Governador também entregou 20 caminhonetes-celas que serão utilizadas nas unidades prisionais do Estado
Por Jarbas Coutinho
O governador Marcelo Miranda, acompanhado da vice-governadora Cláudia Lelis, autorizou a construção de um novo pavilhão na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), a reforma e ampliação do Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã, de Cariri, no sul do Estado, e inaugurou simbolicamente a rede coletora e a estação elevatória de esgoto da CPPP.
A solenidade de assinatura das ordens de serviço foi realizada na tarde desta quarta-feira, 21, na sede da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju). Na ocasião, o governador entregou 20 caminhonetes-celas à pasta da Cidadania e Justiça, que serão utilizadas nas unidades prisionais do Estado e uma Brinquedoteca e Sala de Incentivo à Amamentação para a unidade prisional feminina de Pedro Afonso.
O novo pavilhão da CPPP ampliará a capacidade de internação da unidade e vai custar R$ 1.890.480,12. O prazo para entrega é de 12 meses. Já a reforma e ampliação da unidade prisional de Cariri vão permitir a criação de 48 novas vagas. A obra terá a duração de 12 meses e está orçada em R$ 3,1 milhões. As duas obras serão realizadas com recursos do Governo do Tocantins.
Para o governador, essas obras representam muito trabalho e planejamento para ampliação e humanização do sistema penitenciário no Estado. “Não temos medido esforços para que o Tocantins tenha sempre assegurado bons serviços em suas unidades prisionais, no entanto, em um setor crucial para a população, como é a segurança pública, os gargalos não se resolvem num passo de mágica e para isso são necessários planejamento e parcerias”.
O titular da pasta da Cidadania e Justiça, Glauber Oliveira Santos, disse que o sistema penitenciário do Tocantins está livre de vícios apresentados nos demais estados e o governo do Estado está empenhado em reduzir o déficit carcerário com a construção de novos presídios. “São muitas demandas de melhorias, que com planejamento temos avançado, como é o caso das aberturas de vagas prisionais; e ainda este ano vamos dar início à abertura de quase 1.300 vagas. Dessa forma, conseguiremos reduzir esse déficit em quase 75%”.
Amamentação/Brinquedoteca
A Brinquedoteca e a Sala de Incentivo à Amamentação, entregues à Unidade Prisional Feminina de Pedro Afonso, vão proporcionar uma melhor relação das crianças com suas mães em um ambiente prisional. Os equipamentos serão alocados junto às unidades de saúde que funcionam dentro das prisões, com um espaço para as mães terem um momento mais tranquilo e prazeroso de amamentação dos filhos.
O espaço contará com poltronas confortáveis, DVD’s com músicas relaxantes, ar condicionado e bebedouro. São equipamentos doados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Transporte
As 20 caminhonetes-celas entregues a unidades prisionais e ao Grupo de Intervenções Rápidas (GIR) foram adquiridas com recursos do Fundo Penitenciário Estadual (Funpen) e demandaram um investimento de R$ 3.028.000,00.
Os vintes veículos serão distribuídos para as unidades prisionais de Augustinópolis, Barrolândia, Colinas do Tocantins, Guaraí, Miracema, Natividade, Palmeirópolis, Taguatinga, Talismã, Tocantinópolis, Pedro Afonso, Casa de Prisão Provisória de Araguaína, Casa de Prisão Provisória de Paraíso do Tocantins e Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional.
Esgoto
A rede coletora é a interligação do esgoto da Casa de Prisão com a rede coletora do município, construída dentro do pátio da Unidade, que pôs fim a um antigo problema. Já na parte externa, para alcançar a rede coletora existente, foi necessária a instalação de Estação Elevatória, que tem a função de bombear o esgoto até a rede existente na Quadra 712 Sul. A obra custou R$ 961.692,16.
Enquanto para alguns pré-candidatos basta afirmar sua intenção de concorrer ao governo, Dimas e Amastha terão que entregar cargos
Por Edson Rodrigues e Edvaldo Rodrigues
Nenhum especialista ou analista político, por melhor que seja, poderá fazer um retrato da corrida sucessória deste ano antes que os prefeitos de Palmas, Carlos Amastha, e de Araguaína, Ronaldo Dimas, renunciem a seus cargos e se coloquem aptos a concorrer ao cargo de governador.
Esses são os dois pretendentes que pagarão os preços mais caros por um “ingresso” numa corrida em que não têm a certeza de vitória, pois terão de abdicar de cargos importantes, com dois anos de mandato restante, para se arriscarem em uma pista desconhecida para ambos.
Já outros candidatos sabidos e conhecidos, terão que renunciar a outros cargos de menor monta, como a senadora Kátia Abreu, que terá que renunciar à presidência da Faet e ao presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, que teria que deixar o comando da Casa de Leis.
E isso não é por capricho ou exigência e, sim, para respeitar a Constituição Federal e a Legislação Eleitoral.
O único pré-candidato que não precisa de desincompatibilizar é, justamente, o atual governador, Marcelo Miranda, que pode concorrer à reeleição ao mesmo tempo em que exerce seu cargo.
FALSO DIAGNÓSTICO
Não seríamos nós, editores de O Paralelo 13, veículo de comunicação mais antigo em atividade no Tocantins que iríamos trair a confiança dos nossos leitores e enfiar-lhes “goela abaixo” um falso diagnóstico do panorama eleitoral, maquiado por pesquisas mentirosas, fabricadas em gabinetes, a custos vultosos, que não levam em conta os planos de governo de cada coligação, principalmente porque, efetivamente, ainda não há coligações!
Algumas pesquisas em circulação, passadas boca-a-boca como boatos são tão fraudulentas, que apontam cenários em que 80% do eleitorado já sabem em quem vai votar e, outra, que só 14% dos eleitores estão indecisos.
Ora, como se chega a resultados assim sem nem conhecermos os reais candidatos?!
Na hora em que aparecer uma pesquisa que mostre um cenário extraído de, pelo menos, 1.000 pessoas entrevistadas, em que 25% tenham uma opção escolhida e, desses 25%, 30% já tenham seu candidato, podemos até acreditar que é real.
SENADO
Outro cenário muito difícil de mensurar, neste momento, é para o senado, uma vez que são duas vagas em disputa e muitos nomes, bons, concorrendo a uma delas. O problema é que, mesmo com bons nomes, não se sabe com quais candidaturas ao governo esses nomes virão acompanhados, muito menos quem serão seus suplentes.
Um caso emblemático é o do ex-governador Siqueira Campos. Ele é candidato ao Senado, mas quem será o seu coligado concorrendo ao cargo de governador? Terá Siqueira Campos condições físicas de participar de uma campanha que se vislumbra dificílima? E, nesse caso, torna-se muito mais importante saber quem será o seu suplente...
O que estamos afirmando é que os componentes desse tabuleiro de xadrez só serão conhecidos após as convenções de julho próximo e, mesmo sabendo disso, há pessoas capazes de tentar empurrar pesquisas em que 80 a 90% dos entrevistados já sabem em quem vão votar para o Senado.
Isso é falso, inverídico e passível de punição pela Justiça Eleitoral caso seus autores sejam identificados!
EMBRIÃO SEM ROSTO
Podemos afirmar com tranqüilidade que o “embrião sucessório” ainda não tem sequer um rosto definido e essa definição só começará a acontecer após o dia sete de abril, quando os detentores de cargos renunciarem para poder concorrer ao governo e, aí sim, as chapas começarem a se definir.
Ronaldo Dimas, Carlos Amastha, Kátia Abreu, Mauro Carlesse, são nomes que só poderão constar no páreo após sete de abril. Aí sim podem começar as especulações e os prognósticos reais, aguardando as convenções de julho para darmos a delineação final do embate que vem pela frente, com as coligações majoritárias e proporcionais definidas, cada uma com seu “rosto” próprio.
Por enquanto o que sabemos é que Amastha não está morto, Ronaldo Dimas ainda não se convenceu de que deve ser candidato, Siqueira pode não agüentar, fisicamente a campanha, Carlesse não tem “canxa” política suficiente, Kátia Abreu ainda precisa de um partido e Marcelo de um MDB unido.
Se o eleitor quiser acreditar nas pesquisas que se apresentam antes dessa data, que esteja apto a identificar algo de valor em meio ao lixo que essas planilhas montadas representam.
Com uma vida pautada em funções públicas e cargos eletivos, o ex-deputado federal Eduardo Gomes possui uma trajetória que orgulha muitos tocantinenses. Atualmente ele é vice-presidente nacional do Partido Solidariedade (SD), mas iniciou sua carreira em Xambioá, extremo Norte Goiano, em 1986, período no qual assumiu a Secretaria Municipal de Educação. De lá, mudou-se para Araguaína para atuar à frente da Secretaria de Cultura e Turismo. Em 1989, tornou-se em Palmas, chefe de gabinete do prefeito Fenelon Barbosa, na recém criada Capital do Tocantins. Foi eleito vereador por dois mandatos, em que assumiu por unanimidade a presidência da Câmara Municipal. Trabalhou na Assembleia Legislativa e na função de deputado federal se consolidou como um dos nomes mais importantes da cúpula nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), assim como Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Paulinho da Força e demais.
Em um bate-papo com O Paralelo 13, Eduardo Gomes expõe suas perspectivas, ressalta trabalhos realizados, fala das amizades, família, vínculos político partidários, sobre o Solidariedade, investimentos econômicos, as discordâncias, que em sua opinião atrapalha o crescimento do Estado, e sua disposição para disputar uma cadeira no Senado e, mais uma vez representar o Tocantins no cenário nacional a partir de 2019.
Por Edson Rodrigues
O Paralelo 13:Deputado, gostaríamos de salientar que é uma grande honra para nós, que somos um dos primeiros veículos de comunicação do Estado e acompanhamos toda a sua trajetória pública estar aqui mais uma vez.
Eduardo Gomes: Quero agradecer através deste veículo, que precede a criação do Estado, pioneiro no setor da comunicação, a oportunidade de marcar espaço em um periódico que teve em suas primeiras páginas o desejo da divisão do Norte Goiano. O Paralelo foi criado para fortalecer a luta de emancipação e consequentemente dar voz e vez ao povo tocantinense. Lembro-me que estava em Goiânia (GO), nos idos de 1986, 1987 quando conversando com meu amigo “Nem”, (Edson Rodrigues), ainda no começo deste trabalho. Logo tenho muito a agradecer a toda a imprensa tocantinense que mesmo neste período em que não exerço mandato, não me tem deixado faltar espaço para difundir as ideias, conversar com os companheiros e fazer as prestações de contas públicas desses anos de atividade politica.
O Paralelo 13:Sabemos que nos últimos anos lhes foi oferecido diversas funções do primeiro escalão do Estado, dos municípios e também em instituições federais. O que o levou a não assumir nenhum destes cargos, mesmo com um bom relacionamento institucional?
Eduardo Gomes: Na verdade, neste período em que não assumi nenhum cargo público, em momento algum deixamos de trabalhar. 2018 é um ano especial, em que retomamos as atividades políticas, mas fizemos um trabalho de política partidária nas eleições municipais, em que os 139 municípios pode contar com o apoio irrestrito do Solidariedade. É notório que a atividade política esta no sangue, e a história do Tocantins se confunde com a minha, pois essa luta foi iniciada lá atrás, com tantos companheiros, muitos que já não estão mais conosco, como o caso do saudoso senador João Ribeiro e tantos outros.
O Paralelo 13: Qual a sua proposta para beneficiar a classe empresarial, essa categoria que tem trabalhado bastante para manter pulsando o Tocantins e o Brasil diante da crise econômica?
Eduardo Gomes: Um ponto importante sobre este assunto que talvez seja um dos fundamentais para a virada econômica e política do Estado. Durante os primeiros 30 anos, o Poder Público ainda era o maior vetor econômico, por meio do funcionalismo público, dos recursos do governo, das obras e, com o passar do tempo o empresário, por menor que seja o seu comércio ate o maior comerciante industrial, ele passou a financiar as atividades do Estado, então quem sustentou o Tocantins todos estes anos e agora é protagonista da responsabilidade econômica sobre o Estado é o empresário que muitas vezes vê a discussão política sobre impostos, condições de trabalho, a ele é delegado uma série de responsabilidades, mas é preciso investimento neste setor para que as instituições privadas tenham condições de trabalho, mas em contrapartida não existe, e ainda é preciso aumentar o entrosamento, força política do Estado com o desenvolvimento e o fomento da atividade comercial e industrial.
Conversando com os empresários porque o Tocantins não tem ainda a sua capacidade de financiamento equilibrada como em outros estados, é notório que necessitamos dotrabalho dos parlamentares, dos políticos tocantinenses na melhor condição fiscal para que o imposto não seja extorsivo, para que o empresário não se sinta lesado na hora de manter sua atividade econômica e ao mesmo tempo procurarmos financiamento, fomento, capacitação, então acho que esta é a nova pauta política com o empresariado.
As instituições do terceiro setor precisam criar uma interlocução maior com a classe política. Muitas vezes o político fica debatendo o imposto com outro político, mas é uma postura errada, é necessário chamar os empreendedores de todas as correntes e instituições de linha de crédito como Basa, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Sudan, BNDES, para que nós tenhamos resultados que dê a classe empresarial condições de maior geração de emprego, de crescimento e não o contrário.
O Paralelo 13: O que o senhor tem a dizer sobre a qualidade de vida dos tocantinenses e quais seriam as propostas para que ela seja cada vez maior?
Eduardo Gomes: A questão da qualidade de vida dos nossos jovens está ligada amelhorias na segurança pública, um combate sistemático sobre a crise social que vivenciamos nas famílias em função da dependência química, e tantas instituições sérias como a Fazenda Esperança que tem ajudado a enfrentar este drama familiar.
Para falar em qualidade de vida é preciso pensar em uma série de ações como investimento na segurança pública, recursos direcionados para melhorar a qualificação dos profissionais destas áreas, das instituições de classes, do terceiro setor e do próprio sistema judiciário para que não cheguemos a situações tão ruins como tem acontecido em outros estados. Diante disso, a próxima bancada federal, assim como esta tem lutado, precisa ter financiamento adequado e preventivo para a aplicação imediata no fortalecimento da estrutura de Segurança Pública, pois totalizamos divisas com seis estados e é importante essa estruturação para que os órgãos realizem ações conjuntas de políticas públicas sérias e duradouras, mas que não seja só de um governo ou propaganda eleitoral.
Para os idosos temos um projeto que muito contribui que é a Universidade da Maturidade, pois foi através da UMA que descobriu-se a necessidade de uma delegacia voltada diretamente para o idoso, que tem sofrido maus tratos o que deixa uma série de sequelas. É comum casos em que o idoso é o agente econômico familiar. Outro projeto relevante é a parceria daUFT que tem um papel muito forte na UMA, em prol da questão da qualidade de vida do idoso e nós precisamos investir da mesma forma na juventude.
Há quatro anos fiz uma proposta para o ainda Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso para que ofertasse no Estado, a Escola da Força Nacional do País, especificamente na Região do Jalapão. Como o Tocantins é considerado geograficamente em uma posição estratégica para a logística, as forças de segurança, os aparelhos e o sistema de controle muitos deles podem ser feitos aqui, que de certa forma arrecadaria recursos para ter uma central bem estruturada. São iniciativas e propostas que precisam de políticas públicas planejadas para um trabalho duradouro, pois ações preventivas com planejamento e execução consolida as atividades para que daqui há 20, 30 anos tenhamos resultados efetivos.
O Paralelo 13: Como foi avaliada pelo senhor disputa eleitoral em 2014, no qual o senhor superou o número de votos na Capital e em Araguaína, as duas maiores cidades do Tocantins?
Eduardo Gomes: Assim que as eleições de 2014 se encerraram a diferença do resultado final me fez refletir muito, e mais do que isso, a exaltar sempre que posso a gratidão que sinto pelo povo tocantinense. Nestes três anos, me dediquei a outras áreas da vida e não apenas à política, como atividades privadas, a família, a visitar meus amigos e compartilhar estes momentos que são muito especiais. Neste período eu pude pensar, prospectar e entender a dinâmica do Estado e hoje me encontro no início de um processo eleitoral, muito satisfeito com o espaço e a vontade das pessoas, apesar de toda a crise econômica, política e social que o País enfrenta vejo nas pessoas a vontade, vontade de participar, de discutir, de acreditar e isso é extremamente positivo uma vez que de maneira inédita o Tocantins terá diversas candidaturas para todas as funções. Hoje, cogita-se de sete a oito nomes de pré-candidatos a governo, o que deixará o processo eleitoral mais democrático.
O Paralelo 13: Como tem sido as suas visitas nos municípios, e o que o senhor pode sentir ao dialogar com a população?
Eduardo Gomes: É importante salientar a minha felicidade neste período que inicia, nesta nova trajetória. Visitei vários municípios e sempre respaldado por amigos que fiz durante a vida pública, e com diálogo, respeitando as divergências, as opiniões distintas, mas com um objetivo em comum que é defender Tocantins para que ele cresça independente de cor partidária, pois eu acredito ser a maior conquista para o Tocantins que foi desenvolver umalinha que sobreviva as eleições. Então, hoje nós temos obras importantes que estão acima de qualquer briga política e durante um tempo o Estado teve prejuízos em função de picuinhas pessoais.
"...Nestes três anos, me dediquei a outras áreas da vida e não apenas à política, como atividades privadas, a família, a visitar meus amigos e compartilhar estes momentos que são muito especiais. Neste período eu pude pensar, prospectar e entender a dinâmica do Estado e hoje me encontro no início de um processo eleitoral, muito satisfeito com o espaço e a vontade das pessoas, apesar de toda a crise econômica, política e social que o País enfrenta vejo nas pessoas a vontade, vontade de participar, de discutir, de acreditar e isso é extremamente positivo uma vez que de maneira inédita o Tocantins terá diversas candidaturas para todas as funções. Hoje, cogita-se de sete a oito nomes de pré-candidatos a governo, o que deixará o processo eleitoral mais democrático"...
Percebo que após 30 anos, o Estado conseguirá atingir a sua maturidade política e teremos uma eleição com debates mais elevados do ponto de vista dos resultados, logo, estou muito confiante no bom senso das pessoas, dos pré-candidatos para que tenhamos uma eleição menos personalista, menos vaidosa, em que a grande estrela seja o crescimento do Estado e a retomada do seu desenvolvimento.
O Paralelo 13: Hoje após um excelente resultado nas eleições de 2014, como será o seu trabalho voltado para o processo eleitoral deste ano com foco em Palmas?
Eduardo Gomes: Palmas é a cidade que me projetou politicamente e nesta eleição no ponto de vista eleitoral, no confronto direto com a minha concorrente também ganhei as eleições em Palmas, uma diferença evidentemente menor que Araguaína, no qual tive o apoio do prefeito Ronaldo Dimas. Mas eu sou eleitor de Palmas, fiz aqui toda a minha vida, aqui que eu resido, então, Palmas é uma cidade que durante um tempo vem sofrendo transformações políticas. Durante nossas atividades de deputado federal é importante que ela seja voltada para todas as regiões, e hoje sigo recuperando a rotina política da Capital, e fico satisfeito em saber que a cidade está consolidada, mas também me preocupa o fato de algumas lideranças do processo estadual não desenvolver um trabalho mais direcionado para a Capital, então pretendo nesta fase, ter uma atenção maior, pois nossas lideranças cobram esta postura e é importante desenvolver um trabalho de reconhecimento, de atividade política intensa na Capital, porque não apenas Palmas, mas a Região Metropolitana merece uma atenção diferenciada e hoje sentimos falta de novas lideranças para conduzir o processo, e quero colocar o meu nome sempre à disposição para participar deste debate.
Nós temos uma Câmara Municipal aguerrida, são 19 vereadores que tem se dedicado e eu acho que é preciso muito mais do que criticar, reclamar das coisas, a gente propor uma participação efetiva, viver o dia a dia da cidade e acho que é um dos desafios da nossa carreira política. Já a Assembleia Legislativa tem um papel fundamental no Estado. Com 30 anos de criação o Tocantins contou com uma Assembleia forte, operosa em que o próprio governador Marcelo Miranda tornou-se presidente da Casa de Leis. Há um histórico da força da Assembleia eu também por iniciar este novo trabalho político pretendo manter o máximo de interlocução, e me recordo com nostalgia, uma vez que lá fiz minha base política onde fui chefe de gabinete do deputado Everaldo Barros que fez cinco mandatos, então ali fiz amigos, desde os funcionários até os próprios deputados.
