Com uma trajetória que começou como vereador em Palmas, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, voltou a um ambiente legislativo municipal nesta terça-feira, 24, em Dianópolis. Participando da abertura do 3º Encontro de Vereadores e Servidores do Legislativo Municipal, o senador destacou a importância da integração entre as Câmaras e o fortalecimento das políticas públicas no Estado
Da Assessoria
“Todas as vezes que fui convidado, estive presente nesse evento que tem um papel essencial na consolidação da política pública e na integração dos vereadores”, afirmou Eduardo Gomes. Ele também fez questão de ressaltar a união de lideranças políticas da região sudeste do Tocantins, citando prefeitos como José Salomão, de Dianópolis; Paulo Roberto, de Taguatinga; a prefeita de Taipas, Maria do Socorro; o prefeito de Talismã, Flávio Cristo Rei; e o de Porto Alegre do Tocantins, Dr. Pedro Noleto Filho. “Esse é um momento de debate positivo sobre a política municipalista e sobre os desafios do nosso Estado”, completou.
Como gesto simbólico, o senador recebeu um crachá escrito “Vereador Eduardo Gomes”, relembrando o início de sua carreira política na Câmara de Palmas, no qual também exerceu a presidência do parlamento. Após a solenidade, almoçou com vereadores e lideranças locais.
Promovido pela Associação das Câmaras Municipais do Tocantins (Asscam) em parceria com a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa, o evento reúne mais de 200 participantes de várias regiões do Estado e segue até quarta-feira, 25. A programação inclui palestras e debates com foco na capacitação técnica e no fortalecimento das casas legislativas municipais.
Além do senador Eduardo Gomes, a programação contará nos próximos dias com a participação de outras autoridades estaduais, como o governador Wanderlei Barbosa e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres.
Deputada tem direito a contratar até 25 secretários parlamentares para trabalhar no gabinete
Com R7
A deputada Erika Hilton (PSOL - SP) tem dois maquiadores contratados como secretários na Câmara dos Deputados. Índy Montiel e Ronaldo Hass, que costumam maquiar a parlamentar, aparecem com cargos em comissão na Câmara. Cada deputado pode contratar de cinco a 25 secretários parlamentares para prestar serviços de secretaria. Eles não precisam ser servidores públicos e são escolhidos diretamente pelo deputado. O parlamentar tem direito a R$ 133.170,54 por mês para pagar os salários deles.
Ronaldo aparece nos quadros da Câmara desde maio de 2024. Em maio, ele recebeu R$ 9.678,22 bruto de salário. Já, Índy foi contrato em dezembro do ano passado e em maio recebeu R$ 2.126,59. Além dos dois, o gabinete de Erika Hilton tem mais 12 secretários.
Erika Hilton aparece maquiada por Ronaldo, por exemplo, para participar de ensaio técnico da Paraíso do Tuiuti, em fevereiro, escola que a deputada desfilou no carnaval. Já por Índy, ela aparece nas redes sociais maquiada em fevereiro do ano passado, quando foi nomeada líder da bancada do PSOL na Câmara.
De acordo com a Câmara dos Deputados, o regimento estabelece funções a serem desempenhadas pelos secretários, como coordenar atividades administrativas, elaborar pronunciamentos e cuidar de emissões de passagens, mas o trabalho a ser executado vai depender da metodologia de cada parlamentar.
O que diz a deputada
Por meio de nota divulgada em redes sociais, a deputada afirmou que a atuação dos dois assessores é voltada ao mandato como parlamentar. Entre exemplos, Erika cita atuação em comissões e audiências, ajuda para produzir relatórios, preparação de briefings, diálogos com a população e acompanhamento de agenda em Brasília e durante viagens.
A deputada também destacou que ambos são maquiadores, mas que isso não interfere nas outras atuações deles no mandato e não foi o que motivou a contratação no gabinete.
“Conheci eles como maquiadores, identifiquei outros talentos e os chamei para trabalhar comigo. Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, disse.
