Davi Alcolumbre foi um dos principais apoiadores de Pacheco, que em 2022 assumiu a presidência do Senado
Por Victoria Lacerda
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), revelou nesta terça-feira (5) que seu candidato para sucedê-lo na presidência da Casa é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em 2021, Alcolumbre foi um dos principais apoiadores de Pacheco, que então assumiu, em 2022, o comando do Senado.
“A minha posição é clara, já conhecida, de apoio ao ex-presidente Davi Alcolumbre. Eu tenho uma preferência pessoal como senador com Minas Gerais, até como presidente do Senado, de apoio ao ex-presidente Davi”, afirmou Pacheco.
No entanto, o PSD, partido de Pacheco, tem uma pré-candidata: a senadora Eliziane Gama (MA). A bancada, que conta com 15 senadores, se reunirá na próxima semana para decidir entre manter o apoio a Eliziane ou apoiar a indicação de Alcolumbre, conforme o posicionamento de Pacheco.
Pacheco destacou que Eliziane é uma senadora altamente qualificada e respeitada, com a qual manteve uma boa relação ao longo de seu mandato.
“A senadora Eliziane tem todos os predicados, tem todo o meu respeito, mas ela própria reconhece e aceita a minha posição de apoio ao senador Davi Alcolumbre por tudo que nós construímos, pelo fato de eu ter sucedido [como presidente da Casa] com apoio muito veemente do Davi naquele momento. Eliziane demonstra muita maturidade política ao aceitar essa minha posição e respeitar essa minha posição”, disse Pacheco. “Eliziane é um grande quadro, é uma senadora que me apoiou muito ao longo dos meus quatro anos na presidência do Senado, é uma mulher muito guerreira, foi líder da bancada feminina do Senado,” acrescentou.
Alcolumbre tem apoio de seis partidos e 38 senadores
A eleição à Presidência do Senado só ocorre em fevereiro de 2025, mas o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) já conseguiu o respaldo de importantes bancadas da Casa na disputa para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O amapaense já tem o apoio de seis partidos, que somam 38 votos. União Brasil, PDT, PSB, PP e PL já declaram, oficialmente, a adesão à candidatura de Alcolumbre, que ainda costura o apoio do PT, com nove senadores.
A bancada do Republicanos informou o apoio ao nome de Alcolumbre, apesar de ainda não ter oficializado, como fizeram os demais partidos.
Conforme apurou o R7, na última semana, o parlamentar encontrou o líder do partido, senador Beto Faro (PT-PA), em duas ocasiões. Fontes relataram que o petista “se mostrou muito tendente a apoiá-lo”. Ainda não há, contudo, uma data para o PT anunciar apoio a Alcolumbre.
Atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, deve endossar a candidatura do amapaense, pois teve seus dois mandatos costurados com a ajuda dele. Maior bancada do Senado, com 15 parlamentares, o PSD, no entanto, ainda vai se reunir, na próxima semana, para deliberar sobre o assunto.
O líder do partido, Otto Alencar (PSD-BA), disse que a legenda não discutiu o apoio a Alcolumbre. Na última semana, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) colocou sua pré-candidatura ao posto à disposição da legenda. Em 200 anos, o Senado nunca elegeu uma mulher como presidente.
A maranhense não é a única que tenta disputar o cargo com Alcolumbre. Na terça-feira (29), o senador Marcos Pontes (PL-SP) surpreendeu o próprio partido anunciando sua candidatura à Presidência do Senado. Horas depois, PL anunciou apoio ao senador do União. A legenda pretende convencer Pontes a recuar.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) já anunciou apoio a Pontes. Caso o parlamentar do PL decline, Girão deve se lançar candidato, como aconteceu em 2023.
Até o momento, PT, Podemos, PSD, Novo, PSDB e MDB não oficializaram apoio a Alcolumbre. Já o MDB só deve se definir em 2025.
