O presidente Jair Bolsonaro vai gravar na tarde desta sexta-feira um pronunciamento para falar sobre as queimadas que ocorrem na Amazônia, no Palácio do Planalto. A fala será exibida às 20h30 em cadeia nacional de rádio e TV.
Com Agência Globo
Este será o quarto pronunciamento oficial do presidente desde o início do mandato. O primeiro ocorreu no dia 20 de fevereiro, após o envio do pacote anticrime e da proposta de reforma da Previdência ao Congresso. Os outros dois foram ao ar com uma semana de diferença, em 24 de abril e 1º de maio, este em razão do Dia do Trabalho.
A convocação da cadeia de rádio e televisão é uma das principais reivindicações de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, por exemplo, é alvo de reiteradas críticas por não adotar a iniciativa na chamada "guerra da informação", evocada frequentemente pelo presidente.
Na tarde desta sexta-feira estava prevista uma reunião sobre o tema com os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; das Relações Exteriores, o chanceler Ernesto Araújo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. O secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, também participará da audiência.
Pela manhã, Bolsonaro afirmou que a "tendência" é que o governo mande tropas do Exército para a Amazônia, em uma operação de Garantia da Lei e Ordem (GLO), para conter as queimadas na região. Segundo o presidente, a decisão sobre o assunto seria tomada ainda na manhã desta sexta, o que não foi divulgado até o momento.
Em reunião de emergência na noite de quinta-feira, Bolsonaro discutiu possíveis medidas para combater as queimadas com oito ministros, também no Planalto.
— Reunião muito grande ontem, discutimos muita coisa. O que estiver ao nosso alcance, nós faremos — disse Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã, acrescentando: — Problema é (ter) recursos.
Em edição extra do Diário Oficial, publicada após o encontro, Bolsonaro determinou a seus ministros que adotem "medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal para a preservação e a defesa da Floresta Amazônica, patrimônio nacional".
Citado na delação do ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente Lula foi chamado a depor, mas manteve-se calado
Com Isto È e Antagonista
O delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal em Curitiba, tentou ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que apura denúncia de corrupção em negócios do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, com a Petrobras. O petista afirmou que seguiria orientação de seus defensores e permaneceria calado.
Lula só fala quando é entrevistado por jornalista verdevaldiano. Para a PF, ele fica quietinho
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 23, a 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti, para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobrás na exploração do pré-sal e “em projeto de desinvestimento de ativos” na África (o BTG afirma que essa questão já foi analisada por auditoria independente, que não encontrou irregularidades).
O depoimento no dia 5 de março foi anexado no pedido de buscas da Pentiti. Pace afirma que Lula não está sendo indiciado no inquérito, mas sim estão sendo apurados os fatos.
Na delação do ex-ministro Antonio Palocci, que ajudou a embasar as investigações, o ex-presidente é citado. De acordo com a corporação, os supostos crimes podem ter causado prejuízo de ao menos US$ 1,5 bilhão, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilhões de reais hoje.
Lula afirmou ao delegado da Lava Jato que “já prestou muitos depoimentos” e que “tem vontade de falar”.
“Vontade de falar, gravado e ao vivo, é tudo que eu quero na vida. É toda oportunidade que eu quero. Mas seguindo a orientação do advogado, em relação a decisão no processo no Supremo Tribunal Federal, eu então hoje não responderei até o advogado dizer ‘olha, vamos para o embate’.”
Segundo Lula, são mentiras as afirmações feitas contra ele.
Resultado representa queda em relação ao número de vagas abertas no mesmo mês do ano passado. Na parcial do ano, foram criados 461.411 empregos com carteira assinada
Por Kelly Oliveira
Pelo quarto mês consecutivo, houve geração de emprego formal no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (23), pelo Ministério da Economia. Em julho, foi registrada a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada, crescimento de 0,11% em relação ao estoque de junho.
O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em julho deste ano foi resultado de 1.331.189 admissões contra 1.287.369 desligamentos. Em julho de 2018, o resultado foi melhor: com saldo positivo de 47.319.
Nos sete meses do ano, foram criados 461.411 postos de trabalho (9.600.447 admissões e 9.139.036 desligamentos). Na comparação com o mesmo período de 2018, houve crescimento de 2,93%. O resultado de janeiro a julho deste ano é o melhor para o período desde 2014 (632.224).
Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na construção civil (18.721), serviços ( 8.948), indústria de transformação (5.391), comércio (4.887), agropecuária (4.645), extrativa mineral (1.049) e serviços industriais de utilidade pública (494). Apenas administração pública descreveu saldo negativo (315).
Resultados regionais
Segundo o ministério, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no mercado formal de trabalho em julho. O maior saldo foi na Região Sudeste, com 23.851 vagas de emprego com carteira assinada, crescimento de 0,12%. Em seguida, vêm Centro-Oeste (9.940 postos, 0,30%); Norte (7.091 postos, 0,39%); Nordeste (2.582 postos, 0,04%) e Sul (356 postos, 0,00%).
