A Operação Carta Marcada, por enquanto, é apenas “ponta do iceberg” em território tocantinense
Por Edson Rodrigues
Se as informações de uma de nossas fontes em Brasília forem confirmadas, a atuação de contraventores em território tocantinense ainda vai gerar outras operações e outras prisões, por parte da Polícia Federal, a qualquer momento.
Só para termos uma ideia, desde abril o Poder Judiciário já havia concedido as autorizações para as prisões ocorridas na última terça-feira, e as informações adquiridas com a quebra dos sigilos bancários e telefônicos já estavam em mão dos investigadores desde então. A operação e as prisões só foram realizadas, segundo nossa fonte, após as provas serem robustas.
Se os empresários foram extorquidos ou não a “doar” parte dos recursos obtidos nas transações das licitações e transações contratuais, os movimentos bancários com saques e transferências serão confrontados com os envolvidos e seus depoimentos, para fornecer essas respostas.
AMASTHA NAS REDES SOCIAIS
O ex-prefeito Carlos Amastha foi ás redes sociais, após a Operação, para se dizer perseguido, como sempre fez em época de eleições. A população palmense já conhece esse artifício e não pode ter a sua inteligência subestimada.
As atenções da população devem se voltar, sim, para o cuidado que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vêm tendo com os recursos destinados ao Tocantins, com o intuito de preservar os valores e restituí-los ás suas destinações, que são obras e benfeitorias, por meio do bloqueio de bens e indiciamento dos envolvidos, para que não possam mais voltar a atentar contra a saúde dos cofres públicos.
São dezenas de Operações perpetradas no Tocantins no combate à corrupção e seus desdobramentos, graças á independência funcional e constitucional que são auferidas ao Ministério Público, que tem sido implacável, o que, infeliz e vergonhosamente, tem colocado o Tocantins em evidência negativa na mídia nacional como recordista em operações da PF.
Talvez Amastha devesse tentar explicar o porquê desse protagonismo negativo do Tocantins em suas redes sociais, e revelar por que seu nome aparece ligado a pelo menos duas Operações de combate à corrupção.
OPERAÇÃO CARTA MARCADA
Só as revelações das investigações e o resultado das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça Federal, as informações contidas nos aparelhos celulares e outros dispositivos apreendidos, poderão dizer se Carlos Amastha está ou não fazendo o povo de Palmas – e do Tocantins – de bobo, subestimando suas inteligências.
Apesar de se dizer perseguido, por enquanto o Ministério Público e a Polícia Federal estão apenas seguindo e apurando o caminho que as pistas e provas apontam e, no momento, elas apontam para Amastha.
Apesar de tudo isso, O Paraleo 13 salienta que Carlos Amastha não é réu em nenhum processo, encontrando-se investigado, no momento, apenas pela Operação Carta Marcada.
MUITO POR VIR
Nossas fontes em Brasília já deixaram claro que muita coisa ainda está por vir em relação a investigações federais em território tocantinense, desbaratando outros crimes em outras frentes de investigação, inclusive a que envolve a aplicação dos recursos emergenciais contra a pandemia de Covid-19.
As suspeitas são grandes e as autoridades já monitoram, no Tocantins, pessoas, gestores e empresas e fazem análises no rastro desse dinheiro para saber onde ele vai parar. Infelizmente, a equação só se fechará quando 100% das UTIs sejam ocupadas por pacientes de Covid-19 e as dependências das celas da Polícia Federal estiveram lotadas de patifes, ladrões, corruptos e malversadores de recursos públicos do estado e dos municípios.
A única certeza é que O Paralelo 13 manterá os leitores informados sobre quantias desviadas, qual o município lesado, quantas mortes esse desvio causou e, principalmente, sobre os nomes dos causadores dessa tragédia anunciada, antes das eleições de 15 de novembro.
Tudo para auxiliar os eleitores a formularem seus votos e iniciar, de vez, a faxina política que o Tocantins e o Brasil tanto precisam, pois caberá a eles decidir que tipo de futuro querem para palmas e os demais 138 municípios tocantinenses.
Estamos de olho!
Deputado Alexandre Frota (PSL) é condenado por fazer insinuações de racismo e comentários injuriosos contra o músico Gilberto Gil
Com Agência JC
O ex-ator pornô e atual deputado federal Alexandre Frota foi condenado nesta quarta-feira 17 a pagar uma indenização no valor de 50 mil reais para o cantor Gilberto Gil. Na decisão a 9ª Câmara Civil do TJ-RJ.O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) deve apresentar à Justiça outros bens para penhora na ação movida pelo cantor.