Durante a cerimônia de assinatura da ordem de serviço para obras no Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, realizada nesta segunda-feira, 23, em Paranã, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, anunciou a destinação de mais R$ 5 milhões em recursos federais para a recuperação de estradas vicinais no município
Da Assessoria
O evento, promovido pelo Governo do Estado dentro do programa “Obra Toda Semana: Transformando Escolas, Construindo Futuros”, reuniu lideranças políticas e regionais. Além do governador Wanderlei Barbosa, participaram o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres; a primeira-dama e secretária Extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero; o secretário de Educação, Fábio Vaz; e os deputados estaduais Valdemar Júnior, Eduardo Fortes e Ivory de Lira.
Emocionado, o prefeito de Paranã Fábio da Farmácia fez questão de relembrar em seu discurso, o apoio do senador ao município, citando os recursos destinados para a construção de duas pontes de concreto – uma sobre o rio São Domingos, com 125 metros de extensão, e outra sobre o Riacho Fundo, com 45 metros – além de três galerias. As obras foram fundamentais para melhorar o acesso e fortalecer o agronegócio e a agricultura familiar na região.
“O senhor colocou R$ 5 milhões nas pontes que inauguramos, deu caminhão basculante, e está pronto para mais um mandato no Senado para trazer mais obras e mais visibilidade para o Tocantins. Muito obrigado por tudo que você tem feito. Tenho certeza que posso contar com o senhor ainda mais. Às vezes eu me emociono quando falo, mas é porque só quem mexe com obra pública sabe o quanto é difícil a gente fazer tudo e concluir”, declarou o prefeito.
Em resposta a Fábio da Farmácia, o senador Eduardo Gomes anunciou novos recursos ao município. “Seu choro é o da alegria, porque já vamos colocar R$ 5 milhões para as estradas vicinais em Paranã agora”, afirmou, reforçando seu compromisso com a infraestrutura dos municípios tocantinenses.
O senador também destacou a necessidade de união de forças para garantir o desenvolvimento do Tocantins. “O crescimento do Estado depende de brigar menos e trabalhar mais. A única ideia que tem que ser defendida agora é emprego, renda e melhoria para o Estado”, destacou.
Além do anúncio dos recursos para as estradas, o evento também marcou a assinatura da ordem de serviço para a reforma e ampliação do Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, com investimento de R$ 2,7 milhões por parte do Governo do Tocantins.
Nova aliança mira fortalecimento para as eleições de 2026; integrantes dos partidos farão anúncio na Câmara dos Deputados
Por Emilly Behnke
O partidos Solidariedade e PRD devem anunciar na próxima quarta-feira (25) a formação de uma federação partidária entre as siglas. A nova aliança será confirmada na Câmara dos Deputados, às 15h.
A decisão mira o fortalecimento das siglas para as eleições de 2026 e a superação dos critérios para receberem recursos. Os partidos avaliam que juntos terão mais chances de superar a cláusula de barreira.
Juntos, os dois partidos terão 10 deputados federais. Atualmente, cada legenda tem cinco integrantes. As federações partidárias funcionam como uma única agremiação. Elas podem apoiar qualquer candidato e devem permanecer no mesmo bloco por pelo menos quatro anos.
A aliança entre as siglas ainda deve ser oficializada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois partidos já fizeram, recentemente, movimentos partidários para driblar a cláusula de desempenho e se manter relevante no cenário político.
A criação do PRD (Partido da Renovação Democrática) foi aprovada em 2023. A sigla é resultado da fusão do PTB e do Patriota. No mesmo ano, o Prós foi incorporado ao Solidariedade e deixou de existir.
O comando da nova federação ainda será anunciado. Atualmente, o Solidariedade tem como presidente nacional o deputado Paulinho da Força. Já o PRD é comandado por Marcus Vinícius, ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Crítico do governo petista, no próximo ano, Paulinho da Força defende o apoio a uma candidatura de centro. As negociações de acordos para 2026 são um dos desafios da nova federação.
Cláusula de barreira
O TSE prevê que o acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão está condicionado ao preenchimento das condições impostas pela cláusula de barreira.