Depois de ser eleito prefeito de Palmas no pleito mais disputado – e com um inédito segundo turno – em que cativou a maioria dos eleitores palmenses, Eduardo Siqueira Campos que honrar os nomes de seus pais, os saudosos José Wilson Siqueira e Dona Aureny Siqueira Campos e retribuir o carinho dos palmenses com uma administração moderna e voltada para a melhoria de vida da população
Por Edson Rodrigues
Além de mais amadurecido politicamente, mais habilidoso (como demonstrou na construção da sua vitória) e mais experiente, Eduardo tem ao seu lado Polyanna Marques Siqueira Campos, uma mulher guerreira, preocupada com as causas sociais e companheira para todas as horas, que o ajudou a percorrer casa por casa, bairro por bairro, ouvindo as necessidades da população e conferindo ainda mais humanidade à sua campanha.
Eduardo sabe que o povo espera dele que sejam cumpridos o que ele mesmo chamou de “compromisso de campanha”, que são as melhorias na saúde municipal, na educação, moradias, geração de emprego e renda e oportunidades para crianças e jovens.
HARMONIA COM O PALÁCIO ARAGUAIA
O “cheque em branco, com validade de quatro anos” que Eduardo recebeu dos eleitores não pode “vencer” sem ser utilizado. É por isso que o foco do novo prefeito de Palmas será em sua gestão, na sua administração, em construir uma relação harmoniosa com o Palácio Araguaia – que, aliás, deseja o mesmo – para poder colocar em prática seus compromissos de campanha e imprimir em seu governo o mesmo espírito de urgência nas realizações e ações, que marcaram seu primeiro governo, no início da Capital.
Eduardo não quer, em hipótese alguma, perder tempo liderando oposição ou participando de articulações que visem prejudicar a administração estadual, uma vez que será em conjunto com o governador Wanderlei Barbosa quer conseguir dar ritmo e ter condições de fazer acontecer tudo o que tem planejado para a Capital do Tocantins.
O Observatório Político de O Paralelo 13 pode assegurar que Eduardo Siqueira Campos não quer ser líder de oposição, apenas o prefeito de Palmas que trabalhará para a população da forma com que se comprometeu durante a campanha.
Os vereadores da Câmara Municipal de Palmas (CMP) receberam o prefeito e o vice, da capital, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e o Pastor Carlos Eduardo (Agir), respectivamente, em uma visita institucional.
Os votos que o elegeram prefeito da Capital do Tocantins, idealizada e erguida por José Wilson Siqueira Campos, tiveram como motivo a confiança em sua gestão, no Eduardo Siqueira Campos atuante e dedicado às causas populares, não a ascensão de um “líder oposicionista”.
Eduardo e Wanderlei podem, juntos, transformar Palmas em um canteiro de obras na essência do termo, gerando empregos, fazendo a economia se movimentar positivamente e dando condições de dignidade à população mais carente, e se transformarem nos dois maiores – e melhores – líderes políticos que a Capital do Tocantins já teve, trabalhando juntos por um mesmo objetivo.
Que Deus diga amém!
Texto do ex-governador de São Paulo tem pedidos de desculpas por 'exageros' e 'injustiças' cometidos contra o petista em campanhas eleitorais; esse não é o primeiro gesto de aproximação entre os dois
Por Gabriel de Sousa
O ex-governador de São Paulo João Doria (sem partido) enviou uma carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), antigos rivais políticos, na intenção de selar a paz entre eles. Ao Estadão, Doria disse que pediu desculpas por "exageros" e "injustiças" feitas contra o petista em campanhas eleitorais.
"Eu fiz uma carta e mandei me referindo aos exageros, que eu de fato cometi em campanha. Eu reconheci que a linguagem que eu utilizei foi, muitas vezes, exagerada e injusta ao presidente Lula", disse Doria.
Esse não é o primeiro gesto de aproximação entre os dois. Em outubro do ano passado, o ex-governador afirmou que o presidente era um "pacificador" e fez outro pedido de desculpas por críticas passadas. O empresário também afirmou que o apoio dele ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia sido um equívoco. Antes disso, em julho de 2023, havia circulado a informação de que Lula vetara a presença de ministros do seu governo em eventos do Lide, organização fundada por Doria.
