O cenário político do Tocantins se aquece com força total entre agosto e dezembro deste ano. Esse será o período decisivo para os principais acertos, conchavos e a formatação final das federações partidárias que disputarão o governo do Estado em 2026. O que ficar para 2026 serão apenas ajustes pontuais, sem potencial de mudar o eixo da sucessão estadual

 

 

Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues

 

 

As cúpulas nacionais dos principais partidos já estão pressionando por definições. Em Brasília, a expectativa é de que o União Brasil e o Progressistas, siglas da senadora Professora Dorinha e do deputado federal Vicentinho Júnior anunciem, já no próximo dia 17 de julho, o desembarque da base do governo Lula. O movimento envolve também um distanciamento formal de figuras como Paulo Mourão e Célio Moura (PT), selando de vez o reposicionamento da oposição.

 

 

Professora senadora Dorinha e deputado Vicentinho Junior

 

A grande pergunta que segue no ar é se Dorinha será ou não candidata ao governo do Estado? A senadora não poderá mais evitar uma indefinição política e em breve precisará se pretende disputar contra Wanderlei Barbosa (Republicanos) e, indiretamente, contra a gestão federal, precisará dizê-lo em alto e bom som.

 

As chapas proporcionais e majoritárias estão em estágio avançado de costura, e a janela de desincompatibilizações e mudanças partidárias se encerra no dia 4 de abril de 2026, conforme o calendário da Justiça Eleitoral. Até lá, o xadrez político segue em movimento, mas as peças principais já estão quase todas no tabuleiro.

 

Laurez: uma pré-candidatura solitária em busca de competitividade

 

 

O vice-governador Laurez Moreira (PDT) tem, inegavelmente, uma trajetória política respeitável. Foi deputado estadual, deputado federal e prefeito de Gurupi por dois mandatos, sempre com boa avaliação administrativa e contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Seu perfil é o de um gestor sério, sem máculas, com serviços prestados e experiência acumulada.

 

Mas, até aqui, sua pré-candidatura ao Governo do Tocantins em 2026 não empolgou. Falta musculatura partidária, uma base de apoio real e estrutura. Falta, sobretudo, uma chapa proporcional consistente, uma aliança majoritária com tempo de TV e rádio, e acesso efetivo ao fundo eleitoral. Sem isso, qualquer projeto majoritário vira ilusão.

 

Laurez precisa, até dezembro deste ano, transformar sua pré-campanha em algo competitivo ou corre o risco de virar um espectador do processo eleitoral. Persistir em um projeto isolado, sem grupo, sem nominatas, e sem viabilidade concreta, pode não ser apenas um erro estratégico. Pode ser um ato de suicídio político. Quem conhece os bastidores sabe que o tempo das definições já começou. E 2026 começou ontem.

 

 

Carlesse: pré-candidatura que mais parece uma bolha d’água

 

A possível candidatura do ex-governador Mauro Carlesse ao Palácio Araguaia em 2026 mais parece uma bolha d’água. Tem volume, gera algum barulho, mas pode estourar antes mesmo de ganhar forma real.

 

Carlesse tem seus méritos administrativos, reconhecidos por aliados e registrados na crônica política do Tocantins. No entanto, seu passado recente, marcado por escândalos de gestão e ainda pendente de acertos com a Justiça Eleitoral e com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), torna extremamente difícil uma retomada competitiva ao governo.

 

A leitura nos bastidores é que, mesmo que consiga superar os obstáculos jurídicos, o voo máximo viável para Carlesse seria uma candidatura a deputado estadual e, ainda assim, com elevado custo político e financeiro. Isso sem falar da relação tensa (e volátil) com os principais veículos de comunicação do Tocantins, que oscilam entre a resistência e o silêncio calculado. Carlesse até pode testar sua força eleitoral, mas, neste momento, falta o essencial que é lastro político, autonomia e ambiente favorável.

 

Amélio Cayres: pré-candidatura que ganha corpo e estrutura

Com o silêncio de quem prefere agir a falar, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres (Republicanos), vem costurando uma pré-candidatura ao governo que cresce de forma constante e sólida.

 

Longe de ataques, presente nos municípios, com forte agenda institucional e amparado por aliados de peso, Cayres avança. Conta com apoio de 20 deputados estaduais, três federais, dezenas de prefeitos e vereadores, além de sinalizações claras de siglas como PL, MDB, Republicanos e outras legendas aliadas ao Palácio Araguaia.