Das 27 unidades da federação, 20 terminaram julho com saldo positivo no emprego. A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.
Reforma Trabalhista
Do saldo total de julho, 6.286 vagas foram resultado da reforma trabalhista, número equivalente a 14,34% do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente (quando o empregado recebe por horas de trabalho), que teve saldo de 5.546 postos, principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram 740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de caixa.
Em julho de 2019, houve 18.984 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 13.918 estabelecimentos, em um universo de 12.592 empresas. Um total de 45 empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
Evento ocorreu nesta quinta-feira, 22, com a presença do homenageado, ex-governador Siqueira Campos, e autoridades da região
Por Jarbas Coutinho
O governador do estado do Tocantins, Mauro Carlesse, ao lado da primeira-dama Fernanda Carlesse, prestigiou na noite desta quinta-feira, 22, a inauguração do Centro Cultural Mauro Cunha e a exposição Siqueira Campos, um Estadista do Setentrião Goiano ao Tocantins.
O Centro de Convenções Mauro Cunha é um espaço destinado às artes e conta com auditório, camarim, galeria de artes, sala de música, museu, palco externo e paisagismo. Já a mostra, presta uma homenagem ao ex-governador Siqueira Campos e relembra os fatos que marcaram a luta pela emancipação do então norte goiano, que culminou com a criação do Tocantins.
Governador Carlesse parabenizou o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, pela iniciativa de dotar a cidade de um espaço para a arte
O governador Mauro Carlesse parabenizou o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, pela iniciativa de dotar a cidade de um espaço para a arte. "Essa obra é muito importante para o movimento cultural de Gurupi e o prefeito está de parabéns e pode contar conosco para fazer o que o povo precisa", ressalta.
“Essa obra valoriza a arte e a cultura de Gurupi ao proporcionar à população um local moderno e aconchegante para usufruir de programações culturais e aos artistas um belo espaço para exposição dos seus trabalhos", disse Laurez Moreira.
Exposição
A exposição Siqueira Campos, um Estadista do Setentrião Goiano ao Tocantins conta com 24 painéis com cerca de 80 fotos, com textos informativos da luta secular pela criação do estado do Tocantins. Os visitantes podem conferir os fatos históricos da criação do Estado a acontecimentos relevantes de repercussões regionais, nacionais e mundiais, além de relatos como a emancipação de municípios, independência do Brasil e a Revolução Francesa. Também compõem a mostra documentos e objetos do acervo pessoal do homenageado e vídeo documentário retratando a história desde o século XVII até a criação do Tocantins, pela Assembleia Constituinte de 1988.
A exposição é aberta ao público de segunda à sexta-feira, a partir desta sexta, 23, de 8 às 18 horas.
Além do ex-governador Siqueira Campos, o evento contou com a presença de políticos e autoridades de Gurupi e região.
País ocupa a presidência rotativa da União Europeia; Ministro das Finanças finlandês disse que "condena a destruição da floresta amazônica".
Com iG
A Finlândia, que tem a presidência rotativa da União Europeia (UE), afirmou nesta sexta-feira (23) que pretende encontrar uma forma de fazer o bloco banir a importação de carne brasileira por causa da devastação causada por incêndios na Amazônia.
"O ministro de Finanças Mika Lintila condena a destruição da floresta amazônica e sugere que a UE e a Finlândia devam urgentemente rever a possibilidade de banir as importações de carne bovina brasileira", afirmou, em um comunicado, o Ministério das Finanças da Finlândia.
Também nesta sexta, a França ameaçou se opor ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O escritório do presidente francês Emmanuel Macron acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de mentir durante o encontro do G20 em Osaka, no Japão, ao minimizar as preocupações com a mudança climática.
Queimadas aumentam 82% em 2019
Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite, mostram que as queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018, se compararmos o mesmo período de janeiro a agosto – foram 71.497 focos neste ano, contra 39.194 no ano passado.
Esta é a maior alta e também o maior número de registros em 7 anos no país. Do total de focos de incêndio, a Amazônia concentra 52,5% dos pontos, o Cerrado é responsável por 30,1%, seguido pela Mata Atlântica, com 10,9%.
'Crise internacional'
Na quinta-feira (22), Macron propôs que a "crise internacional" da Amazônia seja uma prioridade na cúpula do G7 neste fim de semana em Biarritz, no sudoeste da França. Macron disse em seu Twitter que "nossa casa está queimando".
A chanceler alemã Angela Merkel, manifestou apoio ao presidente francês por meio de seu porta-voz, considerando que os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deveria sim ser discutida durante a cúpula do G7.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro acusou seu colega francês de ter "uma mentalidade colonialista" e de querer "instrumentalizar" o tema "para ganhos políticos pessoais".