Com o recesso parlamentar os deputados estaduais e congressistas terão exatamente o mês de julho para reforçar os laços com suas bases, dividindo esse tempo com o convívio familiar. O contato com as bases será necessário para oxigenar as lideranças e iniciar as discussões e os trabalhos em busca de novas filiações e ampliação de “território”, enquanto secionam os nomes que comporão suas chapas visando às eleições para vereador e prefeito com ênfase na manutenção dos cargos já conquistados e o aumento do número de eleitos.
Candidaturas competitivas serão obrigatórias e fundamentais em tempos de eleição sem coligação proporcional, assim como a distância de nomes envolvidos em investigações ou condenados por corrupção, uma vez que o eleitorado está mais bem informado que nunca pelas redes sociais e acompanham como “novelas” as operações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e Estadual, da Polícia Civil e de outros órgãos investigativos.
Sangrar publicamente com casos de corrupção será fatal para qualquer legenda.
MDB
O presidente do Diretório Estadual do MDB, o ex-governador Marcelo Miranda já deixou claro que o partido está unido como jamais esteve para respaldar as candidaturas de seus afiliados nos 139 municípios e que a legenda vem para ser a protagonista das eleições, deixando de ser o eterno coadjuvante, com candidaturas próprias em Palmas, Porto Nacional e onde mais o MDB tiver competitividade.
Esse novo momento de união do MDB vem sendo estrategicamente organizado entre Marcelo Miranda, o senador Eduardo Gomes, a deputada federal Dulce Miranda, os deputados estaduais, vereadores, prefeitos e membros do Diretório Estadual, discutindo e trabalhando democraticamente os nomes que serão mais competitivos para a ocasião.
Marcelo Miranda fará um giro pelo Estado, visitando os 139 municípios, abrindo diálogo com todos os companheiros, traçando metas e oxigenando a militância, a partir do próximo mês de agosto e terminando apenas com o fim das eleições, quando espera conquistar a maioria das prefeituras e das cadeiras de vereador em todo o Tocantins, visando um volta ao comando do Palácio Araguaia com a maioria dos deputados estaduais e federais eleitos pela legenda e a única vaga ao Senado.
SOLIDARIEDADE
O presidente do Diretório Estadual do Solidariedade, deputado estadual Vilmar do Detran, foi taxativo ao informar que não quer proximidade com o Palácio Araguaia e que o partido terá suas candidaturas a prefeitos e a vereadores totalmente desvinculadas do Executivo Estadual.
Esse “aviso prévio” significa que o Solidariedade busca fortalecimento e vai competir com os demais partidos em busca de filiações para obter bons nomes, capazes de competir com outras candidaturas, principalmente em Palmas, onde tem na figura do deputado federal Eli Borges, (foto) um político íntegro e ficha limpa, uma “candidatura modelo” para a legenda.
CLÃ DOS ABREU NA DISPUTA
A senadora Kátia Abreu tem percorrido o Tocantins, visitando companheiros e promovendo reuniões em sua residência, em Palmas, inclusive com líderes de outras legendas que não a do seu PDT, inclusive, mantendo um relacionamento institucional e amistoso com o Palácio Araguaia.
Enquanto isso, a senadora mantém encontros frequentes com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas e reuniu-se, recentemente, com a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, em Brasília, encontro no qual discutiram demandas da Capital e uma possível união futura de forças.
Já o senador Irajá Abreu age com mais discrição, e vem colhendo elogios dos prefeitos que formam sua base política, pelo tratamento dispensado aos companheiros interior que o procuram em Brasília.
A única questão divergente no clã dos Abreu diz respeito ao Palácio do Planalto. Irajá é da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, enquanto Kátia, ministra da Agricultura no último governo de Dilma Rousseff, do PT, faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
Kátia é uma voz respeitada no Senado, foi candidata à vice-presidente, na Chapa de Ciro Gomes nas últimas eleições e tem espaço cativo na mídia nacional.
Dessa forma, pode-se apostar que, tanto o PDT de Kátia Abreu quanto o PSD, presidido por Irajá no Tocantins, devem vir unidos com apoio do PT no interior e, especialmente, em Palmas. Essa aposta é baseada no afastamento calculado e gradativo do clã Abreu em relação ao Palácio Araguaia.