O Paralelo 13: Como o senhor que tem experiência na vida pública se apresentará para a nossa juventude e sociedade? Qual será a sua abordagem para que eles possam contribuir e participar deste processo democrático?
Eduardo Gomes: Com mais de 20 anos de função eletiva e 30 de atividade pública, tenho a obrigação de me apresentar preparado para ouvir as críticas, sugestões e para buscar um Tocantins mais maduro, que apresenta bons índices de desenvolvimento e isso significa que em algum momento da história o Estado cresceu muito. Espero que tenhamos maturidade para discutir o projeto político convergindo o máximo que puder. Muitas vezes o projeto político histórico é levado para o lado pessoal, com destratos, indelicadeza e até uma certa ignorância, e devemos se queremos representar o Estado evitar tais situações. É preciso mostrar para a juventude, e chamá-los para participar efetivamente da política, que é possível, pois tínhamos de 18 a 22 anos, um grupo de jovens que dividiu o então Norte de Goiás e tornou o Tocantins um estado promissor. Espero que desta campanha de 2018, surja uma nova geração de políticos para fazer a parte deles, como tentamos fazer a nossa, então vejo um quadro de muitas oportunidades, de renovação, é preciso que as pessoas que ainda não tiver experiência na política se apresentem para o processo e tenham êxito, que possamos misturar um pouco mais de experiência, mas também trazer a força desta com essa juventude que está desenhando o Tocantins do futuro.
O Paralelo 13: Sabemos que atualmente o senhor talvez seja o único que tenha a simpatia não só dos demais candidatos ao senado, como também dos eleitores, e tem um excelente convívio com todos os pré-candidatos, caso comparássemos com uma noiva seria aquela em que todos querem estar com você. Mas é importante lembrar que assim como na religião é a política e é preciso escolher. Para quem será o seu apoio nestas eleições? Qual grupo pretende se unir?
Eduardo Gomes: Olha, não vou responder querendo fugir da pergunta, vai ser o candidato que o Solidariedade apoiar. O deputado Vilmar do Detran, presidente do partido, o deputado Wanderlei Barbosa, Amélio Cayres e vários líderes do Estado tomará esta decisão em conjunto. Todos sabem do meu carinho, amizade que tenho por Ronaldo Dimas, foi um amigo um irmão que fiz na política e isso permanece. Conheço o seu trabalho, a sua competência e sei que ele está preparado para assumir funções maiores, visto a grande revolução que tem feito em Araguaína.
Também, apoiei Carlos Amastha para prefeito, entendo a importância dele para a capital, e o desejo de fazer um projeto maior para o estado, absolutamente democrático. Não tenho dificuldade, nunca tive com o governador Marcelo Miranda que recentemente assumiu a sua candidatura a reeleição. Temos também o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse que colocou o seu nome à disposição para disputar o cargo de governador, assim como o Senador Ataídes Oliveira que vem percorrendo o Estado, pedindo apoio da população. Temos o tocantinense, o advogado Marlon Reis que iniciou sua luta política no Maranhão e retornou para o Tocantins.
Assim com temos nomes propostos para a disputa ao Senado, como o nome de meu amigo César Halum que disputa a indicação, meu irmão Vicentinho Alves, que é um grande senador com eu tenho uma convivência muito grande, respeito o seu trabalho, temos uma aliança muito forte. Ouvi o nome do Alan Barbieiro, que foi reitor da universidade. Portanto o quadro é plural, temos candidatos de todas as correntes, de todas as tendências, e o importante escolhê-los pela qualidade, pois precisamos entender que ninguém pode querer ganhar uma eleição apontando defeitos dos outros, fazer dos concorrentes uma escada, o que faz uma eleição ser legítima é ganhá-lapelas próprias qualidades, pois não é falando mal dos outros que o candidato está falando bem de si. É preciso mostrar inteligência, respeitaras divergências e construir a sua história política.