Em 2007, João Doria foi um dos criadores do movimento "Cansei", que fez oposição ao governo Lula e surgiu no período do caos aéreo após o acidente do voo TAM 3054, que deixou 187 mortos nas imediações do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista.
Em 2018, filiado ao PSDB e ainda prefeito de São Paulo, ele comemorou a condenação de Lula, devido a acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Em agosto de 2019, já governador, ele ironizou um pedido de transferência do petista, que estava encarcerado em Curitiba, para um presídio em São Paulo. Na época, Doria disse que ele ia ser "tratado como os outros presidiários" e que teria a oportunidade de "fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar".
Ao Estadão, Doria afirmou que agora é o "João Pacificador", em referência à alcunha de "João Trabalhador" usada na sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2016, quando, em sua estreia eleitoral, bateu o então prefeito Fernando Haddad (PT) no primeiro turno. "Estou torcendo para o Brasil, para que ele seja pacificado. O Brasil não pode continuar a ser um País dividido, não pode ser um País de esquerda e de direita", disse.
A paz entre João Doria e Geraldo Alckmin foi selada em uma visita que o vice-presidente fez à casa do ex-governador em São Paulo. Segundo Doria, foram deixadas para trás as rusgas da eleição de 2018 para o governo de São Paulo. Naquela ocasião, Alckmin apoiou o atual ministro do Microempreendimento, Márcio França (PSB), enquanto Doria se alinhou ao programa de Bolsonaro.
"Nós selamos a paz e o entendimento. Ele [Alckmin] foi muito gentil e ali nós deixamos o passado eleitoral para trás. Nunca fomos inimigos, mas, em 2018, fomos circunstancialmente adversários eleitorais", disse Doria, que afirmou também ter se conciliado com Márcio França.
O ex-governador, que diz não ter vontade de retornar à vida pública e está sem partido desde 2022, declarou que está utilizando a posição dele como dono do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) para promover o Brasil no exterior. Nos últimos meses, o Lide bancou o custeio das viagens de autoridades brasileiras para a participação de palestras fora do País.
"Não tenho nenhuma intenção de voltar, mas não tenho mágoas e nem ressentimentos da vida pública. Na qualidade de empresário, hoje eu trabalho pelo bem do Brasil. Temos feitos isso nos eventos internacionais do Lide, falando das boas propostas do Brasil para investidores internacionais", afirmou.
Doria também distribuiu afagos a Haddad, atual ministro da Fazenda, e disse que ele está desempenhando um trabalho positivo na condução econômica do País: "Ele tem sido um bom ministro, tem tido o cuidado de ouvir o mercado e a sensibilidade de dialogar com a sociedade".
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Após o fim do segundo turno das eleições de 2024, e a acachapante derrota da esquerda e centro-esquerda pelo pais, se procura agora um culpado. O Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Luis Inácio Lula da Silva só venceu em uma capital, Fortaleza(CE)
Por Antonio Coelho de Carvalho
Os vencedores PSD sob o comando de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi, partidos que fazem parte do Centrão. Tanto Kassab quanto Baleia têm suas bases políticas em São Paulo. Considerados partidos fisiológicos, que se unem tanto com a esquerda quanto com a direita, difíceis de se ter juízo ideológico ou comportamentais. Ao longe se observa que uma das principais característica desse grupo (Centrão) seria o viés conservador.
A vitória em São Paulo, com a eleição de Ricardo Nunes(MDB) , deu ao partido a vantagem numérica quem quantidade de eleitores. A capital segundo o IBGE conta com 11,9 milhões de habitantes é decisiva em uma eleição presidencial.
O PL de Valdemar da Costa Neto e de Jair Bolsonaro, que também é do clube do Centrão, é o vencedor em grandes cidades. Elegeu 103 prefeitos em municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores.
A taxa de reeleição foi de 80,5% segundo levantamento da empresa de inteligência de dados Nexus com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda segundo o levantamento emendas parlamentares turbinaram reeleição de prefeitos que chegou a 64,69% em comparação as eleições anteriores, em 2020.