Em 2017, o parlamentar do partido de Bolsonaro publicou em seu Twitter mensagens insinuando que Gil roubava recursos da Lei Rouanet. Em setembro do ano passado, a juíza Rafaella Ávila de Souza Tuffy Felipe, da primeira instância, já havia condenado o deputado. Na quarta-feira, a sentença foi confirmada pela segunda instância, o que permite a pena ser aplicada imediatamente.
A decisão, proferida pelo desembargador Luiz Felipe Francisco, teve unanimidade na Câmara. Nela, os juristas dizem que a questão envolve importantes direitos e garantias constitucionais.
Os magistrados ressaltam que mesmo os dois estando em lados diferentes da política, não justifica um ofender o outro com falsas acusações e palavras de baixo calão. “Publicar imagens sem autorização, acompanhadas de xingamentos, com nítida intenção injuriosa, sem conteúdo informacional útil, como o destacado nos presentes autos.”
No ano passado Frota foi condenado em outro processo por danos morais, movido por Chico Buarque. Além desses, existem outros processos contra o deputado movido por Caetano Veloso e sua esposa, Paula Lavigne.
Milhares de toneladas de alimentos e bebidas falsificados apreendidos durante a Operação Opson IX
Assessoria da Interpol
LYON, França - Mais de US $ 40 milhões em alimentos e bebidas falsificados potencialmente perigosos foram apreendidos na última Operação Opson, que também viu a interrupção de 19 grupos do crime organizado e a prisão de 407 indivíduos em todo o mundo.
Entre os itens descobertos estavam laticínios contaminados com bactérias, carne de animais abatidos ilegalmente e alimentos falsamente rotulados como curas medicinais.
Na Bulgária, uma investigação da polícia e da Agência de Segurança Alimentar sobre um armazém não registrado descobriu queijos com resultado positivo para a bactéria E.coli. Cerca de 3,6 toneladas de produtos lácteos inseguros destinados a serem transformados em queijo foram apreendidas e destruídas.
A operação Opson IX, coordenada pela INTERPOL e Europol, viu mais de 12.000 toneladas de itens ilegais e potencialmente prejudiciais recuperados em lojas, mercados e durante verificações de transporte. Polícia, alfândega, autoridades reguladoras nacionais de alimentos e parceiros do setor privado em 77 países participaram da operação entre dezembro de 2019 e junho de 2020.
Foram realizadas verificações para identificar álcool ilícito em Eswatini
Durante os controlos realizados na Jordânia, as autoridades apreenderam cerca de 2.000 litros de bebidas energéticas vencidas e 4.500 litros de refrigerantes vencidos . Mais de 7 toneladas de leite e queijo podre também foram apreendidas no país.
Links pandêmicos COVID-19
Destacando os vínculos criminais entre diferentes tipos de itens falsificados, as autoridades também descobriram milhares de produtos médicos falsos, incluindo desinfetantes e cerca de 17.000 kits de testes COVID-19 falsos.
De fato, a operação demonstrou como as rotas de distribuição global, legais e ilegais, foram afetadas pela pandemia do COVID-19. As apreensões de itens alimentares vencidos ou em que as datas de vencimento foram alteradas foram significativamente maiores do que nas operações anteriores da Opson - possivelmente um sinal de criminosos capitalizando sobre a interrupção das cadeias de suprimento de alimentos causada por bloqueios nacionais.
"À medida que países em todo o mundo continuam seus esforços para conter o COVID-19, as redes criminosas que distribuem esses produtos potencialmente perigosos mostram apenas sua determinação em obter lucro", disse o secretário geral da INTERPOL, Jürgen Stock.
“A escala e a variedade de alimentos e bebidas apreendidas durante esta operação servem como um lembrete para que os membros do público estejam vigilantes sobre o que compram e sobre a necessidade de vigilância e ação contínuas pela aplicação da lei”, acrescentou o chefe da INTERPOL.
Outras fraudes relacionadas à pandemia foram descobertas, incluindo um embarque de frutos do mar confiscados na África do Sul e originários da Ásia, que foi falsamente declarado como equipamento de proteção individual.
Álcool adulterado e carne ilegal
Como nas operações anteriores, o álcool falsificado e adulterado continuou sendo uma preocupação global. Mais de US $ 20 milhões em bebidas alcoólicas ilícitas foram retirados de circulação, incluindo 5.000 litros de vodka contrabandeados em um trailer na Noruega.
Catherine De Bolle, diretora executiva da Europol, destacou que: “Em tempos de crise, os criminosos sempre buscam novas maneiras de abusar dos consumidores e aumentam seu lucro ilegal em prejuízo da segurança pública. Alimentos falsificados e abaixo do padrão não são apenas enganosos para os consumidores, mas também podem representar uma ameaça significativa à sua saúde. Nossa operação anual da Opson mostra em seu nono ano que a cooperação entre autoridades policiais, autoridades reguladoras e o setor privado é crucial para proteger consumidores e empresas dos danos que os criminosos tentam colocar em nossos pratos ”.
