Ministros criticaram a inclusão do nome de Junqueira, uma vez que o advogado poderia defender seu cliente no STJ e ao mesmo tempo se sentar ao lado de um ministro da Corte eleitoral

 

Após provocar discussão entre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado Aristídes Junqueira conseguiu na semana passada aval do tribunal para disputar uma cadeira de ministro-substituto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ex-procurador-geral da República, ele é advogado em inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que apura o envolvimento do governador Tião Viana (PT-AC) no escândalo de corrupção da Petrobras.

 

A votação da lista de advogados indicados para ocupar uma cadeira de ministro-substituto do tribunal gerou mal-estar na sessão do Supremo.

 

Os ministros Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia criticaram a inclusão do nome de Junqueira. Os ministros avaliaram que a situação poderia provocar um conflito, uma vez que o advogado poderia defender seu cliente no STJ e ao mesmo tempo se sentar ao lado de um ministro da Corte eleitoral.

 

O TSE é formado por três ministros do STF, dois ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e dois advogados indicados pelo STF e escolhidos pela Presidência da República.

 

Pelas regras, o presidente do TSE apresenta os nomes que serão votados pelo STF. A lista tríplice é enviada para a Presidência da República escolher o indicado para a vaga. Não há obrigatoriedade para que o primeiro fique com a cadeira. Duas vagas serão abertas nos próximos dias.

 

A discussão envolvendo a inclusão de Junqueira foi provocada pelo pedido de Marco Aurélio para adiar a votação da lista. O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, não concordou e insistiu para que os nomes fossem apreciados, ressaltando que os ministros poderiam votar de acordo com suas consciências.

 

O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE, reforçou a posição de Toffoli e afirmou que não poderia existir uma confusão entre o advogado e seu cliente. O ministro sustentou que "achava muito grave", para a democracia, esse tipo de "dúvida".

 

Vice-presidente do Supremo, Cármen Lúcia fez uma intervenção e apontou que não havia questionamento de se confundir o advogado com interesses de seu cliente, mas sim a delicada relação entre eventuais colegas.

 

"Estamos diante de um momento no Brasil em que uma operação [Lava Jato], que causa comoção nacional, vai ter um advogado que às vezes pode subir à tribuna e alguns dos juízes lá vão sair na mesma hora e na sequência os dois estariam lado a lado numa bancada julgando", disse a ministra.

 

A ministra afirmou ainda que achava a consideração do colega "perfeitamente razoável dentro de uma sociedade na qual instituições democráticas vivem dentro da credibilidade".

 

Mesmo com as intervenções, Aristides Junqueira recebeu nove dos 11 votos do Supremo. Ele ficou atrás do ministro Admar Gonzaga, que termina seu mandato no próximo dia 26 e pode ser reconduzido ao cargo, e Sérgio Banhos, que receberam 11 votos cada um. Como trata-se de uma lista tríplice, cada um dos 11 ministros do STF vota em três nomes.

 

MODELO

 

Marco Aurélio, que já foi presidente do TSE por três vezes, disse que, na sua visão, o acúmulo dos cargos é incompatível. "Sendo [advogado na Lava Jato], eu não poderia indicar para ele se tornar polivalente a um só tempo advogado e ministro. É incompatível, a meu ver, na minha ótica, as duas qualificações", afirmou.

 

Gilmar Mendes defendeu o nome de Junqueira e também a reformulação do modelo de composição do tribunal eleitoral, mas não chegou a sugerir uma alternativa.

 

"Nós temos que rever o modelo de indicação de advogados para a Justiça Eleitoral. Há problemas notórios e eles aparecem aqui, aparecem nos Estados. Há muitos comentários", disse.

 

Luís Roberto Barroso também avalia que possível é rediscutir a estrutura do TSE. "Acho que em uma democracia nenhum tema é tabu", disse.