Nunes X Boulus
Para concorrer ao cargo, Guilherme Boulos (PSOL) contou com um “investimento” que ele nunca viu em sua carreira. Com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, a campanha dele recebeu R$ 81.212.249,00, contando o fundo partidário. A diferença é enorme em comparação a 2020, quando o orçamento foi de R$ 7,6 milhões.
Já Nunes teve R$ 51.528.765,84 para gastar durante a corrida. Em 2020, ele era vice de Bruno Covas, e a cifra chegou a R$ 19,4 milhões, à época, a mais cara campanha naquela eleição. Os dados foram fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
PT sendo PT
Ainda de ressaca o PT foi lavar a roupa suja, em uma longa reunião fechada da Executiva do partido chegou brilhante conclusão que o mau resultado nas eleições ocorreu em razão do governo Lula não privilegiar a legenda. O partido jogou suas fichas em Boulos que nem do PT é e sim do PSOL. Os partidos do Centrão detém 11 ministérios, as culpas ficaram direcionadas aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Para não deixar o radicalismo de lado, uns já pediram a cabeça da presidente do partido deputada Gleisi Hoffmann e uma reforma ministerial para tentar salvar o restante do Lula. O que ficou demonstrando nesse processo eleitoral que acabou é certas "lideranças", caciques, mandatários ou outro nomes que se dê, estão mais preocupados em manter o discurso político do campo ideológico.
Números
A frieza dos números montara deu ao MDB ampla vantagem no ranking. O partido elegeu o maior número de prefeitos na região Nordeste do Brasil, com 280 candidatos vencedores, somando dados do primeiro e segundo turnos.
MDB: 5 capitais (14,9 milhões de habitantes)
PSD: 5 capitais (11,8 milhões de habitantes)
União: 4 (5,4 milhões de habitantes)
PL: 4 (2,6 milhões de habitantes)
PP: 2 capitais (1,7 milhão de habitantes)
Podemos: 2 capitais (763 mil habitantes)
Republicanos: 1 capital (322 mil habitantes)
PSB: 1 capital (1,4 milhão de habitantes)
PT: 1 capital (2,4 milhões de habitantes)
Avante: 1 capital (2,06 milhões de habitantes)
Parlamentos
Antes porém das próximas eleições de 2026, haverá a escolha para as presidências das mesas diretoras da Câmara federal e do Senado. O deputado Arthur Lira (PP-AL) atual presidente da Câmara tenta passar o bastão para outro membro do Centrão o comando da Casa. Já no senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou interesse em relatar uma atualização do Código Penal brasileiro. “Esse é um debate que teremos que fazer”, afirmou. O senador ainda mandou seu recado que não está em seus planos ser ministro no governo Lula. Disse ainda que apóia a reeleição de Lula em 2026. Ministro só do STF.
“É óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa. As eleições das Casas será no início de fevereiro. Disse ele em entrevista ao UOL.
Câmara
Após tentativas, desistência, decepções e traições a escolha do novo presidente da Câmara caminha para escolha de Hugo Mota (Republicanos-PB) como o legitimo representante do Cntrão. Alinhado com o atual presidente Arthur Lira. Hugo Motta tem o apoio do MDB, PL, Podemos e Progressistas e ontem a federação PV/PT/PCdoB confirmou o apoio à sua candidatura.
As negociações para a desistência do deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil foram positivas para ele. Segundo o jornal O Globo, uma das opções para o nome do União Brasil agora é comandar a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão essa que pode influenciar nos rumos das principais votações. Há também a possibilidades para abrir duas vagas de ministros do TCU. Uma delas já é do PT, pelo apoio a Mota. No entanto, para isso seria preciso convencer os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes a anteciparem suas aposentadorias. A velha formula da política brasileira, o toma lá da cá.
Senado
Já na cúpula do Senado, também haverá menos arranjos, ate agora somente dois candidatos na disputa o favorito é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já conta com o apoio de quatro partidos: PL, PP, PSB e PDT, além do União. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) comunicou seu partido, nesta quinta-feira (31), que é pré-candidata à presidência do Senado. O atual presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pertence à sigla. que já esta em Brasília é o presidente do PSD Gilberto Kassab que também articula nos bastidores a eleição na Câmara.
