“Não estou atrás de fundo partidário. Fiz minha campanha com R$ 2 milhões da vaquinha virtual”, afirmou Bolsonaro
Por Tarciso Morais
O presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu mais transparência no Partido Social Liberal (PSL) e que o partido deve abrir o que chamou de “caixa-preta”.
Na última sexta-feira (11), Bolsonaro e mais 21 parlamentares pediram formalmente acesso às contas do PSL para fazer uma auditoria.
Em resposta, a cúpula da legenda decidiu solicitar uma análise das contas da campanha do presidente na eleição do ano passado.
Em visita a São Paulo, neste sábado (12), Bolsonaro declarou:
“Não estou atrás de fundo partidário. Fiz minha campanha com R$ 2 milhões da vaquinha virtual. O partido ganha R$ 8 milhões por mês. É dinheiro público, e todo mundo tem que saber o que é feito com esse dinheiro. É uma caixa-preta que tem que ser aberta pelo PSL.”
E, segundo o portal G1, acrescentou:
“Nós queremos é transparência. Não quero que apareçam problemas no partido e que, apesar de não fazer parte da executiva, eu venha a ser responsabilizado, como maldosamente têm me responsabilizado pelo que acontece ou aconteceu em qualquer parte do Brasil envolvendo o PSL.”
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de deixar o partido, o chefe do Executivo foi enfático:
“Lógico que existe, não vou negar. Nós queremos ver se há uma maneira de compor, o que é muito difícil, porque a executiva no meu entender tem que abrir, tem que ser democrática.”
O filho do presidente chamou o senador de "bobo da corte", Olímpio rebateu: "moleque" - veja também sair de Bolsonaro do PSL
Jornal do Brasil
Mais um round da briga do presidente Bolsonaro com a cúpula do seu partido, o PSL, aconteceu neste fim de tarde de domingo (13). No Twitter, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro reproduziu vídeo de Olímpio fazendo críticas aos filhos do presidente e escreveu, entre outras palavras: "bobo da corte".
Em meio a uma enxurrada de curtidas por parte dos bolsonaristas, não demorou muito para o mais estridente dos senadores, Major Olímpio, responder com uma subida de tom sem precedentes no entorno da "família real" tupiniquim: "moleque".
Semana passada, Olímpio fez duras críticas à prole do presidente, dizendo que "não vivemos uma Monarquia"(...) e que os filhos de Bolsonaro "têm mania de príncipes".
Carlos Bolsonaro escreveu o seguinte na postagem-estopim da crise de hoje (amanhã teremos outra, certamente): "No hospital, após a facada, o tal chorou em frente a meu pai, que me determinou foco primordial na eleição do tal. Assim o fiz e hoje, este senhor diz absurdos sobre o trabalho que exerço de forma esgotante. És um bobo da corte!".
Os problemas para Bolsonaro caso decida sair do PSL
Pelo menos até o começo da noite desta quarta-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) parecia ter decidido ficar, pelo menos por enquanto, no partido pelo qual se elegeu em 2018.
A aparente decisão ameniza a crise aberta na manhã de terça (08), quando Bolsonaro se deixou gravar em frente ao Palácio da Alvorada dizendo a um apoiador que "esquecesse" a sigla e o seu chefe, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), que segundo ele estaria "queimado".
Quais problemas Bolsonaro e seu clã político poderiam enfrentar caso levassem adiante o plano de sair do partido? Congressistas e especialistas em direito eleitoral consultados pela BBC News Brasil indicam três pontos: a relação do governo com o Congresso ficaria ainda mais tumultuada; os deputados que saíssem do PSL poderiam perder seus mandatos na Justiça Eleitoral; e o PSL ficaria, a princípio, com os montantes dos fundos Partidário e Eleitoral, além do tempo de TV e rádio para as campanhas eleitorais.
No começo da tarde, Bolsonaro disse ao site jornalístico O Antagonista que não pretende sair do PSL "de livre e espontânea vontade": só deixaria a sigla se fosse expulso por Bivar. O presidente disse também que a polêmica gravação matinal em frente ao Palácio foi motivada pelo medo de ser acusado de campanha eleitoral antecipada.
