Um estudo realizado por pesquisadores da PUC-Rio, Fiocruz e Instituto D'Or da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro estimou que, até o dia 26 de março, o Brasil pode ter até 4.970 casos confirmados de coronavírus

 

Por Carolina Marins

 

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram os maiores casos, terão, respectivamente, 3.380 e 596 casos.

 

Para fazer essa projeção, os pesquisadores utilizaram o cenário de alguns países como Irã, Itália, Coreia do Sul, Espanha, França, Alemanha, China e EUA. Replicando a taxa de crescimento de cada um desses países juntamente com suas medidas de contenção, foi possível projetar cenários otimista, mediano e pessimista no Brasil.

 

Foram utilizadas as taxas de crescimento de cada um dos países até a confirmação do 50º caso, além de como a ação de cada país e o comportamento da sua população influenciou no crescimento posterior dessa curva.

 

O Brasil atingiu 50 confirmados no dia 12 de março. A partir desse dado, os pesquisadores conseguiram obter a projeção de 15 a 26 de março.

 

Se o Brasil replicar o pior cenário, a expectativa é de que, em 9 dias, o país tenha 4.970 casos; na expectativa otimista, é possível chegar ao número de 2.314 casos; a mediana é de 3.750.

 

A mesma lógica pode ser aplicada aos estados. Em São Paulo, foi utilizada a data de 13 de março, quando havia 56 casos. O Rio de Janeiro não alcançou 50 casos até o último dado utilizado pelo estudo, então, foi considerado o dia 15 de março, quando havia 24 casos no estado.

 

Com isso, no melhor cenário, São Paulo e Rio de Janeiro terão, respectivamente, 1.573 e 278. No pior cenário, o número varia de 3.380 casos no estado paulista e 596 no estado carioca. No mediano, são 2.550 pacientes em São Paulo e 450 no Rio.

 

Bons e maus exemplos

Segundo Fernando Bozza, que compõe o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde que é responsável pelo estudo, as escolhas que tanto o governo quanto a população brasileira fizer agora determinarão qual dos três cenários teremos daqui a alguns dias.

 

"O cenário otimista está próximo a esses cenários [dos países] onde uma série de estratégias de mitigação foram implementadas", disse em entrevista ao UOL. "Elas vão desde estratégias coletivas, como o cancelamento de aulas, a diminuição da circulação de pessoas, o home office, o fechamento de academias, igrejas, até quarenta, até estratégias mais individuais, como testagem de casos, identificação de casos e quarentena desses casos positivos."

 

De acordo com ele, países como Coreia do Sul e Japão dão um bom exemplo de resposta rápida e ações coletivas que levaram a uma diminuição considerável no número de casos ao longo dos dias.

 

O estudo comparou o tempo de resposta da Coreia do Sul e da Itália. A nação sul-coreana teve uma resposta mais rápida à propagação da doença com a restrição de entrada de moradores de Hubei, na China, já no dia 4 de fevereiro, quando ainda tinha 16 casos confirmados.

 

Já a demora de resposta da Itália levou ao aumento exponencial de contaminados e mortos. Segundo dados da OMS de ontem, há 1.809 mortes no país e mais de 24 mil infectados. Já a Coreia tem 75 mortos e 8.236 contaminados.

 

De acordo com o pesquisador, ainda é cedo para determinar para qual dos exemplos o Brasil está caminhando. Os próximos dias poderão ser determinantes para definir isso.

 

"A informação que a gente quer passar para as pessoas é de que há múltiplos cenários. Aonde a gente vai querer ir nessa história? Ao pior ou ao melhor cenário?", questiona.

 

"Estamos mostrando que o que tem pela frente não é fatalista, do tipo 'vão morrer não sei quantas mil pessoas', mas também não é excessivamente otimista de falar 'isso é uma bobagem'. É uma situação preocupante que tem grandes chances de ter diferentes cenários a depender das ações que forem tomadas nesse momento."

 

Bozza explica que a intenção do grupo ao realizar este estudo foi o de conseguir determinar cenários a curto prazo a fim de facilitar a visualização do que está por vir aos tomadores de decisões e para a própria população.

 

"Estou muito esperançoso de que a população brasileira entenderá a gravidade do problema e que tomará todas as medidas para que essa situação seja a menos dramática possível, porque seu potencial é de ser bastante crítico."