Pacote
O governo Lua se prepara para enviar ao Congresso um pacote de medidas de revisão de gastos obrigatórios. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP) e a minista do Planejamento Simone Tebet (MDB-MS) são os atores da obra que incluirá pelo menos uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A equipe econômica trabalha em um pacote de revisão de gastos com o objetivo de cortar entre R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões em despesas. Além de melhorar o resultado das contas públicas, o Ministério da Fazenda quer assegurar a solidez do arcabouço fiscal a partir de 2026, ano em que as despesas obrigatórias devem consumir uma parte ainda maior do Orçamento.
Não falta dinheiro à administração pública, falta gestão. Para a ministra do Planejamento , Simone Tebet, afirmou, o momento atual exige coragem para que sejam cortados gastos com políticas públicas ineficientes. Tebet disse que é preciso equilibrar as contas públicas para viabilizar programas que possam melhorar a vida dos brasileiros.
A preocupação
Os argumentos de Haddad e Tebet para convencer Lula da necessidade de cortar gastos, são os números, que não mentem. Lula o encantador de serpente, vê claramente que esse pacote de corte de gastos afetará diretamente sua popularidade. As despesas obrigatórias crescem muito além do esperado. Outros assessores tentam fazer com esses cortes em políticas públicas não trazer preocupação negativa para a população. Mas no subconsciente a preocupação é de se manter no poder a todo custo, esquecendo o principal, o bem estar do povo. Povo esse que não deixa de ser também responsável pela sua situação. O governo gosta de se fazer de vítima, a sempre procura um culpado para tudo, alem das desculpas pelo errado em não ter feito o dever de casa.
Culpado
Ainda a procura de culpados o PT usa narrativas, catáfora das mais rasas, entre ela de que a esquerda ainda não compreendeu os novos meio de se comunicar, digo as redes sociais. De que a direita usa de feke news. De a que população forme opinião pelas redes sociais e não mais pelos meios tradicionais de comunicação. Outro fator relevante é a postura das velhas lideranças partidárias vistas como ultrapassadas. Tentado manter o protagonismo político (do campo ideológico). O problema está no discurso que não convence mais a população pela falta de conexão com quem deseja empreender, e também pela falta de proposta de futuro.Espera-se que o recado das urnas com as derrotas sirvam coma aprendizado e melhoras.
Até mais
Antonio Coelho de Carvalho é Jornalista
Caiado fez as críticas mais duras, acusando o governo de usurpar a atribuição dos governadores; demais participantes elogiaram iniciativa federal, mas falaram que é preciso ir além dos temas tratados na Proposta de Emenda Constitucional
Por Paula Ferreira, Gabriel Hirabahasi, Lavínia Kaucz e Caio Spechoto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentam nesta quinta-feira, 31, a governadores a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. A PEC é uma tentativa do governo de tentar minimizar os problemas numa das áreas pior avaliadas da gestão petista. Na reunião realizada no Palácio do Planalto, governadores que apoiam o governo e também os de oposição cobraram ações de combate à criminalidade que vão além do que está previsto na PEC.
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, agradeceu o convite, disse que ainda precisará analisar a PEC, mas disse que as ações precisam ir além dela. "Talvez a PEC sozinha não tenha o condão de resolver o problema da segurança pública. Há outros problemas correlatos, e talvez nessa reunião podemos dar um primeiro grande passo, de estabelecer grupo de trabalho e formular uma série de propostas", afirmou.
Tarcísio disse que o Estado se preocupa muito com a "a transposição do ilícito nos negócios lícitos". Ele citou o setor de combustíveis, "um dos preferidos pelo crime organizado para a lavagem do dinheiro".
O governador defendeu uma coordenação melhor das informações produzidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) nos Estados". Às vezes falta mais acesso às informações que são produzidas", disse.