 

A estrutura partidária já se consolida com fundo eleitoral, tempo de TV e palanque competitivo. Soma-se a isso o lançamento iminente dos programas sociais do governo Wanderlei Barbosa, com previsão de R$ 900 milhões em investimentos até o fim de 2025, e a popularidade do governador, que ultrapassa os 85%. Com esse cenário, a pré-candidatura de Amélio Cayres se aproxima do ponto de não-retorno: se tornar inevitável.

 

 

Pré-candidaturas ao senado em terreno frágil

 

O Tocantins pode assistir, em breve, ao colapso de algumas pré-candidaturas ao Senado Federal. Sem grupo político consolidado, sem fundo partidário garantido e apostando apenas na boa vontade de financiadores incertos, alguns nomes devem repensar seus passos.

 

Muitos desses pré-candidatos sequer conseguirão viabilizar suas próprias reeleições, pois seus aliados e cabos eleitorais já estão comprometidos com chapas proporcionais concorrentes empoderadas por milhões em emendas impositivas e recursos próprios.

 

No fim, o risco é real de não conseguir nem Senado, nem reeleição. Apenas o silêncio das urnas.

 

 

Posted On Quarta, 09 Julho 2025 13:17 Escrito por

Alcolumbre vai promulgar aumento do número de deputados se Lula não sancionar

 

Com Portal R7

 

 

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), disse nesta terça-feira (8) que vai promulgar o projeto de lei que aumenta de 513 para 531 o número de deputados se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não sancionar a proposta no prazo previsto.

“Se chegar às 10h [para promulgação], vai ser promulgado 10h01”, disse o presidente do Congresso.

Em 25 de junho, a Câmara e o Senado aprovaram o projeto. Lula tem até 16 de julho para sancionar, vetar ou devolver a proposta. Se vetar, o Congresso terá de realizar uma sessão para analisar o veto. Se devolver, cabe a Alcolumbre promulgar a matéria.

 

O projeto vale a partir das eleições de 2026, valendo para a legislatura que começa em 2027.

Inicialmente, a proposta previa um impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Contudo, o relator do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), acatou uma emenda que veda o aumento de despesas. Na Câmara, a mudança foi mantida.

A emenda acatada proíbe qualquer aumento de despesas decorrente da ampliação do número de deputados, seja por meio de remanejamento, transposição, transferência ou suplementação orçamentária. A ideia é que a Câmara corte gastos para evitar aumento de despesas.

Inicialmente, a proposta realocava a distribuição de 14 cadeiras de deputados federais. No entanto, o relator na Câmara, deputado Damião Feliciano (União-PB), modificou o parecer, criando 18 novas vagas conforme a nova proporção do Censo de 2022.

 

Assim, os estados que, conforme o Censo, diminuíram em tamanho populacional, não devem perder o atual número de representantes.

Desde a tramitação na Câmara, o projeto enfrentou críticas por causa do possível aumento de gastos. Deputados favoráveis à matéria, no entanto, alegavam que os valores seriam apenas realocados. Apesar disso, a versão aprovada pela Câmara não especificava de onde sairiam os recursos para custear o aumento no número de parlamentares.

Entenda a proposta

Pelo rearranjo populacional indicado no Censo 2022, foi identificada a necessidade de aumento do número de cadeiras em sete estados, o que provocaria uma mudança em 14 posições parlamentares.

Avaliação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) projetou, inicialmente, um aumento de parlamentares no Pará (4), Santa Catarina (4), Amazonas (2), Ceará (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1) e Goiás (1).

 

Segundo o instituto, caso a Câmara optasse por não ampliar o número de deputados, a saída seria reduzir as cadeiras de outras unidades da Federação. Nesse caso, sete estados perderiam vagas: Rio de Janeiro (4), Piauí (2), Paraíba (2), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Pernambuco (1) e Alagoas (1). Mas isso foi descartado pelo relator.

 

O caso chegou ao STF por um pedido apresentado pelo Pará, um dos maiores beneficiados em uma eventual mudança. Os desdobramentos da ação fizeram com que a corte estipulasse um prazo de resolução por parte do Congresso até 30 de junho.

 

Se não houvesse uma decisão do parlamento dentro desse prazo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) iria decidir sobre a redistribuição das vagas.