Posted On Quarta, 18 Março 2020 12:58 Escrito por

Prazo ainda poderá ser prorrogado. Paulo Guedes falou ao Poder360. Coronavoucher vai a 18 milhões. Postos da CEF distribuirão dinheiro. Começará em até duas semanas. Bolsonaro pediu semana passada

 

COM PODER360

 

O voucher (cupom) para pessoas desassistidas, desalentadas e totalmente fora da economia formal começa a ser distribuído em até duas semanas, disse nesta manhã de 4ª feira (18.mar.2020) ao Poder360 o ministro da Economia, Paulo Guedes. “O valor não pode ser maior nem menor do que o do Bolsa família”, afirmou.

 

Hoje o Bolsa Família paga em média R$ 191 por mês para as famílias cadastradas. O mínimo é R$ 89. Gestantes, mães que amamentam e crianças de até 15 anos recebem cada uma mais R$ 41. O adicional máximo é de R$ 205. Para a extrema pobreza há valor extra variável.

 

O “coronavoucher”, como vem sendo chamado informalmente dentro do governo, pretende atingir 18 milhões de famílias. Se cada uma dessas famílias receber o valor médio equivalente ao do Bolsa Família, o custo mensal será R$ 3,438 bilhões.

 

Paulo Guedes diz que o sistema será montado a jato, de maneira desburocratizada.

 

“A Caixa Econômica Federal tem 26.000 postos de atendimento. Já estão sendo preparados. O interessado no voucher vai se apresentar e dizer o nome e dar alguma identificação. O atendente checará se o nome já consta como beneficiário do Bolsa Família ou do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Se não estiver recebendo nada, estará habilitado para receber o voucher e já recebe o dinheiro”, diz Guedes.

 

E como será possível prevenir fraudes? “O pessoal da Caixa será treinado. Teremos alguma checagem que vai permitir identificar quem se inscreveu e não deveria receber. Não é 1 programa de renda universal nem renda básica, como alguns erroneamente disseram. O Brasil não tem condição de dar dinheiro para todo mundo agora. Não vamos dar dinheiro para ricos. No 2º mês em que as pessoas forem receber na Caixa, já terá sido realizada uma checagem adicional. Aí, quem se inscreveu sem ter direito não receberá mais”, explica o ministro.

 

Guedes explica que há mais de uma semana o presidente Jair Bolsonaro manifestou desejo de ajudar os mais vulneráveis na sociedade: “O presidente falou comigo na outra semana. A gente fala que os aeroportos estão vazios e é possível enxergar. Mas tem uma enorme parte da sociedade que fica invisível. O trabalhador informal que vende churrasquinho na esquina, o ambulante que vende mate nas praias. O presidente está muito sensível a isso e já havia determinado que estudássemos como ajudar essa parcela da população. É o que está sendo feito. Este governo se preocupa com os desassistidos”.

 

Sobre aumentar o valor do benefício do Bolsa Família, Guedes diz que isso é uma possibilidade, mas que já estão sendo agregadas rapidamente cerca de 1,2 milhão de famílias ao programa.

 

O ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) informou nesta semana que o Bolsa Família deve neste ano ter uma carteira de 14,2 milhões de famílias. “Será o maior número da história”, afirma Onyx.

 

MÁSCARAS E RESPIRADORES
Na área da saúde, o governo está com algumas prioridades para tentar soluções imediatas. “Durante a guerra, a Alemanha usou fábricas da Volkswagen para fazer tanques. Nós temos de identificar plantas no Brasil com capacidade de fabricar respiradores mecânicos e financiar imediatamente a produção desses equipamentos. É para isso que temos agora o estado de emergência que foi anunciado ontem. O presidente sempre me diz que ‘a saúde do brasileiro’ está acima de tudo e vamos buscar obsessivamente cumprir essa missão”.

 

O ministro acha que pode ser possível começar a fabricar quase imediatamente o respirador mecânico, que é 1 equipamento vital para quem fica em condições precárias de saúde por causa de infecção com o coronavírus. “Podemos importar e já zeramos o imposto desse tipo de material, mas acho que temos de encontrar também uma saída aqui dentro do Brasil, porque é perfeitamente possível”, declara Guedes.

 

O mesmo vale para máscaras que têm sumido do mercado. “Custava R$ 0,50 ou menos e agora é R$ 2 e ninguém acha. Tabelar preço é o pior que pode acontecer. Some tudo de uma vez e o rico vai comprar máscara por R$ 35 e receber em casa entregue por motoboy. Vamos também buscar fábricas que tenham condições de produzir aqui no Brasil e investir nisso imediatamente”.

 

O ministro celebrou o fato de a empresa cervejeira Ambev ter anunciado que vai produzir álcool em gel, outro item que tem sumido das prateleiras dos supermercados. “Já não era sem tempo. A Ambev e outras empresas de bebidas recebem muito subsídio em Manaus. É ótimo que se preocupem em devolver 1 pouco para a sociedade”.