Tarcísio propôs ainda a criação de linhas de financiamento dentro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear equipamentos de combate ao crime. Além disso, sugeriu a criação de um Sistema Nacional de Controle de Fronteiras.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi mais incisivo. "Isso é uma invasão de poder, usurpação de poder", disse se referindo à PEC do governo. Disse ainda que a PEC parte de uma premissa errada que vai levar a ações erradas. "Ou encaramos o assunto com a seriedade que merece. O Congresso deveria é dar mais autonomia aos estados para legislar os assuntos penais", disse Caiado. "Ou vamos enfrentar o crime para valer ou o crime vai tomar conta do País", acrescentou. E ainda avisou, por exemplo, que não vai botar câmera em policiais.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também disse que os problemas de segurança vão além da PEC. Ele pediu que os gastos com segurança fique foram dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Cobrou ainda que seja aprovada legislação para impedir que o preso habitual seja solto em audiências de custódia. Segundo ele, isso tem sido cada vez mais comum.
"Eu gasto R$ 13 bilhões com segurança, R$ 8 bilhões com educação e R$ 7 bilhões com saúde. O gasto com segurança toma todo meu espaço fiscal", complementou.
Castro disse que o debate sobre a PEC da segurança pública "deveria ser um pouco ampliado por questões práticas e urgentes que precisamos tratar para hoje". Ele destacou os problemas da lavagem de dinheiro e da entrada de armas e drogas. "Precisamos urgentemente que a diplomacia brasileira faça uma conversa dura com esses países, inclusive com sanções claras".
"Hoje, 90% das armas apreendidas pela PM e Polícia Civil do Rio de Janeiro foram fabricadas nos EUA, e vendidas para Paraguai, Colômbia e Equador. Nós sabemos de onde essas armas vêm, para onde são vendidas, e nesses países elas perdem o monitoramento", afirmou. Aliado do governo, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, elogiou a iniciativa, e afirmou que os problemas de segurança vão além da PEC. "Não podemos encerrar o debate apenas nessa PEC", comentou.
Lewandowksi questiona polícias do DF e do Rio por atuações no 8/1 e no caso Marielle
No início da reunião, o ministro da Justiça disse que a PEC não altera "em uma vírgula" as competências dos Estados e municípios em relação às polícias civis e militares e às guardas municipais. "Não estamos mexendo em uma vírgula no que diz respeito às competências dos Estados para regular suas polícias civis e militares. E também aos prefeitos, não estamos interferindo em absolutamente nada à definição e às competências das guardas municipais", disse o ministro.
Ao falar da PEC e defender a criação de uma nova polícia ostensiva federal, questionou a atuação das polícias do Rio e do Distrito Federal. Primeiro, o ministro Lewandowski disse que o homicídio da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, só foi solucionado após a Polícia Federal entrar no caso. Criticou a Polícia do Rio de Janeiro por não ter resolvido o caso antes.
"Por 5 anos, me desculpe governador Cláudio Castro, a Polícia do Rio de Janeiro demorou e não elucidou (o crime). A valorosa e combativa Polícia Federal entrou com sete homens e desvendou esse lamentável crime", disse o ministro. Castro, que está presente na reunião reclamou, ao que o ministro da Justiça respondeu: "Mas não é crítica. Estamos colaborando muito proximamente".
Depois, o ministro defendeu que caso houvesse uma Polícia Ostensiva Federal no desenho previsto na PEC da segurança pública, a invasão do 8 de janeiro não aconteceria e ressaltou que a PF identificou "graves falhas" na atuação da Polícia Militar do Distrito Federal no caso.
"A Polícia Ostensiva Federal poderá, conforme se dispuser em lei, exercer policiamento ostensivo na proteção de bens, serviços e instalações federais. Presidente, se tivéssemos em 8 de janeiro de 2022 (ele quis dizer 2023) uma Polícia Ostensiva Federal, não teria ocorrido a invasão nas sedes dos Três Poderes. Nós dependemos da Polícia Militar do DF. Sem nenhuma crítica, mas a PF terminou o inquérito com relação a esse assunto e chegou à conclusão de que houve graves falhas por parte desta honrada e valorosa corporação do Distrito Federal", declarou.