diria muito mais aos vencedores unir o país, porque aqueles que são eleitos vão governar para todos os brasileiros, não só para os seus eleitores".

 

 

 

Posted On Segunda, 31 Outubro 2022 06:19 Escrito por O Paralelo 13

O recurso está na página “fato ou boato” do tribunal

 

Por Agência Brasil

 

As eleições de 2022 estão sendo marcadas pela grande quantidade de boatos e mentiras espalhados nas redes sociais para confundir o eleitor. As chamadas fake news tiveram aparição maciça no pleito de 2018 e agora continuam disputando espaço nas redes e nos noticiários com fatos e notícias verdadeiras. Para auxiliar o eleitor na identificação do que é verdade ou mentira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou espaços para checagem de fatos em tempo real.

 

O recurso está na página “fato ou boato”, do TSE. Logo ao abrir a página, o eleitor já encontra vários boatos desmentidos. Mas há também o espaço para busca de alguma checagem específica. Além disso, o tribunal conta com o chatbot, um assistente virtual da Justiça Eleitoral criado em parceria com o WhatsApp Business. Para consultar se uma mensagem recebida é fato ou boato via chatbot, é só acessar o menu “Consulta de Informações” e enviar o assunto (texto, imagem, áudio, vídeo ou link) para receber imediatamente conteúdos verificados.

 

Caso o eleitor deseje conversar com o assistente virtual, basta adicionar o telefone +55 61 9637-1078 à sua lista de contatos do WhatsApp ou clicar no link wa.me/556196371078. Aí é só mandar uma mensagem e começar a conversa.

 

Denúncias

Existe ainda a possibilidade de o cidadão realizar uma denúncia de notícia falsa recebida. Caso isso ocorra, é possível denunciar pelo Sistema de Alerta de Desinformação, criado pelo TSE e em funcionamento desde junho de 2022. Pela ferramenta, cidadãs e cidadãos podem comunicar à Justiça Eleitoral o recebimento de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral. Também é possível denunciar números de telefone suspeito de disparo de mensagens em massa.

 

Uma série de informações mentirosas – e consideradas absurdas por muita gente – já circularam durante estas eleições com o objetivo de interferir no resultado das urnas. Mesmo assim, o TSE tem desmentido informações como a de que eleitores do Espírito Santo não votaram antecipadamente para o segundo turno; que sistema do Tribunal Superior Eleitoral não foi invadido por hacker russos; e que é mentira que eleitor deve votar em determinado candidato à Presidência para validar prova de vida junto ao INSS.

 

“É hora de tomar bastante cautela antes de compartilhar qualquer conteúdo, mesmo que acredite seja verdadeiro. As fake news estão cada vez mais sofisticadas e com mais potencial de gerar grandes danos, já que a disseminação de desinformação tem impacto direto no ambiente democrático, aumentando a intolerância e a animosidade entre as pessoas”, alerta Vitor Monteiro, da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação e Fortalecimento Institucional do TSE.

 

 

 

Posted On Domingo, 30 Outubro 2022 04:32 Escrito por O Paralelo 13

No último embate antes do segundo turno, candidatos à Presidência deixaram propostas de lado e chamaram um ao outro de ‘mentiroso’ diversas vezes

 

Por Jovem Pan 
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentaram nesta sexta-feira, 28, no último debate para candidatos do segundo turno à Presidência da República, promovido pela TV Globo. A dois dias da eleições de 2022, o encontro era muito aguardado por aliados e opositores de ambos concorrentes, especialmente pela polarização que marca o pleito deste ano e o acirramento da disputa no segundo turno. Entretanto, a termos de discussões de propostas, planos de governos e mudanças para o Brasil, as expectativas foram frustradas por um embate truncado, com respostas vazias e sobreposição de assuntos.

 

Durante as duas horas de confronto direto, os concorrentes protagonizaram uma série de trocas de farpas, mútuas acusações de mentiras e momentos de tensão, com falas acaloradas sobre temas como salário mínimo, corrupção, auxílios sociais, aborto e gestão da pandemia. Em linhas gerais, ambos candidatos evitaram responder perguntas do oponente e focaram suas colocações em falas ensaiadas. O petista explorou, principalmente, o plano da equipe econômica do atual governo sobre a desindexação do salário mínimo e a gestão da pandemia, enquanto Bolsonaro voltou a focar na corrupção e a chamar o oponente de ladrão.

A primeira parte do confronto foi dominada por discussões acaloradas a respeito do reajuste do salário mínimo, aposentadorias e pensões. O atual presidente começou questionando Lula sobre as falas da campanha petista que afirmam que, se reeleito, Bolsonaro iria cancelar o pagamento do 13º salário, das férias e das horas extras. Nas entrelinhas, o mandatário queria que Lula assumisse a desinformação – o que não aconteceu. “O salário mínimo do seu governo é menor do que quando entrou. No meu governo, aumentei o salário mínimo em 74%. É muito fácil chegar perto das eleições e prometer [aumento].