 

As indicações de advogados já provocaram outras polêmicas. Luciana Lóssio e Admar Gonzaga foram escolhidos pela presidente Dilma Rousseff após terem atuado em sua campanha para a Presidência.

 

Com Folhapress

Posted On Domingo, 21 Junho 2015 22:17 Escrito por O Paralelo 13

O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB) afirmou na manhã desta terça-feira, 17, que o Projeto de Lei de autoria do Governo do Estado que parcela a data-base dos servidores Quadro Geral do Poder Executivo em duas vezes é inconstitucional. “Como membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vou seguir o mestre Marco Aurélio Melo (ministro do Supremo Tribunal Federal), que ao decidir que parcelamento da reposição é redução de salário, portanto, é inconstitucional”, declarou.

Eduardo Siqueira questionou a postura do atual Governador em enviar o Projeto de Lei relativo à data-base dos servidores sem a concordância da categoria no mesmo período em que empreende viagem ao exterior. “Melhor ideia teria sido viajar deixando nesta Casa um Projeto discutido e acordado com os servidores”, frisou. Eduardo também questionou a não inclusão de um membro do Corpo de Bombeiros na comitiva oficial que foi ao exterior discutir sistemas de combate a incêndios.

O Deputado relembrou os anos da última gestão Siqueira Campos, quando assumiu o Governo em 2011 com o Estado não tendo pago a data-base de 2010. “Pagamos a data-base de 2010 e de 2011, e em seguida fizemos um acordo histórico com as centrais sindicais para que pudessem ser pagas e nós pagamos as datas-base de 2012, 2013 e 2014”, afirmou. Eduardo relatou que na época também houveram protestos e estado de greve, mas houve também a negociação e a chegada ao acordo. “Os servidores foram para a porta do Palácio exigir o pagamento e ele foi feito, porque Lei é para ser cumprida”, declarou.

Eduardo Siqueira disse que é preciso reconhecer o mérito do governador Marcelo Miranda em implantar a data-base aos servidores ainda no ano de 2005 e também as progressões. No entanto, Eduardo ressaltou que agora o governo Marcelo Miranda precisa cumprir as Leis de sua própria autoria. “Agora quero ver se quem criou essas Leis vai cumpri-las”, questionou Siqueira. Eduardo disse ainda que os servidores fizeram bem em estampar nas faixas fixadas na Praça dos Girassóis que a Lei de Responsabilidade Fiscal não impõe obstáculos para a concessão da data-base. “É a reposição do que foi corroído pela inflação”, acrescentou.

O Parlamentar voltou a recordar ainda a concessão de aumento de 25% aos servidores públicos, ainda no segundo governo Miranda, que em seguida foi retirado pelo mesmo Governo. “Quem não se lembra dos 25% que foram dados num dia e retirados no outro? Será que não pensaram na Lei de Responsabilidade Fiscal? Agora não há que se falar em herança, pois tudo que está sendo colhido agora foi plantado por esse mesmo Governo no passado”, e complementou. “Pois isso não é obrigação nem de Siqueira e nem de Sandoval, é obrigação do atual Governo e dos que virão no futuro”, cobrou Eduardo.

Posted On Quarta, 17 Junho 2015 11:56 Escrito por O Paralelo 13

Após denúncias e falta de informação no Portal da Transparência da Defensoria Publica do Tocantins, a instituição publica matéria jornalística afirmando serem mentirosas as acusações. Denúncia de casos de servidores que chegam a receber R$ 40 mil liquidos.

 A falta de recolhimento da contribuição dos servidores da Defensoria Pública ao Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev), entre outros, assuntos foram questionado no Plenário da Assembleia Legislativa e teve Requerimento do deputado estadual Ricardo Ayres (PSB) aprovado em regime de urgência.

O deputado solicita informações à Defensoria Pública do Estado (DPE) em relação à denúncia da presidente do sindicato dos servidores do órgão (Sisdep), Sabrina Gomes da Cunha, a qual acusa funcionários de estarem abusando das indenizações a que teriam direito por plantões.