 

DINHEIRO DA EMERGÊNCIA
O ministro diz que é errado achar que o estado de emergência seja uma “liberdade para gastar”. Afirma que tudo o que será feito de despesa extra será para “saúde, saúde, saúde”.

 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vai ajudar na definição de prioridades. O senso comum dentro do governo é de que em 2019 houve uma economia de aproximadamente RS$ 100 bilhões no pagamento da dívida pública, por causa da redução da taxa básica de juros, a Selic (hoje e 4,25% ao ano, podendo ser cortada nesta 4ª feira pelo Banco Central). Em teoria, esse seria o valor que poderia ser gasto agora com o estado de emergência.

 

“O estado de emergência nos permite descumprir a meta fiscal previamente anunciada [de ter 1 rombo máximo de R$ 124 bilhões em 2020]. Mas não se trata de furar o teto dos gastos, pois aí o dinheiro vai diretamente para os rentistas: os juros subiriam de maneira alucinada e isso nós não vamos deixar acontecer”, declara Guedes.

 

Tudo o que área da saúde exigir “será fornecido”. Não faltará verba para o setor mais necessitado neste momento, explica o ministro.

 

Mas Guedes volta a falar sobre a necessidade de manter algum ritmo de aprovação de reformas.

 

Autores

 

Posted On Quarta, 18 Março 2020 12:56 Escrito por

Assessoria do STF informa que decano tem quadro infeccioso não relacionado com o novo coronavírus

 

Com Assessoria 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Celso de Mello está internado no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista. A informação foi divulgada por seu gabinete nesta terça-feira, 17. Em nota, a assessoria afirma que o decano da Corte teve um quadro infeccioso.

 

“A patologia, contudo, não tem relação com a cirurgia a que o ministro foi submetido em janeiro passado nem com o novo coronavírus”, diz o texto. Decano do Supremo, Celso de Mello completa 75 anos em 1º de novembro, idade em que é aposentado compulsoriamente e uma nova vaga no STF é aberta.

 

A ausência do ministro deve afetar julgamentos do tribunal, como a suspeição do ex-juiz Sergio Moro ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex em Guarujá. A defesa de Lula questiona a atuação do ministro enquanto julgou o seu processo, em Curitiba.

 

Ministros do STF defendem que a discussão seja feita com a composição completa da 2ª Turma da Corte – o voto de Celso é considerado decisivo para a definição do placar.

 

Posted On Quarta, 18 Março 2020 12:54 Escrito por

É o primeiro caso no ministério; contraprova ainda será feita

 

Por Daniel Gullino e Gustavo Maia

 

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, testou positivo para o novo coronavírus. O exame foi realizado na terça-feira, no departamento médico do Palácio do Planalto, e divulgado nesta quarta-feira pelo próprio ministro em redes sociais. Heleno ressaltou que ainda aguarda uma contraprova do exame, mas disse que já está em isolamento. Na semana passada, um primeiro exame havia dado negativo. É o primeiro ministro do governo federal a receber o diagnóstico da doença.Por ter 72 anos, ele faz parte do grupo de risco.

 

"Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no HFA, acusou positivo. Aguardo a contraprova da FioCruz. Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao COVID-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas", escreveu Heleno no Twitter.

 

Funcionários do GSI que entraram em contato com Heleno já estão em quarentena e irão fazer o teste.

 

Heleno é a 17ª pessoa a ter contato com o presidente Jair Bolsonaro na viagem recente aos Estados Unidos a ser diagnosticada com o coronavírus. Bolsonaro realizou dois exames, ambos com resultado negativo. Heleno teve três encontros com o presidente na terça-feira, de acordo com a agenda oficial.

 

Na terça-feira, após realizar o exame, o ministro disse que estava se sentindo bem, mas ressaltou que muitas pessoas contraem o vírus sem apresentar sintomas:

 

— Tudo bem, mas é o tal negócio, não é uma coisa absolutamente tranquilizadora você estar muito bem. Já houve gente que foi diagnosticada, porque isso depende muito da reação do seu organismo, às vezes seu organismo resiste a esse tipo de vírus sem ter grandes problemas. Tem gente que vai para cama, tem febre, não sei o quê.