Com mais de 5.000 toneladas, os produtos de origem animal foram as principais apreensões durante a operação da Opson deste ano. Uma nova tendência descoberta na Europa foi a falsificação de "passaportes" de cavalos: em um caso, os cavalos transportados para a Itália usando documentos falsos alegando que deveriam ocorrer em competições esportivas foram de fato enviados para um matadouro.
Além dos alimentos e bebidas falsos, outros produtos ilícitos recuperados incluem cosméticos, calçados, roupas, bolsas, autopeças, eletrônicos, tabaco e medicamentos, no valor estimado de US $ 3,1 milhões.
Na semana passada, a Rússia também foi acusada de apoiar hackers
Com Terra notícias
Os Estados Unidos acusaram nesta terça-feira (21) dois hackers chineses de roubar dados sobre projetos de vacinas contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e de violar a propriedade intelectual de empresas no país norte-americano e em outras nações. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, os dois cidadãos prestavam serviços para o ministério de Segurança de Estado da China. A dupla foi identificada como Li Xiaoyu, de 34 anos, e Dong Jiazhi, de 33.
A promotoria americana ainda informou que ambos foram denunciados por ataques contra ativistas de direitos humanos dos EUA e de Hong Kong e podem ser condenados a mais de 40 anos de prisão. Li Xiaoyu e Dong Jiazhi teriam roubado dados e informações sobre o medicamento da Austrália, Bélgica, Alemanha, Japão, Lituânia, Holanda, Espanha, Coreia do Sul, Suécia e Reino Unido.
"A China agora se uniu ao lado da Rússia, Irã e Coreia do Norte no clube vergonhoso de países que fornecem refúgio seguro para criminosos cibernéticos em troca de informações", acusou o procurador-geral de Segurança Nacional dos EUA, John Demers. A denúncia ocorre uma semana depois do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá acusarem a Rússia de usar o grupo APT29, conhecido como "Cozy Bear", de tentar roubar os dados de pesquisas para a vacina contra a Covid-19 realizadas em laboratório do mundo todo, com base em um relatório dos serviços de inteligência do Centro Britânico de Cyber Segurança.
O pedido foi feito pelo presidente do Senado para que a Polícia Federal não cumprisse mandado de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra
Gabriela Coelho, da CNN
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu nesta terça-feira (21) suspender a ordem judicial de busca e apreensão expedida pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP).
Na decisão, Toffoli disse que, em virtude de a decisão emitida pela Justiça Eleitoral de SP ser muito ampla, havia um risco de apreensão de documentos naturais da atividade legislativa do senador.
"A situação evidenciada, portanto, eleva, sobremaneira, o risco potencial de sejam apreendidos documentos relacionados ao desempenho da atual atividade do congressista, o que, neste primeiro exame, pode implicar na competência constitucional da Corte para analisar a medida", disse.
Mais cedo, a polícia legislativa do Congresso barrou a entrada de policiais federais no gabinete. Serra é alvo de uma operação da PF contra caixa 2 em campanhas eleitorais.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal contra a ação, determinada pela Justiça eleitoral de São Paulo. Ele telefonou nesta manhã para Toffoli.
Segundo fontes do Senado, Alcolumbre foi avisado da chegada da Polícia Federal logo cedo pela Advocacia-Geral da Casa. Ao saber que a autorização tinha sido dada por um juiz eleitoral de primeira instância, ordenou que os policiais legislativos não permitissem a entrada dos agentes da PF no gabinete de Serra.
Em SP, Serra critica operação
O senador do PSDB acompanha a operação no interior de São Paulo, de acordo com aliados dele no partido. Ele retornou para o estado logo após alguns endereços ligados a ele serem alvos da Operação Lava Jato no início de julho, quando Serra e sua filha Verônica foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro.
Segundo aliados do senador, ele está cuidando de sua saúde em endereço já informado às autoridades. Serra faz tratamento para um câncer diagnosticado há alguns meses.
Por meio de nota, o senador tucano se disse surpreendido com a operação e disse lamentar ações desse tipo. "A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido", diz o comunicado.
"José Serra lamenta a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos", conclui o texto.
Operação Paralelo 23
O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal deflagaram, na manhã desta terça-feira (21), uma operação que investiga a existência de caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014.
A Operação Paralelo 23 – terceira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de SP - cumpre 4 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão - incluindo no gabinete e no apartamento funcional de Serra na capital federal – em São Paulo, Itatiba, Itu e Brasília. Também foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados.