Quem deixou o cargo poderá concorrer nas eleições 2022
Por Agência Brasil
Tomaram posse na manhã de hoje (31) os novos ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Os decretos com as exonerações a pedido dos ministros foram publicados mais cedo no Diário Oficial da União (DOU). A saída abre aos que deixaram as funções a possibilidade de se candidatarem a cargos públicos nas próximas eleições.
Durante a cerimônia em que foram assinados os atos de posse dos novos ministros, Bolsonaro agradeceu aos que deixaram os cargos e desejou boa sorte aos novos ocupantes da Esplanada.
“Até perguntei: vocês têm certeza dessa decisão de assumir? Porque não é fácil, serão olhados com lupa”, disse Bolsonaro que informou já ter se reunido com os novos ministros há dois dias.
Quem é quem
No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o ministro Marcos César Pontes passou o cargo para Paulo César Rezende Alvim. Ao prestar contas da sua atuação frente à pasta, Pontes destacou como uma das realizações a produção nacional de vacinas contra doenças como a covid-19, a febre-amarela, dengue e chicungunya.
“A partir desse ano, o Brasil passa a ser independente desde o conceito até a produção de vacinas nacionais, não só para a covid, mas também para as próximas pandemias e para doenças negligenciadas como febre-amarela, dengue e chikungunya”, disse.
Já Rogério Marinho deixou o Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que terá à frente Daniel de Oliveira Duarte Ferreira.
O Ministério do Turismo será comandado por Carlos Alberto Gomes de Brito, que substitui Gilson Machado.
O Ministério da Cidadania ficará a cargo de Ronaldo Vieira Bento, que assume o cargo no lugar de João Roma.
Damares Alves deixa o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que será comandado agora por Cristiane Rodrigues Britto.
No Ministério do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni foi substituído por José Carlos Oliveira.
Já no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra Tereza Cristina dá lugar a Marcos Montes Cordeiro. Ao discursar, a ex-ministra lembrou que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) gerou um desafio para o agronegócio brasileiro, que teve de se adaptar para manter a produção.
“O agronegócio foi colocado à prova. Ele se adaptou, criou protocolos para permitir a manutenção dos serviços, a produção, a comercialização dos produtos e ciente da importância do abastecimento. Esse governo protegeu essa atividade”, disse.
No Ministério da Infraestrutura, sai Tarcísio Gomes de Freitas e entra em seu lugar Marcelo Sampaio. Ao se despedir, Tarcísio disse que com as ações da pasta, a matriz de transporte no país será mais equilibrada no futuro, com menor custo do frete de mercadorias.
“A gente vai ter, no futuro, uma matriz de transportes muito mais equilibrada, com a participação muito maior da navegação de interior, da navegação de cabotagem, do transporte ferroviário, que vai dobrar a participação, teremos uma oferta de transporte muito maior”, discursou.
Quem também se despediu do cargo foi a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que dá lugar a Célio Faria Júnior. A ex-ministra volta a ocupar sua vaga como deputada federal.
Ao se despedir da pasta, Flávia Arruda agradeceu aos líderes partidários da base aliada, os líderes do governo e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "sem os quais teria sido impossível a aprovação de matérias importantes e polêmicas que foram fundamentais para ajudar o Brasil a atravessar esses tempos de turbulência”, disse.
União Brasil é o partido resultante da fusão entre DEM e PSL. Segundo o vice-presidente da sigla, Sergio Moro mudou o domicílio eleitoral para São Paulo.
POR FÁBIO ZANINI
O ex-juiz Sergio Moro se filiará à União Brasil nesta quinta-feira (31) para disputar o cargo de deputado federal por São Paulo. É o que diz Alexandre Leite, deputado federal e tesoureiro da sigla em São Paulo.
Leite participará da assinatura da ficha de filiação do ex-ministro à legenda nesta quinta, no hotel Intercontinental, na capital paulista.
O parlamentar é um dos líderes da sigla em São Paulo, junto de seu pai, Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, e de Antonio Rueda, presidente do diretório estadual.
Como mostrou a Folha, Moro vinha sendo pressionado no Podemos a desistir da candidatura presidencial. A presidente do partido, Renata Abreu (SP), dizia a aliados não estar disposta a investir financeiramente numa campanha à Presidência.
A decisão do ex-juiz de trocar de partido foi tomada em decorrência dessas sinalizações de Renata e pela avaliação de que o Podemos preferia investir em candidaturas locais.
Diferentemente do Podemos, a União Brasil tem um fundo eleitoral e partidário robusto, além de ter mais tempo de televisão.
Moraes define multa diária de R$ 15 mil e abre inquérito por desobediência
Com G1 e Folha
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou, nesta quarta-feira (30) a aplicação de multa e bloqueio de bens do deputado Daniel Silveira (União-RJ) por tentar impedir a colocação de tornozeleira eletrônica, o que se enquadra em descumprimento de medida judicial. Com isso, Silveira mudou o posicionamento do dia anterior, em que afirmava que não a colocaria.
A multa estabelecida por Moraes foi de R$15 mil por cada dia que houvesse recusa de monitoramento. Para garantir o pagamento, o Banco Central foi acionado para que congelasse as contas bancárias de Silveira.