 

Posted On Quarta, 18 Março 2020 12:52 Escrito por

Administração de Joaquim Maia parece subestimar a inteligência do Ministério Público e do povo

 

Porto Nacional, aos 18 dias do mês de março de 2020

 

 

Por Edson Rodrigues

 

Está na Lei 8.666/1993 da Constituição Federal que rege as licitações, as atribuições da Comissões de Licitação: receber todos os documentos pertinentes ao objeto que está sendo licitado, sejam aqueles referentes à habilitação dos interessados, sejam aqueles referentes às suas propostas; examinar os referidos documentos à luz da Lei e das exigências contidas no edital, habilitando e classificando os que estiverem condizentes e inabilitando ou desclassificando aqueles que não atenderem às regras ou exigências previamente estabelecidas; julgar todos os documentos pertinentes às propostas apresentadas, em conformidade com o conteúdo do edital, classificando-os em conformidade com o que foi ali estabelecido.

 

Pois a comissão de licitação da prefeitura de Porto Nacional ou desconhece a Lei ou se empenhou muito para fazer o extremo oposto do que a Lei determina, pois aceitou como participante do processo de licitação/concorrência 02/2019 a empresa Quebec, alvo de denúncias graves por parte do Ministério Público Estadual, que incluem falsidade ideológica, sobrepreço, medições falsas e pesagens inexistentes, mesmo após a prefeitura ser avisada pelo MPE sobre a empresa e do bloqueio de bens da empresa e de servidores municipais, na ordem de 2,5 milhões de reais por conta das irregularidades.

 

MUITO PIOR

Mas, a Comissão de Licitação da prefeitura de Porto Nacional fez algo muito pior que simplesmente aceitar a participação da Quebec na licitação. Se houve um contrato anterior com a empresa, houve tramitação de documentos, onde estava claro o endereço da sede da empresa, a quem ela pertence, seus sócios e os funcionários que tratariam da coleta de lixo na cidade. Pois os membros da Comissão aceitaram como única concorrente da Quebec na licitação, a empresa Golden Ambiental e Construções, que pertence à funcionária da Quebec que gerenciou a coleta de lixo em Porto Nacional, e que funciona no mesmo endereço da Quebec.

Trocando em miúdos, até um leigo suspeitaria dessa empresa! Mas, adivinhem quem venceu a licitação? Justamente a Golden Ambiental e Construções.

 

RESPOSTA RÁPIDA

Das duas uma: ou o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia mandou seus subalternos dar um “rabo de arraia” no Ministério Público, ou ele não faz ideia de quem está no controle da Comissão de Licitação e essa pessoa faz o que quer na prefeitura.

 

O que se espera, agora, é que o Ministério Público e a Justiça Estadual ajam com rapidez e rigor para punir quem desdenhou de suas orientações, de quem permitiu a participação das empresas “co-irmãs” na mesma licitação e os proprietários dessas empresas, que, no fim é apenas um, e seus funcionários que “emprestam” seus nomes para falcatruas que lesam a população.

 

Isso inclui, principalmente, o prefeito Joaquim Maia que, quer queira, quer não, é o responsável por tudo o que acontecer em sua gestão, que além de desrespeitar uma ordem judicial, ainda agiu com improbidade ao aceitar uma licitação com cartas marcadas, pois, no caso, não dá para imaginar que os membros da Comissão desconhecessem a documentação das “duas” empresas.

O prefeito Joaquim Maia de filia no MDB no dia 28 e anunciará sua candidatura à reeleição

 

“Pau que dá em Chico, dá em Francisco”.  Se houve punições rigorosas no caso da contratação sem licitação, agora, com a “licitação dos horrores” o Ministério Público Estadual e a Justiça da Comarca de Porto Nacional devem mostrar que “decisão judicial não se discute, se cumpre”, e punir exemplarmente todos os envolvidos, evitando que ações assim virem “moda” nos municípios tocantinenses, principalmente os das cercanias de Porto Nacional.

 

Esse desrespeito á Justiça, em qualquer outro estado brasileiro seria motivo de prisão, e a Justiça tocantinense tem que se mostrar ágil e rígida com mais essa provocação à sua autoridade e competência.

 

Nosso amigo, o competente jornalista Luiz Armando Costa, traz mais explicações sobre este caso em seu site de notícias, no endereço https://www.luizarmandocosta.com.br/contratacao-de-empresa-de-coleta-de-lixo-pela-prefeitura-de-porto-continua-exalando-mau-cheiro-explicitos-indicios-de-cartel-para-direcionar-resultados/. Somos a imprensa tocantinense de olho nas irregularidades e desobediências que provocam casos escabrosos, que envergonham nosso Tocantins.

 

Estamos de olho!!!

 

Posted On Quarta, 18 Março 2020 06:31 Escrito por O Paralelo 13