 

 

Posted On Quarta, 09 Julho 2025 03:52 Escrito por

Força-tarefa autorizada pelo STF também cumpriu mandados no Ceará; Justiça determinou bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas de suspeitos

 

 

 

Por Felipe Moraes

 

 

A Polícia Federal (PF) fez buscas no gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) na Câmara, na manhã desta terça-feira (8), no âmbito da operação Underhand. A força-tarefa investiga suspeita de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e fraudes em licitações e contratos envolvendo cidades do Ceará.

 

Autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação também cumpriu mandados de busca e apreensão em Fortaleza e quatro municípios cearenses: Baixio, Canindé, Eusébio e Nova Russas. Ao todo, o STF expediu 15 ordens judiciais contra seis alvos, incluindo Mano.

 

"O ministro autorizou ainda a abertura de uma investigação específica para apurar, de forma aprofundada, a possível participação de autoridades com foro privilegiado na destinação e execução ilícitas de emendas parlamentares", informou o Supremo, em nota.

 

Mendes determinou, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, "com o objetivo de interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar ativos para eventual reparação ao erário", conforme detalhamento divulgado pela PF. Investigação permanece sob sigilo e contou com apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU).

 

Mendes ainda autorizou acesso a dados de celulares apreendidos e determinou "compartilhamento integral" de provas com a CGU, "para eventual responsabilização administrativa dos agentes públicos envolvidos", segundo o STF.

 

O deputado se manifestou por meio de nota e negou irregularidades:

 

"O deputado Júnior Mano não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.

 

Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.

 

O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública.

 

Tem plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.

Assessoria de imprensa. Deputado Federal Júnior Mano".

 

O PSB também emitiu comunicado à imprensa:

 

"A Liderança do PSB na Câmara dos Deputados teve conhecimento hoje da operação da Polícia Federal que investiga a atuação do deputado Júnior Mano. Esperamos que todos os fatos sejam investigados e esclarecidos o mais breve possível, respeitando o devido processo legal e a ampla defesa do deputado Júnior Mano."

 

O que a PF investiga

A Polícia Federal apura existência de um núcleo suspeito de articular "direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas".

 

Esse grupo também seria responsável por influenciar licitações por meio de empresas vinculadas a integrantes do núcleo.

 

A PF investiga crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

 

Quem é Júnior Mano?

 

Nasceu em Nova Russas, a cerca de 300 km de Fortaleza, e completou 40 anos em abril de 2025. Mano foi eleito vice-prefeito da cidade em 2016, na chapa do prefeito Rafael Pedrosa (PMN). É casado com a prefeita do município, Giordanna Mano (PRD), eleita em 2024 no primeiro turno.

 

Em 2018, elegeu-se deputado federal pelo partido Patriota. Conseguiu reeleição em 2022, a bordo do PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

Foi expulso da legenda em 2024 após apoiar candidatura de Evandro Leitão (PT) para prefeitura de Fortaleza nas eleições municipais. Na ocasião, o petista superou André Fernandes (PL) no segundo turno. Desde então, Mano é filiado ao PSB.

 

 

Posted On Terça, 08 Julho 2025 13:27 Escrito por

Com 239,1 mil votos, ou 73,48% do total, ele vai suceder Gleisi Hoffman, que comandou o partido nos últimos 10 anos

 

 

COM ESTADÃO CONTEÚDO

 

 

Pelos próximos quatro anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) será presidido por Edinho Silva. O nome foi anunciado nesta segunda-feira (7), um dia após as eleições internas para definir os novos dirigentes da sigla em todo o país.

Edinho conseguiu a vitória no primeiro turno do processo de eleição direta (PED). Ele teve 239,1 mil votos, ou 73,48% dos 342,3 mil votos de petistas de todo o país. O partido ainda precisa terminar de coletar as cédulas de Pernambuco, Bahia, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais, único Estado que não realizou a eleição interna. O PT espera uma votação total de mais de 400 mil eleitores.

Silva vai suceder Gleisi Hoffmann, que esteve à frente do PT nos últimos 10 anos. Seu mandato será válido até 2029.

 

Ele representa a continuidade do grupo de Lula no poder do PT, ainda que o ex-prefeito de Araraquara tenha sofrido resistência de Gleisi e seus aliados. A vontade de Lula prevaleceu, e a corrente majoritária do partido encampou a candidatura de Edinho.

 

Candidato da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, ele defende um PT mais moderado e a ampliação das alianças políticas para o embate de 2026.

Silva desbancou três concorrentes:

Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT, da corrente Movimento PT: 36 mil votos, 11,06%

Rui Falcão, deputado federal, ex-presidente da sigla, ligado à corrente Novo Rumo: 36,3 mil votos, ou 11,15% do total

Valter Pomar, dirigente nacional e ex-vice-presidente do PT, representante da Articulação de Esquerda: 14 mil votos, 4,3%

Eleições nacional, estadual e municipal

Quase três milhões de filiados ao partido estavam aptos a votar. A contagem dos votos se deu manualmente, uma vez que a votação foi feita com cédulas de papel. O partido tinha pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o empréstimo de urnas eletrônicas, mas não conseguiu o número suficiente de máquinas.

 

No RS e em Porto Alegre, a decisão sobre quem comandará os diretórios locais será em segundo turno.

Partido derrubou liminar

O PT conseguiu derrubar, nesta segunda, a decisão liminar que determinava a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na eleição interna da legenda em Minas Gerais. A ação judicial paralisou o pleito no Estado e arriscou interferir no andamento do processo eleitoral do comando da sigla.

 

Dandara havia entrado na Justiça para manter a candidatura à presidência do diretório mineiro, que havia sido negada pelo PT. O partido alega que o nome da deputada foi tirado da votação em razão do pagamento fora do prazo de uma dívida partidária de cerca de R$ 130 mil. O regulamento da eleição exigia que pendências financeiras fossem quitadas até 29 de maio, o que a parlamentar não fez.

 

O diretório nacional do PT decidiu adiar a realização da votação do PED em Minas para atender à Justiça. O partido apontou "impossibilidade logística" de colocar o nome de Dandara nas cédulas eleitorais enviadas a cerca de 700 municípios mineiros.

 

A decisão de segunda instância, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, reverteu o caso.

 

 

Posted On Terça, 08 Julho 2025 02:48 Escrito por

Norte-americano ameaçou novas tarifas a quem se alinhar ao Brics e afirmou que ex-presidente sofre ‘caça às bruxas’

 

 

Por Ana Isabel Mansur e Lis Cappi

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (7) as declarações de apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em declaração à imprensa no encerramento da cúpula do Brics, no Rio de Janeiro (RJ), o petista chamou o norte-americano de “irresponsável e equivocado”.

 

Na manhã desta segunda, pelas redes sociais, Trump defendeu Bolsonaro e afirmou que o ex-presidente é vítima de uma “caça às bruxas”.

“Não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro. Eu tenho coisa mais importante para comentar do que isso. Este país tem lei, tem regra e tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, deem palpite na sua vida e não na nossa”, afirmou o petista.

Bolsonaro é reú no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Ele agradeceu o apoio do norte-americano.

 

Na noite desse domingo (6), Trump ameaçou, também pelas redes sociais, taxar em 10% qualquer nação que se alinhar a “políticas antiamericanas do Brics”.

 

Fundado em 2009 com a sigla formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics reúne atualmente 11 integrantes e conta com 10 países parceiros (veja lista ao fim).

 

A presidência rotativa, a cargo do Brasil em 2025, tem duração anual. A cúpula de líderes, ponto alto da liderança brasileira do bloco, ocorreu neste domingo e segunda.

 

“Eu sinceramente nem acho que deveria comentar, porque não acho uma coisa muito responsável e séria um presidente de um país do tamanho dos EUA ficar ameaçando o mundo através da internet. Não é correto, ele precisa saber que o mundo mudou. Não queremos imperador. Somos países soberanos”, declarou Lula.

“Se ele achar que pode taxar, os países têm o direito de taxar também. Existe a lei da reciprocidade”, continuou.

 

 

Lula também criticou o uso que Trump faz das redes sociais.

 

“Acho muito equivocado e muito irresponsável um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais. Tem outros fóruns para um presidente de um país do tamanho dos EUA falar com outros países. As pessoas têm que aprender que respeito é bom, é muito bom. A gente gosta de dar e de receber. E é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra soberania. Cada país é dono do seu nariz”, acrescentou.

 

Resposta indireta

Antes de criticar Trump e Bolsonaro à imprensa, Lula usou as redes sociais para rebater os comentários do norte-americano.

 

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, escreveu, sem citar o republicano.

 

 

Posted On Terça, 08 Julho 2025 02:45 Escrito por
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