EDUARDO GOMES
Campeão de votos para o Senado, no Tocantins, Eduardo Gomes procura construir, de forma estratégica, uma plataforma ampla de forças políticas em Brasília para, já no segundo semestre deste ano, respaldar os prefeitos de sua base política, principalmente Cinthia Ribeiro, em Palmas e Ronaldo Dimas, em Araguaína, além dos prefeitos do seu partido, MDB, turbinando o envio de recursos federais via emendas e convênios.
Eduardo Gomes vem mantendo um relacionamento estreito com o presidente estadual do MDB, Marcelo Miranda, e com os demais membros da legenda, discutindo qual o melhor posicionamento do partido para as eleições de 2020, visando o pleito de 2022.
Com apenas cinco meses de mandato, Eduardo Gomes já galgou degraus importantes, sendo eleito terceiro secretário da Mesa Diretora do Senado, é vice-líder do governo de Jair Bolsonaro e relator setorial do Orçamento do ministério do Desenvolvimento Regional.
Agora, seu nome é cotado como favorito, de acordo com os jornais O Globo, Estado se São Paulo e Folha de São Paulo, as revistas Veja e Istoé e os blogs dos analistas políticos Claudio Humberto e Fernando Rodrigues, para substituir o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que deve ser substituído pelo presidente Jair Bolsonaro após o retorno do recesso parlamentar, podendo assumir outra pasta, permanecendo na equipe. Mas, para a imprensa nacional, Lorenzoni já é carta fora do baralho.
Muito discreto e humilde, o senador tocantinense afirma sempre que está trabalhando por um Brasil melhor, ajudando o governo Jair Bolsonaro a implementar seu plano de governo. Nas últimas quinta e sexta-feiras, Eduardo Gomes esteve em São Paulo, ouvindo conselhos e articulando para a aprovação de emendas de interesse do governo federal e do Estado do Tocantins, assim como sondando o terreno quanto à sua indicação para a Casa Civil.
Eduardo Gomes também tem sido um fiel escudeiro dos interesses do governo Mauro Carlesse em Brasília, de onde pode trazer excelentes notícias ainda nesta semana.
MAURO CARLESSE
O governador Mauro Carlesse vem se desdobrando para fazer o seu governo decolar, superando os difíceis obstáculos financeiros e administrativos, impostos pela atual situação econômica dos Estados.
Nos seis primeiros meses de governo conseguiu estancar a sangria financeira, equilibrando as contas do Estado, mesmo sendo necessário tomar medidas impopulares, o que lhe permitiu iniciar a recuperação da malha viária logo após o fim das chuvas, colocando homens e máquinas em diversos trechos em todo o Estado. Mas, Carlesse ainda enfrenta um grande desgaste em relação à área da Saúde Pública.
A situação em que encontrou as contas do governo do Estado deu apenas uma opção a Mauro Carlesse, que é fazer do seu governo um sucesso administrativo, sob o risco de fracassar politicamente. Se conseguir destravar os empréstimos necessários, irá se tornar um grande nome político do Tocantins.
Caso não consiga, corre o risco de sofrer os mesmos efeitos colaterais sentidos por Siqueira Campos, Marcelo Miranda e Sandoval Cardoso, que foram abandonados “na campina” por muitos dos que, hoje, estão ao lado de Carlesse, mas são amigos, apenas, do reinado e, não do rei.
Carlesse sabe disso e, o mais importante, sabe identificar quem são os “judas” políticos do Tocantins, pois, quando na Assembleia Legislativa, pôde observar de perto as movimentações dos que traíram os governos anteriores. Sabe, ainda, que isso faz parte da política desde que ela existe.
Como não vai disputar nenhum cargo em 2020, Mauro Carlesse ainda terá muito tempo para construir um entendimento dentro do Democratas, partido ao qual filiou-se recentemente, ou para procurar outro “porto seguro”, pois tem prazo de filiação até seis meses antes da eleição que decidir disputar.
Até agora, Carlesse não tem tido espaço em sua agenda para traçar os planos de sua sucessão, pois vem concentrando esforços em Brasília, em busca da liberação dos recursos tão importantes para o seu governo e para o Tocantins.
O governador mostrou habilidade ao se filiar ao DEM, dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara Federal, Rodrigo Maia, alinhando-se, politicamente, ao governo de Jair Bolsonaro.
Juntando-se a isso a maioria na bancada federal e na Assembleia Legislativa, Carlesse abre caminho para, caso consiga a liberação dos recursos, o que é bastante provável, finalmente dar a característica municipalista ao seu governo, tornando-se um forte e bem-vindo cabo eleitoral nas principais cidades do interior.
O único obstáculo de Carlesse são as ações na Justiça Eleitoral, com pedido de cassação do seu mandato e inelegibilidade, mas isso, porém, será uma decisão colegiada, tornando difícil fazer qualquer prognóstico. Qualquer posicionamento sobre o caso, antes de seu julgamento, é pura especulação.
NANICOS PODEM SUPREENDER
Às dezenas de partidos nanicos só restou um caminho, que é o de se unirem em uma frente partidária e construírem um palanque só para ter candidaturas competitivas, pelo menos, nas oito principais cidades do Estado, além da Capital.
Um dos que estão em campo buscando musculatura política é o PRTB, do vice-presidente da República, general Mourão. O partido tem se movimentado bastante em Palmas, mostrando que a única chance dos partidos de menor expressão elegeram vereadores ou até mesmo um prefeito é cerrando as mesmas fileiras, sem pulverizar votos, para que consigam demarcar território e tornar-se a grande surpresa das eleições de 2020, conquistando nomes de relevância, talvez, até, fora da área política, para participar da disputa eleitoral.
Mas, agora, o que interessa, mesmo, ao povo tocantinense, é curtir a temporada de praias, acompanhando, online, as notícias que vão ajudar na definição de quais nomes merecem seus votos.
A todos, um ótimo mês de julho!
VEJA REVELA QUE BOLSONARO QUER A REELEIÇÃO. ISTOÉ TRAZ ENTREVISTA COM MINISTRO DEMITIDO POR BOLSONARO E ÉPOCA FALA SOBRE OS 25 ANOS DO PLANO REAL
VEJA
Bolsonaro 2022
Na reta final da última campanha presidencial, o então candidato Jair Bolsonaro disse que acabaria com a reeleição se vencesse a disputa. A promessa tinha dois objetivos: realçar sua pretensa superioridade ética sobre os adversários e reforçar seu discurso de rejeição aos políticos tradicionais, que não mediriam esforços para se perpetuar no poder.
Empossado no Palácio do Planalto, Bolsonaro mudou de ideia. No último dia 20, afirmou que concorrerá a um novo mandato — a não ser que seja aprovada uma “boa reforma política”. A ressalva é de fancaria, já que não há a intenção de propor essa reforma, que nem sequer consta de seu programa de governo.
Bolsonaro, que prometia personificar o novo, rendeu-se rapidamente aos encantos do poder. “Meu muito obrigado a quem votou e a quem não votou em mim também. Lá na frente, todos votarão, tenho certeza disso”, declarou no município de Eldorado (SP), onde morou quando criança. No mesmo dia, na capital paulista, durante um encontro de evangélicos, acrescentou: “Se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”.
Desde que a emenda da reeleição foi promulgada, em 1997, no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, todos os presidentes eleitos disputaram e ganharam um segundo mandato. Não à toa, costuma-se dizer que o mandato presidencial no Brasil é de oito anos, com um referendo no meio. Mesmo assim, o anúncio de Bolsonaro causou surpresa.
Primeiro, porque ele descumpriu uma promessa de campanha, naquilo que em outros tempos — e outros governos — seria considerado estelionato eleitoral. Segundo, porque assumiu a condição de candidato antes mesmo de completar seis meses de mandato. É um recorde de precocidade.
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ISTOÉ
"Nem os lhos de Lula e Dilma atrapalharam tanto um governo"
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o advogado Gustavo Bebianno, 55 anos, era mais do que um braço direito de Jair Bolsonaro. Privava da intimidade do presidente. Gabava-se de ser o guardião dos segredos mais recônditos do mandatário do País — até ser o primeiro defenestrado do governo em meio à crise deflagrada pelo filho número dois do presidente, Carlos Bolsonaro.
Hoje, a partir de um olhar mais distante, mas não menos acurado, Bebianno nota que a execração pública de auxiliares até então da confiança do ex-capitão tornou-se um método presidencial perigoso. Capaz não só de desalentar a tropa, como também de levar o governo à ruína pelos próprios erros. Para ele, a demissão de generais e a maneira como elas foram levadas a cabo, como o caso de Santos Cruz, já gerou uma fissura com o meio militar. “Se continuar nesse ritmo, Bolsonaro não se reelege”, vaticina.
Bebianno signica relativo ou pertencente à Bebiana, antiga região da Etrúria, na Itália. Não por acaso, o sangue italiano do ex-ministro ferve quando ele discorre sobre os desatinos cometidos por um governo que ainda principia. “Nunca vi um governo que, no terceiro mês, tivesse tantos desgastes políticos”, avaliou Bebianno.
O para-raios que matava no peito todas as bombas que cairiam no colo do presidente, segundo sua própria definição, atribui parcela significativa dos problemas aos rebentos do presidente. Para ele, nem os filhos do Lula e da Dilma atrapalharam tanto. Ele lamenta que, por influência dos herdeiros de Bolsonaro e de Olavo de Carvalho, o governo esteja sendo conduzido de forma ideológica, em detrimento de decisões técnicas e necessárias para a retomada do País, na mesma proporção com que despreza aliados, como o presidente da Câmara. “Rodrigo Maia é uma pessoa bem mais jovem do que o presidente, mas vem mostrando um equilíbrio bem maior”.
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ÉPOCA
O papel da moeda
Na segunda-feira, dia 1º de julho, a moeda brasileira, o Real, completa 25 anos em circulação. Será o padrão monetário brasileiro mais duradouro desde o Estado Novo. Não é feito pequeno para um país que teve nove moedas no período.
“O real criou as bases econômicas do Brasil moderno”, disse Pérsio Arida. O Real trouxe organização econômica para o país. Baixou de fato a inação, mas a estabilização não foi suficiente para deslanchar o crescimento.
Os criadores do Real avaliam agora os desafios da economia brasileira. Para Edmar Bacha, o país “ainda precisa fazer o dever de casa do ajuste fiscal”. Pedro Malan concorda e adverte: “Os gastos sobem em velocidade insustentável.”
Gustavo Franco analisa: “Temos medo de confrontar interesses”. Armínio Fraga acredita que a reforma da previdência será parcial. “Uma vez aprovada uma reforma da Previdência que vai gerar um resultado que seria a metade do necessário, e o que é necessário já não era suficiente, vamos ver o que vai ser feito daqui para a frente.”
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O ditado mais que consagrado que diz que “onde há fumaça, há fogo” está sendo usado e abusado pela mídia nacional ao garantir que Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil está “com a cabeça a prêmio” e não deve durar no cargo, com data certa para ser substituído. Não bastasse ser o mais esvaziado ministro da Casa Civil da história recente do País, Onyx virou um articulador que desarticula. Bate cabeça com o Legislativo, emite declarações desencontradas e desagrada a integrantes do próprio governo.
Por Edson Rodrigues
Enquanto isso, a grande mídia já trabalha com os nomes que podem ser a solução da articulação do governo de Jair Bolsonaro junto ao Congresso Nacional, e o nome do senador Tocantinense Eduardo Gomes, ganha força a cada dia.
Nos bastidores da cobertura política da imprensa nacional, Eduardo Gomes é o nome mais ouvido quando se fala na saída de Lorenzoni. A área política do Palácio do Planalto considera que um senador “ficha limpa” do MDB seria o nome ideal para ocupar o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Entre as qualidades mais adequadas estariam a experiência e o relacionamento com políticos e partidos.
Amigo e eleitor do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Gomes já tem ajudado o governo no Congresso como um apoio de qualidade. Eduardo Gomes tem diálogo fácil com todas as tendências, até mesmo de oposição, e seu jeito afável facilita a articulação do governo.
O senador do Tocantins foi citado seis vezes pelo Diap (entidade ligada a sindicatos) entre os 100 políticos mais influentes do Congresso e é sabido que Gomes já vinha trabalhando na construção de um pacto pela governabilidade, com uma agenda positiva, incluindo as reformas da Previdência e Tributária, com bons resultados junto a líderes partidários, inclusive oposicionistas e os segmentos religioso e empresarial.
HUMILDADE
Eduardo Gomes tem evitado dar declarações que possam tornar turbulenta uma situação que já é delicada por si só. Amigo de Bolsonaro e de Lorenzoni, o senador tocantinense age com humildade e afirma que sua meta, apenas, é ajudar o Brasil, o Tocantins e ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é vice-líder no Senado.
A postura de Eduardo Gomes é correta e firme, ante as especulações que ecoam dos grandes veículos nacionais de comunicação, inclusive Cláudio Humberto, um dos mais conceituados jornalistas políticos do Brasil, que apontam, inclusive, uma preferência declarada de Bolsonaro por Eduardo Gomes em relação a todos os demais nomes cotados para substituir Lorenzoni.
A contar pelo que o Tocantins conhece de Eduardo Gomes, se Lorenzoni realmente cair, ele será o primeiro a ser procurado pelo senador Tocantinense para , primeiro, manter o posicionamento de apoio à Bolsonaro e, segundo, encontrar uma forma harmoniosa e amistosa de fazer a transição, de um jeito que nem Lorenzoni nem a classe política com quem Eduardo terá que dialogar, sintam que está havendo uma substituição de pessoas.
Apenas de metodologia.
Veja algumas notícias s obre o assunto...
https://istoe.com.br/um-tiro-pela-culatra/
Anúncio oficial deve ser feito em breve por presidentes de países dos dois blocos
Com Agências
Após vinte anos de negociação, o Mercosul e a União Europeia selaram, nesta sexta-feira, um acordo de livre comércio entre os dois blocos. A informação é dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores. O pacto é um marco histórico no relacionamento entre os dois blocos, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia, o acordo "representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares", considerando a redução das barreiras não-tarifárias e o aumento esperado na produtividade do país.
Chanceler brasileiro Ernesto Araújo com Federica Mogherini, representante da União Europeia
Ainda segundo o comunicado, o aumento dos investimentos previstos para o Brasil no mesmo período é de 113 bilhões. E as exportações para a UE podem crescer quase 100 bilhões de dólares até 2035.
Segundo nota do ministério, com a vigência do acordo, produtos agrícolas terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros.
Ainda segundo a nota, as empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.
Corregedor do conselho do Ministério Público entendeu que mensagens atribuídas aos dois foram obtidas de forma ilícita e disse que não viu falta funcional por parte do procurador
Com G1
O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, determinou nesta quinta-feira (27) o arquivamento de apuração sobre se o procurador da República Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato cometeram "falta funcional" em razão de troca de mensagens reportadas pelo site "The Intercept".
O site jornalístico reproduziu neste mês diversas conversas no aplicativo Telegram atribuídas a Dallagnol e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, na época em que ele era juiz da Lava Jato em Curitiba. De acordo com o site, eles trataram de assuntos investigados pela operação e, segundo o site, Moro orientou ações dos procuradores e cobrou novas operações.
No último dia 10, Rochadel instaurou procedimento preliminar para apuração do caso após pedido assinado pelos conselheiros do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello, Gustavo Rocha, Erick Venâncio Nascimento e Leonardo Accioly da Silva.
Os quatro conselheiros juntaram todo o teor da reportagem publicada e afirmaram que "faz-se imperiosa a atuação do conselho".
Corregedorr nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, “a veracidade dos elementos de prova não podem ser comprovadas, além de não ser possível verificar adulterações”.
"Cabe apurar se houve eventual falta funcional, particularmente no tocante à violação dos princípios do juiz e do promotor natural, da equidistância das partes e da vedação de atuação político-partidária", afirmaram na ocasião.
Segundo Rochadel, há elementos que apontam que as mensagens divulgadas pelo site foram obtidas de forma ilícita. Ele afirmou ainda que não há indícios de infração funcional nos diálogos.
"Por todo o exposto e em face da inexistência de elementos de prova (mensagens que, se existentes, foram obtidas de forma ilícita) ou mesmo pela inexistência de ilícito funcional nas mensagens, se fossem consideradas, impõe-se o arquivamento da presente Reclamação Disciplinar, com fundamento no artigo 77, I, do RICNMP22, sem prejuízo de eventual desarquivamento diante de novas informações", disse o corregedor na decisão.
O que disseram os procuradores
Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Lava Jato puderam apresentar esclarecimentos ao corregedor ao longo da apuração preliminar.
Ao CNMP, eles afirmaram, no último dia 26 de junho, que:
*houve ilicitude dos elementos do pedido de apuração porque "as supostas mensagens foram obtidas de forma ilícita, com violação ao sigilo das comunicações";
*não há motivos para prosseguimento da apuração "em razão de descrição deficiente de fatos";
*não houve infração funcional "por ausência de conluio com o magistrado mencionado nas representações";
*o uso das mensagens geraria "insegurança jurídica" na apuração.