A Executiva do MDB estadual se reuniu na manhã desta quinta-feira,10, para documentar o licenciamento temporário do presidente do partido, Marcelo Miranda, ex-governador do Tocantins, que ficará afastado sem prazo estipulado conforme estatuto.
Com Assesoria
A carta de licenciamento do presidente do MDB do Tocantins foi lida pelo secretário geral do partido Herbert Brito Barros (Dr. Buti). Dr. Buti falou sobre a pujança do partido e das mudanças positivas e necessárias que acompanharão as transformações nacionais.
O deputado estadual Nilton Franco, tomou posse como presidente em exercício do MDB estadual durante a reunião na sede do partido. De acordo com a pauta estipulado pelos membros presentes na ocasião, o planejamento do partido continuará sendo executado da mesma forma. Em relação a estrutura do diretório estadual, nada mudará, tudo continuará com a mesma estrutura.
Nilton Franco após assumir fez pronunciamento.
“Assumo o partido empenhado em cumprir os desafios já traçados, preciso do apoio de todos, da experiência e conselhos dos históricos, Derval de Paiva e do doutor Moisés Avelino. Visitarei as bases e os 139 municípios para conversar com os nossos líderes, oxigenar o partido, colher e ouvir as experiências dos pioneiros e somar às ideias dos jovens.
Sou filiado desde os 18 anos, e é um sonho estar à frente de um partido histórico como MDB, minha atuação se pautará dando seguimento ao trabalho plantado pelos nossos líderes, o presidente de honra, Derval de Paiva, e o ex-governador, Marcelo Miranda”
O presidente do MDB em exercício falou ainda que, “precisamos de bastante união, da ajuda de todos os correligionários, assumo com muita humildade, e quero mostrar resultados, aumentar nossa base, dar uma injeção de ânimo nos pioneiros e construtores do MDB, enfim quero conduzir os trabalhos no Tocantins com a mesma sintonia que o MDB nacional.
O presidente do diretório de Paraiso do Tocantins Alípio Barbosa Neto, disse que, “precisamos fortalecer o partido e vamos começar do começo, valorizar as filiações, reunir os presidentes dos diretórios municipais, isso sim é fortalecer as raízes, a base”.
“Somos mais fortes quando estamos juntos, e vamos identificar perfis de mulheres que venham somar”, falou a representante do MDB mulher no Tocantins cel. Patrícia.
“Precisamos estar com as portas do MDB abertas a todos, assim vamos crescer e fortalecer” afirmou o deputado Jair Farias.
“Está assumindo o partido uma pessoa que ama o MDB, e você Nilton é comprometido e leal com os compromissos que enfrenta”, ressaltou o deputado estadual Elenil da Penha durante a pauta no MDB.
“Queremos continuar crescendo e filiando pessoas no Tocantins e estou pronto para ajudar”
Perfil
Nilton Franco é casado com Alessandra Franco, pai de três filhos, advogado, servidor público efetivo como auditor fiscal, em 2004 foi eleito prefeito de Pium sendo reeleito em 2008, eleito deputado estadual em 2014 e reeleito em 2018. Foi presidente do Consorcio Mesoeste, composto pelos municípios do Vale do Araguaia. Atualmente é o segundo vice-presidente na mesa Diretora da Assembleia, e já presidiu a Comissão de Segurança Pública. Nilton Franco é membro da União de Parlamentares do Mercosul, e também preside a Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa.
Participaram da reunião os dep. Elenil da Penha, o dep. Jair Farias e Jorge Frederico, o secretário geral do partido Dr. Herbert Brito (Dr. Buti), o presidente do MDB a presidente do MDB Mulher Cel. Patrícia Amaral, o prefeito de Paraíso Dr. Moisés Avelino, o ex - dep. federal Derval de Paiva, o tesoureiro do partido Cel. Glauber Santos, o presidente do diretório Municipal de Paraíso do Tocantins Alípio Barbosa Neto, o líder da bancada 3º suplente Jacques Silva, o 2º suplente Fernando Suarte, a vereadora de Paraíso Josefa Araújo e o vereador de Araguaína José Ferreira Barros Filho (Ferreirinha).