 

Por que durante quatro anos você não aumentou o salário mínimo?”, questionou o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), que prometeu, se eleito, isentar todos o Imposto de Renda de todos trabalhadores que ganham até R$ 5 mil. Em resposta, Jair Bolsonaro argumentou que o governo enfrentou a pandemia, quando “todo o mundo sofreu”. “Mesmo com pandemia, com falta de água, concedemos reajustes e majoramos o salário mínimo. Acertamos a economia e posso anunciar o novo salário mínimo de R$ 1400”, afirmou o atual chefe do Executivo, que também priorizou falas a respeito de realizações de seu mandato, citando o Auxílio Brasil de R$ 600 mensais e o auxílio emergencial.

Em meio a suas colocações, Jair Bolsonaro se colocou como “vítima do sistema”, citando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a imprensa e mencionando também as supostas irregularidades nas inserções da sua campanha em rádios do Norte e do Nordeste. “Grandes redes de televisão, uma aqui [em referência à Globo], o TSE. Quase todas as queixas dão ao seu favor, inclusive a questão das inserções nas rádios. (…) Você quer roubar a nossa democracia através dessas inserções. Lula, para de mentir, está ficando feio”, disse o presidente. Em outro momento, o mandatário chamou o adversário de “bandido”, ao citar casos de corrupção dos governos do PT e questionou: “Cadê os seus ministros? Você quer escondê-los.”

 

Pela primeira vez desde o início dos debates entre candidatos à Presidência, Lula rebateu as falas, citando o escândalo de desvios de recursos no Ministério da Educação, as suspeitas de rachadinhas e acusou o atual presidente de tentar esconder o ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso por disparos contra policiais federais.

 

Em outro momento de tensão, um bloco que deveria ser usado para discutir respeito à Constituição foi tomado pelas trocas de farpas, mútuas acusações e brigas de baixo nível. Luiz Inácio acusou o adversário de ter prejudicado os aposentados com a reforma da previdência, pediu postura e recuperou uma declaração do oponente, feita há 30 anos, em que Jair Bolsonaro supostamente defendia pílulas para aborto. Em resposta, o atual presidente achou o petista de “abortista convicto” e defensor da legalização das drogas e da ideologia de gênero, o que já foi desmentido. “Você é um abortista convicto e você sempre trabalhou com isso. Assuma que você é abortista e não tem qualquer respeito com a vida humana”, disse Bolsonaro e Lula rebateu: “Sou contra o aborto e as minhas mulheres eram contra o aborto.

 

Respeito a vida porque tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Se quiser jogar a culpa do aborto em alguém, jogue em você mesmo”, acrescentou. Lula também questionou o oponente a respeito da pandemia, disse que Bolsonaro fez “pouco caso das pessoas morrendo por falta de oxigênio em Manaus” e atrasou a compra de vacinas contra a Covid-19: “Quando foi comprar, São Paulo e vários países do mundo já estavam dando vacina”. “Por que negligenciar a saúde? Por que passar 45 dias negando a vacina? Por que esconder o cartão de vacinação? Por que tirar recursos do Farmácia Popular? Por que não atender com rapidez a questão da covid? Bolsonaro não responde sobre a pandemia porque deve pesar na consciência dele”, finalizou.

 

Bolsonaro afirma que Jovem Pan foi “calada” por decisão do TSE

Em uma das suas colocações ao longo do debate, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Jovem Pan foi “calada” por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), citando determinação que proibiu a emissora de mencionar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. “Liberdade de expressão, a Jovem Pan foi calada pelo ministro Alexandre de Moraes e o TSE. Mas quem entrou com ação contra a Jovem Pan foi o teu partido. Foi o teu partido que entrou com ação no TSE para calar a rádio Jovem Pan e você vive falando em regulamentar a mídia, em amordaçá-la. Repita aqui, Lula, o que você tem dito”, afirmou Bolsonaro.

 

O atual mandatário já havia saído em defesa da Jovem Pan durante comício em Guarulhos, no último sábado, 22. Em discurso a apoiadores, Jair afirmou que “não podemos admitir censura em nosso país” e disse que todos os veículos de imprensa correm riscos. ““Há dois anos eu venho falando a palavra liberdade. Como se tivesse pregando no deserto. Hoje, a água bateu na cintura de toda a imprensa brasileira. Não podemos deixar que isso continue. Imprensa tem que ter liberdade, até para errar. Imprensa calada é o que pior pode acontecer para uma democracia”, afirmou o presidente, que ainda completou: “Censura jamais. Brasil, um país livre”, finalizou.

 

 

Posted On Sábado, 29 Outubro 2022 08:45 Escrito por O Paralelo 13
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