A regra prevê que para ter acesso aos recursos e ao tempo de propaganda as siglas ou federações devem eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da federação; ou obter, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Após as eleições do próximo ano, a regra deve ser ainda mais rígida e exigirá: 2,5% dos votos válidos nas eleições de 2026, distribuídos em nove unidades da federação, com um mínimo de 1,5% de votos em cada uma delas; ou a eleição de 13 deputados em nove unidades.
Neste ano, além do Solidariedade e do PRD, também anunciaram que vão compor uma nova federação o União Brasil e o PP. O PSDB e o Podemos também avançaram nas negociações para uma união, mas a articulação foi suspensa por divergências relacionadas ao comando da nova legenda.
No xadrez político do Tocantins, o jogo sucessório de 2026 promete movimentos que, por ora, se desenham mais como hipóteses do que como certezas. PSD, PSDB e Podemos surgem como forças na montagem desse tabuleiro, cada qual com líderes de peso, bases consolidadas e capacidade de articulação regional
Por Edson Rodrigues
O cenário deve ganhar contornos mais definidos nos próximos seis meses. O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, segue concentrado na gestão da capital, mas não há dúvidas de que sua popularidade e avaliação positiva farão dele uma voz importante nas articulações pela cadeira de governador ou como peça de apoio fundamental em alianças majoritárias. Palmas é hoje o maior colégio eleitoral do Tocantins.
Irajá com o prefeito de Porto Nacional Rovivon Maciel
Já o senador Irajá Abreu, presidente do PSD tocantinense, é nome que não pode ser subestimado. Sua base robusta de prefeitos, vices, vereadores e pré-candidatos a deputado estadual garante-lhe palanque, horário eleitoral expressivo e acesso considerável ao fundo partidário. Nos bastidores, é dado como articulador hábil, atento a cada movimentação que possa fortalecer seu projeto político ou pavimentar um caminho estratégico ao Senado ou ao Palácio Araguaia.
No PSDB, quem ocupa espaço relevante é a ex-prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro Mantoã, que mesmo fora da gestão mantém interlocução ativa e capital político na capital e no interior. Presidente estadual da sigla, Cinthia carrega consigo estrutura partidária, tempo de televisão e recursos que podem pesar tanto na formação de uma candidatura própria quanto numa coalizão robusta.
Diante desses nomes, pairam perguntas que agitam rodas de conversa, grupos de WhatsApp e cafés de bastidores. O governador Wanderlei Barbosa permanecerá no cargo até o fim ou renunciará para disputar uma cadeira no Senado? O ex-governador Mauro Carlesse é de fato um projeto viável ou apenas um balão de ensaio para medir a temperatura do eleitorado? Laurez Moreira, atual vice-governador, será lançado à sucessão como candidato natural do cargo? Na verdade, a candidatura de Laurez Moreira só será viável, com musculatura, caso esteja no acento de governador, porém se depender do governador Wanderlei Barbosa isso é fake News.
Além das indefinições sobre candidaturas majoritárias, quem pleiteia vaga na Assembleia Legislativa precisa atenção redobrada e escolher o partido certo faz toda a diferença para não naufragar no cálculo do coeficiente eleitoral. A força do fundo partidário, a infraestrutura de campanha e a coesão interna de cada legenda determinarão quem chega competitivo em 2026.
Nesse ambiente de incertezas, o prazo fatal para mudanças é 5 de abril de 2026, data-limite para renúncia de chefes de Executivo que almejam outro cargo e para filiações partidárias de quem pretende disputar o pleito. Até lá, o tabuleiro sucessório estará em permanente ebulição, com alianças se costurando, traições se articulando e novas candidaturas emergindo da fumaça de bastidor.
É um jogo de paciência, estratégia e pragmatismo. Para os pré-candidatos proporcionais, cada passo é fundamental e de nada adianta popularidade local sem legenda forte, fundo robusto e nominata competitiva. O recado é claro: todo cuidado é pouco.
Que venham as peças, que se movam os reis, torres e peões. O jogo começou, mas o xeque-mate ainda está longe de ser anunciado.
Até breve.