O mesmo pedido é estendido também à Secad. Ayres  da tribuna questionou: “A Assembleia aumentou o orçamento da Defensoria ano passado, assim como fez a outros órgãos, e por que este dinheiro não dá?”.

Em sua defesa a instituição fez publicar em seu portal a seguinte matéria jornalística:

 

DPE-TO esclarece sobre falsas denúncias envolvendo a Instituição

 

A DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins foi alvo de falsas denúncias na imprensa nesta terça-feira, 16. Diante dos ataques não comprovados e lançados com o intuito de desqualificar a Instituição e a gestão, esclarece-se que não existe nenhum caso de Defensor Público recebendo remuneração acima do teto constitucional.

É notadamente falsa a informação de que há Defensores Públicos que estariam utilizando de forma abusiva das indenizações a que teriam direito por plantões e substituições. O valor de cada plantão do Defensor Público é 1/5 do seu subsídio, proporcionalmente aos dias trabalhados (sábados, domingos e feriados), o que resulta em uma média de R$ 200,00 por dia de plantão, tendo por base a própria remuneração. Do total de 111 Defensores Públicos, houve apenas dois casos isolados - noticiados pela imprensa, que receberam salário - dentro do teto constitucional - acrescido do adiantamento de 13º salário mais 1/3 de adicional de férias, conforme previsto em Lei para qualquer trabalhador.

Atualmente, o plantão é realizado somente pelo Defensor Público por motivos de economia, somente tendo a participação de Servidores em casos excepcionais devidamente justificados, sendo compensados por folgas.

 

Previsto em Lei

Os pagamentos das indenizações aos Defensores Públicos estão previstos na Lei Complementar N.º 55. O pagamento só é feito mediante comprovação de serviço prestado e são todos publicados no Portal da Transparência. A Defensoria Pública do Estado do Tocantins está presente nas 42 comarcas do Estado. Porém, não há Defensores Públicos suficientes para atender todas as Unidades. Quando um Defensor Público sai de férias, os atendimentos de sua área continuam e é necessário que outro Defensor o substitua e, para isso, o Defensor Público recebe uma verba indenizatória prevista em Lei, decorrente do trabalho extra, pois acumula a sua demanda e a do colega, assim como ocorre em carreiras jurídicas similares.

 

 

Diárias

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins não está alheia ao debate em torno das dificuldades financeiras do Estado e está se ajustando para manter o nível de excelência no serviço com o orçamento concedido pelo executivo e aprovado pelo parlamento. Quanto às denúncias infundadas como “farra de diárias”, reforça-se que houve a redução de 58,30% no comparativo de diárias da DPE-TO, resultando em uma economia de mais de R$ 144 mil, tomando por base o período de janeiro a maio deste ano. A previsão é de que a redução seja ainda maior ao longo do ano, colocando-se em prática o pacote de redução de gastos anunciado ainda no final do ano de 2014.

 

Economia

O corte de gastos previsto na portaria Nº 439, de 10 de abril de 2015, publicada no Diário Oficial do Estado nº 4.353, porém, não reduziu a capacidade de atuação com excelência em favor dos hipossuficientes, sendo que o número de atendimentos aumentou no comparativo de janeiro a maio, tendo sido feitos mais de 36 mil atendimentos neste período, com um aumento de 20% de demanda se comparado ao mesmo período do ano anterior. “A Defensoria Pública tem avançado no Estado com a ampliação de seus serviços e a consequência disso é um número maior de pessoas carentes com assistência jurídica adequada e de qualidade", destaca o Defensor Público Geral, Marlon Costa Luz Amorim.