Estou muito sereno para este processo político, quero aproveitar bem esse momento de maturidade, não vou me esquecer em momento algum da candidatura muito forte que se apresenta para apreciação, que é o nome do governador Siqueira Campos à disputa do senado, e trata-se de uma decisão legítima, de uma pessoa que tem uma vida inteira dedicada ao Estado. Então eu pretendo participar deste processo político com respeito a todas às posições, e aí vou ressaltar de maneira especial a oportunidade que tive de conversar com a senadora Kátia Abreu, com quem eu disputei a candidatura ao senado, uma disputa acirrada, mas isso não obstruiu nenhum canal entre nós, e também é uma candidatura legítima, pois asenadora da república, ex-ministra, dirigente partidária forte, com entidade de classe definida, disposição para lutar, assim só posso dizer que não é redundante, e que observo todos os movimentos políticos e pretendo manter o canal aberto com todos. Agora é evidente que meu partido terá candidato a governador, senador e deputado federal. Tudo isso começa a amadurecer a partir de agora, e os partidos começam a definir o seu calendário de escolha em breve e é isso que a gente vai respeitar, respeitar as suas preferências. E do meu partido não será diferente como manda o estatuto, a democracia, o colegiado, é uma chapa para candidatos fortes em que busco uma vaga para a disputa ao senado.
O Paralelo 13: Com o advento tecnológico ficou mais fácil ter acesso as informações, mas por outro lado nem todos os dados são verídicos ou confiáveis. O que o senhor tem a dizer sobre mais uma ferramenta de campanha?
Eduardo Gomes: Sempre digo da importância do equilíbrio. As pessoas precisam desligar um pouquinho a tela e abrir a janela porque você não encontrará um interlocutor nas redes sociais que resolverá os problemas dodia-a-dia sem conhecer a realidade e suas especificidades. Por isso ressalto a importância de buscar informações, mas também participar das reuniões políticas, das convenções, acompanhar o trabalho daquele que você quer ver como representante, emuito mais do que viver essa realidade paralela, editada, onde as pessoas da rede social colocam a sua vida como se não tivesse defeito, e sem sentimento, é preciso num processo político estar ciente de quem tem condição de ocupar o cargo a que se propõe.
Nesta minha vida pública foi o que busquei fazer, transformar esse sentimento em realização, pois é preciso mostrar para as pessoas, e dar a elas a segurança de que eu posso fazer um bom trabalho no senado, assim como procurei fazer nos meus cinco mandatos anteriores. Tenho como meta ser um senador participativo, atuante como João Ribeiro, a cordialidade de Vicentinho, a garra e a determinação de vários membros da nossa bancada que fazem um grande trabalho. Então objetivo traduzir para as pessoas que o voto de confiança que eu vou pedir, é que a partir de 2019 em Brasília estarei atuando pelo estado, trazendo obras para os municípios, projetos inovadores para a sociedade, trabalhando com o terceiro setor, com as entidades, respeitando a imprensa. Hoje eu me considero dentro de um compromisso inovador, em que tento mostrar a qualificação que possuo para o cargo que pretendo e, deixar isso a vontade de Deus e do povo do Tocantins.
Maia diz que não colocará em votação mudanças na Previdência por projeto de lei. Aliados de Temer demonstraram alívio com a retirada da PEC
Com Agências
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), subiu o tom da crítica ao governo federal e disse nesta terça-feira (20) que a pauta alternativa à reforma da Previdência apresentada pelo Palácio do Planalto é "desrespeito" ao Congresso Nacional.
"A apresentação de ontem foi um equívoco, foi desrespeito ao parlamento, já que os projetos já estão aqui e nós vamos pautar aquilo que nós entendermos como relevante, no nosso tempo", afirmou o presidente da Câmara. "Isso é um abuso", acrescentou.
Maia disse que a nova pauta é “sem sentido”, pois trata majoritariamente de projetos que já tramitam na Câmara ou no Senado Federal.
“É meio sem sentido. A pauta da Câmara, é da Câmara, os projetos já estão na Câmara. Se o governo quer uma pauta econômica nova, apresente uma pauta nova. As que estão aqui, o tempo de discussão e votação é da presidência da Câmara e depois da presidência do Senado. Vamos respeitar a independência dos Poderes”, pediu Maia.
Com a decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que impossibilita a votação de qualquer proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo elencou 15 pontos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal e econômico.
Dentre os pontos colocados estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a desestatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.
Rodrigo Maia declarou que desconhece a íntegra de propostas apresentadas pelo Planalto. “Nem conheço as 15 [propostas]. Nem li, nem vou ler.” Maia considerou a apresentação das propostas um “equívoco”. “Foi um pouco de desrespeito ao Parlamento, uma vez que os projetos já estão aqui, e vamos pautar o que nós entendemos relevante no nosso tempo, da forma que entendemos melhor para o Brasil e para o Parlamento.”
Maia descartou que a lista seja tratada como prioridade na Câmara dos Deputados. “Acho precipitado esse anúncio de ontem, sem um diálogo mais profundo – acho que não colabora, e essa não será a pauta da Câmara”, afirmou. “O governo não precisa ficar apresentando pautas, projetos que já estão aqui. Esse é um café velho e frio, que não atende como novidade à sociedade. Já estão tramitando e, no tempo que a Câmara entender como relevante, nós vamos pautar.”
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as 15 medidas microeconômicas e de ajuste fiscal que pretendem aumentar a produtividade serão mais eficazes, no curto prazo, que a reforma da Previdência para elevar o crescimento do país e melhorar as contas públicas. Ele confirmou que a mudança no regime de aposentadorias e pensões é a principal medida necessária para destravar a economia, mas disse que o país pode esperar para aprovar a reforma enquanto durar a intervenção federal no Rio de Janeiro.
Reforma da Previdência não é descartada
Os ministro e líderes negam que a reforma da Previdência esteja enterrada. Para o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é possível aprová-la em outubro, após as eleições. Ele entende que os parlamentares que hoje não votam com o governo podem mudar de ideia caso não sejam reeleitos. Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirma que “as condições políticas [para aprovação da reforma] virão com a eleição de outubro”.
Confira a Pauta Prioritária do governo anunciada segunda-feira:
1. Reforma do PIS/COFINS – Simplificação Tributária
2. Autonomia do Banco Central
3. Marco legal de licitações e contratos – Projeto de Lei (PL) 6814
4. Nova lei de finanças públicas – PL 295
5. Regulamentação do teto remuneratório – PL 6726
6. Desestatização da Eletrobras – PL 9463
7. Reforço das Agências Reguladoras – PL 6621
8. Depósitos voluntários no Banco Central – PL 9248
9. Redução da desoneração da folha – PL 8456
10. Programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais – PL 9215
11. Cadastro positivo – PLP 441
12. Duplicata eletrônica – PL 9327
13. Distrato – PLS 774
14. Atualização da Lei Geral de Telecomunicações
15. Extinção do Fundo Soberano
Decreto já está em vigor desde a semana passada, mas governo precisava do aval do Congresso para medida continuar valendo. Com aprovação, texto será publicado no 'Diário Oficial'
Com Agência Brasil
O Senado aprovou, por 55 votos a 13 e uma abstenção, o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro para a área da segurança pública. Com a aprovação da medida pelos deputados e, agora, pelos senadores, o governo federal foi autorizado a nomear um interventor no estado devido ao “grave comprometimento da ordem pública”, como solicitado pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16).
A votação no Senado durou pouco mais de três horas, a metade do tempo utilizado pela Câmara para discutir e aprovar o decreto, por 340 votos a 72, na madrugada de hoje (20). É a primeira vez que a União intervém em um estado desde 1988.
Durante a sessão, cinco oradores discursaram favoravelmente ao decreto, e cinco contra. Além de questões de ordem para que a votação não ocorresse, a oposição solicitou a criação de uma comissão externa temporária para fiscalizar os desdobramentos da intervenção.
Após a confirmação dos parlamentares, cabe agora ao presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE), publicar um decreto legislativo referendando o decreto e autorizando a nomeação do general Walter Braga Netto.