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff encabeçam a lista
Confira a lista completa de todos os pedidos de indiciamento fruto dos trabalhos desenvolvidos pela CPI do BNDES:
Núcleos POLÍTICO e ECONÔMICO:
– LUIS INÁCIO LULA DA SILVA, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando e corrupção passiva;
– DILMA VANA ROUSSEF, pela prática dos crimes de formação de quadrilha bando e corrupção passiva;
– GUIDO MANTEGA, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– ANTÔNIO PALOCCI FILHO, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro;
– MARCELO BAHIA ODEBRECHT, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– EMÍLIO ALVES ODEBRECHT, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– MAURÍCIO FERRO, por sua condição de diretor jurídico do grupo Odebrecht, por corrupção ativa, gestão fraudulenta e prevaricação financeira;
– CARLOS JOSÉ FADIGAS DE SOUZA FILHO, por sua condição de presidente da Braskem à época dos fatos, pela prática dos crimes de corrupção ativa e gestão fraudulenta;
– DÉCIO FABRICIO ODDONE DA COSTA, por sua condição de vice-presidente de investimentos da Braskem, pela prática do crime de gestão fraudulenta.
NÚCLEO ESTRATÉGICO:
– LUCIANO GALVÃO COUTINHO, na condição de Presidente do BNDES à época dos fatos, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– ÁLVARO LUIZ VEREDA DE OLIVEIRA, na condição de assessor da presidência do BNDES no período de outubro de 2005 a maio de 2016, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira, tendo atuado por meio de contrato de consultoria com a empresa DM Desenvolvimento de Negócios Internacionais;
– LUIZ EDUARDO MELIN DE CARVALHO E SILVA, na condição de Diretor Internacional e de Comércio Exterior do BNDES de janeiro de 2003 a dezembro de 2004 e de abril de 2011 a novembro de 2014, bem como de assessor do então Ministro da Fazenda Guido Mantega, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
E ainda: LUIZ FERNANDO FURLAN, ROBERTO RODRIGUES, CELSO AMORIM, ANTÔNIO PALOCCI FILHO, GUIDO MANTEGA, MIGUEL JORGE, PAULO BERNARDO SILVA, ERENICE GUERRA, GUILHERME CASSEL, FERNANDO DAMATA PIMENTEL, DILMA ROUSSEFF, DANIEL MAIA, ANTÔNIO DE AGUIAR PATRIOTA, MIRIAM BELCHIOR, PEPE VARGAS e MENDES RIBEIRO FILHO, em razão de relevante omissão na condição de membros do Conselho de Ministros da CAMEX, que acabou contribuindo para a prática dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– LYTHA BATTISTON SPÍNDOLA e MARIA DA GLORIA RODRIGUES CAMARA, ocupantes de cargos estratégicos no âmbito do COFIG e da CAMEX, citadas em delações de executivos como recebedoras de propina para beneficiar o Grupo Odebrecht, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando e corrupção passiva;
– FERNANDO VITOR DOS SANTOS SAWCZUK e RUBENS BENEVIDES NETO, em razão de relevante omissão na condição de Superintendente de Operações e de funcionário da SBCE, respectivamente, que acabou contribuindo para a prática dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira, bem como pela prática dos crimes de prevaricação;
– ARMANDO MARIANTE CARVALHO JUNIOR, EDUARDO RATH FINGERL, JOÃO CARLOS FERRAZ, LUCIENE FERREIRA MONTEIRO MACHADO, MAURICIO BORGES LEMOS E WAGNER BITTENCOURT DE OLIVEIRA, na condição de diretores do BNDES à época dos fatos, pela prática dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
Em relação às operações de aporte de capital que beneficiaram direta ou indiretamente a JBS S.A., os membros da CPI do BNDES entendem por bem determinar o encaminhamento de ofício ao Ministério Público Federal com sugestão de indiciamento e aprofundamento das investigações com vistas à apuração da possível prática de crimes pelos seguintes agentes integrantes dos Núcleos POLÍTICO e ECONÔMICO:
– LUIS INÁCIO LULA DA SILVA, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando e corrupção passiva;
– DILMA VANA ROUSSEF, pela prática dos crimes de formação de quadrilha bando e corrupção passiva;
– JOESLEY MENDONÇA BATISTA, WESLEY BATISTA, FRANCISCO DE ASSIS E SILVA, JOSÉ BATISTA SOBRINHO, JOSÉ BATISTA JUNIOR, ANTONIO LUIZ FEIJÓ NICOLAU, FÁBIO PEGAS E PATRÍCIA MORAES, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– GUIDO MANTEGA, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– ANTÔNIO PALOCCI FILHO, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção passiva, gestão fraudulenta de instituição financeira, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro;
– VICTOR GARCIA SANDRI, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro;
– GONÇALO IVENS FERRAZ DA CUNHA E SÁ, pela prática do crime de lavagem de dinheiro; e
– LEONARDO VILARDO MANTEGA, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Em relação aos membros do NÚCLEO ESTRATÉGICO, a CPI do BNDES considera recomendável o indiciamento e aprofundamento das investigações com vistas à apuração da possível prática de crimes pelos seguintes agentes:
– LUCIANO GALVÃO COUTINHO, na condição de Presidente do BNDES, pela prática dos crimes de formação de quadrilha ou bando, gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira;
– ARMANDO MARIANTE CARVALHO JUNIOR, EDUARDO RATH FINGERL, ELVIO LIMA GASPAR, FERNANDO MARQUES DOS SANTOS, GIL BERNARDO BORGES LEAL, GUILHERME NARCISO DE LACERDA, JOÃO CARLOS FERRAZ, JÚLIO CESAR MACIEL RAMUNDO, LUCIENE FERREIRA MONTEIRO MACHADO, LUIZ EDUARDO MELIN DE CARVALHO E SILVA, LUIZ FERNANDO LINCK DORNELES, MAURICIO BORGES LEMOS, PAULO DE SÁ CAMPELLO FAVERET FILHO, RICARDO LUIZ DE SOUZA RAMOS, ROBERTO ZURLI MACHADO E WAGNER BITTENCOURT DE OLIVEIRA, na condição de diretores do BNDES ou do BNDESPAR à época dos fatos, pela prática dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e prevaricação financeira.
Sem prejuízo das sugestões anteriores, devem ser também indiciados os seguintes agentes do NÚCLEO ECONÔMICO, especificamente a propósito da operação de incorporação da Bertin S.A. pela JBS S.A:
– SILMAR BERTIN, NATALINO BERTIN, REINALDO BERTIN, FERNANDO BERTIN, na condição de acionistas da Bertin S.A., pela prática dos crimes de gestão fraudulenta de
instituição financeira, prevaricação financeira e manipulação do mercado; e – OMAR CARNEIRO DA CUNHA, JOSÉ CLAUDIO DO REGO ARANHA, WALLIN VASCONCELLOS, ELEAZER DE CARVALHO FILHO, JOSÉ PIO BORGES E EMILIO HUMBERTO CARAZZAI SOBRINHO, na condição de integrantes dos comitês independentes da JBS e da Bertin que atuaram na avaliação da operação de incorporação da Bertin pela JBS, pela prática dos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, prevaricação financeira e manipulação do mercado.
Baleia Rossi (SP) foi eleito em convenção nacional do partido neste domingo (6). Ele vai substituir ex-senador Romero Jucá (RR) que comandava a legenda desde 2016
Por Laís Lis, G1 — Brasília Em convenção nacional em Brasília, o MDB elegeu neste domingo (6) o deputado federal e líder da legenda na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (SP), como presidente nacional do partido para um mandato de dois anos. Do total de 319 votos, 311 foram para a chapa de Baleia Rossi.
Baleia Rossi substituirá o ex-senador Romero Jucá (RR), que comandava o partido desde o licenciamento do ex-presidente Michel Temer, em abril de 2016. Jucá disputou as últimas eleições, mas não conseguiu ser reeleito senador por Roraima.
O ex-presidente Michel Temer não participou da convenção, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-deputado federal e ex-ministro Bruno Araújo (PE), presidente do PSDB.
Em discurso durante a convenção, Baleia Rossi afirmou que o MDB precisa escolher suas "bandeiras" e saber que "é possível viver sem governo".
"Nosso partido foi até conhecido como o partido da governabilidade, mas, por isso, nós pagamos um preço muito alto também. Precisamos escolher nossas bandeiras, ter a nossa identidade, precisamos saber que é possível viver sem governo. Precisamos de agenda, mas não precisamos de governo para sobreviver, porque o MDB é maior do que isso", disse.
Renovação
A necessidade de mudança e renovação do partido foi o assunto mais tratado durante os discursos na convenção. Com a eleição deste domingo, a direção executiva da legenda será formada por políticos que jamais haviam ocupado postos na cúpula nacional.
O discurso de renovação, no entanto, chegou a ser criticado nos bastidores já que Baleia Rossi chegou à presidência do partido com o apoio de integrantes tradicionais do partido como Romero Jucá e os senadores Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL).
Sobre esse apoio, o ex-ministro Moreira Franco afirmou que não se cria uma liderança política "da noite para o dia".
"É uma questão de fazer diferente. Temos que entender, e digo para todos, os com mais idade, com mais experiência, e os mais novos, que nós temos que fazer diferente, não se cria uma liderança política da noite para o dia", afirmou.
Segundo o ministro, o MDB não se saiu bem nas últimas eleições e a nova presidência do partido deve ampliar o diálogo com a base do MDB.
Em 2018, o MDB foi partido que teve a maior queda nas eleições para as assembleias legislativas nos estados.
No mesmo ano, o partido elegeu 3 dos 14 candidatos a governador, levou 34 deputados para a Câmara, na eleição de 2014 foram 66. No Senado, o partido elegeu 7 senadores. Em 2010, última eleição na qual 2/3 da Casa também foram renovados, a sigla havia eleito 14 senadores.
Mutirão de emprego Ao chegar para a convenção, Baleia Rossi afirmou que o MDB vai propor ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um grande "mutirão de emprego". Segundo ele, com o uso de recursos de fundos que estão parados, como o Fundo Penitenciário Nacional, é possível gerar cerca de um milhão de empregos em todo o Brasil.
"Em uma parceria com os 5.570 municípios vamos propor uma grande frente de trabalho, trabalho simples de zeladoria, cuidar da cidade, varrer rua, cuidar das praças, para emergencialmente podermos criar mais de um milhão de empregos. Dinheiro para isso há, temos muitos fundos que não são utilizados para nada e que não justifica ter desemprego, aumento da pobreza e o governo ter nesses fundos bilhões de reais parados", afirmou.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, o desemprego atinge 12,6 milhões de pessoas no país.
O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) no plenário da Câmara dos Deputados em abril deste ano — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) no plenário da Câmara dos Deputados em abril deste ano — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) no plenário da Câmara dos Deputados em abril deste ano — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Perfil Baleia Rossi foi eleito deputado federal em 2014 e reeleito em 2018. É presidente do MDB em São Paulo e líder do partido na Câmara. Ele é filho do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi.
Em abril deste ano, o deputado apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que está sendo discutida na Câmara. A proposta tem como referência sugestões do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), cujo diretor é o economista Bernard Appy.
Comissão Executiva Nacional eleita neste domingo (6)
Presidente: deputado federal Baleia Rossi (SP)
Primeiro vice-presidente: senador Confúcio Moura (RO)
Segundo vice-presidente: deputado federal Carlos Chiodini (SC)
Terceiro vice-presidente: ex-deputado federal Daniel Villela (GO)
Secretário Geral: deputado federal Newton Cardoso Júnior (MG)
Primeiro Secretário: deputado estadual Gabriel Souza (RS)
Segundo Secretário: Washington Reis (RJ), prefeito de Duque de Caxias
Tesoureiro: senador Marcelo Castro (PI)
Tesoureiro-adjunto: deputado federal Raul Henry (PE)