 

Comunicado

Durante sessão na Assembleia Legislativa do Tocantins nesta terça-feira, 16, a DPE-TO foi criticada por falta de esclarecimentos do caso. Porém, até o presente momento, a Defensoria Pública do Estado do Tocantins não recebeu nenhum comunicado formal solicitando mais detalhes sobre o assunto. “Temos maturidade para debater essas dificuldades internamente e em harmonia com os demais poderes. Não podemos permitir a exploração política dessas dificuldades que também são enfrentadas por todas as instituições do Estado. Proteger a Defensoria e seus avanços é uma obrigação de todos, principalmente dos políticos que são legítimos defensores da população”, conclui o Defensor Público Geral.

 

Diante das controvérsias ocorridas na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 16, o Defensor Público Geral enviou ofício ao Presidente da Casa solicitando uma reunião com todos os parlamentares para prestar esclarecimentos e elucidar quaisquer dúvidas referentes à Instituição.

 Da Redação e Defensoria Publica do TO

Posted On Quarta, 17 Junho 2015 09:18 Escrito por O Paralelo 13

Grupo de 61 deputados federais pede a suspensão da votação por meio de mandado de segurança
BRASÍLIA - A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhe informações em 48 horas sobre a aprovação da PEC da Reforma Política. Em um mandado de segurança, um grupo de 61 deputados federais pedem a suspensão da votação da proposta.

Os parlamentares acusam Cunha de "ato coator" contra as regras da Câmara para conseguir aprovar uma emenda aglutinativa na PEC que prevê o financiamento empresarial de campanhas eleitorais a partidos. Deputados do PT, PPS, PSB, PcdoB, PSOL e PROS assinam a petição encaminhada ao Supremo.

"A fim de instruir o processo em epígrafe, solicito informações, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre o alegado na petição inicial e demais documentos", solicitou a ministra Rosa Weber nesta quarta-feira, 3. Ela é a relatora do mandado de segurança no STF e deve analisar o pedido após receber as informações da Câmara.

Posted On Sexta, 05 Junho 2015 06:50 Escrito por O Paralelo 13

Foi protocolada na 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da comarca de Palmas, Ação de Obrigação de dar Coisa Certa com pedido de Antecipação de Tutela com manifestação interlocutória para atender pedido urgente relativo a idoso desassistido pelo Estado, com risco de agravos e óbito.

Em razão da prática reiterada do Secretário Estadual de Saúde em descumprir decisão judicial nesse processo, onde inclusive já foi bloqueado dinheiro das contas do Estado para garantir acesso à medicação, além de inúmeros descumprimentos de ordem judicial em outros processos o que, na dicção da Lei Processual Civil, constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição. Neste sentido foi postulado, sem prejuízos de sanções criminais e decorrentes de atos de improbidade, que seja aplicada ao gestor, como medida coercitiva ao cumprimento da ordem, multa pessoal no valor de 20% da causa, a ser bloqueado via conta bancária no CPF do Secretário de Saúde e, caso não seja encontrado valor suficiente, como medida coercitiva, postulou-se a prisão civil por descumprimento de obrigação imposta em sentença judicial transitada em julgado.

O idoso M.S.A., 75 anos, precisa com urgência de medicação cardíaca para que seja feita o controle da doença que possui. Desde dezembro de 2014, a DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins está na Justiça pedindo que o Estado cumpra a Constituição Federal e o Estatuto do Idoso, fornecendo os remédios urgentes para a manutenção da saúde e da vida do paciente.

No processo já foi pedido bloqueio/penhora de valores das contas do Estado, entre outras decisões judiciais, todas elas descumpridas pelo gestor estadual. O pedido de bloqueio de valores da conta pessoal do Secretário e, subsidiariamente a prisão, foi a forma encontrada para compelir o Secretário de Saúde do Tocantins, gestor responsável, a providenciar o atendimento ao idoso de imediato, observando as dezenas de ações que o Secretário não cumpre ordem do Poder Judiciário tendo algumas, inclusive, que alguns magistrados já advertiram o mesmo sobre o cometimento, por ele, de ato atentatório ao exercício da jurisdição

Posted On Terça, 02 Junho 2015 06:56 Escrito por O Paralelo 13
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