Além disso, o STF determinou que Arthur Lira, presidente da Câmara, marcasse a data da colocação da tornozeleira no parlamentar e tomasse as medidas cabíveis para que as eventuais multas sejam descontadas diretamente do salário do parlamentar. O magistrado abriu, ainda, novo inquérito para apurar desobediência à decisão judicial, que será julgado no dia 20 de abril.
Mais cedo, o deputado declarou que não colocaria o dispositivo. “Não existem condicionantes, se colocar a tornozeleira, está acabando com o Legislativo. É letra de lei”, afirmou. Contudo, após deixar o Plenário, Daniel Silveira admitiu que usaria o dispositivo. “Eu pagaria R$ 15 mil diário ilegalmente?”, declarou.
O deputado é réu no STF por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições, como defesa do AI-5 e a destituição de ministros do Supremo.
As pessoas assistidas pela Defensoria Pública agora contam com uma sala de atendimento na ALTO
Por Elpidio Lopes
A Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) inaugurou na manhã desta quarta-feira, 30, uma sala de atendimento da Defensoria Pública do Tocantins (DPE-TO) e um Núcleo de Identificação da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO). A sala da Defensoria é localizada no hall e o Núcleo da SSP no subsolo da Casa de Leis.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antonio Andrade (UB), garantiu ser uma satisfação a implementação das parcerias. “Estamos dando oportunidade para o cidadão tirar sua identidade aqui no Parlamento, facilitando sua vida”, destacou.
Sobre o convênio com a DPE o chefe do Legislativo afirmou que vai facilitar o atendimento aos visitantes do prédio, uma vez que aqueles que precisam de atendimento jurídico não terá mais que se deslocarem até a sede da Defensoria. “O que pretendemos é ajudar o cidadão com estas e tantas outras parcerias já firmadas pela Assembleia; esses serviços vão marcar positivamente a história desta Casa de Leis”.
O deputado Elenil da Penha (MDB) cumprimentou Antonio Andrade pelas parcerias firmadas, as quais segundo ele se traduzem em valorização dos cidadãos e das próprias instituições envolvidas. Na mesma linha Valderez Castelo Branco (PP) enfatizou que os referidos convênios são para o bem da população.
Secretário de Segurança Pública, Wladimir Costa Mota Oliveira representou o governador Wanderlei Barbosa (Republicano). Ele deu destaque à sensibilidade de Antonio Andrade para implantar na Aleto o Núcleo de Identificação, que vai levar cidadania ao povo tocantinense. “Quando o senhor se compromete com a cidadania está beneficiando o Estado do Tocantins”, disse.
A Diretora do Núcleo de Identificação, Naíde César, frisou que o núcleo da Assembleia é o de número 91 no Estado e que o órgão se sente prestigiado com a parceria.
Por sua vez, a Defensora Pública Geral Estellamaris Postal manifestou alegria por inaugurar mais uma extensão da instituição. Segundo ela, são ações que se propõem a atender a demanda que surgir na Assembleia. “Aqui temos o resultado de uma articulação de mais de dois anos entre as duas instituições, que visa a dar mais uma opção de atendimento ao cidadão”, comemorou.
Também participaram da solenidade, os deputados Jorge Frederico (MDB) e Luana Ribeiro (PSDB), servidores do SSP e da DPE.
Supremo marca julgamento de Daniel Silveira para o dia 20 de abril
Com Estadão
Deputado é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. Marcação da data do julgamento ocorre em meio à recusa de Silveira de obedecer a Justiça e colocar tornozeleira eletrônica.
O deputado Daniel Silveira (União-RJ) disse nesta quarta-feira, 30, no plenário da Câmara, que até aceita usar tornozeleira eletrônica, como determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas apenas depois de os deputados votarem se a decisão do magistrado pode ou não ser aplicada.
Silveira passou a noite em seu gabinete na Câmara numa tentativa de burlar a medida ordenada por Moraes. Em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro determinou a instalação imediata de tornozeleira eletrônica no deputado. De acordo com a PGR, o parlamentar descumpriu as medidas cautelares impostas quando ele foi autorizado a deixar a prisão.
"O que eu estou dizendo é que até aceito, sim, a imposição da tornozeleira, quando os deputados decidirem se vai ser ou não aplicada. Não adianta eu chegar aqui e dizer aceito, abrir um precedente contra o Poder Legislativo e uma escalada de autoritarismo por uma única pessoa", declarou Silveira.
Em nota, presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), condenou o que chamou de "uso midiático" da Casa, mas também afirmou que a "inviolabilidade" da Câmara é sagrada e defendeu que o Supremo analise os "pedidos" do parlamentar. Lira, contudo, não mencionou a possibilidade de os deputados votarem em plenário se a decisão de Moraes vai ser aplicada ou não. O presidente da Casa está hoje em Alagoas, sua base eleitoral.
O presidente do STF, Luiz Fux, pautou para o dia 20 de abril o julgamento em plenário da ação penal a que Silveira responde. Ele foi preso em fevereiro do ano passado após divulgar um vídeo com ameaças a integrantes do STF. Ele foi solto definitivamente em novembro, mas ficou submetido a uma série de medidas cautelares, incluindo a proibição de acesso a redes sociais e de contato com outros investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais. Na semana passada, porém, ele voltou a atacar o Supremo.